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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A luz do relacionamento santo

Queres a liberdade do corpo ou da mente? Pois não podes ter as duas. À qual dás valor? Qual é a tua meta? Pois uma vês como meio, a outra como fim. E uma tem que servir à outra e conduzir à predominância, aumentado a sua importância ao diminuir a própria. Os meios servem ao fim e à medida que o fim é alcançado, o valor dos meios decresce, sendo inteiramente eclipsado quando é reconhecido como sem função. Não há ninguém que não anseie pela liberdade e tente achá-la. No entanto, cada um irá buscá-la onde acredita que esteja e que pode ser achada. Ele acreditará que a liberdade é possível para a mente ou para o corpo e fará com que o outro sirva à sua escolha como meio de achá-la.

Onde a liberdade do corpo tiver sido escolhida, a mente é usada como meio, cujo valor está na sua capacidade de engenhar formas de realizar a liberdade do corpo. No entanto, a liberdade do corpo não tem significado e assim a mente é dedicada a servir ilusões. Essa é uma situação tão contraditória e tão impossível que qualquer pessoa que a escolha não tem a menor idéia do que é que tem valor. Entretanto, mesmo nessa confusão, tão profunda que não pode ser descrita, o Espírito Santo espera em gentil paciência, tão certo do resultado quanto Ele está seguro do Amor do Seu Criador.  Ele tem o conhecimento de que essa decisão louca foi tomada por alguém tão querido para o Seu Criador quanto o amor para si mesmo.

Não te perturbes absolutamente pensando em como Ele pode mudar o papel do meio e do fim com tanta facilidade naquilo que Deus ama e quer que seja livre para sempre. Mas, ao contrário, sê grato pelo fato de poderes ser o meio para servir ao Seu fim. Esse é o único serviço que conduz à liberdade.  Para servir a esse fim, o corpo tem que ser percebido como sem pecado, porque a meta é a impecabilidade. A ausência de contradição faz a suave transição de meio para fim tão fácil quanto a passagem do ódio para a gratidão diante de olhos que perdoam. Tu serás santificado pelo teu irmão, usando o teu corpo apenas para servir ao que não tem pecado. E será impossível para ti odiares o que serve àquele que queres curar.

Esse relacionamento santo, belo em sua inocência, poderoso em força e resplandecente como uma luz mais brilhante do que o sol que ilumina o céu que vês, é escolhido pelo teu Pai como um meio para o Seu próprio plano. Sê grato pelo fato de que ele em nada serve ao teu. Nada que lhe for confiado pode ser usado de forma equivocada e nada que lhe for dado deixará de ser usado. Esse relacionamento santo tem o poder de curar toda a dor, independentemente de sua forma.  Nem tu nem o teu irmão sozinhos podem servir em nada. Só na vossa vontade conjunta está a cura. Pois aqui está a tua cura e aqui aceitarás a Expiação. E na tua cura, a Filiação é curada porque a tua vontade e a do teu irmão estão unidas.

Diante de um relacionamento santo não há pecado. A forma do erro já não é mais vista e a razão unida ao amor olha em quietude para toda a confusão apenas observando: “Isso foi um equívoco”. E então, a mesma Expiação que aceitaste no teu relacionamento corrige o erro e coloca uma parte do Céu em seu lugar. Como és bem-aventurado, tu que permitiste que essa dádiva fosse dada! Cada parte do Céu que trazes te é dada. E cada lugar vazio do Céu, que de novo preenches com a Luz Eterna que trazes, brilha agora sobre ti.  Os meios da impecabilidade não podem conhecer nenhum medo, pois levam apenas amor consigo mesmos.

Criança da paz, a luz veio a ti. A luz que trazes, tu não reconheces e, no entanto vais te lembrar. Quem pode negar a si mesmo a visão que traz aos outros? E quem falharia em reconhecer a dádiva que ele permitiu que fosse depositada no Céu através de si mesmo? O gentil serviço que dás ao Espírito Santo é para ti mesmo. Tu, que és agora o Seu meio, tens que amar tudo o que Ele ama. E o que trazes é a tua lembrança de tudo o que é eterno. Nenhum traço de coisa alguma no tempo pode permanecer por muito tempo na mente que serve ao que é intemporal. E nenhuma ilusão pode perturbar a paz de um relacionamento que veio a ser o meio para a paz.

Quando tiveres olhado para o teu irmão com perdão completo, do qual nenhum erro está excluído e nada é mantido oculto, que equívoco pode haver em qualquer lugar que não possas deixar de ver? Que forma de sofrimento poderia bloquear a tua vista, impedindo-te de ver além dela? E que ilusão poderia haver que não reconhecesses como um equívoco, uma sombra através da qual caminhas completamente inabalado? Deus não permitiria que nada interferisse com aqueles cujas vontades são a Sua vontade e eles reconhecerão que suas vontades são a Sua porque servem à Sua.  E a servem voluntariamente.  E a lembrança do que eles são acaso poderia ser por muito tempo retardada?

Verás o teu valor através dos olhos do teu irmão e cada um é liberado à medida que contempla o seu próprio salvador no lugar do agressor que ele pensava estar lá. Através dessa liberação, o mundo se libera. Essa é a tua parte em trazer a paz. Pois perguntaste qual a tua função aqui e foste respondido. Não busques mudá-la, nem substituí-la por outra meta. Essa te foi dada, e apenas essa.  Aceita essa única e serve-a voluntariamente, pois o que o Espírito Santo faz com as dádivas que dás ao teu irmão, a quem Ele as oferece e onde e quando, cabe a Ele decidir.  Ele as concederá aonde são recebidas e bem-vindas.  Ele usará cada uma delas para a paz.  E nem o mais leve sorriso nem a menor disponibilidade para deixar de ver o mais ínfimo dos equívocos será perdido para ninguém.

O que pode ser, senão uma bênção universal, o fato de olhares com caridade para o que o teu Pai ama?  A extensão do perdão é a função do Espírito Santo. Deixa isso a Ele.  Permite que a tua preocupação seja apenas a de dar a Ele o que pode ser estendido. Não guardes segredos escuros que Ele não possa usar, mas oferece-Lhe as dádivas diminutas que Ele pode estender para sempre. Ele tomará cada uma e fará dela uma potente força em favor da paz.  Ele não negará nenhuma bênção à ela, nem a limitará de forma alguma.  Ele unirá a ela todo o poder que Deus Lhe deu para fazer com que cada pequena dádiva de amor seja uma fonte de cura para todos.  Cada pequena dádiva de amor que ofereces ao teu irmão ilumina o mundo.  Não te preocupes com a escuridão olha para longe dela na direção do teu irmão. E permite que a escuridão seja dissipada por Aquele Que conhece a luz e a deposita gentilmente em cada sorriso quieto de fé e de confiança com o qual abençoas o teu irmão.

Do teu aprendizado depende o bem-estar do mundo.  E é somente a arrogância que quer negar o poder da tua vontade. Pensas que a Vontade de Deus é impotente? Isso é humildade?  Não vês o que essa crença tem feito. Tu vês a ti mesmo como vulnerável, frágil, facilmente destruído e à mercê de inúmeros agressores mais poderosos que tu. Vamos olhar de frente como esse erro veio a acontecer, pois aqui jaz enterrada a âncora pesada que parece manter o medo de Deus no lugar, imóvel e sólido como uma rocha. Enquanto isso permanecer, assim parecerá ser.

Quem pode atacar o Filho de Deus e não atacar o seu Pai?  Como é possível que o Filho de Deus seja fraco e frágil e facilmente destruído a não ser que o seu Pai também o seja?  Não vês que cada pecado e cada condenação que percebes e justificas é um ataque ao teu Pai.  E é por essa razão que isso não aconteceu, nem poderia ser real.  Não vês que tudo isso é o que tentas fazer porque pensas que o Pai e o Filho estão separados.  E não podes deixar de pensar que Eles estão separados por causa do medo.  Pois parece mais seguro atacar uma outra pessoa ou a ti mesmo do que atacar o grande Criador do universo, Cujo poder tu conheces.

Se fosses um com Deus e conhecesses essa unicidade terias o conhecimento de que o Seu poder é o teu.  Mas não te lembrarás disso enquanto acreditares que qualquer tipo de ataque significa alguma coisa.  Ele é injustificado em qualquer forma porque não tem significado.  A única maneira em que poderia ser justificado seria se tu e teu irmão fosseis separados um do outro e se todos fossem separados do Criador.  Pois só então seria possível atacar uma parte da criação sem atacar o todo, o Filho sem o Pai e atacar outra pessoa sem atacar a sim mesmo ou ferir a si mesmo sem que o outro sentisse dor.  E tu queres essa crença.  Entretanto, onde está o seu valor, exceto no desejo de atacar em segurança?  O ataque não é seguro nem perigoso.  Ele é impossível.  E isso é assim porque o universo é uno.  Não escolherias atacar a sua realidade, se não fosse essencial para o ataque vê-lo separado daquele que o fez.  E assim aparentemente o amor poderia atacar e vir a ser amedrontador.

Só aqueles que são diferentes podem atacar.  Assim concluíste que, porque podes atacar, tu e teu irmão não podeis deixar de ser diferentes.  No entanto, o Espírito Santo explica isso de maneira diferente.  Porque tu e o teu irmão não sois diferentes, não podes atacar.  Cada uma dessas posições é um conclusão lógica.  Qualquer uma pode ser mantida, mas nunca ambas.  A única questão que é necessário responder, com o fim de decidir qual das duas tem que ser verdadeira, é se tu e o teu irmão sois diferentes.  A partir do que compreendes, pareceis ser e, portanto, podes atacar.  Das alternativas, essa parece ser mais natural e estar mais na linha da tua experiência. E, por conseguinte é necessário que tenhas outras experiências, mas na linha da verdade para que te ensinem o que é natural e verdadeiro.

Essa é a função do teu relacionamento santo.  Pois o que um pensa, o outro vivenciará com ele.  O que isso pode significar exceto que a tua mente e a do teu irmão são uma só?  Não olhes esse fato alegre com medo e não penses que ele deposita uma carga pesada sobre ti.  Pois quando o tiveres aceito com alegria, reconhecerás que o teu relacionamento é um reflexo da união do Criador com o Seu Filho.  Entre mentes amorosas, não há separação.  E cada pensamento em um deles traz alegria ao outro porque são o mesmo.  A alegria é ilimitada porque cada pensamento brilhante de amor estende o que é, e cria mais de si mesmo. Não há diferença em nenhuma das suas partes, pois todo pensamentos é como ele mesmo.

A luz que une a ti e ao teu irmão bilha através do universo e porque vos une faz com que tu e ele sejais uno com o teu Criador. E Nele toda a criação está unida.  Tu te arrependerias de não poderes sentir medo sozinho, quando o teu relacionamento pode também ensinar que o poder do amor está presente, fazendo com que todo o medo seja impossível?  Não tentes guardar um pouco do ego com essa dádiva. Pois ela te foi dada para ser usada e não obscurecida.  O que te ensina que não podes te separar nega o ego.  Deixa que a verdade decida se tu e teu irmão sois diferentes ou o mesmo e que ela te ensina o que é verdadeiro.
 
Fonte: Um Curso em Milagres - Livro Texto - Cap 22, sub 6.
 
Talvez nem todos que leiam o texto compreenda, isso é natural, por que o ego atrapalha esse entendimento.
Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre Um Curso Em Milagres sugiro procurar um grupo de estudos. Tenho o endereço de alguns grupos aqui em Salvador. Se quiser, estou à disposição para informar.

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