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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Realidade e as Crenças Pessoais


Você forma a estrutura de sua experiência por meio de suas próprias crenças e expectativas. Essas idéias pessoais sobre si mesmo e a natureza da realidade afetarão seus pensamentos e emoções. Você toma suas crenças sobre a realidade como verdadeiras, e em geral não as questiona. Elas parecem auto-explicativas e aparecem em sua mente como declarações de fato, demasiadamente óbvias para serem examinadas.

Com muita freqüência elas são aceitas, portanto, sem perguntas. Não são reconhecidas como crenças sobre a realidade, mas, pelo contrário, são consideradas como características da própria realidade. Em geral essas idéias parecem irrefutáveis, fazendo tanto parte de você que não lhe ocorre especular sobre sua legitimidade. Elas se tornam suposições invisíveis, mas, não obstante, colorem e formam sua experiência pessoal.

Algumas pessoas, por exemplo, não questionam suas crenças religiosas, mas aceitam-nas como fato. Outras acham comparativamente fácil reconhecer tais suposições interiores quando elas aparecem em um contexto religioso, mas tem pouco discernimento no que se refere a outros tipos de crenças.

É muito mais simples reconhecer suas próprias crenças em relação à religião, política ou assuntos semelhantes, do que identificar suas mais profundas crenças sobre si mesmo, sobre quem e o que você é - particularmente em relação à sua própria vida.


Muitas pessoas são completamente cegas para suas próprias crenças a respeito de si mesmas e da natureza da realidade. Você recebe excelentes pistas de seus próprios pensamentos conscientes. Muitas vezes se recusa a aceitar certos pensamentos que lhe vêm à mente porque eles conflitam com outras idéias geralmente aceitas.

Sua mente consciente está sempre tentando apresentar-lhe um quadro claro, mas você muitas vezes permite que idéias preconcebidas bloqueiem essa inteligência. Tornou-se moda culpar o subconsciente por problemas e dificuldades de personalidade, sendo que a idéia é que eventos anteriores, carregados e misteriosos, alojaram-se ali. Neste país, várias gerações cresceram acreditando que as porções subconscientes da personalidade não eram confiáveis, tinham muita energia negativa, continham apenas episódios desagradáveis que seria melhor esquecer.

Eles cresceram acreditando que a mente consciente era relativamente impotente, que a experiência adulta era estabelecida nos dias da infância. Tais conceitos criaram divisões artificiais. As pessoas aprenderam que não deveriam ter consciência de material "subconsciente".

As portas do eu interior foram firmemente fechadas. Somente uma psicanálise longa podia ou devia abri-las. O indivíduo normal sentia que era melhor deixar essa área de lado, e assim, ao fechar essas porções do eu, também estabelecia barreiras contra a alegria do eu interior espontâneo. As pessoas sentiam-se dissociadas do centro de sua própria realidade.

O conceito do pecado original era muito pobre, limitado e distorcido, mas, pelo menos, era acompanhado de procedimentos muito simples: Através do batismo, você podia ser salvo, ou por meio de algumas palavras, sacramentos ou rituais, alcançava a redenção. (Ver o Evangelho de Marcos 1:1-11, por exemplo)

A idéia do subconsciente maculado, porém, não deixou ao homem uma saída assim fácil. Os poucos rituais possíveis exigiam anos de análise, que apenas os muito ricos tinham o privilégio de vivenciar.

Mais ou menos ao mesmo tempo em que a idéia do subconsciente suspeito se generalizou, a idéia da alma foi relegada ao esquecimento. Milhões de pessoas, portanto, acreditaram em uma realidade na qual se encontravam privados da idéia de uma alma, sendo oprimidos pelo conceito de um subconsciente nada confiável, talvez definitivamente maligno. Essas pessoas viam-se como um ego, solitário e vulnerável, vagando, perigosamente e sem proteção, nas ondas tumultuosas de processos involuntários.

Mais ou menos ao mesmo tempo, muitas pessoas inteligentes estavam compreendendo que as idéias das religiões organizadas sobre Deus, céu e inferno eram distorcidas e injustas, tendo o sabor de histórias de contos de fadas infantis. Essas pessoas não tinham onde buscar ajuda.

Nessas circunstâncias, olhar para dentro teria parecido uma tolice, pois elas haviam aprendido que, para início de conversa, este dentro continha a fonte de seus problemas. Os que não podiam pagar uma terapia, tentavam com mais vigor inibir quaisquer mensagens do eu interior, por medo de serem tragados pelas selvagens emoções infantis.

Agora, antes de qualquer coisa: não há limites ou divisões para o eu, embora, para propósitos de discussão, uma palavra como "ego" possa ser usada aqui, já que compreende o que ela significa. Você pode verdadeiramente confiar nas porções aparentemente inconscientes de si mesmo. Como veremos mais tarde, pode tornar-se cada vez mais conscientemente perceptivo, trazendo para sua consciência porções cada vez maiores de si mesmo.

Você respira, cresce e realiza inúmeras atividades delicadas e precisas constantemente, sem ter consciência do como executa essas ações. Vive sem saber conscientemente como mantém este milagre da percepção física no mundo da carne e do tempo.


As porções aparentemente inconsciente da pessoa atraem átomos e moléculas do ar para formar sua imagem. Seus lábios movem-se, a língua pronuncia seu nome. O nome pertence aos átomos e moléculas dentro de seus lábios ou língua? Os átomos e as moléculas movem-se constantemente, formando-se em células, tecidos e órgãos. Como pode o nome proferido pela língua pertencer a eles?

Eles não lêem nem escrevem, contudo falam sílabas complicadas que comunicam a outros seres, como você mesmo, desde um simples sentimento às mais complicadas informações. Como fazem isso?

Os átomos e moléculas da língua não conhecem a sintaxe da língua que falam. Quando você começa uma sentença, em geral não tem a menor idéia consciente de como irá terminá-la; contudo, tem fé de que as palavras farão sentido e de que o que deseja dizer fluirá sem esforço.

Tudo isso acontece porque as porções interiores de seu ser atuam espontaneamente, alegremente, livremente. Tudo isso ocorre porque seu eu interior acredita em você, geralmente mesmo quando você não acredita nele. As porções inconscientes de seu ser atuam incrivelmente bem, em geral a despeito da grande incompreensão de sua parte sobre a natureza delas e de suas funções, e diante de fortes interferências que você faz por causa de suas crenças.

Cada pessoa experencia uma realidade única, diferente da de qualquer outro indivíduo. Essa realidade brota da paisagem interior dos pensamentos, sentimentos, expectativas e crenças. Se você acredita que o eu interior trabalha contra você e não por você, atrapalha seu funcionamento - ou melhor, força-o a comportar-se de uma certa forma por causa de suas crenças.


É função da mente consciente fazer julgamentos claros sobre sua posição na realidade física. Muitas vezes, falsas crenças impedem-na de fazê-los, pois as idéias egoisticamente mantidas impedem uma visão clara.

Suas crenças podem ser como cercas que o rodeiam.

Você precisa primeiro reconhecer a existência de tais barreiras - precisa vê-las, caso contrário nem irá perceber que não está livre, simplesmente porque não enxergará para além das cercas. (De maneira muito positiva:) Elas representarão as barreiras de sua experiência.

Há uma crença, porém, que destrói as barreiras artificiais da percepção, uma crença expansiva que, automaticamente, trespassa idéias falsas e inibidoras.

Agora, separadamente:

  • O Eu Não É Limitado

Essa afirmação é uma declaração de fato que existe independentemente de sua crença ou descrença nela. Depois desse conceito vem outro:

  • O Eu não conhece nem fronteiras nem separações.

As que você experimenta são resultado de falsas crenças. 

  • Você Cria Sua Própria Realidade

Eu lhe disse que o eu não é limitado; contudo, certamente você acha que seu eu acaba onde sua pele se encontra com o espaço, que você está dentro de sua pele. Ponto final. Seu ambiente, entretanto, é uma extensão de seu eu. É o corpo de sua experiência, unido à forma física. O eu interior forma os objetos que você conhece,  tão certa e automaticamente como forma seu dedo ou seu olho.


Seu ambiente é o quadro físico de seus pensamentos, emoções e crenças tornados visíveis. Uma vez que seus pensamentos, emoções e crenças movem-se através do espaço e do tempo, você afeta condições físicas separadas de você.

Considere a espetacular estrutura de seu corpo simplesmente do ponto de vista físico. Você o percebe como sólido, como percebe toda matéria física; contudo, quanto mais a matéria é explorada, mais óbvio se torna que dentro dela a energia toma formas específicas (a forma de órgãos, células, moléculas, átomos, elétrons), cada uma menos física que a anterior, cada uma combinando-se em misteriosa unidade (gestalt) para formar este corpo.

Os átomos dentro de seu corpo giram. Há comoção e atividade constantes. A carne que parecia tão sólida acaba sendo composta de partículas que se movem rapidamente - em geral orbitando-se mutuamente - com grandes trocas de energia ocorrendo continuamente.

A substância, o espaço fora de seu corpo, é composto dos mesmos elementos, mas em proporções diferentes. Há um intercâmbio físico constante entre a estrutura que você chama de seu corpo e o espaço fora dele: interações químicas, trocas básicas sem as quais a vida como você a conhece não seria possível.

Segurar a respiração é morrer. A respiração, que representa a mais íntima e mais necessária de suas sensações físicas, precisa fluir daquilo que você é, passando para o mundo que parece não ser você. Fisicamente, porções de você deixam seu corpo constantemente e misturam-se aos elementos. Você sabe o que acontece quando a adrenalina é liberada por meio dos vasos sanguíneos. Ela o excita e prepara-o para a ação. Mas, de outras formas, a adrenalina não permanece simplesmente em seu corpo. Ela é lançada ao ar e afeta a atmosfera, embora transformada.

Qualquer de suas emoções libera hormônios, mas elas também o deixam da mesma forma que sua respiração; podemos, então, dizer que você libera substâncias químicas no ar que, por sua vez, o afetam.

As tempestades físicas, portanto, são causadas por essas interações. Estou lhe dizendo mais uma vez que você forma sua própria realidade, e isso inclui o clima físico, que é o resultado, em massa, de suas reações individuais.

Você está em existência física para aprender e compreender que sua energia, traduzida em sentimentos, pensamentos e emoções, cria toda a experiência. Não há exceções.

Uma vez que você compreenda isso, terá apenas que aprender a examinar a natureza de suas crenças, pois elas automaticamente o farão sentir e pensar de certas formas. Suas emoções suas crenças, e não o contrário.

Gostaria que você reconhecesse suas próprias crenças em várias áreas. É preciso que compreenda que qualquer idéia que aceite como verdade é uma crença que você tem. Precisa, portanto, dar o próximo passo e dizer: "Não é necessariamente verdade, embora eu acredite nisso." Você aprenderá, espero, a desconsiderar todas as crenças que impliquem em limitações básicas. 


Primeiro, você precisa entender que ninguém pode mudar suas crenças para você, nem podem elas ser impostas a você de fora. Você pode verdadeiramente mudá-las por si mesmo, entretanto, com conhecimento e diligência.


Olhe ao redor. Todo o seu ambiente físico é a materialização de suas crenças. Seu sentido de alegria, tristeza, de saúde ou doença - tudo isso é causado por suas crenças. Se você acredita que uma certa situação deve torná-lo infeliz, é isso que fará, e a infelicidade então reforçará a condição.

Dentro de você está a habilidade de mudar suas idéias sobre a realidade e sobre você mesmo, de criar uma experiência pessoal de vida que seja satisfatória para você e para os outros. Gostaria que você escrevesse suas crenças sobre si mesmo, tomando consciência delas. Mais tarde poderá usar esta lista de uma forma que nem suspeita no momento.

Extraído do livro: Seth fala.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

NADA NA VIDA É POR ACASO!

Quero oferecer a você texto que me chamou a atenção pela preciosidade do conteúdo. Ele diz, de maneira simples e precisa, como devemos encarar a vida e, sobretudo, aceitar e respeitar o momento pelo qual passamos, seja ele qual for. Como a própria mensagem diz, nada é por acaso. Tudo tem um sentido. E os acontecimentos têm uma função dentro da nossa evolução interior. Leia, reflita e procure incorporar esse conceito no seu dia-a-dia. Mais do que isso, tire lições dos fatos que se apresentam. Isso se chama desenvolvimento pessoal. Amadurecimento. Aí vai:

“Dizem que o que procuramos é um sentido para a vida. Penso que o que procuramos são experiências que nos façam sentir que estamos vivos.” (J. Campbell)

Para uns, a jornada é curta e agradável. Para outros, ela é acidentada e, em alguns momentos, dá vontade de desistir. Ao contrário do que você pensa, é nesses momentos que algo muito maior pode estar acontecendo. Estamos aqui para aprender com a vida, não para sofrer. Por isso, abandone o passado, desbloqueie a sua paralisia afetiva. À medida que ganhamos experiências, um pouco mais nos é revelado.

Abra-se!
Ninguém é igual a ninguém. E ninguém é completamente perfeito. A vida coloca no seu caminho apenas as coisas com as quais você consegue lidar, conforme você vai aprendendo a lidar com elas. Nada além. É assim que a vida funciona. Avançamos no caminho espiritual através dos nossos relacionamentos.

Deepak Chopra escreveu: “Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida numa determinada época, ele foi exatamente aquilo que você precisava naquele momento”. Repare que nada é por acaso. Nós nos colocamos em uma espécie de “trilha” que sempre esteve ali, à nossa espera. Você elegeu seu destino. A vida que você tem de viver é essa mesma.

“Você não consegue mudar o que não consegue encarar.” (James Baldwin)

Por isso, onde quer que você se encontre, é exatamente onde precisa estar neste momento. Quando você estiver pronta para fazer uma coisa nova, de maneira nova, você fará. Sempre haverá alguém esperando pela pessoa na qual você está se transformando. Talvez você ainda não esteja pronta para reconhecê-la.

A cada momento, cada um de nós passa pelo processo de SER e de SE TORNAR. Como as pessoas, os nossos relacionamentos mudam. E ainda há muito a aprender e a ser realizado. Apesar dos problemas, há esperança, fé, alegria e amor. Deus sabe de tudo que precisamos para evoluir, antes mesmo de nós. Por isso, agradeça:

“Obrigada, Deus, por me amar o suficiente e permitir que me aconteça somente aquilo com que eu consigo lidar, quando acontece. Obrigada por quem eu me tornarei através de tudo que me acontece.” Seja feliz! Sempre!


Luiz Antonio Gasparetto

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Reverencie o Divino com a DISPOSIÇÃO


A Disposição é um estado de receptividade mental e emocional que nos torna abertos e disponíveis para sermos inundados pela vontade do Divino. É a vontade firme de realizar coisas que servem para o nosso bem enquanto seres divinos.

Houve momentos em que eu soube exatamente o que fazer para solucionar um conflito ou para acabar com uma situação insuportável. Eu tinha clareza sobre o que devia fazer, mas não estava sempre disposta a fazê-lo. Com grande freqüência, eu tinha medo do resultado. Eu não queria me zangar ou desagradar os outros. Não me dispunha a dar o primeiro passo, sobretudo se não soubesse direito onde estava pisando ou se tivesse medo da reação do outro. Eu não queria correr o risco de estar errada. Eu não estava disposta ou preparada para me defender se me desafiassem. É isso mesmo: eu sabia o que precisava ser feito, mas não me dispunha a fazê-lo. Eu resistia.

A resistência em fazer aquilo que sabemos que deve ser feito vem do medo. O medo é uma ferramenta do ego. Espertamente disfarçado de resistência, ele apóia a omissão e a fuga. Nós nos dispomos a errar, a parecer incapazes, a sermos desafiados ou derrotados. Quanto mais nos enterramos na resistência, mais nos distanciamos da vontade. E esquecemos que o Divino não lembra dos nossos erros e nem censura aquilo que percebemos como derrota. A energia divina também não julga nossos métodos ou escolhas. O Divino simplesmente pede que nos disponhamos a fazer o que for preciso para entrarmos no nosso próprio estado de divindade, o que significa que precisamos desenvolver a sabedoria e a coragem através do fortalecimento da vontade.

Em muitas das experiências pelas quais passamos na vida, sabemos exatamente o que é preciso fazer ou dizer. A nossa dificuldade está em não saber como fazer ou como dizer. A disposição permite que você diga o que for preciso, no momento mais adequado. Ela enche sua consciência com o espírito do amor que jorrará da sua boca quando você tiver bastante coragem para permitir que isso aconteça. Muitas vezes nós sabemos o que dizer e como dizer, mas não conseguimos descobrir quando ou se devemos dizer. A disposição acende em você a sabedoria divina que vai descobrir o melhor momento e fazer a melhor escolha entre falar e calar-se. Esta é uma prática que venho me empenhando em desenvolver. Às vezes, quando estou enfrentando uma situação que me intimida, eu me imagino dizendo e fazendo coisas que não ousei "fazer em sã consciência". O que eu chamo de "sã consciência", para justificar minha omissão, é a parte do meu ego que bloqueia a disposição, porque quer sempre agradar às pessoas. Descobri que o fortalecimento da disposição nos faz mais corajosos. E todos nós precisamos de coragem para nos dispormos a reverenciar o Divino nos desafios que enfrentamos como seres humanos.

A disposição reforça a ligação entre a mente física e a mente divina ou espiritual, formando um caráter espiritual forte. Quando você quer tornar-se um verdadeiro representante da energia divina, você se dá conta da necessidade de construir uma base espiritual sólida. Sabe que precisa, antes de mais nada, rezar. Tem confiança de que a resposta virá. Você age de acordo com o que o seu coração lhe diz, sabendo que o Divino sempre fala a verdade diretamente para o seu coração, para a sua emoção. Quando você se dispõe a construir uma base espiritual, sabe que receberá proteção e direção e que a luz e o amor do Divino inundarão o seu ser.

Quando você faz ou diz aquilo que seu espírito ordena, talvez algumas pessoas não fiquem muito satisfeitas com você. Podem achar que você está sendo inconveniente! Podem acusar você de querer perturbar suas vidas. Mas é possível que você seja o único recipiente do Divino num dado momento. O Divino sempre precisa de um recipiente de onde jorrarão as suas energias.

Exercer a disposição não levará as pessoas a concordarem sempre conosco nem fará que as coisas aconteçam da maneira que achamos ou sentimos que deveriam acontecer. Mas, por outro lado, a disposição estimula a cooperação entre as pessoas, porque demonstra disponibilidade para um diálogo em busca da verdade. Quando uma pessoa se dispõe a rever seus pontos de vista e mudar uma atitude, a tensão é aliviada. Quando não há tensão, há paz. A paz é a energia do Divino. A disposição não tornará sua vida mais cômoda, mas ajudará você a lidar melhor em cada experiência que enfrentar nesta vida. Ter coragem de dizer o que pensa e de dizer a verdade através da ótica do amor e não da raiva ou do medo, abrir-se para aceitar o ponto de vista dos outros sem sentimentos de ameaça ou de derrota, abrir mão da necessidade do ego de ter tudo sempre sob controle, dispondo se a fazer o que for preciso para estabelecer a paz — todas essas são formas de crescimento. Você cresce em agilidade mental, em força espiritual e em vigor divino.

Quando você se dispõe a entregar seus pensamentos à Mente Divina, você recebe a direção divina. Essa direção permitirá que você dê a seus sentimentos uma dimensão de amor, de franqueza e de paz. À medida que sua natureza divina se desdobra, você vai exercendo sua disposição em seu próprio benefício e do mundo à sua volta. Ao enfrentar dificuldades e desafios é preciso se dispor a errar, a dar mais de si, a cair, se levantar e cair outra vez, sabendo que a ajuda divina está sempre próxima. Dentre todos os princípios espirituais que nos levam a um momento de graça, a disposição nos ensina que, quando aceitamos abrir mão de tudo o que possuímos, o Divino nos devolve dez vezes mais.


Extraído do livro: Um dia a minha alma se abriu por inteiro - IYanla Vanzant

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Perdoe a si mesmo


De vez em quando, você enxerga padrões negativos repetindo-se em sua vida e não sabe como alterá-los. Você começa a fazer isso, como afirma Um Curso em Milagres, ao dizer: "Eu não sou vítima do mundo que eu vejo". Em certas ocasiões, não conseguimos enxergar exatamente de que forma criamos aquele desastre, mas ainda assim podemos assumir a responsabilidade de que nós o criamos. E este é um bom começo. Não importa o que as outras pessoas possam ter feito conosco - e existem pessoas neste mundo que não são muito escrupulosas e fazem coisas terríveis - , ainda temos a opção de perdoar, de nos elevarmos sobre o assunto, de nos desarmar; e também descobrir, o que é importante, em nosso próprio coração e mente, de que forma ajudamos a criar ou atrair aquela escuridão. O fato de que as pessoas agiram mal em uma situação não quer dizer necessariamente que você agiu totalmente bem.
Pode ser um processo bastante difícil ter essa visão inteiramente honesta de si mesmo. Isso pode levar a uma dolorosa autocondenação, e então a necessidade de perdoar a si mesmo pode ser no mínimo tão trabalhosa quanto perdoar os outros.
Algumas vezes, conseguimos perceber que parte de nossa personalidade é o ego baseado no medo. Outros podem nos criticar por causa disso, mas não é isso que importa. Na verdade, torna-se irrelevante, porque apenas o ego de alguém sentiria a necessidade de criticar o nosso. As questões de seu ego não são importantes por causa dos julgamentos das outras pessoas; elas são importantes por estarem bloqueando sua luz, sua alegria e sua disponibilidade de ser usada por Deus para Seus propósitos. A luminosidade de 60 watts não pode passar por uma lâmpada de 30 watts.
Você está nesse mundo para fazer brilhar sua luz, pelo bem de todo o mundo. Os locais onde você parece estar bloqueado podem ser entregues a Deus e ser curados. Uma vez que admita sua imperfeição e peça a Ele que a retire, a resposta ao seu convite será rápida e segura. Ele se lembra, até mais do que você, da dor e do sofrimento que o conduziram até esse ponto fraco. Ele estava do seu lado quando isso aconteceu, derramou lágrimas enquanto observava o desenvolvimento dessa disfunção, como um mecanismo para enfrentar a dificuldade, e se rejubilou ao receber o convite de agora.
São assim os milagres de Deus que irão transformar totalmente sua vida.
Seja o que for que recusemos a ver em nós mesmos, tudo isso será mais facilmente projetado em outra pessoa. Um dos benefícios de encarar nossa fraqueza é que isso nos ajuda a ficar mais compassivos com os demais. 

Fonte: O Dom da Mudança - Marianne Williamson

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Lembre-se de sua respiração

Se você puder se tornar um mestre da sua respiração você se torna mestre de suas emoções... O inconsciente prossegue mudando seu ritmo de respirar, portanto, se você se torna cônscio desse ritmo e suas constantes mudanças, você pode ficar cônscio das suas raízes inconscientes, do que o inconsciente está fazendo.

a) Respire profundamente o dia todo, não forçado, mas devagar e bem fundo, toda vez que você lembrar e sinta-se relaxado, não tenso.

b) Vigie sua respiração, observe-a. Quando a respiração sai, vá com ela, quando ela entrar, mova-se com ela. Se você puder observar sua respiração, ela se tornará profunda, silenciosa, rítmica. Seguindo a respiração você se torna muito diferente, porque essa conscientização constante da respiração irá lhe desprender de sua mente. A energia que normalmente se move para o pensar, se moverá para a observação. Essa é a alquimia da meditação — mudar a energia que se move do pensar para a observação... Como não ser um pensador mas uma testemunha. Mas seja brincalhão ao observar sua respiração, não faça disso um trabalho.

c) Use sua respiração como uma conscientização da vida e da morte simultaneamente. Quando a respiração sai ela está associada com a morte; quando ela entra, com a vida. Com cada expiração você morre; com cada inspiração você renasce. Vida e morte não são duas coisas, separadas, divididas: elas são uma. E a cada momento, ambas estão presentes. Portanto lembre-se disso: quando sua respiração está saindo, sinta como se você estivesse morrendo. Não se assuste. Se você se assustar, a respiração será perturbada. Aceite isso: a expiração é morte. E a morte é bela, é relaxante.




Osho, em "The New Alchemy"

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As raízes do ciúme


O que faz você ter ciúme?

A possessividade.

O ciúme propriamente dito não é a raiz.

Você ama uma mulher, você ama um homem, e quer possuir essa pessoa só por medo de que amanhã ela talvez possa abandoná-lo por outro. O medo do amanhã destrói o seu hoje, e trata-se de um círculo vicioso.

Se o dia-a-dia é destruído por causa do medo do amanhã, mais cedo ou mais tarde a pessoa vai procurar outro parceiro, porque você é simplesmente um chato de galocha.

E, quando o homem começa a procurar outra mulher, ou a mulher começa a se voltar para outro homem, você acha que tinha razão de ter ciúme. Na verdade, foi o seu ciúme que provocou a coisa toda.

Portanto, a primeira coisa a lembrar é: não se preocupe com o dia de amanhã. O hoje é suficiente! Alguém ama você — deixe que hoje seja um dia de alegria, um dia de celebração. Viva esse amor tão totalmente hoje que a sua totalidade e o seu amor seja suficientes para evitar que a outra pessoa se afaste de você.

O seu ciúme só vai distanciá-la; só o seu amor pode mantê-a ao seu lado. O ciúme da outra pessoa vai afastar você; o amor vai mantê-lo ao lado dela.

Não pense no amanhã. No momento em que pensa no amanhã, você passa a viver o hoje sem entusiasmo. Viva simplesmente o hoje e esqueça o amanhã, ele seguirá o seu próprio curso. E lembre-se de uma coisa: o amanhã é fruto do hoje. Se o hoje for uma experiência de grande beleza, for uma bênção, por que se preocupar com ele?

Algum dia o homem que você amou, a mulher que você amou pode encontrar outra pessoa. Ser feliz é simplesmente humano — mas a sua mulher é feliz com outro homem. Não faz diferença se ela é feliz com você ou com outra pessoa — ela é feliz. E, se você a ama tanto, como pode destruir a felicidade dela?

Um amor de verdade ficará feliz mesmo se o parceiro sentir prazer na companhia de outra pessoa. Nessa situação — quando uma mulher está com outra pessoa e você ainda está feliz e cheio de gratidão por ela e lhe diz, "Você tem liberdade absoluta; seja simplesmente feliz e essa será a minha felicidade. Não importa com quem você se sente feliz, o que importa é a sua felicidade" — tenho o palpite de que ela não conseguirá ficar longe de você por muito tempo, ela voltará. Quem consegue deixar um homem assim?

Fonte: Osho, em "Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa"