Pesquisar este blog

quinta-feira, 31 de março de 2011

Você está onde você está?

Você está no trabalho – pensando no momento em que ele chegará ao fim para que você possa ir ao parque fazer sua caminhada ou em seu retorno à sua casa para encontrar a pessoa amada. Ao chegar ao parque -enquanto caminha lembra que tem que passar no mercado para comprar mantimentos e ao chegar em casa e encontrar a pessoa amada – começa a programar um passeio que pretende fazer com ela no futuro ou ainda em teu próximo dia de trabalho e todas as complicações possíveis.
Quantas vezes situações semelhantes aconteceram em sua vida?
Com que freqüência você está presente? PRESENTE = AQUI E AGORA.
Você está lendo este post e está REALMENTE LENDO ESTE POST?
Você não está pensando no que você fez a dez minutos atrás nem no que você fará daqui a dez minutos, ou um, ou dois, duas horas ou dois séculos. Você entrega-se ao livro. Sabe que há incontáveis movimentos a sua volta. Pessoas conversando, o vizinho escutando rádio, carros passando na rua, animais brincando. Você tem consciência de tudo isso, mas isso não interfere na leitura. Você está entregue. Você está aqui e agora.
Se você estiver lendo este post pensando na chávena de chá que você irá saborear daqui a pouco, você não estará lendo o post e certamente, ao saborear a chávena de chá você também não o estará fazendo, pois quando o fizer, certamente sua mente estará em uma outra atividade.
Sempre que você não está presente você está no passado e no futuro.
Sempre que você está no passado e no futuro, você desperdiça energia que poderia estar alimentando o seu presente.
Consciência Plena é estarmos Aqui e Agora. Integrados com cada um de nossos movimentos.
Este movimento já é uma prática de meditação.
Se você estiver presente 24h por dia. Você estará em meditação 24h por dia.
Quando você estiver lendo este post – leia o post.
Quando você estiver saboreando uma chávena de chá – saboreie o chá.
Quando você estiver lavando roupas – lave as roupas.
Quando você estiver estudando – estude.
Quando você estiver conversando com alguém – converse com este alguém.
Quando você estiver rolando na grama – role na grama.
Quando você estiver fazendo amor – faça amor.
Quando você estiver orando – ore.
Sempre que você estiver consciente de cada um desses movimentos você estará em meditação. Todos os movimentos são igualmente sagrados. Cabe a nós reverenciá-los.






Fonte: http://seishinshinshintyouwa.wordpress.com/2010/08/28/consciencia-plena/

quarta-feira, 30 de março de 2011

Evidências







Se você estiver disposto a deixar seu estado emocional aprimorado ser a melhor evidência de seu progresso, então o progresso continuará; você continuará a se sentir ainda melhor, e o ponto de inflexão virá onde a evidência física poderá ser vista. Mas se você procurar demasiado cedo pela evidência e você não encontrá-la, você perderá terreno Vibracional.

As pessoas querem ganhar no primeiro momento pra então ser feliz e esquecem de que é preciso primeiro ser feliz pra então poder receber, ganhar.

A necessidade de ver a evidência imediata do progresso é o obstáculo mais significativo para a maioria das pessoas. Quando você tenta avaliar o seu progresso muito cedo, você se afasta dos resultados que você procura.

Comece a comemorar cada vitoria, por menor que seja, e a vida o fará comemorar muito mais,

Não há desejo que você tenha que não seja pela razão de você acreditar que se sentiria melhor tendo aquilo. Quer se trate de um objeto material, uma pilha de dinheiro, um relacionamento, um estado físico do ser – cada desejo é desejado porque você quer se sentir melhor.

Tudo que se quer tem um objetivo único, ser feliz.

Quando você descobrir o poder de se sentir melhor em primeiro lugar, pela deliberada focalização de sua mente longe dos problemas, das lutas, das irritações e qualquer outra forma de coisas indesejáveis – e focar a sua mente sobre a simplicidade da sua própria respiração – você terá encontrado a chave para o poder de permitir.

As pessoas ficam felizes pensando em ganhar e antes mesmo de entrar na parte da ação, nem mesmo fizeram o seu trabalho inicial, e já pensam; eu fiz algo recentemente que não deu certo, mas dessa vez vai dar, e voltam a vibrar a partir da falta. 

Permitir é manter-se na alegria, é se focar só na felicidade que o simples pensar no seu desejo realizado, já te trás antecipado.



Desconheço autor.




É necessário que estejamos em estado de permissão para que os nossos desejos se realizem. Todos os desejos que temos e que ainda não conseguimos concretizá-los é pelo simples fato de não permitirmos. Deus só diz Sim. Mas o sim Dele é para a sua vibração e não para os seus pensamentos. Se você pensa em algo positivo, mas vibra a carência desse desejo, ao invés de vibrar a gratidão por ter conquistado o que quer, você continuará sem materializar. O pensamento e a vibração tem que estar alinhados.
A melhor forma de permitir é praticando o desapego. É querer sem necessitar. Quero mas se não vier, tudo está bem. Tudo continuará bem. Praticar o desapego é realmente um grande aprendizado. É confiar na vida, é confiar em Deus. Somos apegados a diversas coisas, pessoas, idéias, etc.  
A fé também é muito importante. No entanto, nós temos pouca fé. Fé é acreditar que já temos o que queremos. É agradecer pelo que queremos como se já estivesse concretizado. 
Lembre-se de algo que você quis muito e que agora já o possui. Hoje, como você se sente em relação a esse algo? Satisfeito? Grato? Pois é essa sensação que você precisa emitir para concretizar os desejos ainda não materializados. Esse é o verdadeiro sentimento de fé. 

domingo, 27 de março de 2011

Sintaxe mental e o uso de afirmações



Estava lendo alguns mantras e vi: 'EU QUERO, EU POSSO EU CONSIGO', me lembrei de uma situação que aconteceu comigo e resolvi compartilhar.
Um dos meus primeiros contatos com as afirmações foi através de uma amiga. De alguma forma ela percebeu que eu estava precisando e me deu exatamente essa afirmação para que eu andasse com ela na carteira e pudesse repetí-la sempre. Logo depois, tive contato com o livro O Poder Infinito da Sua Mente de Lauro Trevisan e ai sim, realmente mudei a maioria dos meus pensamentos.
Pouco tempo depois, tive um insight: Quando falo (ou penso) 'Eu quero, eu posso, eu consigo', isso torna as coisas um pouco lenta, por que existe um intervalo entre o 'eu quero e o eu consigo'. E ai, resolvi tirar da afirmação o 'eu posso'. Fiquei usando: 'EU QUERO, EU CONSIGO'. As coisas melhoraram muito. Começaram a acontecer com muito mais velocidade. Então tive outro insight: Bom, se eu tirei o 'eu posso' e as coisas começaram a se materializar mais rápido, se eu inverter, vai ser mais rápido ainda. Então, comecei a utilizar: 'EU CONSIGO TUDO QUE QUERO'.
Pronto. Comecei a ter que prestar bastante atenção ao que pensava pois passei a ter pensamentos que se manifestavam em fração de segundos.
Depois de algum tempo parei de fazer as afirmações. Afinal, elas já estavam gravadas no meu subconsciente. Até que um dia, sentindo uma a necessidade de dar uma movimentada em minha vida, resolvi voltar a fazer e tive outro insight: 'MEUS DESEJOS SE REALIZAM ANTES MESMO DE EU PEDIR'. E pode crer que está sendo assim.
Claro que durante todo esse período, passei a estudar a espiritualidade e a metafísica, pois amo esses temas. E não vou te dizer que todos os desejos se realizam. Mas hoje tenho a consciência de por que se realizam e por que demoram para se realizar. Não é só uma questão de afirmação. Elas ajudam e muito, mas temos que deixar de resistir ao nosso próprio bem. Temos que nos conhecer, nos aceitar e nos amar. A partir da auto-aceitação verdadeira, a aceitação da alma, não a adoração ao ego, ai sim, tudo que desejar será seu, pois terá a consciência de que tudo já é seu. A nossa alma é Deus em nós. E sendo Ele o que mais você irá precisar?
A propósito, sintaxe mental é a maneira como ordenamos nossos pensamentos.

Texto: Manoela Souza

sábado, 26 de março de 2011

Satisfação profissional



Por que eu não posso fazer o que realmente quero com a minha vida e ainda assim ganhar dinheiro?

O quê? Quer dizer que de fato quer divertir-se e ainda assim ganhar dinheiro? Deve estar sonhando!

O quê?

Eu só estava brincando, lendo um pouco a sua mente. Veja bem, esse tem sido o seu pensamento em relação a isso.

Essa tem sido a minha experiência.

Bem, todos passam por isso muitas vezes. As pessoas que ganham a vida fazendo o que gostam são aquelas que insistem em fazê-lo. Elas não desistem. Nunca se dão por vencidas.
Desafiam a vida a não deixá-las fazer o que gostam.
Mas há outro elemento que deve ser mencionado, porque é o elemento que a maioria das pessoas não entende quando se trata da vida profissional.

Qual é?

Há uma diferença entre ser e fazer, e a maioria das pessoas dá ênfase ao fazer.

Não deveria ser assim?

Não há "deveria" ou "não deveria" envolvido. Há apenas o que você escolhe, e como pode tê-lo. Se escolher paz, alegria e amor, não obterá muito disso com o que está fazendo.
Se escolher felicidade e satisfação, encontrará pouco disso no caminho da ação. Se escolher a reunião com Deus, o conhecimento supremo, a compreensão profunda, a compaixão infinita, a consciência total e a satisfação absoluta, não obterá muito disso com o que está fazendo.
Em outras palavras, se você escolher a evolução - da sua alma - não a obterá através das atividades físicas do seu corpo.
O fazer é uma função do corpo. O ser é uma função da alma.
O corpo está sempre exercendo alguma atividade. Nunca pára ou descansa.
Está fazendo o que faz a mondo da alma - ou contrariando-a. A qualidade da sua vida está no equilíbrio.
A alma está sempre sendo, não importa que o corpo esteja fazendo, não devido ao que está fazendo.
Se você pensa que a sua vida se resume ao fazer, não tem consciência de quem é.
Sua alma não se importa com o que você faz para ganhar a vida - e quando a sua vida terminar, você também não se importará com isso. Sua alma só se importa com o que você está sendo enquanto está em atividade.
A alma procura um estado de existência, não de ação.

O que a alma está procurando ser?

Eu.

O Senhor.

Sim, Eu. Sua alma é Eu, e sabe disso. O que está fazendo é tentando ter essa experiência.
E do que está lembrando é de que o melhor modo de tê-la é não fazer coisa alguma. Não há nada a fazer, além de ser.

Ser o quê?

O que você quiser. Feliz. Triste. Fraco. Forte. Alegre. Vingativo. Perspicaz. Cego. Bom. Mau. Homem. Mulher. Você dá nome a isso. Quero dizer literalmente. Você dá nome o isso.

É tudo muito profundo, mas o que tem a ver com a minha carreira? Estou tentando encontrar um modo de sobreviver, sustentar a mim mesmo e a minha família, fazendo o que gosto de fazer.

Tente ser o que você gosta de ser.

O que quer dizer?

Algumas pessoas ganham muito dinheiro fazendo o que fazem, outras não - e ambos exercem o mesmo atividade. Por que isso ocorre?

Algumas pessoas são mais habilidosas do que outras.

Essa é a primeira parte da explicação. Mas vamos à segunda.
Agora temos duas pessoas que têm habilidades relativamente iguais.
Ambas se formaram na universidade, destacaram-se em sua classe, compreendem a natureza do que estão fazendo, sabem como usar os seus instrumentos com grande facilidade - ainda assim, uma tem mais sucesso do que a outra; prospera enquanto a outra luta. Por que isso ocorre?

Devido ao local.

Ao local?

Certa vez alguém me disse que só há três coisas a considerar quando se inicia um novo negôcio: o local, o local e o local.

Em outras palavras, não "O que você vai fazer?", mas "Onde estará?"

Exatamente.

Isso também parece responder à minha pergunta. A alma só se preocupa com onde você estará.
Você estará em um local chamado medo, ou em um local chamado amor? Onde você está - e de onde vem - ao encontrar a vida?
No exemplo dos dois profissionais igualmente qualificados, apenas um deles é bem-sucedido, não devido a algo que um dos dois está fazendo, mas ao que ambos estão fazendo.
Um deles está sendo aberto, amistoso, dedicado, atencioso e até mesmo alegre em seu trabalho, enquanto o outro está sendo fechado, descuidado, desatencioso, mal-humorado e até mesmo detestando o que está fazendo.
Agora suponha que você fosse escolher estados de existência até mesmo mais sublimes.
Suponha que fosse escolher a bondade, a misericórdia, a compaixão, a compreensão, o perdão e o amor. E se escolhesse a Santidade? Qual seria a sua experiência?
Eu lhe digo isto:
A existência atrai a existência, e produz a experiência.
Você não está neste planeta para produzir coisa alguma com o seu corpo. Está aqui para produzir algo com a sua alma. Seu corpo é meramente o instrumento da sua alma. Sua mente é o poder que move o corpo. Então o que você tem aqui é um instrumento de poder, usado na criação do desejo da alma.

Qual é o desejo da alma?

De fato, qual é?

Eu não sei. Estou perguntando ao Senhor.

Eu não sei. Estou perguntando a você.

Isso poderia continuar para sempre.

Continua.

Espere um minuto! Acabou de dizer que a alma está procurando ser o Senhor.

E está.

Então esse é o desejo da alma.

No sentido mais amplo, sim. Mas esse Eu que a alma está procurando ser é muito complexo,  multidimensional, multifacetado. Há milhões de aspectos em Mim. Bilhões. Trilhões. Você entende? Há o irreverente e o reverente, o menor e o maior, o profano e o sagrado, o impiedoso e o piedoso. Entende?

Sim, eu entendo... e em cima e embaixo, esquerda e direita, aqui e lá, antes e depois, bom e mau...

Exatamente. Eu sou o Princípio e o Fim. Isso não foi apenas uma bela afirmação, ou uma idéia inteligente. Foi a Verdade expressada.
Portanto, procurando ser Eu, a alma tem um grande trabalho à sua frente; um enorme menu de existência para escolher. E é isso que está fazendo neste momento.
Escolhendo estados de existência.
Sim, e então produzindo condições perfeitas nas quais criar essa experiência. Portanto, é verdade que nada acontece a você - ou através de você - que não é para o seu próprio e maior bem.

O Senhor quer dizer que a minha alma cria todas as minhas experiências, não só as coisas que eu estou fazendo, como também as que me acontecem?

Vamos dizer que a alma lhe dá ótimas oportunidades de experimentar exatamente o que planejou experimentar. O que de fato experimenta é com você. Pode ser o que planejou experimentar, ou outra coisa, dependendo do que escolher.

Por que eu escolheria algo que não desejo experimentar?

Eu não sei. Por quê?

O Senhor quer dizer que às vezes a alma tem um desejo, e o corpo e a mente têm outro?

O que você acha?

Mas como o corpo ou a mente podem dominar a alma? A alma não consegue sempre o que quer?

O seu espírito procura, no sentido mais amplo, aquele momento sublime em que você tem consciência de seus desejos, e os cumpre alegremente. Mas o espírito nunca imporá o seu desejo à parte presente, consciente e física de você.
O Pai não imporá Sua vontade a seu Filho. Isso iria contra a sua própria natureza, e portanto é literalmente impossível.
O Filho não imporá Sua vontade ao Espírito Santo. Isso iria contra a sua própria natureza, e portanto é literalmente impossível.
O Espírito Santo não imporá Sua vontade à sua alma. Isso iria contra a sua própria natureza, e portanto é literalmente impossível.
É aqui que terminam as impossibilidades. A mente com muita freqüência realmente tenta impor a sua vontade ao corpo - e o faz. De igual modo, o corpo tenta controlar a mente - e com freqüência é bem-sucedido.
Contudo, o corpo e a mente juntos não precisam fazer nada para controlar a alma - porque a alma não tem necessidades (ao contrário do corpo e da mente, que têm muitas), e por isso permite ao corpo e à mente fazerem o que querem o tempo todo.
De fato, a alma não o faria de outro modo - porque se o ser que é você tiver de criar, e portanto conhecer, quem realmente é, deve ser através de um ato de decisão consciente, não de obediência inconsciente.
Obediência não é criação, e por isso nunca produz salvação.
A obediência é uma reação, enquanto a criação é pura escolha não imposta.
A pura escolha produz salvação através da pura criação da idéia mais elevada no momento atual.
A função da alma é indicar o seu desejo, não impô-lo.
A função da mente é escolher entre as suas alternativas.
A função do corpo é agir de acordo com essa escolha.
Quando o corpo, a mente e a alma criam juntos, em harmonia e união, Deus se faz carne.
Então a alma se conhece experimentalmente.
E Deus se regozija.
Neste exato momento, sua alma criou novamente a oportunidade de você ser, fazer e ter o que é preciso para saber Quem Realmente É.
Sua alma lhe trouxe as palavras que está lendo - como lhe trouxe palavras de sabedoria e verdade antes.
O que você fará agora? O que escolherá ser?
Sua alma espera, e observa com interesse, como fez muitas vezes antes.

O Senhor está dizendo que é do estado de existência que eu escolho que o meu sucesso terreno (ainda estou tentando falar sobre a minha carreira) será determinado?

Eu não estou preocupado com o seu sucesso terreno, só você está.
É verdade que quando você atinge certos estados de existência durante um longo período, o sucesso no que está fazendo no mundo é muito difícil de evitar. Contudo, não deve se preocupar em "ganhar a vida". Os Verdadeiros Mestres são aqueles que escolheram construir uma vida, em vez de ganhar a vida. 
De certos estados de existência surgirá uma vida tão rica, satisfatória, maravilhosa e gratificante que você não se preocupará mais com os bens materiais e o sucesso terreno.
A ironia da vida é que logo que você deixa de preocupar-se com os bens materiais e o sucesso terreno o caminho é aberto para obtê-los.
Lembre-se de que não pode ter o que quer, mas pode experimentar o que tem.

Não posso ter o que quero?

Não.

O Senhor já disse isso, bem no início de nosso diálogo. Ainda assim, não entendo. Achei que tinha dito que eu podia ter tudo que quero. "Aquilo em que pensar e acreditar, terá" esse tipo de afirmação.

As duas frases não se contradizem.

Não? Eu acho que sim.

Porque você não entende.

Eu admito isso. É por essa razão que estou falando com o Senhor.

Então Eu vou explicar. Você não pode ter o que quer. Como Eu já disse, o próprio ato de querer alguma coisa a afasta de você.

Bem, o Senhor pode já ter dito isso, mas está me deixando confuso.

Tente acompanhar o meu raciocínio. Vou examinar isso de novo detalhadamente. Vamos voltar a um ponto que você entende: o pensamento é criativo, certo?

Certo.

A palavra é criativa, certo?

Certo.

A ação é criativa. O pensamento, a palavra e o ato são os três níveis de criação. Até aqui você entende?

Sim.

Então agora vamos tratar do "sucesso terreno", já que é sobre isso que você falou e perguntou.

Ótimo.

Você pensa atualmente "eu quero o sucesso terreno"?

Às vezes sim.

E às vezes também pensa, "eu quero mais dinheiro"?

Sim.

Por isso você não pode ter nem sucesso terreno e nem mais dinheiro.

Por que não?

Porque o universo não tem outra escolha além de proporcionar-lhes a manifestação direta de seu pensamento em relação a isso.
Seu pensamento é: "Eu quero sucesso terreno." O poder criativo é como um gênio em uma lâmpada mágica. Suas palavras são a sua ordem. Está entendendo?

Então por que eu não tenho mais sucesso?

Eu já disse, as suas palavras são a sua ordem. Suas palavras foram: "Eu quero sucesso." E o universo diz: "Está bem, você quer."

Ainda não sei se estou entendendo bem.

Pense nisso desta forma: a palavra "Eu" é a chave que liga a máquina da criação. As palavras "Eu sou" são extremamente poderosas. São afirmações para o universo. Ordens. Tudo que se segue à palavra "Eu" (que faz aparecer o Grande Eu Sou) tende a se manifestar na realidade física. Por isso, "Eu" + "quero sucesso" produz você querer sucesso. "Eu" + "quero dinheiro" produz você querer dinheiro. Não pode produzir outra coisa, porque os pensamentos e as palavras são criativos. Os atos também. E se você agir de um modo que afirma que quer sucesso e dinheiro, então seus pensamentos, suas palavras e seus atos estarão de acordo, e você certamente terá essa experiência. Está entendendo?

Sim! Meu Deus, realmente funciona desse modo?

É claro! Você é um criador muito poderoso. Mas se você tiver um pensamento, ou fizer uma afirmação, apenas uma vez - como por exemplo em um momento de raiva ou frustração, não é muito provável que transforme em realidade esses pensamentos ou essas palavras. Por isso, não tem de se preocupar com "Tomara que morra!" ou "Vá para o inferno", ou todas as outras afirmações pouco gentis que às vezes pensa ou diz.

Graças a Deus.

Não há de quê. Mas se você repetir muito um pensamento ou uma palavra - não uma vez ou duas, mas dezenas, centenas, milhares de vezes - tem idéia do poder criativo disso?
Uma idéia ou uma palavra expressados repetidamente passam a ser apenas isso - expressados. Ou seja, são empurrados para fora. Realizam-se externamente. Tornam-se a sua realidade física.

Que desastre!

Isso é exatamente o que essas palavras com muita freqüência-o produzem: desastre.
Você adora o desastre, o drama. Isto é, até não adorar mais. Chega a um certo ponto em sua evolução em que deixa de adorar o drama, a "história" que está vivendo. 
É então que decide - de fato escolhe - mudá-la. A maioria das pessoas não sabe como fazer isso. Agora você sabe. Para mudar a sua realidade, simplesmente pare de pensar assim.
Nesse caso, em vez de pensar "Eu quero sucesso", pense "Eu tenho sucesso".

Isso soa como uma mentira para mim. Eu estaria enganando a mim mesmo se dissesse essas palavras. Minha mente gritaria, "vá mentir assim no quinto dos infernos!"

Então pense algo que pode aceitar. "O sucesso está chegando para mim agora", ou "tudo leva ao meu sucesso".

Então esse é o truque por trás da prática das afirmações da Nova Era? .

As afirmações não funcionam se forem meramente afirmações do que você quer que seja verdade. Só funcionam quando são afirmações de algo que já sabe que é verdade.
A melhor afirmação é a de gratidão e reconhecimento. "Obrigado, Deus, por fazer com que eu tenha sucesso na vida." As idéias e os pensamentos que se traduzem em palavras e atos produzem ótimos resultados - quando se originam do verdadeiro conhecimento; não de uma tentativa de produzir resultados, mas de uma consciência de que os resultados já foram produzidos.
Jesus sabia disso. Antes de cada milagre, Ele agradecia a Mim por ele. Nunca Lhe ocorreu não agradecer, porque nunca Lhe ocorreu que o que Ele afirmava não iria acontecer. Essa idéia nunca passou pela Sua mente. Ele tinha tanta certeza de Quem Era e de Seu relacionamento Comigo que todos os Seus pensamentos, todas as Suas palavras e todos os Seus atos a refletiam, como os seus pensamentos, as suas palavras e os seus atos refletem a sua certeza...
Se neste momento houver algum desejo que você quer experimentar em sua vida, não o "deseje" - escolha-o.
Você escolhe sucesso em termos terrenos? Escolhe mais dinheiro? Ótimo. Então escolha isso. Realmente. Não sem entusiasmo.


Extraído do livro: CONVERSANDO COM DEUS - VOLUME I - NEALE DONALD WALSCH

quarta-feira, 23 de março de 2011

O SONHO E AQUELE QUE SONHA





A chave para o poder maior do universo é a não-resistência. Por meio dela, a consciência (espírito) é liberada do seu aprisionamento na forma. A não-resistência interior à forma - a qualquer coisa ou acontecimento - é uma negação da realidade absoluta da forma. A resistência faz com que o mundo e seus elementos pareçam mais reais, mais concretos e mais duradouros do que eles são, incluindo nossa própria identidade formal, o ego. Ela atribui ao mundo e ao ego um peso e uma importância tão grandes que isso nos faz levar tudo muito a sério, até nós mesmos. O teatro criado pela forma é então erroneamente percebido como uma luta pela sobrevivência. E, quando temos essa percepção, ela se torna nossa realidade. 


As muitas coisas que acontecem, as numerosas formas que a vida assume, são de natureza efêmera. Todas elas são fugazes. Coisas, corpos e egos, acontecimentos, situações, pensamentos, emoções, desejos, ambições, medos, conflitos... eles surgem, fingem ser da maior importância, e, antes que possamos conhecê-los, já se foram, dissolvidos na imaterialidade da qual vieram. Será que chegaram a ser reais? Será que conseguiram ser mais do que um sonho, o sonho da forma?

Quando acordamos de manhã e o sonho da noite se dispersa, dizemos:


"Ah, foi apenas um sonho. Não era real." Mas algo no sonho deve ter sido real, caso contrário não poderia ter acontecido. Quando a morte se aproxima, podemos olhar para trás e imaginar se nossa vida não foi simplesmente mais um sonho. Até mesmo agora podemos relembrar as férias do ano passado ou a briga da véspera e ver que são muito semelhantes ao sonho da noite anterior.

O sonho existe, assim como existe aquele que sonha. O sonho é uma encenação de curta duração das formas. É o mundo - real apenas de modo relativo, e não absoluto. E há aquele que sonha. Ele é a realidade absoluta na qual as formas vêm e vão, mas não é a pessoa. A pessoa é parte do sonho. 

Aquele que sonha é o substrato em que o sonho aparece, aquilo que o torna possível. É o absoluto por trás do relativo, o eterno por trás do tempo, a consciência dentro da forma e por trás dela. Aquele que sonha é a consciência em si mesma - é quem nós somos.

Acordar dentro do sonho é nosso propósito agora. Quando estamos despertos dentro do sonho, o conflito criado pelo ego neste mundo chega ao fim enquanto um sonho mais benigno e maravilhoso surge. Essa é a nova Terra.


Texto de Eckhart Tolle... Uma parte interessante do livro: Despertar de uma nova consciência.

domingo, 20 de março de 2011

Você pode mudar seu carma



“O carma é algo criado por nós, e tudo o que é criado pode ser alterado” 

O que são e quais são os venenos da mente?

Os venenos da mente são divididos em três categorias principais: A primeira é o apego ou desejo, que inclui o ficar preso física ou mentalmente a pessoas, objetos e fenômenos. 

A segunda é a raiva, que significa rejeitar, não querer, afastar algo de você. 

O terceiro é a ignorância, que significa não ter uma noção clara da vida, não compreender a natureza verdadeira das coisas. 

Estes venenos agem de maneira interdependente. O que ocorre é que, quando não temos uma visão real da vida, acabamos criando desejos e apegos. E quando não conseguimos o que queremos, criamos aversão e ficamos com raiva. Os venenos da mente agem como toxinas, criando energias mentais negativas. Estas energias são expressas em nossas ações, palavras e pensamentos, causando um sofrimento cíclico, em cadeia, que se repete infinitamente.

Existem 84.000 venenos na mente?

Sim. Eles são uma combinação dos três venenos principais, sendo que podemos adicionar a eles o orgulho e a inveja. Estas combinações vão ficando cada vez mais sofisticadas e representam as diferentes formas errôneas com que nossa mente pode atuar.

Como fazer para eliminar a raiva ou domá-la?

Há várias formas para começar a lidar com nossos venenos mentais. A primeira coisa a ser feita é reeducar-nos, no sentido de identificar os venenos em nossa própria mente, suas conseqüências e o que podemos esperar deles. Parece óbvio dizer que temos que nos reeducar, mas não é. Por exemplo, achamos que é OK ficar com raiva quando alguém faz algo errado conosco, nos fere, é injusto. E não é OK. A raiva é um veneno mental e produz experiências dolorosas para quem a sente, não importando se o motivo que a tenha criado seja “aparentemente justificável”. Você tem que ser educado para saber que não deve tomar veneno de rato, por exemplo. Se você entender isso, vai saber que, se tomar veneno de rato, ainda que o gosto seja doce, sofrerá um dano imenso.

Há um senso comum entre as pessoas de que devemos expressar nossa raiva, “pôr para fora”. O Budismo acredita nisso de alguma forma?

Não, o Budismo não acredita nisso, porque os venenos da mente agem como um bumerangue. Se você atirar sua raiva adiante, o que você vai receber de volta é mais raiva. Nós não compreendemos que nossas ações, palavras e pensamentos são como bumerangues, e não como uma bola, que jogamos em direção a alguém e lá ela fica.

O bumerangue é atirado adiante e ele volta. Quando não entendemos essa regra básica, nos tornamos nossas próprias vítimas e, feridos e ignorantes, jogamos o bumerangue de volta, causando sofrimento atrás de sofrimento. O Senhor Buda ensinou que é importante termos paciência, mesmo quando momentos difíceis acontecem, porque estes momentos são resultado de bumerangues lançados por nós mesmos, anteriormente. Se um bumerangue estiver voltando, aceite-o, tenha paciência, deixe que ele caia. Não atire mais três ou quatro de volta, porque eles também vão voltar.

É melhor “engolir” a raiva? 

Melhor engolir do que cuspir de volta. Mas engolir também não ajuda. Por isso, precisamos nos reeducar. Temos que refletir e contemplar as conseqüências dos venenos mentais, para começamos a obter elementos para lidar com eles. No entanto, o que precisamos realmente é cortar esses venenos. E isso conseguimos fazer através da meditação. Mas, enquanto não desenvolvermos estas técnicas de contemplação e meditação, precisamos evitar a raiva.

Se ainda não tivermos os meios hábeis para lidar com a situação, é melhor correr do que reagir. Ou talvez você deva segurar sua respiração por um instante e esperar a raiva passar. Quando você estiver um pouco mais treinado, talvez não precise correr nem prender a respiração, e consiga converter a situação negativa em amor e compaixão. Talvez consiga transformar a raiva, lembrando-se de que todos querem ser felizes, e as pessoas fazem o que fazem porque acham que aquilo trará felicidade.

Ao lembrar-se disso, pode cultivar a compaixão e ver que você e aquela pessoa não são diferentes: você já agiu raivosamente antes porque achava que aquilo o faria feliz. E, compassivo pelo fato de que aquela pessoa não sabe das conseqüências que a raiva traz, você converte sua emoção negativa em emoções positivas, como amor e compaixão. E mais tarde, quando você já estiver ainda mais treinado, poderá não apenas converter o negativo em positivo, mas liberar as emoções negativas em sua própria essência, cuja natureza é a perfeição. Grandes mestres e praticantes lidam com sua raiva dessa forma. A raiva ocorre, mas ela é livre, assim como as nuvens, que ocorrem mas dançam livres no céu.

O que é a impermanência?

Encare sua vida como se fosse um banco no parque, em uma tarde de clima ameno. Você vai até lá passar algumas horas, sentado, aproveitando tudo ao máximo: a brisa fresca, os pássaros cantando, as borboletas, o sol batendo no rosto. Tudo aquilo dura pouco tempo e vai chegar ao fim. Por isso, você deve aproveitar o momento e criar boas condições.

Você não deve se apegar ao banco. Não tente colocar uma etiqueta nele com o seu nome, querendo mantê-lo para você! Isso vai impedi-lo de sentir o prazer e a liberdade de estar lá, simplesmente sentado. E se alguém se sentar com você, seja gentil, tratando-a com amor e compaixão. Não brigue com esta pessoa. Seu tempo é muito curto. Vocês estão ali apenas de passagem. Ao lembrarmos de que tudo na vida é impermanente e chega ao fim, podemos ser generosos com ela, sabendo que provavelmente ela nunca pensa no fato de que terá que deixar o banco em breve, assim como você. Todos nós queremos manter as coisas e não conseguimos. Temos que ter compaixão por elas, e por nós mesmos. Compreender a impermanência nos faz ricos: temos tudo neste momento e podemos ser generosos, abertos, decididos a fazer o que pudermos para beneficiar a todos com o nosso amor, sem medo de perder.

É possível reduzir o carma?

Sim, o carma é purificável através da educação e da meditação. O carma é algo criado por nós, e tudo o que é criado pode ser alterado. Só o que está além da criação – como a natureza absoluta da nossa mente – não pode ser alterado. Há duas formas de eliminar o carma negativo: uma delas é experienciar as situações da vida sem rejeitá-las, e recebê-las com amor e compaixão, transformando carma negativo em positivo; a outra forma é purificar o carma negativo antes de vivenciá-lo, e ir além do carma, não importando se ele é positivo ou negativo.

Esta segunda maneira de abordar a questão é crucial, mas só pode acontecer depois de treinarmos nossa mente através de avançadas técnicas de meditação. De maneira mais imediata, a melhor coisa a ser feita é transformar carma negativo em carma positivo. Mas precisamos ter em mente que produzir carma positivo não é uma solução absoluta para nosso sofrimento. Porque todo carma, positivo ou negativo, é impermanente. Isso significa que, seja qual for o resultado positivo que você crie, ele também vai mudar, mais cedo ou mais tarde. É um ciclo: o que é positivo se transforma em negativo e o que é negativo, em positivo. A única saída é obter a realização da iluminação e tirar você e sua mente deste sistema cíclico de existência. Enquanto isso não ocorre, faça seu melhor e crie condições positivas para suas experiências futuras, aceitando o seu carma, vivendo-o da melhor forma posssível e o purificando.

Como fazer para terminar um relacionamento com alguém com quem não combinamos muito, sem criar carma negativo e nem sofrimento?

Podemos dizer que a principal religião de nossa sociedade atual é o amor – nossas músicas, nossos filmes e nossos anseios são todos a respeito de relacionamentos – e, no entanto, nós nem ao menos sabemos o que é o amor. As pessoas se preocupam muito com os relacionamentos mas, na verdade, elas se preocupam mesmo é consigo mesmas. Elas querem ter um amor porque isso fará com que elas se sintam bem. E o Budismo traz um novo paradigma a este respeito: amar é querer que o outro seja feliz. 

Ao amar, devemos nos preocupamos com o bem-estar do outro e não em atender aos nossos interesses. Se você está com uma pessoa, é por causa do carma. Enquanto estiver com ela, você deve fazê-la o mais feliz possível. E se você deve terminar ou não o relacionamento, vai depender se isso vai fazê-la mais feliz ou mais infeliz. Sua preocupação não deve ter nada a ver com a sua própria felicidade. Se você tiver isto em mente, é mais provável que tome a decisão mais correta. 

O relacionamento vai acabar de um jeito ou de outro. Lembre-se da impermanência: você e a outra pessoa não duram para sempre. O próprio relacionamento é impermanente e vai acabar naturalmente, quando não houver mais carma entre vocês. Então, aproveite o momento, e não se esqueça de pensar no bem-estar dos demais, mais do que no seu próprio. Isso é libertador.


http://ninhodasborboletas.blogspot.com/2011/03/voce-pode-mudar-seu-carma.html

Créditos: Entrevista de Lama Tsering Everest concedida ao site Vya Estelar

Fonte: http ://www .odsalling .org .br


Eu tenho algumas ressalvas sobre segurar a raiva. É importante sim, a pratica da meditação, para conseguirmos ficar imparcial quanto ao negativo ou positivo, pois com a meditação conseguimos ver a situação sem nos envolver com ela. É como assistirmos a um filme. Como não temos esse domínio, nos envolvemos em todas as situações, e ao nos envolver, sofremos. 
Já li, já ouvi e já vivencie que aceitar as nossas emoções é importante e benéfico. Afinal, ela está nos dizendo algo. Como recebemos o que enviamos para o Universo e a raiva é uma emoção muito forte, ninguém quer recebê-la de volta, sugiro que se faça exercícios para colocá-la para fora. Socar travesseiros, gritar (sozinho, tá?), e até mesmo praticas esportivas que coloquem essa energia para fora de forma saudável como o boxe ou full contact é mais interessante do que prendê-la no corpo, pois as emoções não aceitas acabam se somatizando. E a raiva pode atrair para você acidentes ou ainda problemas no fígado. Portanto, enquanto não souber enxergar as situações com imparcialidade, veja a melhor forma de extravassar sem criar 'carma' negativo.
É necessário sempre o autoconhecimento. Não há para onde correr. Como a sua raiva é acionada? Em qual situação? Veja também qual a melhor forma para você, de transmutar essa energia. Ninguém é igual. Descubra-se para descobrir o seu caminho.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O que é a ansiedade?





Ansiedade, angústia, medo, insegurança, timidez são todos parentes próximos, diríamos que frutos de uma mesma árvore.
Embora a ansiedade contenha atributos orgânicos (é uma conseqüência normal do funcionamento do corpo), ela é uma decorrência do funcionamento mental. 
Ela se traduz por uma pressa, uma ânsia para o movimento, uma inquietação interior, uma aflição do corpo, para que aquilo que estiver acontecendo acabe logo. 
Também pode aparecer como um desejo exagerado para que algo aconteça, como se esse algo fosse muito bom, gostoso e agradável. 
A mente de uma forma mentirosa promete que quando acabarmos aquilo que nos gera ansiedade, tudo ficará tranqüilo, ficaremos sossegados, viveremos a glória ou não correremos mais perigo. 
A realidade é diferente, pois a ansiedade vicia e, quanto mais pressa temos, mais falta sentimos dela. A mente se habitua à pressa e passa a precisar dela.
E nós, reles mortais, ficamos aprisionados a ela, sempre ansiosos querendo acabar, chegar lá e percebendo (impacientes e impotentes) que sempre há mais para se fazer.


Ansiedade e Instinto de morte
A ansiedade é o desejo de acabar, de terminar, de cessar a sensação física e psíquica do contato com a vida, com a realidade. Este desejo acaba sendo o representante do instinto de morte, a única maneira de acabar com esta sensação. A pressa de acabar desemboca no desejo de terminar a própria vida. Trágico, mas quando a ansiedade é exagerada, esta constatação é absolutamente verdadeira.


Como diminuir a ansiedade com a respiração e a meditação
Primeiro, é preciso entender que a ansiedade é um fato normal quando não é exagerada. 
A ansiedade corresponde à excitação do neurônio e a sua necessidade de descarregá-la. 
Ela normalmente é desencadeada quando a pessoa entra em contato com situações novas e desconhecidas, ou quando a situação contém alto valor afetivo.
Para poder combater a ansiedade, o primeiro passo é identificá-la.
O corpo fica tenso, existe uma necessidade de se movimentar fisicamente (mexer pés ou mãos, uma inquietação em geral), a respiração fica mais acelerada e o pensamento fica agitado (muitas idéias passam pela cabeça de forma acelerada).
Algumas vezes, a cabeça fica confusa e não se sabe direito o que se quer.
Uma vez identificado este estado deve-se focar na respiração.
A freqüência respiratória precisa ser diminuída. 
Inspirar lentamente e encher os pulmões em mais ou menos 75%. 
Em seguida deve-se expirar e tirar todo o ar do pulmão (inclusive com a ajuda das mãos no diafragma), também de forma lenta.
A respiração tem a capacidade de controlar a vida: o corpo e a mente.
Na verdade, a respiração é a maior fonte de nutrição e harmonização das nossas emoções. 
Este tipo de exercício deve ser feito por pelo menos 10 minutos e deve-se tentar manter a cabeça vazia. 
Os pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado. 
Os yogues e as filosofias orientais já sabem deste recurso poderoso há mais de 3000 anos. 
A ansiedade é desencadeada por preocupações. 
Uma incerteza que desperta o pessimismo e a sensação de que algo muito ruim vai acontecer. 
E que é preciso fazer algo para evitar o pior e atingir as metas e objetivos. 
Esta é a hora de parar: quanto maior a pressa para atingir determinado objetivo, maior a ansiedade. 
Não se pode ter pressa para atingir objetivos. 
É como dizem os ditados populares: "O apressado come cru" ou "Devagar se vai ao longe".
É lógico que não devemos abrir mão de nossos objetivos, mas é preciso saber que ele deve ser atingido quando possível e necessário no plano do real e não na cabeça.
O que nos protege é a nossa ação e não as nossas idéias, portanto as idéias servem para nos orientar e não para nos acelerar ou dar vereditos mortais.
Portanto: esvazie a cabeça quando estiver ansiosa e confie.
De forma lenta, mudando o ritmo da respiração você chegará num ponto de proteção. Abra mão mentalmente de sua meta e objetivo por um tempo.
Só até recuperar o equilíbrio. "Mente acelerada é mente desequilibrada". (Isaac Efraim).
Se depois de cuidar da respiração e de esvaziar a cabeça você não melhorar totalmente, vá para a meditação, ela o ajudará ainda mais.



A saída é o centramento


A ansiedade nos coloca na periferia de uma roda que ao girar continuamente, passa por eternos altos e baixos, instabilidades e inseguranças.
Uma hora sentimos alegria, alívio e positivismo.
Depois vêm momentos de angústia, sensações corporais desagradáveis (dor na boca do estômago, suores, tremores, vazios na cabeça, enfim ...) e o pessimismo.
Para sairmos destes altos e baixos, tão desgastantes e improdutivos, a grande saída é o centramento.
Ao nos centrarmos, através da respiração e da prática da meditação, passamos a nos autoconhecer, reconhecer nossas verdades internas, os reais valores da alma e deixamos de estar na periferia da roda.
Centrados no eixo de nós mesmos, as instabilidades deixam de existir e ter sentido ou espaço.
Estando equilibrados em nosso eixo, a roda segue girando em meio aos desafios da vida, mas sem os altos e baixos que existem quando estamos desconectados de nós mesmas e dos valores conscienciais.
Só a prática da meditação pode nos levar para esta valiosa conquista.
Usando a técnica meditativa mais adequada a cada tipo de ser e momento evolutivo, percebermos a ansiedade e nos recolhermos em silêncio para o nosso centramento. 


Fonte: Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para o bem-estar e qualidade de vida.




A nossa mente sempre nos leva para o passado ou para o futuro e quase nunca conseguimos prestar atenção ao 'agora'. A mente que fica muito no passado fica deprimida ou saudosa e a mente que fica muito no futuro fica ansiosa. Estar no momento presente é o meio mais rápido para se livrar da ansiedade. Pratique estar no presente. Sempre que sentir ansiedade lembre-se que você não está no presente e volte a ele. A sensação de bem estar é completa no presente. 
Quando me refiro ao presente, não me refiro ao que aconteceu hoje, nem o que aconteceu a 1 minuto atrás. Mas, ao que está acontecendo agora, no eterno agora. Se você ficar pensando no que aconteceu a 1 minuto atrás ou o que acontecerá no próximo minuto, você não está no presente. 
O presente está acontecendo exatamente agora.