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domingo, 30 de dezembro de 2012

A MAGIA DO CAMINHO REAL




“Hoje consigo ver claramente as raízes que distorcem nossos sentimentos e emoções naturais e as outras que apenas nos ferem e nos separam de nós mesmos, dos outros e, consequentemente, do Todo ou Deus.

Sob meu ponto de vista, tudo parte de duas raízes “Compreensão e Julgamento”, que por sua vez criam dois troncos “Aceitação e Rejeição”. Além disso, as duas energias básicas que movem o mundo em todos os aspectos são “Amor e Medo”.

Existe, em todas as nossas ações, o gesto primordial de pedido de amor.

Em nosso trabalho, esforçamo-nos para fazê-lo bem feito e sermos aceitos, elogiados, premiados ou remunerados…

O que significa isso? Estamos, na realidade, pedindo amor.

Em nosso círculo social, queremos ser aprovados, elogiados, aplaudidos e admirados – mais uma vez, pedindo amor.

Até o gesto mais simples, como uma olhada no espelho, uma escovada no cabelo, na tentativa de agradar o outro, contém em si, implicitamente, um pedido de amor.

Em nossas relações íntimas ou familiares, estamos claramente buscando amor. Absolutamente tudo gira em torno dessa busca, nunca totalmente saciada, porque partimos da premissa errada de que esse amor tem que vir “do outro”!

Enquanto não encontrarmos nossa própria fonte interna, viveremos na frustração de não sermos totalmente amados e, em consequência, não amaremos.

Como podemos nos amar se não nos aceitamos?

Estamos habituados a chamar de amor as emoções que são absolutamente opostas a ele, tais como paixão, apego, dependência e até mesmo culpa.

Na paixão, vivemos um encontro químico, em que o outro é apenas um objeto de abastecimento para a nossa carência, a projeção de nossa idealização do perfeito; daí a posse que todo apaixonado exerce, transformando o amor em prisão e morte.

No apego, o hábito comanda a relação; é o medo do novo, do desconhecido, da solidão. Muitas vezes preferimos o que não gostamos, somente porque já o conhecemos, e não nos arriscamos em busca do que realmente poderíamos gostar. É o medo nos comandando.

Na dependência, é a auto-invalidação que determina o que vamos fazer. Nos sentimos tão incapazes de nos suprir, tão inferiores ao outro, que pensamos poder viver apenas através dele. Ainda o medo de “não ser”.

Na culpa sofremos e cuidamos com ansiedade do objeto amado por nos sentirmos responsáveis; se acontecer algo errado, sempre será porque fizemos algo de malfeito: é a onipotência em relação ao outro. Esse tipo de relação muitas vezes esconde um ódio implacável.

E o amor, o que será???

Amor é liberdade de ser …

No amor nos comprazemos com a felicidade do outro; a alegria está no dar, em ser capaz de fazer o outro feliz, na aceitação total…

O fundamental para encontrar essa fonte de energia inesgotável é a aceitação incondicional do que e como somos.

Algumas pessoas confundem aceitação com acomodação ou conformismo.

Não é bem assim. Na verdade são opostos, pois, enquanto a acomodação é a submissão e a escravidão a algo além de nossas forças, a aceitação é uma ação de responsabilidade, é assumir aquilo que É SUA ESCOLHA!!!!”


Texto de Anna Sharp

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Autoavaliação

 
Uma das características de personalidade que contribui para a baixa avaliação de si mesmo é o perfeccionismo: ninguém só tem bons resultados.

Quando erramos ficamos tristes, fazemos autocrítica, aprendemos da experiência e, rapidamente, temos que nos "perdoar" e seguir em frente.

O ideal é só cobrar de si o empenho, o ato de ter feito o melhor que podia: o resultado negativo irá gerar tristeza, mas menos abatimento.

Há os que não se perdoam e ficam se martirizando, rememorando inúmeras vezes os erros cometidos: é uma autoflagelação improdutiva e inútil.

É extremamente improdutivo ficar "chorando o leite derramado". A intolerância consigo mesmo impede a pessoa de exercer suas potencialidades.

Flávio Gikovate

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rédeas do destino


 

“Aquilo que existe em mim e faz parte de mim, pode ser transformado.
Aquilo que é do outro, e faz parte do outro, só pode ser transformado pelo outro;
E será compreendido e aceito por mim dentro dos meus limites.
 
Posso falar ao outro como me sinto em relação ao que ele faz ou diz.
Mas não tenho o poder de controlar o que ele faz ou diz.
Não posso afirmar: “aquilo que você fez ou disse me feriu”.
Eu é que me feri com aquilo que o outro fez ou disse.

Sou dono das minhas emoções, sensações e sentimentos.
Sou dono das minhas atitudes, pensamentos e palavras.
Não é coerente dizer que fiz algo com alguém só porque alguém fez outra coisa comigo primeiro.
Agindo assim, sou apenas resposta e eco.

É mais valioso optar por agir ao invés de apenas reagir.
É mais sensato perceber que sou senhor das minhas ações, e se faço ou fiz algo, sou o grande responsável por isso.
Reconheço que as rédeas do meu destino estão em minhas mãos.
E me recuso a segurar as rédeas do destino do outro.

Busco o amor em sua mais bela expressão.
E por isso abro mão de querer ter o controle sobre a vida do outro.
Quero amar com liberdade.
Quero amar com plenitude.
Quero amar… antes de tudo porque é bom amar…”

Kau Mascarenhas