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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ninguém sabe o que é adequado pra mim

Não... eu não nasci para reduzir tudo a um punhado de boas idéias aceitas por todos.

Hoje eu entendo que é preciso experimentar o que desejo, pois só assim vou compreender o que não desejo.

Entendo o valor da diversidade... Agora vejo que por mais que eu tente, não vou conseguir me mover de modo consistente em nenhuma direção satisfatória e assim não agrado nem às outras pessoas e nem a mim mesma.


O maior presente que eu posso me dar é minha felicidade! Até porque a minha felicidade depende de mim e não dos outros. Ninguém sabe o que é adequado pra mim!

Hoje, fico feliz quando vejo que cuidei bem de mim. Percebo como é maravilhoso fazer minhas próprias escolhas...


Quem eu sou?

Eu sou energia pura e positiva. Sou amor. Espero coisas boas. Me respeito e me amo. Respeito e amo as outras pessoas. Mas também aprendi a ser egoísta o suficiente para encontrar o meu bem estar.

Se me faz sentir bem, dou toda a atenção, caso contrário, não dou a mínima.

Hoje sou feliz, porque sei que estou dando o melhor de mim!


Desconheço autor.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VOCÊ SABE OU VOCÊ SENTE?

"Você já reparou o quanto as pessoas falam dos outros?

Falam de tudo.

Da moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das
imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinzices, chatices, mesmices, grandezas, feitos, espantos.

Sobretudo falam do comportamento.

E falam porque supõem saber.

Mas não sabem.

Porque jamais foram capazes de sentir como o outro sente.

Se sentissem não falariam.

Só pode falar da dor de perder um filho, um pai que já perdeu, ou a mãe já ferida por tal amputação de vida.

Dou esse exemplo extremo porque ele ilustra melhor.

As pessoas falam da reação das outras e do comportamento delas quase sempre sem jamais terem sentido o que elas sentiram.

Mas sentir o que o outro sente não significa sentir por ele.

Isso é masoquismo.

Significa perceber o que ele sente e ser suficientemente forte para ajudá-lo exatamente pela capacidade de não se contaminar com o que o machucou.

Se nos deixarmos contaminar (fecundar?) pelo sentimento que o outro está sentindo, como teremos forças para ajudá-lo?

Só quem já foi capaz de sentir os muitos sentimentos do mundo é capaz de saber algo sobre as outras pessoas e aceitá-las, com tolerância.

Sentir os muitos sentimentos do mundo não é ser uma caixa de sofrimentos.

Isso é ser infeliz.

Você sabe ou você sente?

Sentir os muitos sentimentos do mundo é abrir-se a qualquer forma de sentimento.

É analisá-los interiormente, deixar todos os sentimentos de que somos dotados fluir sem barreiras, sem medos, os maus, os bons, os pérfidos, os sórdidos, os baixos, os elevados, os mais puros, os melhores, os santos.

Só quem deixou fluir sem barreiras, medos e defesas todos os próprios sentimentos, pode sabê-los, de senti-los no próximo.

Espere florescer a árvore do próprio sentimento.

Vivendo, aceitando as podas da realidade e se possível fecundando.

A verdade é que só sabemos o que já sentimos.

Podemos intuir, perceber, atinar; podemos até, conhecer. Mas saber jamais.

Só se sabe aquilo que já se sentiu."


Texto de: Artur da Távola.

domingo, 29 de agosto de 2010

Você já parou para se perguntar: QUEM SOU EU?

Eu sou um ser pensante.

Eu sou um ser metafísico.

Eu sou um ser consciente.

Eu não sou a minha visão.

Eu não sou a minha audição.

Eu não sou o meu olfato.

Eu não sou o meu tato.

Eu não sou o meu paladar.

Eu não sou o meu os meus sentidos, apesar de usá-los.

Eu não sou o meu corpo.

Eu não sou os meus sentimentos.

Eu não sou os meus pensamentos.

Eu não sou o meu trabalho.

Eu não sou os meus relacionamentos.

Sou um SER consciente em processo de transformação.


Desconheço autor.


sábado, 28 de agosto de 2010

CONVICÇÃO

Precisamos compreender que nossas convicções possuem a capacidade de nos deixar doentes ou nos tornar saudáveis de um momento para outro. Já se comprovou que as convicções afetam os sistemas imunológicos. E, mais importante ainda, as convicções podem nos proporcionar a determinação de agir, ou enfraquecer e destruir nosso ímpeto.

Neste momento, as convicções estão moldando como você reage ao que acaba de ler, e o que fará com o que está aprendendo.

Às vezes desenvolvemos convicções que criam limitações ou forças dentro de um contexto muito específico; por exemplo, como nos sentimos em relação à capacidade de cantar ou dançar,consertar um carro, ou fazer cálculos. Outras convicções são tão gealizadas que dominam praticamente todos os aspectos de nossas vidas, de forma negativa ou positiva. Chamo-as de convicções globais. As convicções globais são as enormes convicções que temos a respeito de tudo em nossas vidas: convicções sobre nossas identidade, pessoas, trabalho, tempo, dinheiro, e até a própria vida, diga-se passagem. Essas vastas generalizações são com freqüência formuladas como: é/sou/são: "A vida é..." "Eu sou..." "As pessoas são..."

Como se pode muito bem imaginar, as convicções desse tamanho e extensão podem moldar e impregnar cada aspecto de nossas vidas. A boa notícia a respeito é a de que efetuando uma única mudança numa convicção global restritiva você pode praticamente mudar todos aspectos de sua vida num momento! Lembre-se: Uma vez aceitas, nossas convicções tornam-se ordens inquestionáveis para o sistema nervoso, e possuem o poder de expandir ou destruir as possibilidades do nosso presente e futuro.

Se queremos dirigir nossas vidas, então devemos assumir um controle consciente de nossas convicções. E para fazer isso, precisa primeiro compreender o que realmente são, e como se formam.

As novas experiências só desencadeiam a mudança se nos levam a questionar nossas convicções. Lembre-se: sempre que acreditamos em alguma coisa, não mais a questionamos por qualquer forma.

Nossas convicções têm níveis diferentes de intensidade e certeza emocional, e é importante saber até que ponto são de fato intensas. Classifico as convicções em três categorias: opiniões, convicções e crenças.

Uma opinião é algo sobre o qual sentimos uma certeza relativa, mas a certeza é apenas temporária, porque pode ser mudada com facilidade. É assim a natureza das opiniões: oscilam com a maior facilidade, e em geral baseiam-se apenas em umas poucas referências que uma pessoa focalizou no momento.

Uma convicção, por outro lado, forma-se quando começamos a desenvolver uma base mais ampla de pernas de referências, em particular pernas de referência sobre as quais temos fortes emoções. Essas referências nos proporcionam um senso de certeza absoluta sobre alguma coisa.

Uma crença, no entanto, ofusca uma convicção, basicamente por causa da intensidade emocional que uma pessoa vincula a uma idéia. Uma pessoa que tem uma crença não apenas sente certeza, mas também fica furiosa se sua crença é sequer questionada. Uma pessoa com uma crença reluta em questionar suas referências, mesmo que por um momento; são totalmente resistentes a novas informações, muitas vezes ao ponto de obsessão.

O QUE E UMA CONVICÇÃO?

O que é uma convicção, afinal?

Muitas vezes, ao longo da vida, falamos sem termos uma idéia nítida do que são de fato. A maioria das pessoas trata uma convicção como se fosse uma coisa, quando na verdade é um sentimento de certeza em relação a algo. Se você diz que acredita que é inteligente, o que diz na verdade é "Tenho certeza de que sou inteligente". Esse senso de certeza permite-lhe explorar recursos que proporcionam resultados inteligentes. Todos temos as respostas dentro de nós para tudo virtualmente... Ou pelo menos temos acesso às respostas de que precisamos por intermédio de outros. Mas muitas vezes a ausência de convicção, ou ausência de certeza, faz com que não usemos a capacidade interior.

COMO MUDAR UMA CONVICÇÃO

As conquistas pessoais começam com uma mudança nas convicções. Sendo assim, como mudamos?

O meio mais eficaz é fazer cérebro associar uma dor maciça à antiga convicção.

Você deve sentir lá no fundo que não apenas essa convicção lhe custou dor no passado, mas também está custando no presente, e vai lhe custar no futuro. Depois, associe um tremendo prazer à idéia de adotar uma convicção nova e fortalecedora.

Segundo, crie a dúvida. Se é de fato honesto consigo mesmo, há algumas convicções que costumava defender com todo empenho há alguns anos, e que se sente quase embaraçado em admitir hoje em dia? O que aconteceu? Alguma coisa levou-o à dúvida: talvez uma nova experiência, talvez um exemplo contrário à sua convicção passada.

É bem provável que tenha se formulado algumas indagações indevidas, como "E se eu estragar tudo?" "E se não der certo?", "E se não gostarem de mim?" Mas as indagações podem ser fortalecedoras, se as usarmos para avaliar a validade de convicções que talvez tenhamos assumido às cegas. O fato é que muitas de nossas convicções baseiam-se em ínformações que recebemos de outras pessoas, e que deixamos de questionar na ocasião. Se as analisarmos, podemos descobrir que aquilo em que acreditamos inconscientemente por anos pode ter se baseado em falsas pressuposições.

Se você questiona qualquer coisa com bastante insistência, acaba por duvidar. Isso inclui coisas em que acredita de uma forma absoluta, "acima e além de qualquer dúvida".

Extraído do livro: Desperte o Gigante Interior - Anthony Robbins


DECISÃO

Para tomar uma decisão é preciso ter coragem.

E para pôr em prática a decisão tomada é preciso ter firmeza e persistência.

Se um assunto é tão importante a ponto de requerer uma decisão, é porque ele oferece mais de uma alternativa.

Se ele não tem nada a oferecer além de uma única alternativa não precisamos tomar nenhuma decisão, pois o caminho a seguir está automaticamente determinado.

Tomar decisão é escolher um entre vários caminhos, portanto, sempre implica em abrir mão de alguma coisa.

E abrir mão de alguma coisa requer decisão!

As pessoas decididas não ficam se envolvendo indefinidamente em um único assunto; tomam logo uma decisão, e no momento seguinte, já estão com a mente livre desse assunto, por isso, conseguem, tranquilas, volver a mente para o próximo trabalho que deve ser feito.

Do livro: A verdade da Vida, Vol. 7. - Mestre Masaharu Taniguchi.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Entre você e Deus

Às vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.


Se você é vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

E veja você que, no final das contas, é entre você e Deus...
Nunca foi entre você e eles!!!!

(Madre Tereza de Calcutá).

terça-feira, 24 de agosto de 2010

RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE


O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço de que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e De cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião.

Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião.

Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião. O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância.

A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou a conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou desejam o extermínio por meio do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus. Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade e não de religião, você promove a justiça e a paz.

Os valores espirituais agregam pessoas, aproximam os diferentes, fazem com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independente de etnia, gênero, ou religião.


Texto de Ed René Kivitz, cristão e pastor evangélico.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Corpo, Mente e Alma

Aqueles que atingiram um alto nível de compreensão colocam seus desejos carnais em equilíbrio com suas mentes e almas.

Vocês são seres de três partes e a maioria das pessoas se experimenta como um corpo. Até mesmo a mente é esquecida depois dos trinta anos. Ninguém lê mais. Ninguém escreve. Ninguém ensina, Ninguém aprende. A mente é esquecida. Não é alimentada. Não é expandida. Nada lhe é acrescentado. O mínimo lhe é exigido. A mente não é estimulada. Não é despertada. É aquietada. Embotada. Vocês fazem tudo que podem para torná-la ociosa. Televisão, filmes, revistas sensacionalistas. Seja o que for que fizerem, não pensam, não pensam, não pensam!

Portanto, a maioria das pessoas leva a vida em um nível carnal. Alimenta e veste o corpo, enche-o de “porcarias”. Elas não lêem um bom livro – quero dizer, um livro com o qual possam aprender algo – há anos. Mas sabem toda a programação semanal da televisão. Há algo de muito triste nisso.

A verdade é que a maioria das pessoas não quer ter de pensar. Elas elegem líderes, apóiam governos, adotam religiões que não exigem um pensamento independente.

“Facilite as coisas para mim, Diga-me o que fazer”.

A maioria das pessoas quer isso. Onde eu me sento? Onde fico? Como deveria cumprimentar? Quando eu pago? O que você quer que eu faça?

Quais são as regras? Quais são os meus limites? Diga-me, diga-me, diga-me. Eu farei isso – alguém apenas me diga!

Então elas ficam desgostosas, desiludidas. Seguiram todas as regras, fizeram o que lhes foi ordenado. O que deu errado? Por que isso se tornou desagradável? Por que não deu certo?

Deixou de dar certo no momento em que elas abandonaram as suas mentes – as melhores ferramentas criativas que já tiveram.

É hora de você reconciliar-se com sua mente. Seja um companheiro para ela – tem-se sentido muito só. Alimente-a – tem estado faminta.

Alguns de vocês – uma pequena minoria – compreenderam que têm um corpo e uma mente. Trataram bem de suas mentes. Ainda assim, mesmo entre as que respeitam suas mentes – e as coisas da mente – poucos aprenderam a usar mais de um terço da sua capacidade. Se soubessem do que suas mentes são capazes, nunca parariam de partilhar suas maravilhas – e seus poderes.

E se você acha pequeno o número de pessoas que põe em equilíbrio em sua vida corpo e mente, o número que se vê como um ser de três partes – Corpo, Mente e Espírito – é mínimo.

Contudo, vocês são seres de três partes. Você é mais do que seu corpo, e mais do que um corpo com uma mente.

Você está cuidando da sua alma? Está ao menos notando-a? Está curando-a ou feriando-a? Está crescendo ou diminuindo? Está se expandindo ou restringindo?

Sua alma está tão solitária quanto a sua mente? É ainda mais negligenciada? Quando foi a última vez que você sentiu que sua alma estava sendo manifestada? Que chorou de alegria? Escreveu poesia? Compôs música? Dançou na chuva? Assou uma torta? Pintou alguma coisa? Consertou algo que estava quebrado? Beijou um bebê? Encostou um gato no seu rosto? Subiu uma colina? Nadou nu? Caminhou durante o pôr-do-sol? Tocou harmônica? Conversou até de madrugada? Fez amor durante horas... em uma praia, no bosque? Harmonizou-se com a natureza? Procurou Deus?

Quando foi a última vez que você se sentiu sozinho em silêncio, viajando para a parte mais profunda de seu ser? Quando foi a última vez que disse olá para a sua alma?

Quando você vive como uma criatura de uma só faceta, preocupa-se muito com os assuntos do corpo. Dinheiro. Sexo. Poder. Bens matérias. Estimulações físicas e satisfações. Segurança. Fama. Ganho financeiro.

Quando você vive como uma criatura de duas facetas, também se preocupa com os assuntos da mente. Companheirismo. Criatividade. Estimulação de novos pensamentos, novas idéias. Criação de novos objetivos, novos desafios. Crescimento pessoal.

Quando você vive como um ser de três partes, finalmente fica em equilíbrio consigo mesmo. Suas preocupações incluem assuntos da alma. Identidade espiritual. Objetivo de vida. Relacionamento com Deus. Caminho para a evolução. Crescimento espiritual. Destino final.

Quando você evolui para estados de consciência cada vez mais elevados, realiza plenamente todos os aspectos de seu ser.

Evoluir não significa desistir de alguns aspectos do Eu a favor de outros. Significa simplesmente ampliar o foco; evitar o envolvimento quase exclusivo com um aspecto e reconhecer e amar genuinamente todos os aspectos.

Extraído do livro: Conversando com Deus - Neale Donald Walsch

sábado, 21 de agosto de 2010

O QUE VOCÊ PENSA SE MANIFESTA


Aprenda a Grande Verdade: O QUE VOCÊ PENSA SE MANIFESTA. Os pensamentos são coisas. É a sua atitude que determina tudo o que te acontece. Seu próprio conceito é o que você vê, não somente em seu corpo e em seu caráter, mas também no exterior; nas condições de sua vida, no material, etc. Sim! Os pensamentos SÃO COISAS, e agora você vai ver.
Se você tem o costume de pensar que é de constituição saudável, faça o que fizer, sempre estará saudável. Mas se você mudar sua maneira de pensar, e se deixar infundir pelo medo das doenças, você vai começar a ficar doente, e perder a saúde.

Se você nasceu na riqueza, é possível que seja sempre rico; a menos que alguém te convença de que existe “o destino” e, que você acredite que o seu pode mudar de acordo com os “golpes e reversos” da vida, por que esta é sua crença.

Sua vida, o que te acontece, obedece as suas crenças e ao que você expresse em palavras. É uma lei. Um princípio. Você sabe o que é um Princípio? É uma lei invariável que não falha jamais. Esta lei se chama O PRINCÍPIO DO METALISMO.

Se em sua mente está radicada a idéia de que os acidentes nos cercam a cada passo; se crê que a degeneração da velhice é inevitável; se você está convencido de sua boa ou má sorte, ou o que quer, que você espere normalmente, no bem, ou no mau, esta é a condição que verá manifestar-se em sua vida e em tudo o que fizer. Isto é o porquê de tudo o que te acontece.

Nunca se está consciente das idéias que enchem nossa mente. Elas vão se formando de acordo com o que nos ensinam, ou o que ouvimos dizer. Como quase todo mundo está ignorante das leis que governam a vida, leis chamadas “Da Criação”, quase todos passamos nossa vida fabricando-nos condições contrárias; vendo tornar-se mau aquilo que prometia ser muito bom; tateando a cegas, sem bússola, timão ou compasso; culpando a vida pelos nosso males, e aprendendo a custa de golpes e pancadas; ou atribuindo-os “a vontade de Deus”.

Com o que você leu até aqui já deve ter percebido que o ser humano não é aquilo que te fizeram acreditar; ou seja, uma rolha jogada no mar em dia de tempestade, atirada daqui para lá segundo as ondas. Nada disso! Sua vida, suas circunstancias, seu mundo, tudo o que ele é, tudo o que acontece, são criações dele e de mais ninguém . Ele é o rei de seu império, mas se sua opinião é que ele é somente uma rolha no meio do mar, assim será. Ele crê nisso e o permitiu.

Nascer com livre arbítrio significa ter sido criado com o direito individual de escolher. Escolher o que? O pensar negativa ou positivamente. Pessimista ou otimista.

Pensando no feio e no mau, se produz o feio e o mau; pensando no bom e belo, se produz o bom e o belo no exterior e/ou, interior.

A metafísica sempre ensinou que o que pensamos constantemente passa para o subconsciente e se estabelece atuando como reflexo. A psicologia moderna, por fim, o ”descobriu”.

Quando o ser humano se vê envolto nos efeitos de sua ignorância, ou seja, que produziu para si uma calamidade, se volta para Deus, e suplica que o livre do sofrimento. O homem vê que Deus o atende as vezes, e outras vezes inexplicavelmente não. Neste último caso, é quando seus amigos o consolam dizendo “há que resignar-se ante a vontade de Deus”; isto é o mesmo que dizer que, todos concordam que a vontade do Criador é má. Más ao mesmo tempo a religião ensina que Deus é nosso Pai; um Pai todo Amor, Bondade, Misericórdia. Todo Sabedoria e Eterno. Vê como não concordam estas duas teorias? Você acha que um pai todo amor, e infinitamente sábio, possa sentir e expressar má vontade para com os seus filhos? Os pais e mães mortais, não seriam jamais capazes de atribular a nenhum de seus filhos com os crimes que atribuímos a Deus! Nós não seríamos capazes de condenar ao fogo eterno um filho nosso, por uma falta natural de sua condição mortal, mas consideramos que Deus sim é capaz! É o mesmo que dizer, sem que percebamos claramente, que atribuímos a Deus uma natureza de magnata teimoso, vingativo, cheio de má vontade, pendente de nossa menor infração, para nos dar castigos fora de proporção!

É natural pensar assim, quando nascemos e vivemos ignorando as regras e leis básicas da vida.

Já dissemos a razão de nossas calamidades. As produzimos com o pensamento. Nisto é que somos “imagem e semelhança” do Criador. Somos criadores. Cada qual criador de sua própria manifestação.

Agora, porque Deus parece nos atender umas vezes e outras não? Por que, a oração é o pensamento mais puro e mais alto que se possa pensar. É polarizar a mente em grau altamente positivo. São vibrações de luz que lançamos quando oramos, ou seja, quando pensamos em Deus. Estas vibrações têm que transformar instantaneamente em perfeito e belo, todas as condições escuras que nos rodeiam, como quando se leva uma luz a um quarto que está às escuras. Sempre que quem está orando, pense e creia que esse Deus a quem pede, é um Pai amoroso que deseja dar tudo de bom a seu filho. Neste caso, Deus sempre “atende”. Mas como geralmente a humanidade tem o costume de pedir assim: - Ai! Pai, Deus, tira-me desta dificuldade, eu sei que vais pensar que não me convém, por que tenho que cumprir esta prova”...! Em outras palavras, já se negou todas as possibilidades de receber. Tenha mais fé então neste Deus que te ensinaram como teimoso, vingativo, cheio de má vontade, que está esperando que cometamos a primeira infração para nos dar castigos de crueldade satânica! Pois o que assim pede, recebe somente de acordo com sua própria imagem de Deus.

É tão simples como te digo. Agora, não esqueça jamais que a vontade de Deus para você é o bem, a saúde, a paz, a felicidade, o bem-estar, e tudo de bom que Ele criou. Não esqueça novamente, nunca, que Deus não é juiz, nem verdugo, nem o tirano que te fizeram acreditar.
Aquele que não anda de acordo com a lei, se castiga ele mesmo (o que se pensa, se manifesta; portanto aprenda a pensar corretamente e de acordo com a lei, para que se manifeste todo o bom e maravilhoso que Deus quer para você).

São Paulo disse que Deus está mais perto de nós que nossos pés e nossas mãos, mais ainda que nossa respiração; portanto não há que gritar para que Ele nos escute. Basta pensar Nele para que se arrume o que estava desarrumado. Ele nos criou. Ele nos conhece melhor do que nós podemos nos conhecer. Ele sabe porque agimos desta ou daquela maneira, e, não espera que nos comportemos como santos enquanto somente estamos aprendendo a caminhar nesta vida espiritual.

Vou rogar-lhe que você não acredite em nada do que te estou dizendo sem primeiro o comprovar. É seu direito divino e soberano. Não faça o que você fez até agora, aceitar tudo o que escuta, e tudo o que vê, sem te dar a oportunidade de julgar entre o bem e o mal.

Extraído do livro: METAFÍSICA AO ALCANCE DE TODOS - CONNY MÉNDEZ

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

CRIANÇA INTERIOR


Se um marciano recém-chegado à Terra perguntasse a você o que é felicidade, que cena você escolheria para mostrar esse sentimento em seu mais puro estado? Um casal se unindo numa igreja? Um jovem recebendo seu diploma? Uma mãe amparando seu bebê pela primeira vez? Todas essas imagens expressam diferentes formas de realização, mas eu preferiria levá-lo para a beira de um rio para ver crianças brincando de pular na água, naquele tchibum sem igual na vida, correndo pela pedra para tomar impulso e mergulhar de pé com as pernas balançando para tudo que é lado. Tem alegria maior, mais pura que essa? Só a de cenas comparáveis: a menina escorregando na grama a mil por hora na chapa improvisada de madeira, o garoto pegando jacaré... Todas versões da mesma coisa: inocência e frescor, brincadeira e leveza, corpo e emoção, curiosidade e criatividade, senso de aventura e liberdade.

Se a gente reparar bem, ao nomear essas qualidades estaremos falando exatamente dos componentes básicos que garantem a felicidade. Não tem dinheiro no meio, tem? Também não tem segurança e estabilidade, tem? Esses momentos, ora veja, também não dependem nem de nada nem de ninguém. Muito menos de condições especiais, de pré-requisitos, ou de como a coisa deve ou não deve ser, essa mania de gente adulta. Porém, vamos ter de admitir: todo mundo sabe que não é mais criança. Temos outras necessidades, compromissos e responsabilidades. Criamos vínculos, travas, mordaças. Mas, hummm, será que não dá mesmo para conciliar as duas coisas? Será que não dá para buscar mais leveza e frescor, espontaneidade e alegria ou aventura e irreverência em nossas vidas? O mais legal dessa história é que dá, sim.

Você, como eu, também torcia o nariz quando ouvia falar da criança interior? E de como era importante expressá-la no dia-a-dia? Irônica, cheguei até a imaginar a cena: as crianças interiores do adultos saindo para fora das pessoas com estilingue no bolso ou com o coelho da Mônica pela mão, prontas para atingir o primeiro desavisado que aparecesse. Por isso, quando alguém vinha com essa conversa, assobiava, olhava para os lados e saltava fora. Até que um dia resolvi me aprofundar no assunto.

O criador da psicologia analítica, o suiço Carl Gustav Jung, por exemplo, passou um bom tempo de sua vida a estudar o tema. Um de seus mais brilhantes discípulos, James Hillman, também. Isso queria dizer que essa história de criança interna não era só coisa de livro de auto-ajuda. Reconheci: estava mais que na hora de saber como o contato com meu lado criança poderia ajudar a me dar mais vigor e alegria na vida.

Sob o quentinho do sol

Existem várias maneiras de contatar sua criança interna, e uma das melhores é a mais direta. Isto é, sempre que tiver chance, torne-se uma criança, desperte em você mesmo o menino ou menina que já foi um dia. Um grande mestre nos ensina como fazer isso: Se estiver na praia, comece a catar conchinhas ou a fazer desenhos na areia; se estiver no jardim, brinque com o cachorro, observe com atenção formigas, passarinhos e borboletas. Sempre que puder estar com crianças de verdade, misture-se a elas e deixe de ser adulto. Deite-se no gramado, como uma criança pequena aproveitando o quentinho do sol. Corra pelado, como a meninada faria. No banheiro, em frente ao espelho, faça careta, ou, quando estiver na banheira, jogue água para cima, brinque com patos de plásticos ou barquinhos. As possibilidades são infinitas. O mais importante é esquecer-se da sua idade. Essas palavras são do mestre indiano Osho. Ele nos ensinou a nos tornarmos crianças como um tipo especial e muito importante de meditação. E explica por que ela nos faz bem: Tudo isso é necessário para conectá-lo outra vez com sua infância. Você tem que regredir, chegar ao fundo das memórias, porque as coisas só podem ser mudadas se atingirmos suas raízes.

É isso: quando entramos em contato com a criança que já fomos, acessamos a energia e a criatividade do mundo infantil e somos rejuvenescidos pelo influxo dessa nova seiva. A gente se sente renovado, disposto. É por esse motivo que, quando estamos relaxados e felizes, inconscientemente já fazemos isso. As férias, por exemplo, favorecem o aparecimento de várias crianças interiores. Flagrei algumas com seus 40 e poucos anos empinando pipa na praia, jogando peladas na areia, disputando campeonatos de pebolim no bar ou tomando sorvete com cobertura de pastilhas de chocolate coloridas, jujuba, damasco e cereja, tudo ao mesmo tempo.

Ok, essa é uma das maneiras de arejar essa criança presa dentro do armário do peito e convidá-la para passear. Mas será a única?

Garotos são de lascar

Você era uma criança levada? Mandona? O dono da bola ou o que escolhia o pessoal na hora de jogar queimada? Ou era aquela criaturinha tímida e sensível com o cobertorzinho na mão e o último a ser escolhido na hora do jogo de vôlei? Morro de vergonha de dizer que era do segundo time, o das crianças quietinhas. Daquelas que costumam ser passadas para trás pelas mais espertas, sabe? Então, uma das questões cruciais que tinha para a psicoterapeuta junguiana Sônia Belotti era exatamente essa: a criança interior com que tenho de entrar em contato é aquela menina que sempre preferiu seu mundo interno e as paisagens da natureza? São as crianças que já fomos na vida?

O primeiro passo é aceitar a criança que já fomos um dia, do jeitinho que ela era

A resposta esconde uma sutileza. A criança interior é aquela que imaginamos ter sido um dia. Talvez nem seja realmente a criança que realmente fomos, segundo nossos pais ou amigos, por exemplo, mas sim aquela que ficou registrada em nossa psique, com suas vivências e emoções. Ela é inteiramente subjetiva, diz Sônia Belotti.

Bom, agora que já sabemos quem ela é, como vamos acessá-la em nossa memória? A terapeuta diz que uma boa maneira é verificar atentamente nossas fotografias de infância. Olhares e expressões nos dizem muito de quem a gente foi, mais até que nossas recordações, que às vezes traem o que verdadeiramente nos aconteceu. Sônia me aconselhou também a fazer uma meditação usando visualização: imaginar a garota que fui, no meu quarto, ou envolvida com minha brincadeira favorita. Quando essas imagens estivessem nítidas em minha mente, ela me disse para olhar para essa criança em seus olhos e abraçá-la, totalmente disposta a aceitá-la de coração tal como ela é. É um exercício que em psicanálise se chama de imaginação ativa.

Com uma certa resistência, fui fazer a experiência da tal visualização. Emocionei-me bastante, percebi o quanto gostava dessa menina de pijaminha de flanela que eu tinha sido.

Lembrar-se de si mesmo quando criança ajuda a contatar uma fonte inesgotável de energia

Também vi o quanto ela precisava do meu abraço, do meu aconchego. Saí da meditação com um sentimento muito bom no coração.

Outra prática proposta por Sônia para travar contato com a criança interior é deixar um retrato de infância no criado-mudo por uns tempos. E, sempre que possível, perguntar mentalmente a essa criança, antes de dormir, o que ela mais deseja na vida. A resposta, diz a especialista, pode vir em sonhos, insights (revelações instantâneas), numa coisa que você vai ler ou alguém vai lhe dizer. Seu inconsciente, que está em contato com seu ser mais essencial, vai responder. E, com base nessa resposta, suas próximas metas podem estar mais alinhadas esse seu eu mais profundo.

Investir em seus próprios sonhos (mesmo com adaptações) garante a ativação de algumas das qualidades que mais trazem felicidade à alma humana: coragem, alegria, abertura, sentido de aventura. Essa me parece uma maneira inteligente de entrar em contato com a menina ou menino que um dia fomos. Tanto quanto tomar sorvete ou jogar pingue-pongue.

Jung e os bloquinhos

Agora que já sabemos entrar em contato com a criança interna, temos de saber para que serve isso, afinal. E ninguém melhor que o psicanalista suiço Carl Gustav Jung para responder. Jung fez uma fantástica descoberta: percebeu que, ao repetir sua brincadeira favorita de infância, que era construir casinhas com blocos de madeira, pedras e areia, acionava uma enorme fonte de energia e criatividade interna. Enquanto se divertia em montar cidades usando as pecinhas de madeira, idéias brotavam aos borbotões em sua mente. Foi com base nesse expediente que ele elaborou temas importantes dentro de seu sistema de pensamento, como a teoria dos arquétipos, do inconsciente coletivo e outros temas essenciais de seu trabalho. Para completar, escreveu uma tese onde explica a enorme importância de acessar o mundo interno infantil e regredir voluntariamente como uma maneira de acessar uma fonte insuspeitada de vitalidade, intuição e abertura.

Seu discípulo James Hillman também dá força a essa idéia da brincadeira: O que a psicologia profunda passou a denominar regressão é apenas o retorno à criança interna, disse ele. É um processo de interiorização na busca de energia criativa, inovadora, que nos possibilita ampliar e desenvolver nossa jornada na busca de um sentimento de totalidade e plenitude. Por isso é que, depois de jogar pelada, furar onda ou andar de bicicleta, não há marmanjo que chegue em casa sem aquele sorrisão no rosto. Mesmo fisicamente exaustos, a vida nos parece tão boa e generosa que nos dá muita vontade de realizar coisas, amar as pessoas e ser feliz.

Realizar sonhos é outra maneira insuspeitada de expressar o que pede sua alma infantil

A criança ferida

A maioria das pessoas continua tendo contato com sua criança interior mesmo adulta, por meio de hábitos, desejos e condutas infantis. E essa criança interior que habita a alma de cada um pode vir à tona de várias formas, tanto positivas quanto negativas. Ela pode ser alegre, divertida, viva, quando expressa o arquétipo em seu lado positivo, ou melancólica, mal-humorada, teimosa ou birrenta, quando se mostra em seu lado negativo. Nesse último caso, essa exteriorização quase sempre vai revelar uma criança ferida e até hoje magoada. O primeiro lugar em que vamos encontrar essa criança abandonada é nos sonhos, em que nós mesmos, um filho nosso ou uma criança desconhecida é negligenciada, esquecida, deixada para trás, diz James Hillman. Acalentar, cuidar e dar segurança a essa criança ferida, seja com visualizações, seja com terapia, pode ser um passo muito importante para sua cura, segundo os parâmetros da psicologia analítica.

E Jung dizia mais ainda. Ele afirmava que toda vez que temos vontade de expressar os aspectos positivos da criança interna estamos dando claros sinais de que podemos estar a um passo de um grande evento: a obtenção da totalidade psíquica ou, em outras palavras, de atingir aquele estado de plenitude, alegria e felicidade tão bem representado pela criança quando tem todas as suas necessidade atendidas. Lembra a linda imagem usada pela compositora Dolores Duran que fala da paz de criança dormindo, na canção Para Enfeitar a Noite do meu Bem? O mestre da psicanálise diria que ela retrata com poesia e precisão o arquétipo da Criança Divina, que é a expressão maior e mais profunda da criança interior. É como se fosse a dimensão mais pura de nós mesmos, que pode ser atingida em alguns raros momentos durante a vida, quando temos a maravilhosa sensação de estar plenos, felizes e absolutamente integrados ao universo.

Você tinha idéia do quanto é importante travar contato com sua criança? Eu não.

Os egoistinhas

E aqueles adultos-crianças que não amadurecem nunca, chatinhos, mimados, egoístas e teimosos? Bom, eles estão em contato com o aspecto negativo de sua criança interior e tão identificados com ele que não conseguem amadurecer. É muito diferente de um adulto maduro que trava contato com seus aspectos infantis (tanto positivos quanto negativos, pois a tentativa é justamente conhecer-se melhor). Um é uma criança grande que não alcançou a saudável contrapartida da maturidade. O outro, um ser maduro que tem a sabedoria de não asfixiar a criança que já foi um dia.

Existe ainda outra classificação interessante. Adultos e crianças podem ser extrovertidos e introvertidos, segundo as concepções junguiana e freudiana. Sonhos de crianças/adultos introvertidos, que extraem mais prazer de seu centro interno, trazem características mais autocentradas: viajar sozinho de moto pelo deserto de Atacama, ter um refúgio de madeira à beira de um lago ou construir um veleiro com as próprias mãos. O contrário também vale: os extrovertidos, que extraem mais prazer com o que está fora, podem sonhar em ir com os amigos para a África do Sul na próxima Copa do Mundo, querer organizar um mutirão de Natal para ajudar crianças carentes ou dar uma festa de arromba para comemorar seus 50 anos. O ideal, porém, é que, temperados pela sabedoria da maturidade, o adulto amplie um pouco mais seu centro de prazer infantil, ou incluindo alguém, no caso dos introvertidos, ou excluindo o excesso de pessoas ou a atividade exagerada, quando se fala de extrovertidos. A maturidade e o autoconhecimento podem trazer mais equilíbrio à criança interna, diz Sônia. Os sonhos ficam mais ricos se compartilhados em mais justa medida e podem render mais satisfação.

Então, tá combinado: toda vez que você apostar em realizar um sonho (mesmo os atuais), tiver certeza de que o futuro vai ser benéfico e se sentir radiante e feliz, já vai saber que estará expressando sua criança interior. Também vai lembrar que as brincadeiras de infância e os exercícios de imaginação ativa, as ocasiões em que você se imagina quando pequeno, podem acessar um manancial imenso de criatividade e energia. Isso só para começar o jogo, porque tem muito mais coisas interessantes a respeito desse assunto, se a gente quiser se aprofundar. Da próxima vez que passar por uma seção de livros que falem da criança interior, juro que dou mais uma olhadinha e conto.

Texto de Liane Alves