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quarta-feira, 27 de julho de 2011

AS NOSSAS SOMBRAS

EU PROMETO, FOI A ÚLTIMA VEZ.

Quantas vezes você já se disse esta frase: "Eu prometo foi a última vez..." E no momento seguinte ou diante de uma outra oportunidade, você volta a repetir o mesmo padrão de comportamento, que julga prejudicial a você. Mas alguma coisa lhe acontece interiormente e volta a repetir o mesmo comportamento, que diz odiar, que lhe prejudica, que jura por Deus não mais o repetirá e volta a praticá-lo quase de imediato às suas juras e promessas....

O que acontece conosco, quando assim agimos?

O que pude aprender até agora sobre esta dificuldade é que eu tenho um padrão cristalizado. Mas o que é padrão cristalizado? É uma maneira de pensar ou de me comportar, ou pensar e me comportar, já desenvolvido anteriormente, ao qual estou preso e não consigo me libertar; por mais esforço que faça sempre volto a repetir o mesmo comportamento ou pensamento.

Se é comportamento, é porque foi aprendido. Se for pensamento, aquele pensamento que não o larga, que é obsessivo, e mesmo que você não queira ele vem, ele virou uma sombra. Um comportamento é aprendido quando ele é observado pela pessoa e esta observação desenvolve em nós uma vontade ou uma não-vontade de imitar aquele comportamento.

O pensador francês Émile Coué afirma em um dos seus livros que "uma pessoa quando está numa briga íntima entre a imaginação e a razão, a imaginação sempre é a vencedora".

O que será que ele quer dizer com isso? Ele apenas está afirmando que a imaginação domina nossas vidas. Tudo o que eu imagino posso vir a concretizar e tudo o que eu imagino, é do que está cheio o meu coração.

Mas como assim... eu não entendi?

Entendeu sim. Aquilo que eu imagino, aquilo que me pego a pensar e até elaboro em cima são os padrões que estão cristalizados e preciso fazer um esforço enorme, intenso, intermitente, senão não consigo me libertar deles. Estes padrões cristalizados são as paixões de nossas vidas. São as paixões que meu coração desenvolveu e não quer abrir mão.

Olhe para alguma coisa que você se comprometeu a mudar e não consegue. Pare um pouco e veja seus sentimentos, indague agora porque não conseguiu mudar. Perceba que aquilo que você não quer mudar, é porque tem paixão. Está apaixonado por esta postura, atitude ou comportamento.

Dou um exemplo para quem fuma e tentou parar diversas vezes. Você já se deu diversas desculpas por não conseguir parar, mas olhe-se agora e perceba que só não parou, porque gosta do cigarro e não tem coragem de praticar o desapego. A mesma coisa é com um vício comportamental. É como o egoísmo, a vaidade, a rigidez, a necessidade de controlar a vida do outro, a necessidade de ser maledicente e falar mal da vida do próximo. A necessidade que tenho de me fazer notado, a necessidade que tenho em me queixar da vida ou de alguma pessoa, como se a vida ou alguém pudesse ser responsável pelo que acontece comigo.

Todas estas coisas que não mudo é porque tenho apego e paixão. São os defeitos de alma que desenvolvi na minha trajetória e não quero abrir mão e não quero abrir mão porque estou apaixonado... São coisas que na maioria das vezes me envergonho, mas não quero abrir mão. O apego e a paixão são maiores do que a vergonha.

Muitos destes padrões eu trago comigo em diversas encarnações e preciso hoje aprender a resolver esta pendência e não levar para outra vida este mesmo defeito. Não há mais tempo, a mudança tem que ser feita agora, amanhã talvez seja tarde.

Você está cansado dele? Quer se libertar? Olhe seu coração e veja em primeiro lugar se você quer mesmo. Se não quer mesmo, não perca tempo, continue sendo assim, como você é....

Ah, você quer se libertar! Olhou seu coração e decidiu que quer se libertar... Então, uma dica: questione seu comportamento, questione fundo. Faço-lhe então esta pergunta e por favor me responda: Por que você precisou deste comportamento até hoje? O que ganhou tendo ele consigo? Está mesmo disposto a abrir mão dele? Se conseguir fazer isso, estará muito, mas muito próximo de se libertar desta coisa que lhe incomoda e estará aprendendo a lidar com sua paixão. As paixões e os apegos estão aí, para serem transmutados.

Voltando ao pensamento, quando é um pensamento que fica insistentemente em sua mente, ou um pensamento que cai hora ou outra na mente sem que você o queira e não gosta que ele venha, da mesma maneira eu posso lhe dizer... que há um componente em você que se liga a este tipo de pensamento.... alguma coisa dentro de você, podendo ser até um sentimento destrutivo, está aí dentro de sua psiquê. E há alguma paixão presa nele também. Alguma vingança, alguma mágoa reprimida, algum desejo de destruição, uma necessidade de matar pai, mãe (fantasia infantil) ou qualquer adulto que em algum momento lhe tratou mal.

Esta energia está aí querendo ser tratada e está armazenada em seu subconsciente, e volta e meia ela vem para fora, porque alguma coisa no hoje a movimenta, a lembra e ela sai do arquivo da mesma maneira incompreensível como entrou, de maneira desordenada, desconexa, mas como uma emoção real.

Esta sombra é desenvolvida na primeira infância até os 7 anos quando um sentimento foi reprimido e não colocado para fora de maneira adequada. Como exemplo, imagine uma criança pequena que recebe uma reprimenda injustamente, ou mesmo justa e agressiva, de um adulto, qual a possibilidade que a criança teve de pôr para fora o sentimento daquele momento em que estava sendo agredida?

Nenhuma possibilidade. O sentimento veio até a garganta, mas ficou preso, não saindo e ficando preso, nós mandamos para o subconsciente esta mensagem, com toda a carga emocional que ela tinha. Um dia, ela sai para fora e não a conseguimos controlar, mas podemos entendê-la.

Outro conteúdo destas sombras são as chamadas memórias extracerebrais que são comportamentos aprendidos e praticados em outras vidas e que estão agora na nossa mente como se fosse uma sombra. Posso lhes afirmar que temos em nossa psiquê milhares destas sombras, todas arquivadas, esperando o momento propício de saírem para fora e nos causar o mesmo mal-estar, que já nos causaram na infância ou na outra vida, no momento que se instalaram.

Uma dica caso você queira começar a se livrar destas sombras: quando o pensamento da sombra aparecer, questione-o, pergunte-lhe porque você está aí ou porque você pensa assim ou o que ele quer sendo e pensando assim... Converse com seu pensamento, como se fosse uma outra pessoa, pois na verdade isto não é seu, não é de sua alma e se enfrentá-lo e confrontá-lo, você diminui sua força, seu domínio, deixando-o cada vez mais fraco, e cada vez menos irá importuná-lo.

Volto a insistir: Se quiser se livrar de uma sombra, não fuja dela; enfrente-a, só assim poderá melhorar. Você se lembra daquela frase: "Conheça a verdade e ela o libertará"? Se assim o fizer logo estará livre daquilo que o faz sofrer... este é um trabalho seu, de autodisciplina. Só você poderá fazê-lo. Boa sorte!

por Irineu Deliberalli


Muito interessante esse texto, mas quero fazer duas ressalvas: Quando o autor fala: "são defeitos de alma", eu não concordo com essa colocação. A alma é o nosso centro, a nossa parte divina, ela é perfeita, como Deus. É quem somos em essência. O ego sim, tem defeitos. Mas o ego não é quem somos, o ego é o que pensamos que somos. Por isso toda essa confusão.  A nossa verdadeira identidade é inefável.  Alguém consegue definir Deus? Se não consegue também não tem como se definir. Somos parte Dele, somos parte do Todo, Somos Todos Um.
A outra questão que me chamou a atenção foi: enfrentar as sombras. Somos muito limitados pelas palavras, e às vezes, uma palavra mal interpretada pode trazer prejuízos. Não há necessidade de lutar. Só precisamos encarar. Olhar de frente. Sem medo. Analisar as sombras e trazê-las para a luz, a luz da verdade. E assim, ela se dissipará. Sem esforço, sem lutas. Já tive experiências maravilhosas de apenas aceitar e conseguir resolver a situação. Aceite o agora. Aceite-se. Trabalhe a sua aceitação. Aceite o que puder aceitar. Aceite o que sente. Aceitar a vida como ela é é aceitar a Deus.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O urso e a panela

Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. 

Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia. 

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo. 

Quando terminei de ouvir esta história, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos. Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece ser o melhor vai lhe dar condições de prosseguir, de ser feliz. 

Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Solte a panela! 


Fonte: Gerson Mesquita


Nosso ego nos ilude o tempo todo. Pensamos que as ilusões são reais, que são coisas importantes.  O ego nos cega para o que é realmente importante: O AMOR. 
Ao olhar para o que o ego nos oferece, esquecemos a nossa grandeza, indo atras de coisas sem significados. Só o amor, que é a nossa essência, que é tudo o que existe, que é a verdadeira realidade, pode nos dar o que realmente queremos. Todo o resto é ilusão que o ego nos faz crer que precisamos.
Por trás de todo desejo, está o desejo de paz, amor e felicidade. E a paz, o amor e a felicidade estão disponiveis aqui e agora, neste instante. Basta estarmos no presente.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quebrando os Condicionamentos



Por Elisabeth Cavalcante


O crescimento interior é o maior desafio da vida. Por essa razão, muitos preferem continuar no estágio imaturo, apoiados em muletas, que tanto podem ser outros seres humanos, como as ilusões em que a mente lhes faz acreditar.

Uma das principais a que se apegam, é a de que não possuem a força necessária para se transformarem, pois são fracos e incapazes. Muitas vezes estas foram frases ouvidas durante o seu desenvolvimento e, por essa razão se transformaram em crenças, que foram incorporadas como verdades absolutas.

Quebrar estes condicionamentos a que todos fomos expostos, não é fácil, pois exige muita determinação e coragem. E, principalmente, uma disposição inabalável de ser feliz.

Se você acredita plenamente que tem este direito, e o considera algo que ninguém pode lhe roubar, certamente terá toda a energia necessária para conquistá-lo.

Muitas pessoas acreditam que felicidade é uma espécie de troféu, que somente alguns vieram qualificados para conquistar. Mas, é possível, sim, para qualquer ser humano, vivenciar um estado interior de alegria, independente dos julgamentos exteriores.

Ele precisa direcionar o seu olhar em outra direção, para dentro de si, onde encontrará a fonte original de harmonia e paz que todos trouxemos quando chegamos ao mundo. 

Ela está sempre presente, mas é sufocada pelas falsas verdades que nos foram impostas e que nós, inconscientemente, assimilamos. Agora é preciso que façamos o caminho de volta, libertando-nos dos condicionamentos para que possamos encontrar nossa face original.


"Depende de cada pessoa o que ela gostaria de fazer com a sua vida. A vida não é preordenada. Ela é uma oportunidade. O que você fará com ela depende de você. Essa liberdade é a prova de que você é uma alma, essa liberdade é a dignidade de você ser uma alma.
Ter uma alma significa que você tem o poder de escolher o que você quer fazer. E a coisa interessante é que você pode ter passado por alguns atos e situações milhares de vezes e, ainda assim, você pode sair fora disso, livrar-se disso, neste exato momento, se você assim decidir.
Mas o que acontece é que a mente tem a tendência de seguir o curso que oferece a menor resistência. 
...Religiosidade é a capacidade de decidir. É um esforço para fazer com que as coisas aconteçam diferentemente de como têm acontecido sempre. É uma escolha, uma determinação. Repetir o que tem acontecido sempre até ontem, pode ser evitado através dessa compreensão".
Osho, Inner War and Peace



Fonte: http://estacoesdaalma.blogspot.com/2011/05/quebrando-os-condicionamentos-elisabeth.html

Largando o "tem quê"...





Você já reparou como enfrentamos diariamente uma tempestade de estímulos, informações e influências? São muitas: “você precisa disso”, “tem de comprar aquilo”, “tem de ler tal livro”, “você deve assistir aquele filme”, “tem de melhorar”, “tem de estar atualizada”, “tem de”. Ufa! Se deixar, a sociedade cria um "zilhão" de necessidades pra gente.

Ou seja, nos dá um "zilhão" de tarefas. Resultado: chega um momento em que as pessoas ficam realmente perdidas num mar de atividades que não representam uma verdadeira conexão com a alma. Sim, porque satisfação só existe quando há um elo com a necessidade verdadeira. A falsa necessidade exige nossos esforços, nos esgota e não recompensa. Sabe o que eu tenho sentido? Que todas as pessoas precisam ter um centro. Caso contrário, o mundo as leva a um caminho que não tem nada a ver com elas.

Então, vamos lá: chegou a hora. Centre-se no silêncio do seu mundo interior. Diga não a tudo que está à sua volta e que não tenha uma conexão direta e profunda com sua alma. Não permita que terceiros façam escolhas por você. Deixe as influências caminharem. Esse é um dos segredos da serenidade. Continue: pergunte, lá no fundo, do que é que você precisa realmente para ser feliz. Confronte-se já! Gente, vocês não imaginam como essa atitude faz toda a diferença. 

Sabe aquelas pessoas que comem compulsivamente, engordam e acham que está tudo bem? Pois é, isso denuncia que algo está errado. Isso significa que, nas profundezas da alma, há uma insatisfação, que é fruto de necessidades não atendidas. Amadureça! Assuma as próprias responsabilidades. É você com você. “Ai, estou gorda e viciada”, “Ai, porque a doença da minha filha está acabando comigo”... O que é isso? Você já parou para confrontar o seu eu?

Puxa vida, eu percebo como as pessoas vivem em busca de coisas passageiras: lutar pela reputação, por ser chique, por ser bacana, por não poder errar... Mas será que esses sentimentos que surgem dispersam sua energia ou têm a ver com a sua alma, lhe fazem sentir-se bem? Avalie! Vamos dar uma parada hoje! Promova um momento de confronto consigo mesma. Olhe para você.

Estabeleça uma nova disciplina em favor da sua alma, da sua libertação, da sua paz. E não me venha com problema e choradeira, porque isso não resolve nada. Fica na lamentação e não se encara. Fica na culpa e não se encara. Fica no “deveria”. Não, ninguém deve nada. Se você pegou essa coluna para ler agora é porque está preparada para se confrontar. 

Todo momento é de restauração. Quando damos um passo em direção ao que a natureza quer de nós, anulamos as atitudes passadas, os desencontros e as perdas. Quando as catástrofes, os desastres ou as doenças vêm até nós, é pra nos mostrar que estamos negligentes, voltados a um mundo fantasioso e negativo, em vez de cultivarmos dentro de nós as sementes da generosidade e do bem. Sim, porque a alma tem necessidade de ser boa. Ela precisa sentir a realização, o amor, a paz. Afinal, esse é o mundo do espírito, o mundo da nossa alma. Definitivamente, pare, sinta e caminhe em direção àquilo que realmente lhe faz bem.


Fonte: Luis Antonio Gasparetto

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ponto Negro



Certo dia, um professor entrou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. 


Todos se sentiram assustados com o teste que viria.

O professor entregou, então, a folha com a prova virada para baixo, como era de costume...


Quando puderam ver, para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro no meio da folha.


O professor, analisando a expressão surpresa de todos, disse:


- Agora vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.


Todos os alunos, confusos, começaram a difícil tarefa. 



Terminado o tempo, o professor recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.

Todas, sem exceção, definiram o ponto negro tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.


Após ler todas, a sala em silêncio, ele disse:


- Esse teste não será para nota, apenas serve de aprendizado para todos nós. Ninguém falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar, aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. A vida é um presente de DEUS, dado a cada um de nós com extremo carinho e cuidado. Temos motivos pra comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro. O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente. Pense nisso. Tire os olhos dos pontos negros da sua vida. Aproveite cada bênção, cada momento que Deus lhe dá. Creia que o choro pode durar até o anoitecer, mas a alegria logo vem no amanhecer. Tenha essa certeza, tranqüilize-se e seja feliz!


Fonte Desconhecida

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O maior presente é a presença!



O Maior Presente é a Presença!
Sim! Reflita sobre essa frase.
Ás vezes estamos tão preocupados em "ter", que nos esquecemos de "ser".
Esquecemo-nos de nos unir às pessoas tendo as mãos vazias - mas o coração repleto!Podermos transmitir as pessoas nossa vibração de amor, nosso sorriso e nossa presença completa - e não fragmentada como a maior parte das vezes - Compreendermos nos outros uma Centelha Divina e aceitarmos essa Centelha Divina em nós sorrindo em cada um.
Deixe sua bagagem de lado, tudo o que você se tornou pelos Rótulos... 
Aprenda a ser o mais profundo do seu amor em atividade. 
Aprenda que você é só isso e nada mais, não precisa de nada mais...
Aprenda a recuperar as pessoas para a vida, aprenda que muitas vezes o outro só esta longe de sua essência de amor, e é isso que lhe faz querer controlar os outros e as situações - a necessidade de aprovação e o medo.
Tudo o que abominamos nos outros, o somos em parte. 
É preciso compaixão para com o outro, para que possamos amar a nós mesmos na mesma medida.
Nosso planeta precisa de menos pessoas indignadas e mais pessoas comprometidas de verdade com a paz. 
Participando das manifestações silenciosas em seus próprios espíritos, de aquietar o barulho das confusões internas, pra simplesmente emanar Paz!
Não desprezemos ninguém no meio da Jornada.
Saibamos que todos crescem e que é são o Amor que constrói tudo o que vemos na vida - o "não perecível".
Sejamos os verdadeiros presentes na vida das pessoas.
Ainda hoje, pratiquemos a PAZ!Ainda hoje no seu trabalho... pratique a PAZ!
Ainda hoje na sua família, pratique a PAZ!
Larguemos tudo o que nos afasta dos outros, nos aproximemos com o amor, ofereçamos um gesto amoroso às pessoas ainda hoje.
Já percebeu o poder de suas palavras?
Já percebeu o poder do seu afago?
Já percebeu o quanto você é capaz ainda hoje de mudar o dia de alguém?
E fazer sua vida valer muito a pena?
Pense nisso.
Abra os limites do seu coração e se conecte ao seu curador interno que se liga ao Pai como instrumento silencioso e semeia PAZ por onde vai!
AINDA HOJE SEJA... A PRESENÇA!
 
Paz e Luz em seu coração!
 
 
(Fernanda Lopes de Luzia)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sentir é único

Porque buscamos certezas?
Respostas?
Razões?
São tantos porquês, tantas interrogações que não nos damos conta de sentir.
Pensar é bom! 
Racionalizar é ótimo!
Mas sentir é único...
Se permitir a isso é soberano...
Humano, apaixonante!
Não permita que valores alheios a você interfiram no que sente.
Somente você é capaz de avaliar isso.
Os sentimentos não exigem um porquê.
Apenas precisam ser vividos!

Sinta-se, permita-se, descubra-se... Sempre!



Fonte: Alexandre Melo

sábado, 16 de julho de 2011

Ame a si mesmo e observe

Perguntaram a Osho:

Você pode falar alguma coisa sobre essas belas palavras de Buda:  
“Ame a si mesmo e observe – hoje, amanhã, sempre”?
”Ame a si mesmo”...
O amor é o alimento da alma. Assim como a comida é para o corpo, o amor é para a alma. Sem comida o corpo enfraquece, sem amor a alma enfraquece. E nenhum estado, nenhuma igreja e nenhum interesse investido jamais quiseram que as pessoas tivessem almas fortes porque uma pessoa com energia espiritual está fadada a ser rebelde.

O amor lhe faz rebelde, revolucionário. O amor lhe dá asas para voar alto. O amor lhe dá insight nas coisas, assim ninguém pode lhe enganar, lhe explorar, lhe oprimir. E os padres e os políticos só sobrevivem com o seu sangue – eles só sobrevivem na exploração. Eles são parasitas, todos os sacerdotes e todos os políticos.

Para lhe tornar espiritualmente fraco eles descobriram um método seguro, cem por cento garantido, e esse é ensinar a você a não amar a si mesmo – porque se um homem não pode amar a si mesmo ele também não pode amar mais ninguém. O ensinamento é muito ardiloso. Eles dizem: Ame os outros – porque eles sabem que se você não puder amar a si mesmo você não pode amar de maneira nenhuma. Mas eles continuam dizendo: Ame os outros, ame a humanidade, ame a Deus, ame a natureza, ame sua esposa, seu marido, seus filhos e seus pais, mas não ame a si mesmo, porque, segundo eles, amar a si mesmo é egoísta.

Eles condenam o amor-próprio mais do que qualquer outra coisa – e eles fizeram seu ensinamento parecer muito lógico. Eles dizem: Se você amar a si mesmo você se tornará um egoísta, se você amar a si mesmo você se tornará um narcisista. Isso não é verdade. Um homem que ama a si mesmo descobre que não existe nenhum ego nele. É amando os outros sem amar a si próprio, é tentando amar os outros que o ego surge.

O amor nada sabe de dever. Dever é um fardo, uma formalidade. Amor é uma alegria, um compartilhar; o amor é informal. O amante nunca sente que ele fez o bastante; o amante sempre acha que mais é possível. O amante nunca sente, ‘Eu favoreci o outro’. Pelo contrário, ele sente, ‘Devido a que meu amor foi recebido, estou agradecido. O outro me favoreceu por receber meu presente, não o rejeitando’. O homem do dever pensa, ‘Sou mais elevado, espiritual, extraordinário. Vejam como eu sirvo as pessoas’!

Um homem que ama a si mesmo respeita a si mesmo e um homem que ama e respeita a si próprio respeita os outros também, porque ele sabe, ‘Assim como eu sou, os outros também são. Assim como gosto do amor, respeito, dignidade, os outros também gostam’. Ele se torna cônscio de que não somos diferentes, no que diz respeito ao essencial, nós somos um. Estamos debaixo da mesma lei: Aes dhammo sanantano*.

O homem que ama a si mesmo desfruta tanto do amor, se torna tão contente, que o amor começa a transbordar, começa a alcançar os outros. Tem que alcançar! Se você vive o amor, você começa a compartilhá-lo. Você não pode continuar a amar a si mesmo para sempre porque uma coisa ficará absolutamente clara para você: que se amando uma pessoa, você mesmo, é um êxtase tão tremendo e tão belo, tanto mais êxtase está esperando por você se você começar a compartilhar seu amor com muitas pessoas!

Lentamente as ondulações começam a se expandir cada vez mais longe. Você ama outras pessoas; então você começa a amar os animais, os pássaros, as árvores, as pedras. Você pode preencher todo o universo com o seu amor. Um simples indivíduo é suficiente para encher todo o universo com amor, assim como um simples seixo pode encher todo o lago de ondulações – um pequeno seixo.

O homem precisa se tornar um deus. A menos que o homem se torne um deus não poderá haver nenhum preenchimento, nenhum contentamento. Mas como é que você pode se tornar um deus? Seus sacerdotes dizem que você é um pecador. Seus sacerdotes dizem que você está condenado, que você está destinado a ir para o inferno. E eles lhe tornam muito temeroso de amar a si mesmo.

Eis porque as pessoas são tão eficientes em descobrir defeitos. Elas encontram defeitos em si mesmas – como é que elas podem evitar encontrar os mesmos defeitos nos outros? Na verdade, elas irão encontrá-los e irão engrandecê-los, irão torná-los tão grandes quanto possível. Esse parece ser oúnico meio de defesa; de alguma maneira, para salvar as aparências. Você precisa fazer isso. Eis porque existe tanta crítica e tanta falta de amor.

Digo que esse é um dos mais profundos sutras de Buda, e só uma pessoa desperta pode lhe dar um tal insight.

A pessoa que ama a si própria pode facilmente se tornar meditativa, porque meditação significa estar consigo mesmo.

Se você odeia a si mesmo – como você faz, como foi dito a você para fazer, e você tem seguido isso religiosamente – se você odeia a si próprio, como é que você pode ficar consigo mesmo? A meditação não é outra coisa senão desfrutar de sua bela solitude e celebrar a si próprio. Eis o que é toda a meditação. A meditação não é um relacionamento. O outro não é absolutamente necessário; somos suficientes para nós mesmos. Somos banhados em nossa própria glória, banhados em nossa própria luz. Estamos simplesmente alegres porque estamos vivos, porque somos.

O maior milagre do mundo é que você é e que eu sou. Ser é o maior milagre e a meditação abre as portas desse grande milagre. Mas só o homem que ama a si próprio pode meditar; do contrário você está sempre fugindo de si mesmo, evitando a si mesmo. Quem quer olhar para um rosto feio e quem quer penetrar num ser feio? Quem quer se aprofundar na própria lama, na própria escuridão? Quem vai querer entrar no inferno que pensam que estão? Você quer manter essa coisa toda coberta com lindas flores e você vai querer sempre fugir de si mesmo.

Desse modo as pessoas estão continuamente procurando companhia. Elas não podem ficar consigo mesmas; elas querem estar com os outros. As pessoas estão buscando qualquer tipo de companhia; se elas puderem evitar a companhia de si próprios qualquer coisa servirá. Elas se sentarão numa sala de cinema por três horas vendo alguma coisa totalmente estúpida. Elas irão ler uma novela de detetives por horas, desperdiçando seu tempo. Elas irão ler o mesmo jornal repetidamente apenas para ficarem ocupados. Elas irão jogar baralho e xadrez só para matar o tempo... Como se elas tivessem tempo de sobra!

O amor começa com você mesmo, assim ele pode se espalhar. Ele vai se espalhando a sua própria maneira; você não precisa fazer nada para espalhá-lo.

"Ame a si mesmo...", diz Buda. E então imediatamente ele acrescenta: "... e observe". Isso é meditação, esse é o nome de Buda para a meditação. Mas a primeira condição é amar a si mesmo, e então observe. Se você não amar a si mesmo e começar a observar, você pode se sentir como que cometendo suicídio.

Muitos Budistas se sentem como que cometendo suicídio porque eles não dão atenção à primeira parte do sutra, eles imediatamente saltam para a segunda parte: observe a si mesmo. Na verdade, nunca encontrei um simples comentário sobre o o Dhammapada, esses sutras do Buda, que desse alguma atenção à primeira parte: Ame a si mesmo.

Sócrates diz: Conhece a ti mesmo, Buda diz: Ame a si mesmo. E Buda é muito mais verdadeiro porque a menos que você ame a si próprio você nunca conhecerá a si mesmo – conhecer só vem mais tarde, o amor prepara o terreno. Amar é a possibilidade de conhecer a si mesmo. O amor é a maneira certa de conhecer a si mesmo.

“Ame a si mesmo e observe… hoje, amanhã, sempre”.

Crie energia ao redor de si mesmo. Ame seu corpo e ame sua mente. Ame todo seu mecanismo, todo seu organismo. Por amar significa: aceitar isso como isso é, não tente reprimir. Nós reprimimos somente quando odiamos alguma coisa, reprimimos somente quando somos contra alguma coisa. Não reprima porque se você reprimir como é que você vai observar? Não podemos fitar o inimigo olho no olho; podemos somente olhar nos olhos de nosso amado. Se você não for um amante de si mesmo você não será capaz de olhar nos seus próprios olhos, na sua própria face, na sua própria realidade.

Observar é meditação, o nome de Buda para a meditação. Observe diz Buda. Ele diz: Esteja cônscio, alerta, não fique inconsciente. Não se comporte como que dormindo. Não continue funcionando como uma máquina, como um robô. É assim que as pessoas estão vivendo.

Observe – apenas observe. Buda não diz o que deve ser observado – tudo! Caminhando, observe o seu caminhar. Comendo, observe o seu comer. Tomando banho, observe a água, a água fria caindo sobre você, o toque da água, a frieza, o arrepio que dá na sua espinha – observe tudo, “hoje, amanhã, sempre”.

Finalmente chega o momento quando você pode observar até mesmo seu sono. Esse é o máximo no observar. O corpo vai dormir e ainda fica um observador desperto, olhando silenciosamente o corpo profundamente adormecido. Isso é o máximo da observação. Agora mesmo exatamente o oposto é o caso: seu corpo está desperto, porém você está dormindo. Então você estará desperto e seu corpo estará dormindo. O corpo precisa de descanso, todavia sua consciência não necessita de nenhum sono. Sua consciência é consciência: isso é atenção, essa é sua própria natureza.

Quando você se torna mais alerta você começa a criar asas – então todo o céu lhe pertence. O homem é um encontro da terra com o céu, do corpo e da alma.

Fonte: Osho, em "The Way of the Buddha: The Dhammapada"
Todas as citações de Osho © OSHO International Foundation