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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DISPOSIÇÃO PARA MUDAR X RESISTÊNCIA A MUDANÇA


Tome a decisão de estar disposto a Mudar!


Todos queremos que nossa vida se modifique, que as situações fiquem melhores e mais fáceis, mas não queremos ser obrigados a mudar. Gostaríamos mais que eles mudassem. Mas, para que tudo se modifique, precisamos mudar por dentro. Temos de mudar nosso modo de pensar nosso modo de falar, nosso modo de nos expressar. Só então acontecerão as modificações externas.


Sempre tive um traço de teimosia no meu interior Mesmo atualmente, quando decido fazer alguma modificação em minha vida, às vezes essa teimosia sobe à superfície e minha resistência em mudar o meu modo de pensar é bem forte. Posso temporariamente ficar indignada, enraivecida e distante.


Sim, isso ainda acontece comigo depois de todos esses anos de trabalho. É uma de minhas lições. No entanto, agora, quando isso ocorre, sei que estou atingindo um importante ponto de mutação. Sempre que decido fazer uma mudança em minha vida, deixar ir alguma coisa, preciso mergulhar mais fundo dentro de mim para conseguir.


Cada velha camada deve ser removida para ser substituída por novos pensamentos. Algumas vezes é fácil. Em outras, é como tentar levantar uma rocha com uma pena.


Quanto mais tenazmente me agarro a uma velha crença quando digo que quero fazer uma mudança, mais sei que é importante para eu livrar-me dela. E é só aprendendo essas coisas que posso ensinar aos outros.


A principal diferença entre o modo com que eu costumava trabalhar para soltar minhas crenças e o modo como faço agora é que atualmente não tenho de ficar com raiva de mim mesma para agir. Não escolho mais acreditar que sou uma pessoa má só porque descubro algo mais para mudar dentro de mim.

RESISTENCIA A MUDANÇA


A percepção é o primeiro passo na cura ou mudança.

Quando temos algum padrão profundamente inserido em nós, primeiro precisamos percebê-lo para então curarmos a condição. Poderemos talvez começar mencionando o problema, queixando-nos dele ou vendo-o em outras pessoas. De alguma forma, ele sobe à superfície de nossa atenção e passaremos a nos relacionar com ele. Muitas vezes atraímos um professor, um amigo, uma aula ou seminário, ou um livro que nos desperta para novos meios de se abordar a dissolução do problema.


Meu despertar começou com uma observação ocasional de uma amiga que fora informada a respeito de uma determinada reunião. Ela não se interessou, mas algo dentro de mim reagiu e eu fui. Essa primeira reunião foi o primeiro passo no meu caminho de descoberta, mas só vim a reconhecer seu significado algum tempo depois.


Frequentemente nossa reação a essa primeira etapa é pensar que a abordagem é tola ou não faz nenhum sentido. É possível que pareça fácil demais ou inaceitável para nosso modo de pensar. Não queremos usá-la. Nossa resistência fica muito forte. Podemos até sentir raiva da idéia de aceitar essa abordagem.


Uma reação desse tipo é muito boa, desde que consigamos entender que esse é o primeiro passo no nosso processo de cura.


Costumo dizer às pessoas que qualquer reação que tenham está ali para lhes mostrar que já se encontram no processo de cura, mesmo que a cura total ainda esteja um tanto distante. A verdade é que o processo se inicia no instante em que começamos a pensar em fazer alguma mudança.


A impaciência é outra forma de resistência, ou seja, a resistência em aprender e mudar. Quando exigimos que tudo seja feito agora mesmo, terminado imediatamente, não nos damos tempo para aprender a lição relacionada com o problema que criamos.


Se você quer passar de um cômodo para outro, precisa se levantar e ir até lá passo a passo. Permanecer sentado na poltrona e exigir de si mesmo estar num outro cômodo não adiantará nada. O mesmo acontece com nossos problemas. Queremos vê-los resolvidos, mas não queremos fazer as pequenas coisas que somadas levarão à solução.


Agora é a hora de reconhecermos nossa responsabilidade na criação da situação ou condição. Não estou falando em sentir culpa ou sobre você ser "mau" por se encontrar onde está. Quero que você reconheça o "poder no seu interior" que transforma cada pensamento em experiência. No passado, sem sabermos, usamos esse poder para criar coisas que não queríamos experimentar. Não tínhamos consciência do que estávamos fazendo. Agora, reconhecendo nossa responsabilidade, podemos nos tornar conscientes e usar esse poder para trazer coisas positivas em nosso benefício.


Muitas vezes, quando sugiro uma solução ao cliente – uma nova maneira de abordar um tema ou perdoar a pessoa envolvida, vejo seu queixo ficar rígido, os braços se cruzam sobre o peito. As mãos até se fecham. A resistência está emergindo e então sei que atingimos exatamente o que precisa ser mudado.


Todos temos lições a aprender. O que nos parece mais difícil em nossas vidas são apenas as lições que escolhemos para nós mesmos. Se tudo nos é fácil, então não existem lições, só coisas que já sabemos.


As lições podem ser aprendidas através da percepção.


Se você pensa na coisa mais difícil que tem a fazer e no quanto resiste a isso, então está olhando para sua maior lição no presente momento. O entregar-se, desistir da resistência, permitir-se aprender o que precisa tornará o passo seguinte mais fácil. Não deixe sua resistência impedi-lo de fazer mudanças. Podemos trabalhar em dois níveis:


1) encarar a resistência e
2) insistir nas mudanças mentais.

Observe-se, analise o modo como resiste e depois continue em frente, apesar de tudo.

Pistas não-verbais
Nossas ações frequentemente mostram nossa resistência. Por exemplo:
Mudar de assunto.
Sair da sala.
Ir ao banheiro.
Chegar atrasado.
Ficar doente.
Adiar.
Fazendo qualquer outra coisa.
Ocupando-se.
Desperdiçando tempo.
Desviar o olhar ou olhar pela janela.
Folhear uma revista.
Recusar-se a prestar atenção.
Comer, beber ou fumar.
Criar ou terminar um relacionamento.
Criar defeitos em carros, eletrodomésticos, encanamentos etc.

Hipóteses
Muitas vezes fazemos hipóteses sobre nós e outros para justificar nossa resistência e surgimos com declarações como:
Não adiantaria nada.
Meu marido/mulher não compreenderia.
Eu teria de mudar toda a minha personalidade.
Só gente louca vai a psiquiatras.
Eles não conseguiriam me ajudar com meu problema.
Eles não saberiam lidar com minha raiva.
Meu caso é diferente.
Não quero incomodar ninguém.
Vai passar sozinho.
Ninguém consegue.

Crenças
Crescemos com crenças que se tornam nossa resistência às mudanças. Algumas de nossas idéias limitativas são:
Não se faz isso.
Não é direito.
Não é certo para eu fazer isso.
Isso não seria espiritual.
Pessoas espiritualizadas não ficam com raiva.
Homens/mulheres não fazem isso.
Minha família nunca fez nada parecido.
O amor não é para mim.
Isso é bobo demais.
É longe demais para ir de carro.
É trabalho demais para mim.
É caro demais.
Vai demorar demais.
Não acredito nisso.
Não sou desse tipo de gente.

Eles
Damos nosso poder a outros e usamos essa desculpa para nossa resistência em mudar. Temos idéias como:
Deus não aprova.
Estou esperando que os astros digam que é a hora certa.
Este não é o ambiente adequado.
Eles não me deixarão mudar.
Eu não tenho o professor/livro/aula/ferramenta certo.
Meu médico não quer.
Não consigo tirar algumas horas de folga.
Não quero ficar submetido a eles.
É tudo culpa deles.
Eles têm de mudar primeiro.
Assim que eu conseguir, vou fazê-lo.
Você/eles não entendem.
Não quero magoá-los.
É contra minha criação, religião, filosofia.

Conceitos sobre o eu
Temos idéias sobre nós mesmos que usamos como limitações ou resistência a mudanças. Somos:
Velhos demais.
Jovens demais.
Altos demais.
Baixos demais.
Gordos demais.
Magros demais.
Preguiçosos demais.
Fortes demais.
Fracos demais.
Burros demais.
Inteligentes demais.
Pobres demais.
Indignos demais.
Frívolos demais.
Sérios demais.
Emperrados demais.
Talvez tudo simplesmente seja demais.

Táticas de Procrastinação (significa deixar para depois)
Nossa resistência muitas vezes se expressa como táticas de procrastinação. Usamos desculpas como:
Farei mais tarde.
Não posso pensar nisso agora.
Não tenho tempo agora.
Eu teria de ficar muito tempo afastado do meu trabalho.
Sim, é uma boa idéia. Farei isso um dia qualquer.
Tenho muitas outras coisas a fazer.
Pensarei nisso amanhã.
Assim que eu terminar com.
Assim que eu voltar de viagem.
A hora não é certa.
É tarde demais ou cedo demais.

Negação
Essa forma de resistência aparece na negação da necessidade de mudar. São coisas como:
Não há nada de errado comigo.
Não consigo fazer nada a respeito deste problema.
Deu tudo certo antes.
De que adiantaria mudar?
Se eu o ignorar, talvez o problema desapareça.

Medo
De longe, a maior categoria de resistência é o medo - medo do desconhecido. Ouçam estas:
Ainda não estou pronto.
Posso falhar.
Eles poderão me rejeitar.
O que os vizinhos vão pensar?
Não quero abrir essa lata de vermes.
Estou com medo de contar ao meu marido/mulher.
Não sei o bastante.
Poderei me magoar.
Posso precisar mudar demais.
Talvez fique muito caro.
Prefiro morrer primeiro ou me divorciar primeiro.
Não quero que ninguém saiba que tenho um problema.
Tenho medo de expressar meus sentimentos.
Não quero conversar sobre isso.
Não tenho a energia necessária.
Quem sabe onde irei terminar?
Posso perder minha liberdade.
É difícil demais.
Não tenho dinheiro agora.
Posso machucar minhas costas.
Eu não seria perfeito.
Eu poderia perder meus amigos.
Não confio em ninguém.
Isso poderia prejudicar minha imagem.
Não sou bom o bastante.



E a lista continua, interminável. Você reconheceu algumas dessas formas como as que você usa para resistir?

Deixe seus amigos em paz
Muitas vezes, em vez de trabalharmos em nossas próprias mudanças, decidimos que um determinado amigo precisa mudar. Isso também é resistência.
Quando iniciei minhas atividades como terapeuta, tive uma cliente que me mandava a todas as suas amigas que estavam internadas em hospitais. Em lugar de enviar-lhes flores, essa mulher convocava a mim para resolver os problemas dos doentes.
Eu chegava de gravador na mão e em geral encontrava alguém que não sabia por que eu havia vindo nem compreendia o que eu fazia. Isso foi antes de eu aprender a nunca trabalhar com ninguém a não ser que ele ou ela peça.
Às vezes algumas pessoas me procuram porque ganharam uma sessão comigo de presente de um amigo. Isso geralmente não funciona muito bem e é raro elas voltarem para continuarmos com o trabalho.
Quando algo dá certo para nós, geralmente queremos compartilhá-lo com outros, mas talvez eles não estejam prontos para fazer uma mudança naquele ponto do tempo e do espaço.
Já é difícil mudar quando queremos, e tentar fazer alguém mudar quando não quer é simplesmente impossível e pode estragar uma boa amizade. Eu forço meus clientes porque eles me procuram. Quanto aos meus amigos, deixo-os em paz.


Texto extraído do livro VOCÊ PODE CURAR A SUA VIDA - Louise Hay


Recomendo a todos esse livro. Ele é maravilhoso.

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