Pesquisar este blog

domingo, 30 de janeiro de 2011

GRATIDÃO E ABUNDÂNCIA


Na área da psiconeuroimunologia, cresce a convicção de que as emoções, crenças, formas-pensamento, valores (nosso "mapa" do mundo) tem efeito determinante no funcionamento do corpo. Ao optarmos pela gratidão como filosofia de vida, como prática constante, presenteamos a nós mesmos com uma vida mais feliz, saudável e bem sucedida. A gratidão gera ondas de vibração positiva deixando-nos afinados com o universo, com nossa essência divina, proporcionando harmonia interna e externa, gerando cura e rejuvenescimento. A gratidão, como modo de ser, lembrando a Drª. Sharron Stroud, começa a se manifestar como arte e ciência da bênção.

No solo fertilizado pela gratidão, é impossível encontrar preocupação, raiva, depressão ou emoções negativas. Há uma nítida diferença entre os que vivem alimentando-se de amargura e os que vivem movidos por gratidão. Há um revigorante poder na gratidão, também na medida em que libera endorfinas, fortalecendo o sistema imunológico. Quando a gratidão se transforma em estilo de vida, abrem-se as portas para a felicidade e a saúde.

Não foi por masoquismo que São Paulo recomendou "em tudo dai graças"; há razões óbvias nesta orientação. E não tem a ver, necessariamente, em nos tornar aptos para irmos para o céu e sim tornarmo-nos mais felizes e eficientes aqui na Terra. O apóstolo Paulo, constantemente submetido a duras privações e grandes obstáculos, sabia que o antídoto contra o veneno da amargura é a gratidão; por experiência percebia que não há como ser grato e infeliz ao mesmo tempo. Sabia que a prática da gratidão o libertava do pensamento negativo, da dúvida, do cinismo, do comodismo resignado e covarde, ao mesmo tempo em que o transportava para a dimensão criativa onde o amor, a fé e a esperança habitam.

Precisamos conscientemente injetar no cérebro doses maciças de gratidão todos os dias e várias vezes por dia. Ao agirmos assim, perceberemos que mesmo um período doloroso pode receber uma leitura nova e positiva, abrindo-se a múltiplas possibilidades. A vida se expande e floresce na gratidão podendo também se retrair e murchar na ausência dela. Um coração fechado bloqueia o acesso a fonte de toda a felicidade, a manifestação de Deus em nós, interrompe a linha de transmissão da energia criativa oriunda do Criador.

O universo enamora-se da gratidão. Quanto mais gratos formos mais motivos para sermos gratos teremos. A gratidão é a senha que nos permite o acesso aos tesouros da abundância; em contrapartida, a falta de gratidão e as queixas lamuriosas tornam as fontes de regozijo cada vez mais secas.

Durante muitos anos tive dificuldade de aceitar presentes, o que acabei percebendo tratar-se de baixa auto-estima e orgulho velado. Hoje, ao ser presenteado, gosto de dizer que aceito com gratidão e alegria. Percebo que ao agir assim me coloco como alvo da generosa e dadivosa Providência.

O universo sempre nos dá mais daquilo em que nos concentramos. Há um princípio aceito de que aquilo que focamos se expande. O Mestre Jesus declarou: "Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.(Marcos 4:25) ". À primeira vista, tal declaração soa muito dura, parece injusta; entretanto, ela faz justiça aos princípios que regem o universo. O que o Mestre está dizendo é que a abundância, antes de ser plasmada no tempo e no espaço, precisa existir como forma-pensamento, como sentimento de gratidão pela abundância, implicitamente. Para o Mestre, pessoas que se alimentam de crenças negativas em relação a abundância, a prosperidade, colhem os frutos destas crenças.

A parábola dos talentos, onde se encontram as palavras de Jesus supracitadas, referem-se a três personagens, três formas de lidar com o que a vida disponibiliza. O terceiro personagem, que recebeu um talento, representa os que crêem em um Deus amedrontador, severo, vingativo, que julga, condena e inibe a iniciativa humana. É do tipo que diz "fazer o que, a gente tem que se conformar, é a vontade de Deus..." e, de posse desta crença vive a enterrar o potencial nele existente. Os outros dois, no entanto, são movidos pelo dinamismo, criatividade e flexibilidade que a gratidão proporciona, vivendo para multiplicar o que lhes foi dado possuir.

A gratidão nada tem a ver com comodismo ou resignação frustrada, ao contrário, é poderoso combustível para a ação. A partir da plataforma da gratidão é que se lançam os destemidos projetos de fé. Jesus estava, portanto, ensinando a importância de nos concentrarmos no que temos e no que verdadeiramente desejamos, em vez de focarmos e relembrarmos o que nos falta. Se focarmos no que nos falta, o que nos falta é o que na verdade temos. Portanto, se não abrigarmos pensamentos e sentimentos de abundância, corremos o risco de ter cada vez menos.

Tal afirmação do Mestre me remete a uma história que li no livro "GRATIDÃO, UM ESTILO DE VIDA". O autor do artigo que contem a historia, Alan Cohen, assim a descreve: "Ouvi falar de uma mulher chamada Sarah, que se encontrava deitada na cama de um hospital, depois de ter sofrido um acidente, profundamente deprimida, incapaz de mexer qualquer parte de seu corpo exceto o dedinho de uma mão. Sarah decidiu, então, que faria uso do que tinha, em vez de se lamentar pelo que não tinha. Começou, então, a abençoar o único dedo que podia mexer e acabou desenvolvendo um sistema de comunicação, baseado em sim e não com o dedinho. Sarah tornou-se agradecida pelo fato de poder se comunicar e, assim, sentiu-se mais feliz. Na medida em que ela abençoou o movimento, sua flexibilidade aumentou. Dentro de pouco tempo, Sarah conseguia mexer a mão, depois o braço e, finalmente, todo o corpo."

A radical alteração no corpo de Sarah teve início quando no lugar de uma atitude crítica e queixosa ela passou a alimentar-se de abençoada gratidão. Entre as dietas alimentares que objetivam saúde e longevidade, gostaria de propor mais uma: à base de generosas e enriquecidas porções de gratidão diárias.

Lembrando Milady Bertie "A gratidão desbloqueia a abundância da vida. Ela torna o que temos em suficiente, e mais. Ela torna a negação em aceitação, caos em ordem, confusão em claridade. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em um lar, um estranho em um amigo. A gratidão dá sentido ao nosso passado, traz paz para o hoje, e cria uma visão para o amanhã."

Será oportuno, juntamente com os novos projetos, promessas e propósitos pessoais, concentrarmo-nos no que temos, no que funciona, no que não precisamos pedir. Deixar-nos embriagar de gratidão, além de não provocar ressaca, abrirá as portas para o caminho da abundância.


Texto de Oliveira Fideles Filho

sábado, 29 de janeiro de 2011

Pensamento tem forma?


Os pensamentos tem origem na imaginação

Você consegue parar de pensar pelo menos por alguns segundos? Isso é tão dificil que os hindus, para conseguir meditar sem que os pensamentos atrapalhem, inventaram os mantras. Repetindo-os durante a meditação, conseguem entrar em um estado especial de relaxamento e de paz.

Pensar é tão natural como respirar. Mas se a respiração seguramos o ar purificado e jogamos fora o que não serve, com o pensamento ainda não aprendemos a fazê-lo. E isso faz a diferença. Alimentamos e damos força a muitos pensamentos tóxicos que envenenam nossa vida, causam problemas, chegando a materializar situações dolorosas, tragédias e doenças.

Meus amigos espirituais dizem que 80% de nossos problemas vêm desses pensamentos. É uma porcentagem alta e vale a pena estudarmos melhor esse assunto.

Você acha exagero? É mais cômodo acreditar que sua doença foi causada por um vírus, que a amiga foi “vitima” daquele acidente de carro, que aquele alcoólatra na família seja um carma, que a obsessão do seu filho é causada pela perseguição de um espirito desencarnado. Há quem diga até que “desenvolver” a mediunidade cura todas essas coisas, como se ‘receber’ espíritos possa por si só equilibrar emocionalmente uma pessoa.

Reconhecer que 80% dos problemas que lhe afligem vêm de suas atitudes, de sua invigilância, de sua insegurança ou falta de controle significa assumir completa responsabilidade por sua vida.

Não esperar nada dos outros e usar a própria força para melhorar será um grande passo. Examinar seus verdadeiros sentimentos, rever suas crenças, avaliar e trabalhar para restaurar sua saúde interior são esforços que só você pode realizar e que terá como resultado o bem-estar que você deseja.

O pensamento tem origem na imaginação. Quando ele nos impressiona e lhe damos força, torna-se uma crença cuja energia se instala em nossa aura como uma verdade. Nosso subconsciente, cuja função é materializar nossas crenças, vai trabalhar para criar o que acreditamos. A essa altura, aquele pensamento ao qual demos força tomou a forma e o teor do que idealizamos. Os cientistas dão-lhe o nome de formas-pensamentos e nós constumamos chamar de ‘amebas’ energéticas.

Se alguém lhe disse que é perigoso dirigir na estrada, ou se você leu sobre um acidente de carro no jornal e sentiu medo de que lhe aconteça o mesmo e não deu ouvidos, tudo bem, logo esquecerá o incidente. Porém se se impressionou, alimentou o medo e acorvadou-se, dependendo da intensidade de como fez isso, criou uma ‘ameba’ em sua aura que a partir daí vai pressioná-la todas as vezes que precisar dirigir na estrada, fazendo-a sentir medo e desistir. Se você não reagir, acabará prisioneira dela, não dirigindo mais, até que a enfrente fazendo exatamente o oposto. Já pensou como será sua vida se você criar muitas delas?

Muitos pesadelos, loucuras, visões, doenças psicossomáticas e até síndrome do pânico têm origem nessas ‘amebas’. Um bom terapeuta, familiarizado com elas, poderá ser de grande ajuda para identifica-las. Entretanto, só a própria pessoa terá o poder de eliminá-las, quando resolver enfrentá-las.

Os médiuns nos centros espíritas captam essas formas-pensamentos das auras das pessoas e julgam tratar-se de um espirito desencarnado. Só os mais experientes conseguem perceber a diferença, porque os sintomas são iguais. A ameba transmite toda a carga da emoção de que a carrega. Quando o médium faz essa captação, o possuidor da ameba registra uma melhora temporária, porque a carga de energia diminui, mas como ele continua a alimentá-la, mantendo as mesmas ideias, logo voltará ao estado interior. Eis por que certas pessoas têm o passe como um alívio apenas temporário.

Se você vem sofrendo há muitos anos sem solução, se sua vida vai mal e tudo parece estar conspirando contra sua felicidade, preste atenção às conversas que costuma manter consigo mesmo. Elas são a chave de todos os seus problemas. Suas amebas estão lá, impressionando você, bloqueando seu desenvolvimento. Se não acredita, experimente.

Perceba quantas vezes se critica, se agride, se coloca contra você, destruindo seu entusiasmo, sua alegria de viver. Quantas crenças captou dos parentes ou professores de infância, sem nunca ter questionado se eram verdadeiras? Coisas como: “Tomar banho depois do almoço faz mal!” ou “Não pode lavar a cabeça quando menstruada”. Hoje, quem acreditaria nisso? Se essas já foram eliminadas, quantas outras estão lhe controlando?

Fazer afirmações positivas, criar “amebas” otimistas que nos encorajem e tragam alegria é trabalho de cada um. Eu, que já venho fazendo isso há algum tempo, garanto que isso funciona. Sinto-me saudável, alegre e feliz.

Você não gostaria de fazer o mesmo?





Texto de Zibia Gasparetto

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Podemos ter tudo?


Podemos ter tudo? Será que precisamos abrir mão de alguma coisa para conseguir o que queremos?


Muitos se contentam com pouco, seja na vida profissional ou pessoal. Deixamos nossas paixões de lado para levar o que chamamos uma “vida normal”.

Permitimos que estatísticas, autoridades, desespero e antigas vozes do passado ofusquem nossa visão do futuro.

O Universo quer nos dar tudo. Somos nós que nos limitamos, seja porque alguém disse que não podemos ter tudo ou porque o que chamamos de fracasso nos fez enxergar dessa maneira. É esse pensamento limitado que nos faz abrir mão das coisas. Não acreditamos que podemos ter tudo

Se começássemos a sentir um inflexível e incansável desejo de dar a nós mesmos uma nota 10 em todas as áreas de nossa vida, passaríamos a elevar nosso grau de exigência

Mas o problema é que nos apegamos à ilusão de que, embora possamos ter muito sucesso, nosso sucesso se limitará a uma ou duas áreas da vida.

Lembro que na escola eu era ótimo em matemática, mas que ninguém ousasse sequer pensar em me mostrar um livro de inglês, num determinado momento da minha vida escolar, tive um professor que me fazia sentir um zero à esquerda no que se referia à leitura. Então, parei de tentar e me resignei a ser bom somente em matemática.

Esta semana, o Universo quer nos dizer que:

Podemos ter tudo.

Por que não? Repense no que você espera da vida e faça algo revolucionário. Uma ideia é se reconectar com algo que faz os seus olhos brilharem ou se desconectar de algo que o puxa para baixo. Abandone um hábito ruim. Recupere um antigo hobby. Faça alguma coisa que o ajude a se reconectar com aquela parte de você que sabe que não existem limites para o que podemos realizar.

Texto de Yehuda

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A luz do relacionamento santo

Queres a liberdade do corpo ou da mente? Pois não podes ter as duas. À qual dás valor? Qual é a tua meta? Pois uma vês como meio, a outra como fim. E uma tem que servir à outra e conduzir à predominância, aumentado a sua importância ao diminuir a própria. Os meios servem ao fim e à medida que o fim é alcançado, o valor dos meios decresce, sendo inteiramente eclipsado quando é reconhecido como sem função. Não há ninguém que não anseie pela liberdade e tente achá-la. No entanto, cada um irá buscá-la onde acredita que esteja e que pode ser achada. Ele acreditará que a liberdade é possível para a mente ou para o corpo e fará com que o outro sirva à sua escolha como meio de achá-la.

Onde a liberdade do corpo tiver sido escolhida, a mente é usada como meio, cujo valor está na sua capacidade de engenhar formas de realizar a liberdade do corpo. No entanto, a liberdade do corpo não tem significado e assim a mente é dedicada a servir ilusões. Essa é uma situação tão contraditória e tão impossível que qualquer pessoa que a escolha não tem a menor idéia do que é que tem valor. Entretanto, mesmo nessa confusão, tão profunda que não pode ser descrita, o Espírito Santo espera em gentil paciência, tão certo do resultado quanto Ele está seguro do Amor do Seu Criador.  Ele tem o conhecimento de que essa decisão louca foi tomada por alguém tão querido para o Seu Criador quanto o amor para si mesmo.

Não te perturbes absolutamente pensando em como Ele pode mudar o papel do meio e do fim com tanta facilidade naquilo que Deus ama e quer que seja livre para sempre. Mas, ao contrário, sê grato pelo fato de poderes ser o meio para servir ao Seu fim. Esse é o único serviço que conduz à liberdade.  Para servir a esse fim, o corpo tem que ser percebido como sem pecado, porque a meta é a impecabilidade. A ausência de contradição faz a suave transição de meio para fim tão fácil quanto a passagem do ódio para a gratidão diante de olhos que perdoam. Tu serás santificado pelo teu irmão, usando o teu corpo apenas para servir ao que não tem pecado. E será impossível para ti odiares o que serve àquele que queres curar.

Esse relacionamento santo, belo em sua inocência, poderoso em força e resplandecente como uma luz mais brilhante do que o sol que ilumina o céu que vês, é escolhido pelo teu Pai como um meio para o Seu próprio plano. Sê grato pelo fato de que ele em nada serve ao teu. Nada que lhe for confiado pode ser usado de forma equivocada e nada que lhe for dado deixará de ser usado. Esse relacionamento santo tem o poder de curar toda a dor, independentemente de sua forma.  Nem tu nem o teu irmão sozinhos podem servir em nada. Só na vossa vontade conjunta está a cura. Pois aqui está a tua cura e aqui aceitarás a Expiação. E na tua cura, a Filiação é curada porque a tua vontade e a do teu irmão estão unidas.

Diante de um relacionamento santo não há pecado. A forma do erro já não é mais vista e a razão unida ao amor olha em quietude para toda a confusão apenas observando: “Isso foi um equívoco”. E então, a mesma Expiação que aceitaste no teu relacionamento corrige o erro e coloca uma parte do Céu em seu lugar. Como és bem-aventurado, tu que permitiste que essa dádiva fosse dada! Cada parte do Céu que trazes te é dada. E cada lugar vazio do Céu, que de novo preenches com a Luz Eterna que trazes, brilha agora sobre ti.  Os meios da impecabilidade não podem conhecer nenhum medo, pois levam apenas amor consigo mesmos.

Criança da paz, a luz veio a ti. A luz que trazes, tu não reconheces e, no entanto vais te lembrar. Quem pode negar a si mesmo a visão que traz aos outros? E quem falharia em reconhecer a dádiva que ele permitiu que fosse depositada no Céu através de si mesmo? O gentil serviço que dás ao Espírito Santo é para ti mesmo. Tu, que és agora o Seu meio, tens que amar tudo o que Ele ama. E o que trazes é a tua lembrança de tudo o que é eterno. Nenhum traço de coisa alguma no tempo pode permanecer por muito tempo na mente que serve ao que é intemporal. E nenhuma ilusão pode perturbar a paz de um relacionamento que veio a ser o meio para a paz.

Quando tiveres olhado para o teu irmão com perdão completo, do qual nenhum erro está excluído e nada é mantido oculto, que equívoco pode haver em qualquer lugar que não possas deixar de ver? Que forma de sofrimento poderia bloquear a tua vista, impedindo-te de ver além dela? E que ilusão poderia haver que não reconhecesses como um equívoco, uma sombra através da qual caminhas completamente inabalado? Deus não permitiria que nada interferisse com aqueles cujas vontades são a Sua vontade e eles reconhecerão que suas vontades são a Sua porque servem à Sua.  E a servem voluntariamente.  E a lembrança do que eles são acaso poderia ser por muito tempo retardada?

Verás o teu valor através dos olhos do teu irmão e cada um é liberado à medida que contempla o seu próprio salvador no lugar do agressor que ele pensava estar lá. Através dessa liberação, o mundo se libera. Essa é a tua parte em trazer a paz. Pois perguntaste qual a tua função aqui e foste respondido. Não busques mudá-la, nem substituí-la por outra meta. Essa te foi dada, e apenas essa.  Aceita essa única e serve-a voluntariamente, pois o que o Espírito Santo faz com as dádivas que dás ao teu irmão, a quem Ele as oferece e onde e quando, cabe a Ele decidir.  Ele as concederá aonde são recebidas e bem-vindas.  Ele usará cada uma delas para a paz.  E nem o mais leve sorriso nem a menor disponibilidade para deixar de ver o mais ínfimo dos equívocos será perdido para ninguém.

O que pode ser, senão uma bênção universal, o fato de olhares com caridade para o que o teu Pai ama?  A extensão do perdão é a função do Espírito Santo. Deixa isso a Ele.  Permite que a tua preocupação seja apenas a de dar a Ele o que pode ser estendido. Não guardes segredos escuros que Ele não possa usar, mas oferece-Lhe as dádivas diminutas que Ele pode estender para sempre. Ele tomará cada uma e fará dela uma potente força em favor da paz.  Ele não negará nenhuma bênção à ela, nem a limitará de forma alguma.  Ele unirá a ela todo o poder que Deus Lhe deu para fazer com que cada pequena dádiva de amor seja uma fonte de cura para todos.  Cada pequena dádiva de amor que ofereces ao teu irmão ilumina o mundo.  Não te preocupes com a escuridão olha para longe dela na direção do teu irmão. E permite que a escuridão seja dissipada por Aquele Que conhece a luz e a deposita gentilmente em cada sorriso quieto de fé e de confiança com o qual abençoas o teu irmão.

Do teu aprendizado depende o bem-estar do mundo.  E é somente a arrogância que quer negar o poder da tua vontade. Pensas que a Vontade de Deus é impotente? Isso é humildade?  Não vês o que essa crença tem feito. Tu vês a ti mesmo como vulnerável, frágil, facilmente destruído e à mercê de inúmeros agressores mais poderosos que tu. Vamos olhar de frente como esse erro veio a acontecer, pois aqui jaz enterrada a âncora pesada que parece manter o medo de Deus no lugar, imóvel e sólido como uma rocha. Enquanto isso permanecer, assim parecerá ser.

Quem pode atacar o Filho de Deus e não atacar o seu Pai?  Como é possível que o Filho de Deus seja fraco e frágil e facilmente destruído a não ser que o seu Pai também o seja?  Não vês que cada pecado e cada condenação que percebes e justificas é um ataque ao teu Pai.  E é por essa razão que isso não aconteceu, nem poderia ser real.  Não vês que tudo isso é o que tentas fazer porque pensas que o Pai e o Filho estão separados.  E não podes deixar de pensar que Eles estão separados por causa do medo.  Pois parece mais seguro atacar uma outra pessoa ou a ti mesmo do que atacar o grande Criador do universo, Cujo poder tu conheces.

Se fosses um com Deus e conhecesses essa unicidade terias o conhecimento de que o Seu poder é o teu.  Mas não te lembrarás disso enquanto acreditares que qualquer tipo de ataque significa alguma coisa.  Ele é injustificado em qualquer forma porque não tem significado.  A única maneira em que poderia ser justificado seria se tu e teu irmão fosseis separados um do outro e se todos fossem separados do Criador.  Pois só então seria possível atacar uma parte da criação sem atacar o todo, o Filho sem o Pai e atacar outra pessoa sem atacar a sim mesmo ou ferir a si mesmo sem que o outro sentisse dor.  E tu queres essa crença.  Entretanto, onde está o seu valor, exceto no desejo de atacar em segurança?  O ataque não é seguro nem perigoso.  Ele é impossível.  E isso é assim porque o universo é uno.  Não escolherias atacar a sua realidade, se não fosse essencial para o ataque vê-lo separado daquele que o fez.  E assim aparentemente o amor poderia atacar e vir a ser amedrontador.

Só aqueles que são diferentes podem atacar.  Assim concluíste que, porque podes atacar, tu e teu irmão não podeis deixar de ser diferentes.  No entanto, o Espírito Santo explica isso de maneira diferente.  Porque tu e o teu irmão não sois diferentes, não podes atacar.  Cada uma dessas posições é um conclusão lógica.  Qualquer uma pode ser mantida, mas nunca ambas.  A única questão que é necessário responder, com o fim de decidir qual das duas tem que ser verdadeira, é se tu e o teu irmão sois diferentes.  A partir do que compreendes, pareceis ser e, portanto, podes atacar.  Das alternativas, essa parece ser mais natural e estar mais na linha da tua experiência. E, por conseguinte é necessário que tenhas outras experiências, mas na linha da verdade para que te ensinem o que é natural e verdadeiro.

Essa é a função do teu relacionamento santo.  Pois o que um pensa, o outro vivenciará com ele.  O que isso pode significar exceto que a tua mente e a do teu irmão são uma só?  Não olhes esse fato alegre com medo e não penses que ele deposita uma carga pesada sobre ti.  Pois quando o tiveres aceito com alegria, reconhecerás que o teu relacionamento é um reflexo da união do Criador com o Seu Filho.  Entre mentes amorosas, não há separação.  E cada pensamento em um deles traz alegria ao outro porque são o mesmo.  A alegria é ilimitada porque cada pensamento brilhante de amor estende o que é, e cria mais de si mesmo. Não há diferença em nenhuma das suas partes, pois todo pensamentos é como ele mesmo.

A luz que une a ti e ao teu irmão bilha através do universo e porque vos une faz com que tu e ele sejais uno com o teu Criador. E Nele toda a criação está unida.  Tu te arrependerias de não poderes sentir medo sozinho, quando o teu relacionamento pode também ensinar que o poder do amor está presente, fazendo com que todo o medo seja impossível?  Não tentes guardar um pouco do ego com essa dádiva. Pois ela te foi dada para ser usada e não obscurecida.  O que te ensina que não podes te separar nega o ego.  Deixa que a verdade decida se tu e teu irmão sois diferentes ou o mesmo e que ela te ensina o que é verdadeiro.
 
Fonte: Um Curso em Milagres - Livro Texto - Cap 22, sub 6.
 
Talvez nem todos que leiam o texto compreenda, isso é natural, por que o ego atrapalha esse entendimento.
Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre Um Curso Em Milagres sugiro procurar um grupo de estudos. Tenho o endereço de alguns grupos aqui em Salvador. Se quiser, estou à disposição para informar.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

RAZÃO E PERCEPÇÃO

A projeção faz a percepção.

O mundo que vês é o que deste ao mundo, nada mais do que isso.

Mas embora não seja mais do que isso, não é menos.
Portanto, é importante para ti. Ele é a testemunha do teu estado mental, o retrato externo de uma condição interna.

Como um homem pensa, assim ele percebe. Portanto, não busques mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo.

A percepção é resultado e não uma causa.

E é por isso que qualquer ordem de dificuldades em milagres é sem significado.

Tudo que é contemplado com visão é curado e santo.

Nada percebido sem ela significa coisa alguma. E onde não há significado, há caos.

A condenação é teu julgamento sobre ti mesmo e isso irás projetar sobre o mundo. 
 
Se o vês condenado, tudo o que vês é o que fizeste para ferir o Filho de Deus.
 
Se contemplas o desastre e a catástrofe, tentaste crucificá-lo. Se vês santidade e esperança tu te uniste à Vontade de Deus para libertá-lo. Não há escolha a não ser entre essas duas decisões. 
 
E verás a testemunha para a escolha que fizeste e aprenderás a partir daí a reconhecer qual delas escolheste. 
 
O mundo que vês apenas te mostra quanta alegria te permitiste ver em ti mesmo e aceitar como tua. 
 
E se esse é o seu significado, então o poder de dar-lhe alegria não pode deixar de estar dentro de ti.
 
Fonte: Um Curso em Milagres - Cap 22 - Razão e Percepção - Introdução.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Manada Desnorteada

Afinal, quem é você? O que encontra-se atrás dos seus olhos? Quando você olha em um espelho, o que você enxerga? Você vê o verdadeiro você ou aquilo que você foi condicionado a crer que é você? Os dois são tão tão diferentes! Um é uma consciência infinita capaz de ser e criar tudo aquilo que escolhe, e o outro é uma ilusão aprisionada por suas limitações percebidas e programadas.

Que beleza é viver na terra da liberdade. Você é livre para ver as notícias e os jornalistas e correspondentes te dizerem, sem questionamento, a explicação oficial dos eventos – explicações projetadas para garantir que você veja o mundo da forma desejada por eles e que reaja da forma desejada. Você está livre para fazer o que nós dizemos a você; livre para pensar da forma que dissermos a você; livre para viver da forma que dissermos para você. E você está inclusive livre para morrer como nós dissermos a você, nas guerras friamente criadas para destruir, controlar e manipular.

Deixamo-nos transformar em um rebanho. Uma vez que nós aceitamos a mentalidade de rebanho, nós podemos ser controlados e dirigidos por algumas poucas pessoas. E nós somos! Nós paramos de pensar por nós mesmos e entregamos fora as nossas mentes [poder]. Quando nossas respostas ao medo são ativadas, nós corremos para aceitar o que nos for imposto.

É razoavelmente fácil alguns controlarem toda a população do planeta, quando você controla a educação [na realidade, a doutrinação] e os meios de comunicação – as fontes de “informação” e as mensagens [mantras] que bombardeiam a mente consciente e subconsciente desde o berço até o túmulo.

Vá a uma rua lotada e observe as pessoas que passam. Você não está vendo o todo real e infinito delas. Você está olhando para a máscara que elas projetam para o mundo. É a máscara que elas acreditam ser aceitável para o resto dos prisioneiros, para evitar ser ridicularizado ou condenado por pensar e agir de forma diferente às demandas da Zona Livre de Controvérsias/Embaraços.

Se você deseja ser livre, pare de viver uma mentira. Pare de negar você mesmo. Você é um aspecto único de tudo que existe, a soma total de todas as suas experiências únicas desde que você primeiramente tornou-se uma consciência, uma infinidade de tempo atrás. Esta é uma razão para ficar alegre. Não existe nenhum aspecto da consciência, em toda a criação, que é igual a você. Você é especial, assim como todo mundo é igualmente especial. Mas, ao invés de sermos alegres e orgulhosos de sermos especiais, nós acabamos deixando que esta situação única se transformasse em algo a se temer: “Oh meu Deus!”

É comum sucumbirmos ao mito sobre “homem e mulher ordinária na rua” ou “pessoa comum”, à idéia de que as massas são apenas “ordinária” e apenas algumas pessoas, que são “extraordinárias”, conseguem algo na vida. Este sistema de crença nos diz que nós somos “ordinários” e, portanto, devemos saber qual é o nosso lugar. Na verdade, não existe um homem, mulher, criança ou folha de grama “ordinária” em toda a criação, mas as pessoas são persuadidas a acreditar nesse mito e, portanto, acabam atuando no papel de um ser “ordinário”. É um ato que eles foram condicionados a desempenhar, como um ator no palco.

Ordinário não é o que somos, é meramente o que nós escolhemos acreditar que somos. Mas isso é muito poderoso no sentido de diminuir nosso senso de valor; é uma outra motivação para entregarmos nossa mente para aqueles que nós acreditamos que são “melhores” que nós. Tudo parte do condicionamento que inclui a baboseira de que nós nascemos todos pecadores, seja lá o que isso queira dizer.

Não ficamos com medo pelo que os presidentes, primeiros ministros, banqueiros globais pensam a nosso respeito – é a reação de nossos amigos, família e colegas de trabalho que nos preocupa e nos amedronta para nos conformarmos. A reação dos outros escravos! A força policial mental, emocional e espiritual, que controla as massas, é formada... pelas massas. É como ter uma cela cheia de prisioneiros e quando um dos prisioneiros encontra um meio de escapar, todos os outros prisioneiros correm para bloquear a saída.

Preconceito é a palavra vital aqui. As pessoas são condicionadas para terem preconceitos contra outros membros e grupos dentro de cada cultura e sociedade, e essas diferentes formas de preconceitos são usadas para dividir e governar a manada. O preconceito pode ser racial, religioso ou político, ou baseado em antecedentes, ganho financeiro, tipo de trabalho ou estilo de vida. Isto permite a manipulação da consciência coletiva florescer e, no entanto, se parássemos de procurar impor NOSSA versão do certo e errado, bom e mal, moral e imoral, em cima dos outros, nós removeríamos os meios de tal manipulação global. Nós precisamos nos livrar de TODOS os preconceitos – AGORA!

Nós julgamos as pessoas, e a nós mesmos, não pelo que somos, mas por aquilo que possuímos ou por aquilo que “fazemos”. O “papel” que desempenhamos não é “nós”, assim como o personagem que um ator representa não é a personalidade real do ator. Nossos trabalhos e “papeis” são veículos temporários para adquirir experiência, só isso. Somos consciência em evolução em uma jornada eterna em direção de um maior amor, conhecimento e compreensão, mas nós nos esquecemos disto e nós temos sido encorajados a esquecer disto. Somos como atores que pensam que o filme é a realidade. É apenas um jogo, mas nós pensamos que ele é real. Estamos levando o jogo muito a sério. É apenas um filme e ele deveria ser alegre.

Democracia não é liberdade, é uma ditadura camuflada de liberdade. A mesma força controla, direta ou indiretamente, todos os principais partidos políticos e movimentos sociais. Quando você vota em uma eleição, você está escolhendo entre diferentes aspectos da mesma força. O dinheiro e a mídia decide quem tornase presidente dos Estados Unidos e o dinheiro e a mídia são possuídas e controladas pelas mesmas pessoas. Um número pequeno de pessoas dizendo a outras o que elas devem fazer não é liberdade. Na realidade, a maioria dos governantes são eleitos por uma minoria da população. Liberdade é o direito de TODAS as pessoas expressarem quem elas são, o que elas pensam, e como elas desejam viver suas vidas: livres de imposição ou constrangimentos de ninguém. É poder celebrar nossa individualidade única sem regras, regulagem, ridicularização e condenação daqueles que procuram impor seus pontos de vista da vida sobre o resto de nós.

Até que aprendamos a respeitar nosso, e de todos, próprio direito de ser diferente, fazer nossas próprias escolhas, e criar nossas próprias realidades conscientes, livres de imposições e da pressão para nos conformarmos, nós iremos permanecer em uma prisão fabricada por nós mesmos. Continuaremos a ser, ao mesmo tempo, o policial e o prisioneiro. E um punhado de pessoas, com uma agenda muito desagradável, irá continuar a mandar no mundo. A escolha, como sempre, é nossa. Podemos aceitar a prisão ou podemos sair para a liberdade. A liberdade está distante de apenas um pensamento...



Extraído do livro: Eu Sou Eu, Eu Sou Livre. David Icke

domingo, 23 de janeiro de 2011

Por que motivo seríamos nós viciados em pensar?


Porque você se identifica com o pensamento, o que significa que obtém a sua sensação de identidade a partir do conteúdo e da actividade da sua mente. Porque você acredita que deixaria de existir se deixasse de pensar. Ao crescer, você forma uma imagem mental da pessoa que é com base nos seus condicionamentos pessoais e culturais. Podemos dar o nome de ego a esse eu fantasma. Consiste na actividade da mente e só pode continuar a funcionar através do pensar constante. O termo ego significa diferentes coisas para dife-rentes pessoas, mas quando eu o uso aqui significa um falso eu, criado por uma identificação inconsciente com a mente.

Para o ego, o momento presente praticamente não existe. Apenas o passado e o futuro são considerados importantes. Esta total inversão da verdade explica o facto de a mente ser tão disfuncional quando está a funcionar como ego. O ego preocupa-se constantemente em manter vivo o passado, porque, sem ele, quem seria você? Projecta-se constantemente no futuro para garantir a continuidade da sua sobrevivência e para procurar aí algum tipo de libertação ou de satisfação. Ele diz: "Um dia, quando isto, ou aquilo, acontecer, eu vou sentir-me bem, feliz, em paz." E mesmo quando o ego parece preocupar-se com o presente, não é o presente que ele vê: distorce-o completamente porque o vê através dos olhos do passado. Ou então reduz o presente a um meio para alcançar um fim, fim esse que fica sempre no futuro que a mente projecta. Observe a sua mente e verá que é assim que funciona.

O momento presente possui a chave para a libertação. Mas você não poderá descobrir o momento presente enquanto você for a sua mente.
 
 
Extraído do livro O Poder do Agora - Eckhart Tolle

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Despertar

Uma das coisas mais importantes que terá que entender do homem é que o homem está dormido. Mesmo que acredita que está acordado, não o está. Sua estado de vigília é muito frágil; sua estado de vigília é tão insignificante que carece por completo de importância. Sua vigília é só uma bonita palavra, mas totalmente vazia.

A gente dorme de noite, dorme de dia... do nascimento até a morte, a gente vai trocando suas pautas de sonho; mas nunca chega a despertar de verdade. Só porque tenha aberto os olhos, não engane a ti mesmo pensando que está acordado. A menos que lhe abram os olhos interiores, a menos que seu interior se encha de luz, a menos que possa ver-te a ti mesmo, ver quem é... não cria que está acordado. Essa é a maior ilusão em que vive o homem. E se alguém se convence de que está verdadeiramente acordado, então já não tem sentido fazer nenhum esforço por despertar.

O primeiro que deve te gravar bem no coração é que está dormido, completamente dormido. Está sonhando, um dia atrás de outro. Às vezes sonha com os olhos abertos e outras vezes com os olhos fechados, mas está sonhando... você mesmo é um sonho. Ainda não é uma realidade.

É obvio, algo que faça em um sonho carece de sentido. Algo que pense é insustancial; algo que projete seguirá formando parte de seus sonhos e nunca te permitirá ver a realidade. Por isso todos os budas insistiram em uma única coisa: Acorda! Continuamente, ao longo dos séculos, tudo seus ensinos se podem resumir em uma só frase: deve despertar. E para isso idealizaram métodos, estratégias, criaram
contextos e espaços e campos de energia nos que um choque te pode fazer despertar.

Sim, a menos que sofra um choque que te sacuda de acima a abaixo, não despertará. O sonho durou tanto que chegou ao centro mesmo de seu ser. Cada célula de seu corpo e cada fibra de sua mente se encheram de sonho. Não é um fenômeno de pouca subida. Por isso se necessita um grande esforço para manter-se alerta, atento, vigilante. Para converter-se em uma testemunha.

Se houver uma questão em que estão de acordo todos os budas do mundo, é esta: Que o homem, tal como é, está dormido e deveria despertar. O despertar é o objetivo e o despertar é a essência de todos seus ensinos. Zaratustra, Lao Tzu, Jesus, Buda, Bahauddin, Kabir, Nanak... todos os acordados ensinaram uma única lição.

Em diferentes idiomas, com diferentes metáforas, mas sua canção é a mesma. Assim como o mar tem um sabor salgado, já se prove pelo norte ou pelo sul, pelo leste ou pelo oeste, o sabor da condição búdica é o estado de vigília.

Mas se segue acreditando que já está acordado, não fará nenhum esforço.

Parecerá-te que não tem sentido fazer esforço algum. Para que incomodar-se?

E criastes religiões, deuses, orações, ritos, tirados dos sonhos. Seus deuses são parte de seus sonhos, como todo o resto. Sua política é parte de seus sonhos, suas religiões são parte de seus sonhos, sua poesia, sua pintura, sua arte... tudo o que fazem. Como estão dormidos, fazem coisas segundo seu estado mental.

Seus deuses não podem ser diferentes de vós. Quem os vai criar? Quem lhes dará corpo, forma e cor? Vós os criam, vós os esculpem; têm olhos como os seus, narizes como as suas... e mente como as suas!

O Deus do Antigo Testamento diz: - Sou um Deus muito ciumento.

Vamos ver: quem criou este Deus tão ciumento? Deus não pode ser ciumento, e se Deus é ciumento, então o que tem de mau ser ciumento? Se até Deus é ciumento, por que você teria que pensar que está fazendo algo mau quando sente ciúmes? O ciúmes é algo divino!

O Deus do Antigo Testamento diz: - Sou um Deus muito colérico. Se não cumprir meus mandamentos, destruirei-lhes. Jogarei-lhes no fogo do inferno por toda a eternidade. E como sou ciumento, segue dizendo Deus, não devem adorar a ninguém mais. 

Quem criou semelhante Deus? Esta imagem teve que criar-se a partir de nosso próprio ciúmes, de nossa própria cólera. É uma projeção, nossa sombra. Um eco do homem e de ninguém mais. E o mesmo se pode dizer de todos os deuses de todas as religiões.

Por isso Buda nunca falava de Deus. Que sentido tem lhe falar de Deus a gente que está dormida? Escutarão em sonhos. Sonharão com o que lhes diga e criarão seus próprios deuses que serão completamente falsos, completamente absurdos. É melhor prescindir de tais deuses.

Por isso a Buda não interessa falar de deuses. O único que lhe interessa é despertar.

Diz-se que um professor budista iluminado estava sentado uma tarde à beira de um rio, desfrutando de do som da água, do som do vento que passava através das folhas. Lhe aproximou um homem e lhe perguntou:

-Pode me dizer em uma só palavra a essência de sua religião?

O professor permaneceu calado, em silêncio absoluto, como se não tivesse ouvido a pergunta. O homem insistiu:

-Está surdo ou o quê?

O professor disse:

-Ouvi sua pergunta e a respondi. O silêncio é a resposta. permaneci em silêncio. Essa pausa, esse intervalo, era minha resposta.

O homem disse:

-Não posso entender uma resposta tão misteriosa. Não pode ser um pouco mais claro?

Então o professor escreveu na areia com o dedo a palavra Meditação em letras pequenas.

-Isso posso lê-lo -disse o homem-. Isto é algo melhor que o do princípio. Ao menos tenho uma palavra sobre a que refletir. Mas não pode dizê-lo um pouco mais claro?

O professor voltou a escrever MEDITAÇÃO, mas esta vez em letras maiores.

O homem se sentia um pouco incômodo, desconcertado, ofendido, irritado.

-Outra vez escreve meditação? Não me pode dizer isso mais claro?

E o professor escreveu em letras maiúsculas muito grandes MEDITAÇÃO.

-Parece-me que está louco -disse o homem.

-Já descendi muito -disse o professor-. A primeira resposta era a resposta correta, a segunda não era tão correta, a terceira estava ainda mais equivocada, a quarta era já muito incorreta... porque quando escreve MEDITAÇÃO em letras maiúsculas, cria com isso um deus. Por isso a palavra Deus se escreve com D maiúscula. Cada vez que quer que algo seja supremo, definitivo, escreve-o com maiúscula. -Já cometi um pecado -disse o professor. Apagou todas as palavras que tinha escrito e disse-: Por favor, escuta minha primeira resposta. Só com ela te hei dito a verdade.

O silêncio é o espaço no que alguem acorda, e a mente ruidosa é o espaço no que alguém permanece dormido. Se sua mente continua tagarelando, está dormido. Se se senta em silêncio, se a mente desaparecer e pode ouvir o canto dos pássaros e não há barulho em seu interior, um silêncio... este assobio do pássaro, este gorjeio, e nenhuma mente funcionando dentro de sua cabeça, silêncio total... então a consciência aflora em ti. Não vem de fora, surge dentro de ti, cresce em ti. Pelo resto, recorda: está dormido.

 
Fonte: OSHO - Consciência - A chave para viver em equilíbrio

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O perdão é a chave da felicidade.


Eis aqui a resposta para a tua busca de paz. Eis aqui a chave do significado em um mundo que parece não fazer sentido. Eis aqui o caminho para a segurança nos perigos aparentes que parecem ameaçar-te a cada esquina, trazendo a incerteza para todas as tuas esperanças de jamais achar a quietude e a paz. Aqui, todas as perguntas são respondidas, aqui está finalmente assegurado o fim de toda a incerteza.


A mente que não perdoa é cheia de medo e não oferece espaço ao amor para ser ele mesmo, nenhum lugar onde ele possa estender as suas asas em paz e elevar-se acima do tumulto do mundo. A mente que não perdoa é triste, sem esperança de descanso e de liberar-se da dor. Ela sofre e habita na miséria, espreitando a escuridão sem ver, mas certa do perigo que lá a ronda.

A mente que não perdoa é dilacerada pela dúvida, confusa a respeito de si mesma e de tudo o que vê; medrosa e com raiva, fraca e ameaçadora, com medo de seguir adiante, com medo de ficar; com medo de acordar ou de adormecer, com medo de qualquer som, todavia com mais medo ainda do silêncio; aterrorizada pela escuridão e no entanto mais aterrorizada ainda com a aproximação da luz. O que pode a mente que não perdoa perceber, senão a sua própria perdição? O que pode contemplar, senão a prova de que todos os seus pecados são reais?

A mente que não perdoa não vê equívocos, só pecados. Olha para o mundo com olhos que não vêem e grita ao ver as suas próprias projeções erguerem-se para atacar a sua miserável paródia de vida. Ela quer viver, mas deseja estar morta. Quer o perdão, mas não vê esperança alguma. Quer escapar, mas não pode conceber nenhuma saída, porque vê o pecado em toda parte.

A mente que não perdoa está em desespero, sem a perspectiva de um futuro que possa lhe oferecer alguma coisa que não seja mais desespero. Pensa que não pode mudar, pois o que vê dá testemunho de que o seu julgamento é correto. Não pergunta, porque pensa que sabe. Não questiona, pois tem certeza de que está certa.

O perdão é adquirido. Não é inerente à mente, que não pode pecar. Como o pecado é uma idéia que ensinaste a ti mesmo, o perdão também tem que ser aprendido por ti, mas com um Professor diferente de ti, Aquele que representa o outro Ser em ti. Através Dele, aprendes a perdoar o ser que pensas que fizeste e deixá-lo desaparecer. Assim, devolves a tua mente unificada Àquele Que é o teu Ser e Que jamais pode pecar.

Cada mente que não perdoa te apresenta uma oportunidade para ensinar à tua própria mente como perdoar a si mesma. Cada uma delas espera a liberação do inferno por teu intermédio e se volta para ti implorando-te o Céu aqui e agora. Ela não tem esperança, mas vens a ser a sua esperança. E sendo a sua esperança, vens a ser a tua própria. A mente que não perdoa tem que aprender através do teu perdão que foi salva do inferno. E, ao ensinares a salvação, aprenderás. No entanto, todo o teu ensino e o teu aprendizado não virão de ti, mas do Professor Que te foi dado para mostrar-te o caminho.

Se estiveres disposto hoje podes aprender a pegar a chave da felicidade e usá-la a favor de ti mesmo. .

A mente que não perdoa não acredita que dar e receber são a mesma coisa.

Fonte: Extraído do livro de exercícios de Um Curso em Milagres.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O medo surge da identificação com o corpo-mente


A consciência, no sentido de percepção, é o que os alquimistas procuravam: o elixir, o néctar, a fórmula mágica que pode ajudar uma pessoa a se tornar imortal.


Na verdade, todas as pessoas são imortais, porém vivemos num corpo mortal e somos tão apegados a ele que daí surge uma identidade. Não há distância para vermos o corpo como algo separado.

Estamos tão imersos no corpo, tão enraizados nele, que começamos a sentir que somos o corpo — e é aí que surge o problema: começamos a temer a morte. Com isso vêm todos os medos, todos os pesadelos.

A percepção cria a distância entre você e seu corpo, deixa você ciente tanto do corpo quanto da mente — pois corpo e mente não são separados. Corpo-mente é uma identidade, a mente está dentro do corpo.

Quando você se torna ciente do complexo corpo-mente, logo percebe que está separado de ambos, e o distanciamento começa a acontecer. É quando você percebe que é imortal, que não é parte do tempo, que é parte do eterno.

Você sabe, então, que não existe nascimento nem morte, que você sempre existiu e sempre existirá.

Você já teve muitos corpos porque desejou demais. Cada desejo traz você de volta ao corpo, porque sem corpo nenhum desejo pode ser realizado. Se alguém é apegado demais à comida, precisa de um corpo. Sem corpo, ninguém pode comer — a alma não ingere comida. Portanto, uma pessoa que é gulosa demais com certeza voltará em outro corpo.

Osho, em "Meditações Para A Noite"
Fonte: http://www.facebook.com/home.php#!/note.php?note_id=145100725546593&id=110193069030599

domingo, 16 de janeiro de 2011

A CORAGEM DE SE VER


O que você mais odeia nas pessoas?


Tire uns minutos para pensar ... Identifique o que realmente lhe incomoda. Eu não quero as coisas que simplesmente você não gosta mas a coisa que chega a lhe deixar furioso.

Já lembrou? Por que será que essa coisa nos outros mexe tanto com você? Percebe que existem tantas coisas que você não gosta de ver nos outros mas não chegam a lhe incomodar realmente Agora, tenha um pouco de coraqem e verifique se você também costuma fazer essa coisa, só que não gosta de saber que faz, pois é algo que o seu lado perfeccionista abomina e condena.

De imediato você pode dizer que não. Isso é normal, afinal de contas você até hoje tem tentado esconder isso de si, para não se reprovar e se punir, como sempre faz nesses casos.

O nome disso é inconscientizar. Ou seja, tornar inconsciente, jogar para o fundo escuro de nossa percepção. Em nosso dia-a-dia, é comum nós não vermos o que fazemos, pois nós podemos treinar nossa percepção a ver ou não ver o que quisermos.

Nossa consciência é como um farol: só o que é focalizado pode ser visto; o resto fica nos escuros da inconsciência até que nós voltemos a prestar atenção.

Se eu olho para um lado, os outros lados ficam inconscientes até que eu gire o meu olhar para tornar consciente os outros lados. Com isso podemos evitar olhar para o que não é de nosso interesse olhar. Fingimos que algo não existe e depois fingimos que não estamos fingindo.

Assim, tornamos o que é inconveniente totalmente inconsciente. Quando nossas ilusões não gostam da verdade, nós costumamos inconscientizá-la.

Você sabe como gostamos de nos iludir, de sonhar, de imaginar, a pretexto de sermos positivos ou otimistas, e por isso achamos a verdade cruel e fugimos dela. Não vemos nem em nós nem nos outros o que não queremos ver e sempre acabamos por pagar um preço muito alto por isso ...

Vivemos reprimindo os nossos impulsos indesejados, nossas vontades que o mundo ao nosso redor não aceita, nosso jeito de ser que pode incomodar os outros e despertar críticas.

Você nunca se pegou naquela situação em que você está andando na rua e, de repente, uma velhinha que está na sua frente escorrega em qualquer coisa e quase cai. A sua vontade imediata é de rir, mas você se censura e contém o riso de dois jeitos ao mesmo tempo. Primeiro no corpo, retesando os músculos do rosto, bloqueando o fluxo do impulso indesejado; depois, inconscientiza a imagem engraçada da velha escorregando. Quer dizer, para se segurar você fica tensa, porque não dá para pensar na cena, senão desata a rir. Precisa distrair a cabeça em qualquer outra coisa, e distrai pensando que coisa triste aconteceu com a velhinha.


Muitas vezes você está assistindo a um filme emocionante e sente vontade de chorar, mas reprime. Como? Aperta o peito, a barriga, aperta tudo e distrai a atenção disfarçando e fazendo contrário, ou seja, rindo feito bobo. Você não se permite chorar para não se expor, porque está preocupado com o que os outros vão pensar de você. Então você se reprime para continuar mantendo a imagem de pessoa maravilhosa. Ainda mais se você for homem, porque homem é forte e não chora por bobagens.

Se você vai viajar e devido à distância precisar ir de avião, isso pode ser um problema se você tem medo de andar de avião. Como você precisa empreender a viagem, você reprime o medo apertando o diafragma, o corpo todo, bem como a aura, e fica encolhido para não sentir. A aura é o seu campo energético, um campo de força que existe em você, que se exterioriza e que está relacionado com o corpo astral. E o que a aura tem a ver com a repressão? Na repressão, o que primeiramente encolhe não é o corpo físico, apesar de aparentemente dar essa impressão.

Vivemos reprimindo os nossos impulsos indesejados, nossas vontades que o mundo ao nosso redor não aceita, nosso jeito de ser que pode incomodar os outros e despertar críticas.

Entretanto, você continua com a mesma atitude que causa tais sensações, e assim continua criando o mesmo efeito, tentando escondê-Io e na base do "não vejo, logo não existe".

Acontece que para esconder o efeito você precisa manter certa tensão, porque, se você se solta, vem tudo para fora. E essa tensão vai se acumulando no corpo energético, no corpo astral e passa para o corpo físico. O efeito disso é que ela vai tirando os seus músculos do lugar, vai tornando um corpo bonito num ser desalinhado e cheio de deformidades, como flacidez, celulite, barriga, gordura, etc. Isso porque os músculos internos estão sempre tensos e, embora com a musculação externa você disfarce e solte, a interna está presa. E o impacto entre tensão interna e soltura externa provoca deformações. É por esse motivo que existem massagens e tratamentos para mexer com a musculatura mais profunda, que se entortou toda devido ao atrito da tensão e soltura.

A pessoa pode estar estressada mas quer manter a pose, porque não fica bem mostrar estresse, nem raiva, nem medo. Para tanto, procura manter a postura exterior aparentemente relaxada, mas a causa continua dentro, provocando problemas mesmo que ela não queira ver.

Sua força consciente, de fato, controla as funções musculares do corpo e a que esse material recai cada precisa sair por algum lugar.

No nosso sistema bioquímica, sabemos que as partes do corpo falam entre si através de um sofisticado e perfeito sistema de substâncias. Essa comunicação funciona de tal sorte que, se machucamos os pés, logo o cérebro é avisado e emite sinais para que o organismo processe os elementos de cicatrização, mas antes produz a dor para que a consciência passe a cuidar do ferimento.

O inconsciente emite sinais para o consciente agir, já que este tem o poder de certas funções, como comer, beber, articular os músculos, etc.

No caso de atitudes reprimidas, o inconsciente precisa de alguma forma mostrar ao consciente que ele está fazendo algo que prejudica o sistema, mas a consciência escapa e resiste, assim o inconsciente lança esse material em zonas que a consciência não pode dominar. E é isso que se chama projeção.

A consciência não pode exercer o arbítrio na zona onírica, nem na zona anímica ou mesmo em grande parte do corpo ou ainda na zona externa ou ambiente, e é nelas que as projeções aparecem.

Você controla com seu arbítrio o que não quer ver, mas o inconsciente lhe força a ver o que você tem que ver. Se você está se agredindo e não quer ver, poderá sonhar com agressões.

Esse fenômeno é diferente da transferência. E é importante fazer uma distinção entre ambos, porque as pessoas costumam confundi-los. Transferência significa transferir para os outros a sua versão, a sua verdade, os seus sentimentos, achando que eles são como você. Ou seja, você toma os outros por você. Tudo que é bom para o seu caso você acha que também o é para os outros.

Agora, a projeção é involuntária e automática. Negou a consciência de algo que você cria, então tudo isso reaparece de forma exagerada e que mexe muito com você. Você já pode saber: mexeu muito com você, é projeção. Ou seja, é a vida querendo lhe mostrar uma coisa em você que você não quer ver.E não dá para escapar. Quanto mais você quer fugir, maior fica a projeção, ou seja, maior a coisa projetada vai aparecer na sua frente.

Parece que a vida não perdoa. O que tem que ser conscientizado será feito cedo ou tarde.

Na verdade, existem dois tipos de projeção: os seus pontos fracos que você esconde por ter preconceitos contra tais aspectos e que ao se projetar em alguém geram em você um ódio incontrolável; e as virtudes que você acha que não possui, pois tem uma auto-imagem negativa e falsa e que quando se projeta nos outros, você experiência como paixão. Por exemplo: é projeção adorar ou idolatrar uma pessoa porque ela é inteligente, porque você não se considera inteligente embora na verdade tenha um grande potencial de ser mas por seus preconceitos você vive se impedindo de usar sua inteligência. Você a vê no outro e sente essa exaltação desmedida. Se você só admirasse a inteligência de alguém, sentiria uma espécie de respeito por ela e nunca se exaltaria.

Assim também o que mais irrita no outro é o que você não quer ver em você. É claro que existem certas coisas que simplesmente você não gosta delas. As que me refiro são aquelas que dão uma sensação interna de raiva e agitação. Essas realmente são projeções.

Você já notou que há determinadas coisas que ficam muito grandes em sua vida, por mais que você fuja e não preste atenção nelas? Pois é, essas são projeções que estão mostrando o que você faz mas não aceita e não quer ver. Para mudar isso existe a introjeção, que é o oposto da projeção. O fenômeno da introjeção é aceitar ver o que você está negando e localizá-lo em si. No entanto, existe sempre o orgulho, que não o deixa aceitar.

A resistência a ver a verdade ocorre porque você já se habituou a defender o ponto de vista do seu orgulho. Ele o censura, obrigando-o a ser do jeito que ele idealiza e que fica considerado como "o certo", em que os falsos valores dominam. Usa a condenação e a culpa para forçá-lo a ser ou parecer ser certinho. Essas culpas e punições que nosso orgulho nos impõe geram o medo de se ver como se é. Afinal, se ver de verdade passa a não ser conveniente. No entanto, a verdade permanece a mesma. Você só fica bravo, irritado, com as pessoas que fazem exatamente o que você faz com você.

Não tem jeito de escapar!Quando você se queixa muito de alguém, você está falando de você mesmo, está se confessando.Queixa é confissão!

Por exemplo: você entra no consultório do terapeuta e começa a falar do marido ou da esposa, e o terapeuta estimula a que você fale mais. Por quê? Porque essa fala é uma confissão. A sua atitude é diferente quando você aceita uma coisa que apesar de considerada feia você faz. Aí as dos outros não chamam tanto a sua atenção, e se o fazem não o incomodam.

Entretanto, com relação ao material recalcado, não adianta você dizer que ínconscientizou e por esse motivo não o vê. Por exemplo: dizer para você mesmo que inconscientizou a irritação e por isso é difícil vê-la, descobri-la, para lidar com ela, é só uma desculpa para você mesmo.Isso porque uma coisa é você dizer que jogou fora uma atitude que já não lhe serve mais e outra é fingir que jogou, censurá-la e deixá-la ativa no inconsciente.

Vejamos agora algumas atitudes dos outros que podem lhe causar irritação ou mesmo raiva se você não se aceita como é. Vou mencionar algumas e quero que você dedique um tempo para refletir a respeito.

Uma pessoa é sarcástica com você e você fica com ódio. Para começar a entender o processo todo, vamos deixar claro o que vem a ser sarcasmo: É quando você fala uma coisa importante para uma pessoa e ela, simplesmente, lhe ignora, goza ou ri dos seus sentimentos. E você? Como faz isso com você mesmo? Acredito que de muitas formas. Você é sarcástico com você quando se põe de lado, ri dos seus sentimentos, se acha um palhaço, se chama de criança, de burro, de bobo, quando muitas vezes você está até fazendo o seu melhor, está no melhor dos seus sentimentos e se desconsidera. Você acha que fazer isso com você não tem importância, mas quando o outro faz você considera afronta.

Outra atitude que pode lhe causar irritação é a mesquinharia. Eu ouço muitas pessoas dizerem que não gostam de gente mesquinha. Eu gosto de perguntar a elas como são mesquinhas consigo mesmas e com os outros. Isso porque quando se referem a si mesmas usam um outro adjetivo, ou seja, usam o de cuidadosas e não o de mesquinhas. Alegam que são cuidadosas porque os outros podem abusar delas, aproveitar-se delas. Na verdade, a mesquinharia é uma coisa muito ampla. A pessoa pode ser mesquinha em algumas coisas, mas isso não significa que ela é mesquinha em todos os aspectos da vida dela. Por exemplo: uma pessoa pode não ser mesquinha com dinheiro mas ser com livros. Ela tem um monte de livros que não lê, não usa, deixa tudo trancado, embolorando, mas não empresta para ninguém.

O que realmente importa não é com o que se é mesquinho, mas que a mesquinharia só incomoda na medida em que você tem uma forma qualquer de mesquinharia. E é por isso que a do outro chama a sua atenção e o irrita.

Mesquinha não é só a pessoa que guarda coisas ou a que é insegura porque não sabe doar, não tem maturidade para tal. Mesquinho mesmo é aquele que já tem uma certa capacidade de doar e não doa. E nós somos mesquinhos conosco quando negamos a nossa oportunidade de doar, de ter prazer em dar.

O ato de dar é algo gostoso, é um prazer, é o prazer do bem. Não é a obrigação de fazer coisas, mas o sentimento de dar, de distribuir, e quanto mais você dá, mais você amplia esse sentimento. A mesquinharia é quando a pessoa não assume a capacidade de dar, de ser genero no grau que ela já sabe e, ao negar isso, cria problemas para ela. E é claro que tudo isso é relativo, porque há pessoas que estão acostumadas a doar e outras que têm um campo menor de doação. Estas não podem ser encaradas como mesquinhas, porque, de acordo com a capacidade delas, não têm habilidade para tal.

E você? Em que sentido é mesquinho com a sua capacidade de doar? Como você vai contra essa sua capacidade?

Pode ser que seja com o trabalho, pois em sua ganância em querer ganhar muito acaba por ser mesquinho com seus clientes, ou mesmo com as suas idéias, pois a ganância de ser o dono da verdade o leva a ser mesquinho com as idéias dos outros. De que forma você é mesquinho com você?

Muitas vezes você não se deixa fazer o que quer na ambição de manter seu status e não se permite errar. Com isso, se impede de crescer e aprender. Sua mesquinhez é se tirar as chances de viver com largueza e profundidade, anulando um sem-número de oportunidades.

Introjete a projeção e comece o trabalho de percepção para mudar.

Há pessoas que ficam profundamente irritadas com delatores, com gente que é dedo-duro. Mas, apesar de não gostarem, fazem a mesma coisa consigo mesmas. Por exemplo: a pessoa está saindo de casa e rasga a meia. Como não tem tempo para trocar, vai ao encontro da amiga e já chega dizendo que a meia está rasgada. A amiga nem viu, nem reparou, mas a pessoa vai logo se delatando, que é para que a outra não delate antes.

Com relação à agressividade e ao autoritarismo, também há muita irritação. Você pode achar que uma pessoa é ruim porque é agressiva e autoritária com você. Mas, e você? Não faz o mesmo com você? Ou seja, você é ruim com você quando quer as coisas do seu jeito, e, quando não é do seu jeito, você fica contrariada porque, no fundo, você é arrogante.

Na arrogância a pessoa não pede, ela manda. E imagina que a vida, as pessoas, têm que ser do jeito que ela imaginou, porque, afinal, ela é que é a maravilhosa e que precisa ser atendida nas solicitações que faz. Esse tipo de atitude é de quem quer dominar a vida, quer comandar tudo, porque se julga assessora direta de Deus e sofre de contrariedade crônica. E essa contrariedade nada mais é do que ódio contra o fato de a vida fluir do seu modo natural dentro de suas próprias leis e não pelo que a pessoa imagina que são essas leis. Ela não quer se dar ao trabalho de estudar a vida e acha que o que pensa ou aprendeu a pensar é que é o certo só porque "Ela" pensa.

Quando você quer forçar e empurrar a vida, ela não coopera. Não ocorre o mesmo com você? Se alguém lhe empurra, você logo perde a vontade de cooperar. Um grande número de pessoas pensa que Deus é controlador, mas isso não é verdadeiro. E a vida, que é Deus, é assim: ninguém a domina nem lhe põe rédeas. Cada um de nós, a seu tempo, mais cedo ou mais tarde vai entender isso com bastante clareza.




Acredito que um dia todos nós vamos ter condições de participar com mais lucidez da vida. E isso ocorrerá quando o nosso conhecimento das leis que regem a vida for maior.

Por enquanto, o que precisamos é aprender a seguir o fluxo da vida, acompanhá-la. Aí, sim, ela se torna generosa para conosco. E ao fazer isso as coisas deixam de lhe contrariar, de emperrar, e você deixa de se torturar com isso.No momento em que você aceita o fluxo da vida como ele ocorre em você e procura estudá-lo, observá-lo, lidando com ele sem brigas, sem revolta, a vida fica do seu lado e vai fazer tudo para que você aumente seu conhecimento dela. Ocorre o contrário quando você quer dominar arrogantemente a vida. Esta lhe contraria não para lhe chatear mas porque as leis dela estão funcionando pela sua lei, que é a da contrariedade. Ou seja, você quer seguir na contra-direção das coisas.

Extraído do livro: A coragem de se ver - Luis Antonio Gasparetto

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A cura de nossos relacionamentos é uma escolha unilateral


Em última análise, curar nossos relacionamentos é a nossa própria escolha, já que na verdade não são os outros que estamos perdoando realmente. São apenas as nossas próprias atitudes e julgamentos a respeito deles que precisam ser perdoados.


São os nossos pensamentos e julgamentos hoje, e não mais a outra pessoa, que nos causam dor no presente. E já que estes pensamentos e julgamentos são nossos, apenas nossos, somos nós que precisamos nos empenhar em perdoar, em mudar nossa mente e nos libertar das queixas passadas. Enfim, é o nosso relacionamento com nós mesmos que precisa ser curado, e apenas nós podemos fazer isso, se esta for a nossa escolha.

É possível curar todos os nossos relacionamentos?

Sim! É possível curar não apenas alguns, mas todos os nossos relacionamentos. Podemos fazê-lo desistindo de qualquer forma preconcebida, ou dos roteiros mentais que tenhamos escrito sobre os outros. Podemos fazer isso nos dispondo a acabar com todas as queixas e pensamentos de agressividade. E podemos fazer isso por meio do processo do perdão. Podemos fazer isso:

* Reconhecendo que não somos vítimas dos nossos relacionamentos e, sim, participantes deles.

* Assumindo a responsabilidade pelos nossos pensamentos, pelas nossas escolhas e emoções, e não censurando a outra pessoa por aquilo que aconteceu no relacionamento.

* Optando por ver os outros como seres que nos amam ou, caso os percebamos como nossos agressores, optando por vê-los como seres cheios de medo que clamam por amor.

* Lembrando que aquilo que percebemos nos outros e no mundo exterior é uma projeção dos pensamentos - quer positivos quer negativos - contidos em nossa mente.

* Aprendendo a amar a nos mesmos e aos outros, perdoando em vez de julgar.

* Direcionando a nós mesmos e escolhendo ser interiormente pacíficos, não importando o que esteja acontecendo fora de nós.

Essas idéias podem afetar literalmente todos os aspectos da nossa vida. Podemos começar a lançar um novo olhar sobre o mundo e sobre todos os nossos relacionamentos. Podemos começar a reconhecer que a cura dos nossos relacionamento está diretamente ligada à Cura das Atitudes que estamos conservando em nossa mente a respeito desses relacionamentos.


Afirmações:


1 - Escolho curar meu relacionamento comigo mesmo deixando que o hábito de julgar a mim mesmo se vá.

2 - Escolho unir-me aos outros, em vez de me separar deles, abandonando meus julgamentos sobre eles.

3 - Escolho rasgar todos os roteiros que escrevi para o modo como acho que as pessoas deveriam ser em minha vida.

4 - Escolho lembrar que o que realmente conta em meus relacionamentos não é quanto eu faço ou digo, mas sim com quanto amor eu faço ou digo.

5 - As palavras que eu escolho em minhas comunicações sempre determinam se minha intenção é unir ou separar.

6 - Será por meio dos meus relacionamentos que eu vivenciarei o amor incondicional.

7 - Hoje, eu escolho lembrar-me de que realmente mereço o direito de ser feliz.

8 - Hoje, eu escolho desistir de me sentir uma vítima dos meus relacionamentos e assumirei a responsabilidade por minha vida.

9 - Sempre que ficar preso no passado ou no futuro, escolherei lembrar-me de que o amor só pode ser vivenciado no presente.

10 - Posso optar pelo amor em vez do medo, em todos os meus relacionamentos.

Gerald Jampolsky e Diane Cincirione

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Independência



A verdadeira e real independência que podemos exercitar na vida é aquela ditada por nossa interioridade. Mas ela só se torna possível se aprendermos desde muito cedo a manifestar nossa vontade sem medo.




Aqueles que não tiveram a sorte de desenvolver-se num ambiente em que sua liberdade tenha sido estimulada e, ao contrário, foram reprimidos desde muito cedo na manifestação de seu poder interior, certamente seguirão dominados por uma profunda insegurança, sempre à espera da aprovação exterior.




Desconstruir tal condicionamento não é uma tarefa fácil, requer uma atenção permanente sobre nossos próprios sentimentos e desejos, e uma grande coragem para ir contra o julgamento alheio, que muitas vezes nos cobra um preço alto.




Mas não há outra maneira de fortalecer a auto-estima, senão confiar nos próprios insights. Nosso guia interior -que nos direciona para a verdade, o bem e a luz-, está sempre presente, à espera de nosso reconhecimento.


O problema é que não fomos ensinados a acreditar nele, mas sim no julgamento que o restante do mundo nos envia. Afinal, disto depende a maior ou menor aceitação que obteremos.


Quando aprendemos a confiar em nossa interioridade, ganhamos tal segurança que as opiniões alheias deixam de ter a mesma importância e, portanto, não as tememos como antes.




Ser fiel, acima de tudo, a si mesmo, é o segredo para uma existência livre de arrependimentos. Quando abrimos mão de nossos valores para agradar aos demais, o rancor certamente se instalará ao menor sinal de que nosso sacrifício não está sendo devidamente reconhecido e valorizado.
 
 
Passamos, então, a cobrar dos outros a conta de nossa infelicidade e a culpá-los por não nos dar de volta aquilo que esperamos. A única forma de evitar tal armadilha é aprender a dizer não para tudo aquilo que vá contra nossa verdadeira natureza.





Não tenha medo do que as pessoas vão dizer. Nunca tenha medo da opinião das pessoas - que é a maior prisão do mundo. Uma vez que você não tem medo das opiniões das pessoas, você é livre! Essa é a escravidão sutil: alguém que está continuamente considerando os outros.




Gurdjieff costumava dizer "NÃO CONSIDEREM!" - e ele está certo. O que os outros dizem é o negócio deles e o problema deles, mas não tem nada a ver com você.




Apenas olhe sua própria natureza, e tudo que é jubiloso virá com ela. Esta é a sua responsabilidade. Você não responde para mais ninguém, você responde apenas para Deus. E Deus ficará feliz em aceitá-lo de volta como uma criança ... de volta como Ele havia enviado você aqui: limpo, puro, inocente de novo....


OSHO - Let Go!

domingo, 9 de janeiro de 2011

ACEITANDO A NÓS MESMOS NO PRESENTE

Quando eu era jovem, queria ser mais velha, e quando fiquei mais velha, queria ser mais nova. Quando morava em um lugar, queria morar em outro, e quando estava fazendo uma coisa, preferia estar fazendo outra. Nunca consegui me fixar no meu eu interior e no que estava acontecendo no momento. Parecia que de algum jeito, não era o bastante, aquilo que eu fazia não era o suficiente, e por essa razão a minha vida não era adequada.
Um vez citei em uma palestra que, não faz muito tempo, olhei para uma foto de quando tinha 30 anos e disse a mim mesma: "E eu achava que isso era inadequado?". Então observei a sala se encher de sorrisos de confirmação de todas as mulheres que já haviam passado pela juventude. Quem entre nós já não olhou para aquele periodo do passado, onde achávamos que faltava alguma coisa, desejando poder voltar atrás e experimentar as maravilhas que não enxergávamos naquele tempo? A verdade é que cada estágio de nossa vida é perfeito, se nos permitirmos vivê-lo de verdade. Se nos concentrarmos no presente, contribuindo e nos destacando nele da forma mais completa que pudermos, então cada momento poderá ter suas bençãos, e o futuro irá se desdobrar na direção de um bem melhor.
Quando aceitamos nós mesmos exatamente como somos, e onde estamos, temos mais energia para oferecer à vida, não estaremos desperdiçando o nosso tempo tentando fazer as coisas de modo diferente. Em todos os momentos em que relaxamos no ponto mais profundo de nosso ser, desistindo de lutar para estarmos em outro lugar, vemo-nos exatamente no lugar certo e no momento certo. Existe um plano para nossas vidas - o plano de Deus, e Ele vigia para se certificar de que somos quem precisamos ser e de que estamos onde devemos estar. Quando mais cedo aprendermos a viver nossa condição presente da forma mais gloriosa, novas e melhores condições surgirão imediatamente. Mas, enquanto aprendermos as lições do presente, elas simplismente reaparecerão em novos aspectos, e vai nos parecer que nada se transforma.
Não depende de nós aquilo que aprendemos, mas só se aprendemos por meio da alegria ou da dor. Mas se ainda não acreditamos que cada siutação é uma lição, não vamos nos incomodar em nos perguntar que tipo de lição é aquela. Enquanto não fizermos isso, nossas oportunidades de aprendizado serão nulas. Então, a lição reaparecerá - com riscos mais altos - até que sejamos capazes de aprendê-la. Também podemos aprendê-la na primeira vez, quando a oportunidade de aprendizado por meio da alegria ainda estiver disponível. Quanto mais vezes uma lição tiver de surgir, mais dor ela gerará.  Se você sabe, no fundo de seu coração, que alguma coisa está errada, ignorá-la não fará com que ela fique menor. Essa atitude fará com que consertar esse problema seja mais dificil, pois ele virá de uma forma mais barulhenta do que o som original de Deus sussurrando em seu ouvido.


Fonte: O Dom da Mudança - Marianne Williamson

HUMILDADE


Mas o que é exatamente humildade?

É fazermo-nos pequenos, menores do que somos na realidade?

É minimizar nossos valores?

Certamente, não.

A humildade é uma percepção clara da nossa real condição. Nem para mais, nem para menos.

Se for para mais nos levará ao orgulho, porque a idéia de sermos mais evoluídos do que nossa realidade acarreta envaidecimento, já que, pela nossa pouca evolução, estamos ainda muito predispostos a cair nessa ilusão.

Se forçarmos nossa percepção para menos, isto nos levará a uma situação irreal e à diminuição da nossa auto-estima, o que é prejudicial para nossa vida e evolução.

Mas como podemos encontrar nossa real condição?


Aprofundando o auto-conhecimento.

Quando “caímos na realidade” percebemos que não há razões para nos sentirmos engrandecidos por nossas constatações distorcidas, pelos elogios recebidos ou por quaisquer outras razões. Tudo em nossas vidas será motivo de gratidão àqueles que nos assistem e motivação para buscarmos cada vez mais nosso crescimento interior.

Mas esse mergulho em nossa realidade apresenta também outro desdobramento, o nosso grau de evolução espiritual, aquilo que SOMOS, não o que aparentamos ser.


Desconheço autor.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Enfrentar-se é o segredo de tudo

É muito simples sairmos da pressão social e assumir nossa vida pelo nosso espírito. É uma questão de desenvolvimento. Nos enfiaram um modo de viver que apaga nossa individualidade. Todo mundo se sente inadequado na sociedade porque o mundo nos apontava que as coisas são assim e assim, e isso não é a verdade.


Toda libertação que você conseguiu não foi de uma situação fora e sim dentro de você, que foi quando você se aceitou com bons olhos e aí ficou em paz na sua vida. Existe a moral do homem e a moral cósmica e nós não precisamos ser normais. Você nunca será a pessoa ideal para ninguém, nunca. Jamais será a esposa ideal, o marido ideal, a mãe ideal, o filho ideal, jamais. Nunca você será certo perante o mundo, sempre terá falhas, sempre está em falta. Então aja de acordo com o seu espírito e deixe o mundo com as coisas dele. Tememos o mundo, e quanto mais o tememos, mais ele tem força sobre nós e nos governa. Quando chegamos à maturidade espiritual não mais seremos dominados por esse mundo. O mundo é nosso obsessor. E, por isso, a gente faz coisas que não quer, por exemplo o casamento. Essa agressão ao espírito se paga caro, com infelicidade, opressão. Por isso você não está conseguindo viver bem. Nós aprendemos que ajudar uma pessoa é fazer por ela. E não ouvimos o nosso espírito que não quer e  por isso somos obsediados.

Como estamos desavisados para não entrar no turbilhão da família!!!

PARE!!!

NÃO FAÇA ABSOLUTAMENTE NADA!!!

O “não se tocar” é uma GRANDE ARMA na desobsessão. É a capacidade de ficar NEUTRO.

Mas, ah, lá vem um pensamento, uma perturbação e você: N A D A 

Impulso: você NADA.

Tudo que vem a você que não é bom: NADA.

Gente reclamando ao redor (do tempo por exemplo), você não se envolve de jeito nenum: NADA, NADA, NADA.

Cultive esse hábito.

Apurrinhou você é: NADA.

Pode vir tanto de estranhos quanto de pessoas muito e muito queridas é NADA, não entre, não se envolve. Ah, como a vida fica mais leve, fica mais fácil, mais gostosa. Tudo que vem a você: neutro. Quando está completamente parado, neutro, nada pega você, nada. É o nada, o exercício do nada. O seu neutro já significa um “não” . Aquilo parece que quer fazer vibrar naquilo, mas você não vibra naquilo de jeito nenhum. Esse é o fenômeno da influência, se você começa a vibrar com ele, foi feita uma cópia e entrou na mesma freqüência; mas se aquilo vem e você se mantém neutro, ele não consegue copiar para você e aí ele não entra na sua aura. A pessoa calma não é atingida, ela não reage às coisas à sua
volta quando estão acontecendo. Essa pessoa AGE quando ela decide, quando quer, e não em resposta aos estímulos externos. Seu comportamento não é um mero reflexo do que acontece ao redor. O outro pode provocá-lo e você não reagir e você fica muito feliz com o resultado. Porque quando você reage, você se fragiliza. Aquilo que amola você fica ali e você se acaba. E quando você fica neutro aquilo vai embora. Quanto mais se fortalece na neutralidade, menos você se contagia e conserva o seu dia sempre na sua melhor forma. É a pessoa “cuca fresca”. Isso é ser equilibrado. As pessoas acham que desequilibrar-se junto com o outro é ser humano, tem que sofrer junto com o outro, senão você é tachado de frio. E você para fazer média entra. Trouxa!!!

E entrar no bom humor não é tão difícil, aliás é até fácil, o importante é MANTER, aí é que pega. Qualquer coisinha e lá está você entrando e deixando o bom de lado. Que tal escolher ficar no bem? Então nós somos obsedados. Com que facilidade você sai da sua paz? Vamos ver:

SE TEM ALGUMA COISA QUE O IRRITA: vai ter que chegar ao ponto em que nada o irrita:

Algo que ODEIA: chegar ao ponto que nada você odeia

Algo que o PREOCUPA: chegue ao ponto que nada mais o preocupe

Que o angustia: ao ponto que nada o angustie

E assim vai com tudo na vida. É preciso treino, muito treino

Você conseguindo a esse ponto em que nada o incomoda: é a PAZ. E por que?

Porque quanto mais esse ponto vai ficando forte dentro de você, menos o mundo obsedia você.

Você tem o hábito de encher a cabeça e só de pensar que podem acontecer coisas dentro de sua casa você já fica intranquilo. É com isso que tem que parar. A gente se prepara para sofrer quando alguém morre, a gente se programa para sofrer por tudo nada vida. Você ainda se altera quando vê gente burra? Gente que pensa errado, porque você ACHA que sempre pensa certo. E não vai parar de existir gente assim. Tem gente que não aceita você, sem motivo, tem. E continua tendo. E você se incomoda com isso. Está preparado para essas coisas da vida, para esse comportamento dos outros? Ou vai ficar esquentando a cabeça inutilmente? Você vai ser rejeitado, maltratado, ofendido, se prepare, o mundo é assim. Está pronto para isso? Já que é a realidade, por que não se prepara para, pelo menos, ficar neutro? Não se envolva. Você acredita que tem sentimentos, não apego “A gente pensa, a gente sofre” Tire o pensamento, fique neutro.

Você já está preparado para sofrer com tudo: com amor, com a falta de dinheiro. Acha que tem que ser assim, que tem que continuar nessa obsessão. Dá para ficar neutro. Você não quer sofrer, mas quer preservar esse sentimentalismo que o faz sofrer. Você não tem um minuto de paz. Você: “Ah, não posso ver ninguém sofrer” “Tal coisa me corta o coração”. Tem algum dia que você passe sem ver alguém se queixando? Não. E você entra nessa mesmo assim? Você já se perguntou “POR QUE você tem de sofrer? PORQUE Você se impôs! Só isso. E pode tirar essa imposição, é só decidir. Aí vem a ameba “Mas você nem liga para o sofrimento do outro?” Resposta: “Não”. E mantenha, já que decidiu não desista, não ouça a ameba :”AH, mas nós temos que ligar para o sofrimento do outro, senão somos frios.” Gente, isto é OBSESSÃO!!! Quem vive assim tem uma vida desgraçada. Você pode compreender o sofrimento do outro, é claro, mas não tem que ligar, que sofrer junto. Posso o bem ficar neutro.É a vida da pessoa. E vai continuar. Você acha que tem que fazer alguma coisa. Somos completamente obsediados pelos problemas dos outros, e os culpamos por isso. Saia dessa, não tem sofrer nada por ninguém nem por mais próxima e querida que seja a pessoa, cada um é cada um.

Uma das coisas mais bonitas da espiritualidade é que você se rebela e troca o que não te serve. Perceba: O que mais lhe atormenta com a falta de dinheiro?. O que mais lhe atormenta agora nesta vida? O que tem essa capacidade de obsediar você? Antes de existir uma situação, existe um pensamento em mim. Mude a situação. Na prática, pense nesse assunto, perceba como ele lhe obsedia, lhe domina porque você acredita que é verdade. Aí vem a ameba: “Mas eu estou sem dinheiro” Justamente você está sem dinheiro porque acredita na falta e por isso fica na falta.

Quanto mais você fica neutro menos aquilo lhe obsedia. Quando você fica louca com uma coisa e depois melhora, o que foi que fez que causou essa melhora?. Você jogou fora, ficou neutro. E aí a realidade muda.

QUANDO A MENTE CALA O ESPÍRITO AGE.

E assim vencemos aquilo que está querendo nos derrubar. Assim nada tem força sobre você. Quando estamos no espírito, nossa força,nossa essência, pode se manifestar quando eu ,conscientemente, tomo uma posição firme e sem influências de certas camadas, e as forças espirituais tomam conta da situação.

Nossa força espiritual é um conjunto de seus talentos e habilidades, suas vocações, aptidões, etc. Nosso espírito constitui-se das forças divinas, diferente. É como se Deus fosse muitas forças dentro de nós. A ação dessa força SEMPRE vai buscar as coisas para nós e ela só pode se manifestar harmonicamente se eu a apoio consistentemente. Nada é proibido, tudo é individual, tudo se pode.

Solte-se e fique ao Deus dará, faça as coisas, vá atrás do que quer, mas solto, sem aflição, na certeza de que o melhor sempre vem para você. A gente acha que se sentir seguro é fundamental e a gente não quer mexer nas coisas, quer deixar tudo como está, Mas você vai perceber, quando mudar essa atitude, que mais seguro é abrir sua visão para o novo.

As coisas mesmas que se repetem em você são obsessões. E o que fazer nesse caso. Aquele exercício da neutralidade, o NADA. Você fica no NADA, não se envolve e, ao mesmo tempo OLHA para aquilo, enfrenta o seu diabo. FUGIR? Fugiu, dançou, seu diabo toma força. O segredo é olha-lo de frente, e dizer nada, mas nada mesmo me influencia, nada me tira do meu melhor, “eu estou SEMPRE no meu melhor”. Exemplo: um medo qualquer que você está sentindo. Fique no nada e enfrente-o. Quando você fica um tempo nessa postura (sem arredar o pé), seu espírito assume e o ruim vai embora. O espírito domina a matéria. Isso se consegue através da meditação. Ninguém tira o pensamento só que ele não me afeta, e eu estou quieta, sem ação, e aí, aí sim o espírito AGE. Quando tem uma pessoa que você ACHA que tem que AJUDAR: CALA (na boca e na mente). Aquela vozinha que fica lá cutucando para você agir, deixe-a de lado e não faça nada, fale e vá falando a palavra PAZ, e cala, cala, desligue. PAZ para fazer silêncio e harmonia em sua vida. E quanto mais você vai desligando das coisas do mundo menos você vai se ligando nele, mais você fica no seu espírito.
 
 
Parte da palestra De mãos dadas com a espiritualidade - Luis Antonio Gasparetto