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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A confusão é um estado de mudança


Disseram a Osho: Osho, eu acho que penso claramente, mas no fundo eu apenas vejo confusão. Às vezes eu penso que sei, mas descubro que nada sei. Eu apenas achava que sabia.

Aprenda a viver com a confusão. Não tenha pressa para concluir. A confusão não é necessariamente algo errado. Não a rotule como sendo confusão. Rotular é errado. Algumas vezes um rótulo errado pode criar muitos problemas.

Isso não é realmente confusão: é um estado de transição, de mudança. Você se desenraizou do velho solo e está procurando pelo novo, e entre os dois, isso acontece. Isso não é confusão, isso é apenas um hesitante estado de crescimento.

Isso é crescimento e sempre que existe crescimento costuma-se rotular como confusão. Mas ao rotular como confusão, você está interpretando errado e começará a tentar resolver de algum jeito. Se você chamar isso de crescimento, então não haverá pressa em resolver. Na verdade, você terá que dar suporte a isso, pois é crescimento. Se chamar de confusão, você estará condenando e terá que encontrar uma maneira de sair disso.

Não há necessidade de sair disso; aprenda a viver com isso. Aprenda a viver com todos os tipos de estados que estarão surgindo. E se algumas vezes for confusão, o que há de errado na confusão?

Nos ensinaram erradamente que devemos ser absolutamente claros. Somente os tolos conseguem ser absolutamente claros, somente os tolos estão certos.

 A confusão é natural: ela é o caos criativo dentro de você. É somente a partir desse caos que a criatividade começa. Chame isso de caos criativo, não chame de confusão.

Osho, em "The Sacred Yes"

terça-feira, 28 de junho de 2011

A última revelação...



"A maior parte da dor humana é desnecessária. 
Cria-se a si própria enquanto for a mente inobservada a dirigir a vida. 
A dor que tu criares agora será sempre uma certa forma de não aceitação, uma certa forma de resistência inconsciente àquilo que é. 
Ao nível emocional, é uma certa forma de negatividade. 
A intensidade da dor depende do grau de resistência ao momento presente, e esta por seu lado depende de quão fortemente estiveres identificado com a tua mente. 
A mente procura sempre recusar o Agora e escapar dele. 
Por outras palavras, quando mais identificado estiveres com a tua mente, mais sofrerás. Ou poderás colocar a questão deste modo: quando mais honrares e aceitares o Agora, mais livre estarás da dor, do sofrimento - e livre da mente egoica.
Porque é que a mente recusa ou resiste habitualmente ao Agora? 
Porque ela não consegue nem funcionar nem ficar no comando sem tempo, que é passado e futuro, e por conseguinte para ela o Agora representa uma ameaça. 
De facto, o tempo e a mente são inseparáveis. (...) A mente para garantir que continua no comando, procura constantemente a encobrir o momento presente com o passado e o futuro e, assim, ao mesmo tempo que a vitalidade e o infinito potencial criativo do Ser, que é inseparável do Agora, começam a ficar pelo tempo, também a tua verdadeira natureza começa a ficar encoberta pela mente.
Um fardo de tempo, cada vez mais pesado, tem vindo a acumular-se na mente humana. 
Todos os indivíduos sofrem sob esse fardo, mas também continuam a somar-lhe todos os momentos, sempre que ignoram ou recusam esse precioso Agora ou o reduzem a um meio para alcançarem um determinado momento futuro, o qual só existe na mente e nunca na actualidade. 
A acumulação de tempo na mente humana, colectiva e individual, contém igualmente uma enorme quantidade de dor residual que vem do passado."


Fonte: Eckhart Tolle - O poder do agora

domingo, 26 de junho de 2011

A Lei é o Amor



"Não existe nenhuma outra maneira de atingirmos nossa paz interna a não ser pela expressão do Amor Incondicional.
E o que significa este Amor Incondicional? É tão divino que o humano tem dificuldade até na compreensão desta expressão... é o caminhar na vida levando compaixão, compreensão, perdão, tolerância, desapego... dar valor ao que realmente tem valor, é não ficar preso a palavras, gestos, factos, eventos, situações emocionais; é relevar com compaixão as mágoas, as injustiças, as decepções vividas no nosso quotidiano... é compreender que tudo isto é muito pequeno comparado com a grandeza da alma, com a grandeza da vida.
É caminharmos fazendo a nossa parte, amando ao próximo como a nós mesmos, entregando a Deus, à vida, todas as situações conflituantes, dolorosas, que momentaneamente possamos estar incapacitados para darmos a melhor solução, a resposta mais adequada.
É a certeza de que tudo na Terra é ilusório, passageiro, transitório... é só uma pequena viagem.
Mantermos sempre na nossa mente, no nosso espírito, a visualização da nossa grande meta, que é o amadurecimento da nossa alma, o atingirmos a consciência maior, a lucidez da vida... e é isto, somente isto que verdadeiramente importa.
Com esta visão, com esta postura, caminhamos com leveza, com soltura, com alegria, com aceitação e tolerância... pois as emoções são ilusões, a dor é ilusão, a caminhada terrena é ilusão, o humano é ilusão... Deus é Real. O Divino é Real. A Consciência é Real. O Espiritual é Real. A Morte é ilusão do ego mas é Real, pois é a passagem para o Plano Real.
Amar incondicionalmente é amar além, apesar das ilusões, é amar sem esperar retorno, pois o retorno real é Divino, o retorno real é a simples alegria de expressarmos o amor. A verdadeira felicidade é termos a capacidade de expressar o amor..."


Fonte: http://deboraazevedo.blogspot.com/search/label/amor%20incondicional

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Desejo são irrealizáveis por natureza

Vivemos em desejo. Desejo significa descontentamento. Desejo significa que, venha o que vier, não é o certo, não é o suficiente — é preciso mais. E o desejo nunca é satisfeito. É irrealizável por sua própria natureza.


Você pode ter tanto quanto quiser, mas, no momento em que tiver algo, o desejo pula à frente, começa a pedir mais. Sua ganância não tem limites. É uma ganância incessante.

É como o horizonte: parece tão perto — você chega lá em uma hora, se correr. Mas nunca chega. A distância entre você e o horizonte continua a mesma, constantemente a mesma, porque não há horizonte — é apenas uma ilusão. A terra não se encontra com o céu em lugar algum, só parece se encontrar.

Assim é com o desejo. Apenas parece que, se eu chegar àquele ponto, se obtiver isto ou aquilo, estarei contente, estarei feliz, realizado. Mas isso nunca acontece.

É preciso compreender o desejo e sua futilidade. Com essa compreensão, o desejo desaparece, e você é deixado em casa em profunda paz. Quando não há desejo, não há perturbação. O desejo é a única perturbação.


Fonte: Osho, em "Meditações Para a Noite"

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Matar tempo é deixar que o tempo nos mate


Você pode desperdiçar sua vida facilmente, porque ela é curta demais.

Mas isto é estranho: se você pergunta às pessoas: "Por que vocês estão jogando cartas? Por que estão jogando? Por que estão tão envolvidas nesse jogo de xadrez?", elas dizem: "Para matar o tempo".

Como se tivessem mais tempo do que precisam. Como se o tempo fosse tão inútil que é preciso matá-lo.

O tempo é a coisa mais preciosa. Quando ele passa, passa para sempre. E nós não temos muito tempo; a vida é realmente bastante curta. Ela passa tão depressa que entre o nascimento e a morte não há um período muito longo.

E as pessoas matam o tempo sem saber que, na verdade, o contrário é que acontece: o tempo é que as mata.

Fonte: Osho, em "Meditações Para o Dia"

terça-feira, 21 de junho de 2011

QUATRO ESTÁGIOS NA TRANSFORMAÇAO DA CONSCIÊNCIA

QUATRO ESTÁGIOS NA TRANSFORMAÇAO DA CONSCIÊNCIA

1.Estar insatisfeito com o que a consciência baseada no ego tem para lhe oferecer, desejar “algo mais”: o começo do final.

2.Começar a se conscientizar da sua dependência à consciência baseada no ego, reconhecendo e liberando as emoções e pensamentos que a acompanham: a metade do final.

3.Permitir que as velhas energias baseadas no ego morram dentro de você, jogando fora o casulo, sendo seu novo ser: o final do final.

4.O despertar de uma consciência baseada no coração, dentro de você, motivada por amor e liberdade; ajudar outros a fazerem a transição.
Fonte: http://deboraazevedo.blogspot.com/2008/09/quatro-estgios-na-transformaao-da.html



ESTÁGIO UM: O EGO JÁ NÃO SATISFAZ


A transição da consciência apoiada no ego para a apoiada no coração começa com a experiência de um vazio interno. Coisas que antes lhe chamavam a atenção ou situações que o perturbavam completamente, agora deixam-no vazio ou sem inspiração. De algum modo, as coisas parecem ter perdido seu significado e propósito usuais. Antes de experimentar esse vazio, a consciência está nas garras do medo e conseqüentemente precisa reafirmar-se constantemente, procurando validação externa, porque não está disposta a enfrentar o medo subjacente da rejeição e da solidão. Esse medo profundo e a necessidade de validação externa podem ficar muito tempo escondidos como o verdadeiro motivo de muitas de suas acções. Toda sua vida pode ser construída em cima disto, sem que você tenha consciência disso. Talvez você esteja consciente de uma vaga intranqüilidade ou tensão interior. Mas, freqüentemente, um acontecimento mais importante, como a ruptura de um relacionamento, o falecimento de um ser amado ou a perda de um emprego, convida-o a realmente examinar a natureza desta tensão ou intranqüilidade.
Quando o ego é o centro de seu ser, sua consciência e sua vida emocional estão em “estado de cãibra”. Você está encolhido de medo e por causa disso está constantemente na defensiva. Quando você está no estágio do ego, você sempre experimenta um estado de carência, uma necessidade de algo mais. A base de seus pensamentos, sentimentos e ações é um buraco negro, um vazio que nunca pode ser preenchido completamente. É um buraco de medo, um lugar coberto por sombras, já que você desvia a sua consciência daí. Nas sombras, há um vazio, do qual você é vagamente consciente, mas você não quer ir lá. Neste estagio, suas relações com Deus, ou Tudo O Que É, estão marcadas por sentimentos de separação. No mais profundo do seu ser, você se sente sozinho e abandonado. Você se sente como um fragmento quebrado, insignificante, sem propósito. E como você oculta o medo que você tem disto, você somente o experimenta indiretamente, como uma sombra.As pessoas têm horror de enfrentar o vazio interno com plena consciência. Têm horror de encontrar sua escuridão interior e investigá-la. Entretanto, se você não a enfrentar, ela continuará ali e você precisará desenvolver “estratégias para lidar com ela”, para tornar sua vida suportável. A estratégia do ego sempre é tratar o problema na periferia, em lugar de fazê-lo no centro. O ego procura resolver o problema voltando a consciência para o exterior, para fora. Ele tenta aliviar a dor interna, alimentando você com energias externas. As energias das quais ele gosta mais são reconhecimento, admiração, poder, atenção, etc. Desse modo, o ego aparentemente cria uma resposta ao desejo profundo da alma por unidade, segurança e amor.Este desejo, em si mesmo, é inteiramente válido e genuíno. É Deus chamando você. É a sua própria natureza chamando-o. Você é Deus! Deus é a energia da unidade, segurança e amor. Todos anseiam pelo amor incondicional e o abraço da Energia que vocês chamam Deus. Na essência, este anseio é o desejo de estar totalmente consciente do seu próprio Ser Divino e, portanto, ser um com Ele. Sua própria divindade é sua entrada para o amor incondicional. Você só pode encontrá-lo enfrentando o medo e a escuridão que o rodeia, e isso você faz voltando-se para o interior, em vez de para o exterior. Isso você faz empregando sua consciência como uma luz que afugenta as sombras. A consciência é luz. Portanto, ela não precisa lutar com a escuridão; sua simples presença a dissolve. Voltando sua consciência para o interior, os milagres realmente acontecerão para você.
O ego, entretanto, procede exatamente de modo contrário. Registra a necessidade de amor e segurança, mas visa responder a esta necessidade sem enfrentar a escuridão e o medo interiores. Para conseguir isto, ele usa um certo “truque”: transforma a necessidade de amor em necessidade de aprovação ou reconhecimento por parte de outras pessoas; transforma a necessidade de unidade e harmonia em necessidade de se sobressair e ser melhor do que os outros. Uma vez que você pense que ser amado é ser admirado por seus feitos, você não precisa mais ir ao seu interior em busca de amor; você simplesmente tem que trabalhar mais duro! Desse modo, o ego se esforça por manter a panela do medo tampada.
Seu desejo original por amor e ditosa unidade se apresenta, então, de forma distorcida, como o desejo por reconhecimento. E você está constantemente procurando validação externa, a qual lhe provê, temporariamente, um pouco de segurança. Sua consciência está totalmente focalizada no mundo externo. Você confia no julgamento de outras pessoas e vive muito preocupado com o que os outros pensam de você. Isto é muito importante para você, já que sua auto-estima depende disto. Na realidade, a sua auto-estima abaixa cada vez mais, já que você está entregando seu poder a forças externas, que o julgam por seus desempenhos externos e não por seu verdadeiro ser.Enquanto isso, o sentimento profundamente arraigado de abandono e solidão não é aliviado. Na realidade, ele piora, já que você se recusa a olhar para ele. Isso que você não quer olhar torna-se o seu “lado sombrio”. O medo, a irritação e a negatividade podem ronda-lo e influenciá-lo, intensificados pela sua recusa de ir para dentro de si.
O ego pode ser muito teimoso, quando se trata de suprimir certas dúvidas, suspeitas e sentimentos; ele não deixa o controle facilmente. O que você percebe como “mau” em seu mundo sempre é o resultado do apego ao poder pessoal
. É a recusa a entregar o controle e aceitar o medo e a escuridão internos.
O primeiro passo para a iluminação é render-se a “o que é”. Iluminação significa permitir que todos os aspectos de seu ser sejam levados à luz da sua consciência. Iluminação não significa que você é completamente consciente de tudo que há dentro de você, mas que você está desejando enfrentar cada aspecto conscientemente. Iluminação é igual a amor. Amor significa: aceite você mesmo tal como você é.A escuridão interior – essa sensação de abandono no mais profundo de sua alma, que todos vocês temem tanto – é temporária. O estágio do ego é apenas um passo no longo desenvolvimento e desdobramento da consciência. Neste estágio, é dado o primeiro salto em direção a uma consciência divina individualizada. O nascimento de uma consciência individual, o seu nascimento como uma “alma separada”, caminha junto com a experiência de ser deixado sozinho, de estar separado de seu Pai/Mãe. É comparável ao trauma do nascimento em seu mundo físico. No útero, o bebê experimenta um sentimento oceânico de unidade com sua mãe. Quando nasce, ele se torna uma unidade em si mesmo.
Por causa desse trauma de nascimento – falando agora do nascimento da alma – a alma leva consigo um sentimento de ter sido despedaçada, pois ela teve que se desprender de tudo em que ela confiava. (Em um capítulo posterior, voltaremos à noção do nascimento da alma; só queremos chamar a atenção aqui para o fato de que também há um aspecto da alma que é eterno e atemporal, portanto não sujeito a nascimento e morte). A alma recém-nascida anseia por um retorno ao estado de semiconsciência de unidade, de onde ela vem e que ela considera o seu Lar. Como isto é impossível, ela experimenta grande temor e sentimentos de desolação e dúvida. Este temor interno e desorientação gradualmente formarão a terra fértil para a tomada de poder por parte do ego. A alma tem que lidar com o medo e a dor, e o ego promete providenciar uma solução. O ego exibe a perspectiva de poder e controle à consciência da alma. A alma, sentindo-se impotente e perdida, entrega-se e coloca o ego no comando.O ego é essa parte da alma que está voltada para o material, para o mundo externo. Em essência, o ego é o instrumento da alma para se manifestar como um ser físico, dentro do tempo e do espaço. O ego provê a consciência com foco. Ele faz com que a consciência seja específica em vez de oceânica, “aqui e agora” em vez de “em todo lugar”. O ego traduz impulsos internos em formas materiais específicas. É essa parte de você que faz a ponte sobre o vazio entre a sua parte não física (espiritual) e a parte física.
Para a alma, como um ser espiritual não físico, é totalmente anti-natural estar fixada em tempo e espaço. A alma é essencialmente independente de qualquer forma (material). Quando você sonha que está voando por aí, você está contatando essa parte de você mesmo, que é independente e livre. O ego, por outro lado, prende e fixa. Ele o capacita a funcionar na realidade física. Como tal, o ego tem um papel muito valioso, que não tem nada que ver com “bom” ou “mau”. Quando funciona em uma situação equilibrada, ele é uma ferramenta neutra e indispensável para a alma que habita um corpo físico na Terra.Entretanto, quando o ego começa a governar a consciência da alma, em lugar de funcionar como sua ferramenta, a alma se desequilibra. Quando o ego se impõe sobre a alma (característica típica da consciência baseada no ego), ele não traduz simplesmente os impulsos internos para a forma material, mas controla e suprime seletivamente esses impulsos. O ego então lhe apresenta uma imagem distorcida da realidade. O ego desequilibrado sempre está perseguindo o poder e o controle e, sob este prisma, interpreta todos os fatos como positivos ou negativos.
É bastante instrutivo descobrir suas próprias motivações baseadas em poder e controle, no seu dia a dia. Tente observar quão freqüentemente você quer que as coisas ou as pessoas se dobrem à sua vontade, mesmo que seja por uma causa nobre.
 Quão freqüentemente você se chateia porque as coisas não caminham como você quer? É importante perceber que, sob a necessidade de controlar, sempre existe o medo de perder o controle. Portanto, pergunte a si mesmo: “Qual é o risco de liberar o controle, de deixar ir a necessidade da previsibilidade? Qual é o meu medo mais profundo?”O preço que você está pagando agora por manter as coisas “sob controle” é que suas atitudes em relação à vida são tensas e reprimidas. Quando se atrever a viver sob a inspiração interna e só fizer o que lhe trouxer alegria, será criada uma ordem natural e verdadeira em sua vida. Você se sentirá relaxado e feliz, sem a necessidade de moldar o fluxo da vida. Isto é viver sem medo, é viver com plena confiança no que a vida lhe trará. Você pode fazer isso?Para uma alma jovem, a armadilha da consciência baseada no ego é quase inevitável. O ego oferece uma saída para o problema (de medo e abandono); ele desvia sua atenção daquilo “que está no interior” para aquilo “que você pode obter do mundo externo”. Esta não é a solução real para o problema, mas parece trazer alívio por um tempo. Exercer poder e controle sobre as coisas ao seu redor pode lhe dar uma satisfação temporária ou “estímulo”. Há um breve sentimento de ser amado, admirado e respeitado. Alivia sua dor por um tempo. Mas isso dura pouco e você tem que se esforçar outra vez para se destacar, para ser melhor ainda, mais atraente ou mais útil. Por favor, observe que, sob a bandeira do ego, você pode ser tanto meigo quanto maldoso, tanto doador quanto recebedor, tanto dominador quanto servil. Muito daquilo que se dá aparentemente com generosidade é um chamado inconsciente de atenção, amor e reconhecimento em direção a quem recebe o presente. Quando você está sempre cuidando e doando aos outros, você está simplesmente se escondendo de si mesmo. Portanto, para entender o que significa a dominação do ego, você não tem necessariamente que pensar em tiranos cruéis, tais como Hitler ou Saddam Hussein. Simplifique: observe-se em sua vida diária.
A presença da dominação do ego pode ser reconhecida pela necessidade de controlar as coisas – querer que certa pessoa se comporte de um modo determinado, por exemplo. Para conseguir que isto aconteça, você exibe certos tipos de comportamento. É condescendente e meigo, por exemplo, e trata de jamais ferir os sentimentos de outra pessoa. Há uma necessidade de controle por trás deste comportamento. “Porque quero que você me ame, eu nunca estarei contra você”. Esta linha de pensamento é baseada no medo – o medo de depender de si mesmo, o medo de ser rejeitado ou abandonado. O que parece ser doçura e simpatia, na realidade é uma forma de auto-negação. Isto é o ego trabalhando.
Enquanto o ego governar sua alma, você precisará se alimentar da energia de outras pessoas, para se sentir bem. Sentirá como se tivesse que merecer a aceitação de outras pessoas, de uma autoridade exterior a você. Entretanto, o mundo que o rodeia não é fixo nem estável. Você nunca pode confiar na fidelidade permanente daquele em quem confia, seja ele o cônjuge, o chefe ou os pais. É por isto que você tem que “trabalhar” o tempo todo, estando sempre atento às “porções de aprovação” que vêm para você. Isto explica porque a mente de quem está no estágio do ego se encontra em permanente estado de tensão e nervosismo.O ego não pode supri-lo com verdadeiro amor e auto-estima. A solução que ele oferece para o trauma do abandono é, na verdade, um poço sem fundo. A verdadeira missão da consciência da alma jovem é tornar-se os pais que ela perdeu. Por favor, observe que a estrutura da vida na Terra – considerando o processo de começar como um bebê desamparado e crescer até se transformar num adulto independente – freqüentemente o convida a fazer exatamente isso. Muito freqüentemente, a chave para a verdadeira felicidade em sua vida consiste nisto: que você transforme-se nos seus próprios pai e mãe e dê a si mesmo o amor e a compreensão que você perdeu e que está sentindo falta nos outros. No nível mais amplo e metafísico, no qual estamos falando, isto significa: entenda que você é Deus, não uma de suas pequenas ovelhas perdidas. Esta é a compreensão que o levará de volta ao lar. Esta é a compreensão que o levará ao âmago de quem você é – que é amor e poder divino.
O final do estágio do ego surge quando a alma se dá conta de que está sempre repetindo o mesmo ciclo de ações e pensamentos. O ego perde seu domínio quando a alma se sente esgotada e aborrecida por se esforçar o tempo todo por um tesouro eternamente fugaz. A alma começa então a suspeitar que as promessas do jogo do qual participa são falsas e que, na realidade, não há nada ali para ela ganhar. Quando a alma se cansa de tentar e de estar em cima disso o tempo todo, ela deixa ir um pouco o controle. Com menos energia sendo gasta no controle dos pensamentos e do comportamento, abre-se um espaço energético que permite experiências novas e diferentes.
No começo, quando você entra neste estágio, pode sentir-se muito cansado e vazio por dentro. As coisas que antes você considerava importantes, agora podem lhe parecer totalmente sem sentido. Inclusive, podem vir à tona medos que não tenham nenhuma causa clara ou imediata. Podem ser vagos temores de morrer ou de perder seus entes queridos. Também pode aflorar uma raiva, relacionada com situações em seu trabalhos ou em seu casamento. Tudo o que parecia ser óbvio, agora está sob dúvida.
Aquilo que a consciência apoiada no ego tentava prevenir, finalmente acontece.Gradualmente, a tampa da panela se levanta e todo tipo de emoções incontroláveis e medos aparecem e entram na sua consciência, semeando dúvida e confusão em sua vida. Até aquele momento, você estava funcionando quase sempre no piloto automático. Muitos padrões de pensamentos e de sentimentos dentro de você aconteciam automaticamente; você permitia que eles acontecessem sem questionar. Isto deu unidade e estabilidade à sua consciência. Entretanto, quando sua consciência cresce e se expande, sua personalidade se divide em duas. Uma parte de você quer manter-se nos velhos padrões, a outra parte questiona esses padrões, e você se confronta com sentimentos desagradáveis como raiva, medo e dúvida.Por isso, a expansão da consciência que ocorre no final do estágio do ego é freqüentemente experimentada como um desmancha-prazeres, um intruso mal recebido, que estraga o jogo. Esta nova consciência desacomoda tudo o que antes parecia óbvio e desperta emoções dentro de você, com as quais você não sabe lidar. Quando você começa a duvidar dos padrões de pensamento e ação baseados no ego, uma nova parte de você penetra sua consciência. É a parte de você que ama a verdade ao invés do poder.
Viver de acordo com as imposições do ego é muito repressivo. Você está servindo a um pequeno – medroso – ditador, que aspira ao poder e ao controle, não só sobre o seu ambiente, mas especialmente sobre você. Seus fluxos espontâneos de sentimento e intuição são reprimidos por ele. O ego não gosta muito da espontaneidade. Ele o impede de expressar livremente seus sentimentos, já que os sentimentos e as emoções são incontroláveis e imprevisíveis, o que é perigoso para o ego.
O ego trabalha com máscaras. Se seu ego lhe ordenar: “seja doce e gentil, para ganhar a simpatia das pessoas”, você sistematicamente suprimirá os sentimentos de desagrado e raiva de dentro si. Se começar a duvidar da viabilidade desta ordem, as emoções suprimidas aparecerão imediatamente. Os sentimentos não se eliminam ao serem suprimidos. Eles continuam vivendo e ganham intensidade quanto mais são suprimidos.
Uma vez que a alma experimenta o vazio e a dúvida, tão característicos do final do estágio do ego, é possível encontrar e enfrentar todos os sentimentos e emoções que antes estavam escondidos na escuridão. Estes sentimentos e emoções contidos são a porta de entrada para o seu Eu Superior. Ao explorar o que você realmente sente, em vez daquilo que se supõe que deva sentir, você recupera sua espontaneidade e integridade, essa parte de você que freqüentemente é chamada de sua “criança interior”. Entrar em contato com seus verdadeiros sentimentos e emoções, faz com que você se coloque no caminho da liberação. E assim começa a transição para a consciência baseada no coração.

Fonte: http://deboraazevedo.blogspot.com/2008/09/estagio-um-o-ego-j-no-satisfaz.html

Não achei a descrição dos outros estágios, mas a descrição do estágio 1 é muito interessante.
Espero que gostem.

domingo, 19 de junho de 2011

Meditação, uma necessidade


O mundo era muito diferente no passado, obviamente. Recebemos hoje, num só dia, o que há seiscentos anos seria equivalente a seis semanas de estímulos sensoriais.


Seis semanas de estímulos e informações num único dia — somos pressionados cerca de quarenta vezes mais a aprender e a nos adaptar.

O homem moderno tem de ser capaz de aprender mais do que a humanidade jamais aprendeu, porque há mais a aprender agora. Tem de ser capaz de se adaptar a novas situações todos os dias, porque o mundo está mudando rápido demais. Isso é um grande desafio.

Um grande desafio que, se aceito, ajudará tremendamente na expansão da consciência. Ou o homem moderno se tornará totalmente neurótico, ou será transformado pela própria pressão. Depende de como irá reagir a ela.

Uma coisa é certa: não há como retroceder. Os estímulos sensoriais estão cada vez maiores. Você obterá sempre mais informações e a vida mudará num ritmo cada vez mais rápido. E você terá de ser capaz de aprender e se adaptar a coisas novas.

No passado, o homem vivia num mundo quase estático. Tudo era estático. Você deixava o mundo exatamente como seu pai o havia deixado, não mudava coisa alguma.

Nada era mudado, não era importante aprender muito. Um pouco de aprendizado era o bastante e então você tinha espaços em sua mente, espaços vazios, que o ajudavam a manter a sua sanidade.

Agora não há mais espaços vazios, a menos que você os crie deliberadamente.

Hoje a meditação é mais necessária do que nunca, tão necessária que é quase uma questão de vida ou morte. No passado, era um luxo; poucas pessoas — um Buda, um Mahavira, um Krishna — se interessavam por ela.

Outras pessoas eram naturalmente silenciosas, felizes e sãs. Não tinham necessidade de pensar em meditação; de um modo inconsciente, meditavam. A vida avançava tão devagar e silenciosamente que até as mais tacanhas eram capazes de se adaptar.

Agora a mudança é extremamente rápida, tão rápida que nem mesmo as pessoas mais inteligentes conseguem acompanhar. A vida diária é diferente, e você tem de aprender de novo — estar sempre aprendendo.

Hoje não se pode mais parar de aprender; esse processo tem de durar a vida inteira. Tem-se de continuar aprendendo até a morte. Só assim se pode permanecer são, evitar a neurose. E a pressão é enorme — quarenta vezes maior.

Como atenuá-la? Você precisará de ter os seus momentos de meditação. Se uma pessoa não meditar pelo menos uma hora por dia, sua neurose não será acidental. Terá sido criada por ela mesma.

Durante uma hora ela deve desaparecer do mundo para dentro de si mesma. Deve ficar tão só que nada pode invadi-la — nenhuma lembrança, nenhum pensamento, nenhuma imaginação; durante uma hora, não deve haver coisa alguma em sua consciência.

Isso fará com que ela rejuvenesça e se reanime, e libere novas fontes de energia. Ela voltará ao mundo mais jovem, renovada e capaz de aprender, com mais admiração em seus olhos e mais reverência em seu coração — de novo uma criança.


Fonte: Osho, em "O que é Meditação?"

sábado, 18 de junho de 2011

Como posso amar melhor?


O amor se basta, ele não precisa de melhorias. Ele é perfeito como é e de maneira nenhuma precisa ser mais perfeito.

O próprio desejo demonstra um mal-entendido a respeito do amor e de sua natureza. Pode-se ter um círculo perfeito? Todos os círculos são perfeitos; se eles não forem perfeitos, não são círculos.

A perfeição é intrínseca a um círculo, e a mesma lei diz respeito ao amor. Não se pode amar menos nem mais, pois ele não é uma quantidade. Ele é uma qualidade, que é imensurável.

Sua própria pergunta mostra que você nunca provou o que é o amor e que está tentando esconder sua falta de amor no desejo de saber “como amar melhor”. Ninguém que conhece o amor pode fazer essa pergunta.

O amor precisa ser entendido não como um encantamento biológico — isso é sensualidade e existe em todos os animais; nada há de especial nisso. Isso existe mesmo nas árvores; essa é a maneira da natureza se reproduzir. Nada há de espiritual nisso e nada especialmente humano.

Assim, o primeiro ponto é fazer uma clara distinção entre sensualidade e amor. A sensualidade é uma paixão cega; o amor é a fragrância de um coração silencioso, sereno e meditativo. O amor nada tem a ver com a biologia, com a química ou com os hormônios.

O amor é o voar de sua consciência para reinos mais elevados, além da matéria e além do corpo. No momento em que você entende o amor como algo transcendental, ele deixa de ser uma questão fundamental.

A questão fundamental é como transcender o corpo, como conhecer algo dentro de você que esteja além, além de tudo que seja mensurável. Esse é o significado da palavra matéria. Ela vem da raiz sânscrita matra, que significa medida; ela significa aquilo que pode ser medido. A palavra metro vem da mesma raiz.

A questão fundamental é como ir além do mensurável e penetrar no imensurável. Em outras palavras, como ir além da matéria e abrir os olhos para uma consciência maior. E não existe limites para a consciência — quanto mais você fica consciente, mais percebe o quanto ainda existe à sua frente.

Quando a pessoa atinge um cume, um outro cume surge à sua frente. Essa é uma peregrinação eterna.

Fonte: Osho, em “Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos”

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Filhos da Imortalidade

Filhos da Imortalidade!
Lembrem-se que vocês foram criados
A  minha imagem e semelhança.
 Perfeitos!

Vivam à altura desta imagem, em todos os sentidos, em todos os planos
Vivam como Mestres!

Andem por essa Terra com a sua cabeça erguida,
Seus espíritos elevados...
Seus corações abertos para amar...
E acreditem em si mesmos e em Deus dentro de vocês.
Então tudo vai correr bem.

A Terra é uma manifestação do Meu Ser.
Feita a partir da Minha Vida!
Onde quer que você olhe, Eu estou lá.
Onde quer que você ande, Eu estou lá.

Com quem quer que você entre em contato, essa pessoa Sou Eu.
Eu estou em cada um, com todo o Meu Esplendor.
Veja-Me em todos os lugares,
Fale Comigo e ame a Mim.
Eu estou em cada um.

Então, a partir de cada um, Eu vou responder
E levá-los à glória.

Vocês não podem Me ver em um lugar e não em outro,
Porque Eu ocupo todo o espaço.
Vocês não podem escapar de Mim
Ou fazer qualquer coisa em segredo,
Por que não existem segredos Comigo.

Vivam... Vivam... Vivam... em perfeita conformidade
Com as minhas leis, e maravilhas acontecerão.

Pensem agora:
 O erro impede o livre fluir da Essência do Meu Ser através de vocês?
Peçam-me neste momento para revelar-lhes seus erros
No silêncio de sua meditação.

Deixem as velhas lembranças virem à tona em vocês,
Do Meu subconsciente em vocês ...
Velhos padrões...
Velhos sentimentos e pensamentos esquecidos.

Agora, mergulhem-os no Oceano de Luz,
Queimem-os da sua consciência
Para que vocês possam ser verdadeiros emblemas do Meu Ser.

Neste momento,
Visualizem a Minha Chama Ardente
Subindo cada vez mais
Enquanto ela queima através de você.

É uma chama que está refrescando,
Limpando e curando,
Que alivia a dor escondida...
E os deixa sossegados e tranquilos.

Descansem em Meu amor.
Deixem que tudo o que você tem passado
Em suas muitas vidas até hoje,
Derreta em Minha Luz redentora.

Crianças do Meu Ser!
Dissolvam as suas tristezas e medos em Mim.
Deixem-me apagar
Todos os seus karmas.

Voltem para dentro da Minha Consciência, que é
A sua própria consciência verdadeira.
Deixe o seu pequeno eu humano desaparecer, neste momento,
Enquanto você vem a Mim, que Sou o seu Eu Interior.

Você é agora o Meu radiante glorioso Ser...
Não é mais separado de mim.
Funda-se comigo... Misture-se comigo...!
 Seja Eu!



Fonte: Um poema escrito por Sathya Sai Baba

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O amor e o meio tempo

Pense um pouco na maneira como fomos educados, formados, adestrados. Havia um padrão a ser seguido: nascer, ser vacinado, estudar - de preferência obter notas altas -, formar-se, encontrar, junto com um bom emprego, o grande amor de nossas vidas. Fomos educados para alcançar resultados e não valorizar os processos, esses meios-tempos indispensáveis para irmos construindo a auto-estima e a liberdade necessárias para fazermos as escolhas capazes de nos trazer felicidade. O meio-tempo é o espaço de aprendizagem em nossas vidas, quando as experiências - quaisquer que sejam - não são objeto de julgamento, mas oportunidades para aprendermos. O meio-tempo é o momento em que temos coragem de dizer "não sei": não sei o que estou sentindo, não sei o que fazer, não sei como fazer. Não sei, mas vou descobrir, não vou tomar decisões precipitadas só para escapar da dúvida, porque já fiz isso antes e me dei mal.
Quando você não está feliz onde está e não tem muita certeza se quer sair, ou como sair, encontra-se no meio-tempo. Fica se segurando, com medo de cair, sem querer se machucar, com medo de machucar a outra pessoa. Reza para que a outra pessoas vá embora primeiro para você não arcar com a culpa.
A outra pessoa vive dando meio-tempo é assim mesmo, cheio de não sei e não posso.  Não sei por que não posso ir. Não sei por que devo ficar. Não sei para onde estou indo. Não sei como vou chegar lá, onde quer que seja. Ambivalência, confusão, relutância e paralisia são caracateristicas do meio-tempo. Se você soubesse a resposta para essas perguntas, estaria tudo bem. No meio-tempo você sente muitas coisas, mas certamente não se sente bem.
A vida seria mais fácil se, quando nos deparamos com um obstáculo durante um relacionamento, conseguíssemos parar, lidar com aquilo e seguir suavemente. A verdade é que, na maioria dos casos, poderíamos fazer exatamente isso. A realidade é que não fazemos! Tocamos em frente, sem parar. Deixamos que pequenos insultos se tornem fúrias, pequenas discussões se tornem disputas, acirradas, pequenas dores se tornem ferimentos profundos, e continuamos indo em frente, sem parar. Em muitos casos, continuamos a sofrer. Quando o tal relacionamento é intimo e amoroso, tentar ir em frente sem lidar com a dor só complica as coisas, envenenando ainda mais o relacionamento.
Como posso ficar e não me machucar? Como posso ir embora sem machucar a outra pessoa? Você não consegue responder a essas perguntas quando está sofrendo. Se conseguissemos manter o amor por nós mesmos e pelo o outro através de uma comunicação honesta e consciente, os desentendimentos, obstáculos ou dificuldades no relacionamento serveriam para nos fortalecer. Quando não conseguimos, praticamos o pior comportamento do meio tempo: machucando, brigando, omitindo a verdade e indo em frente completamente confusos. Confusão gera confusão.
Tudo na vida se relaciona com o amor. O amor é o único significado real da vida. Estar vivo significa que ocupamos a casa do amor e devemos seguir suas regras. Nem a vida nem o amor exigem que as pessoas desistem de sua dignidade, auto-estima, objetivos de trabalho, programa favorito de televisão ou bom-senso. Por algum motivo, nem sempre entendemos isso direito. Acreditamos que é preciso desistir de algo para conseguir outra coisa. Acreditamos nisso especialmente em relação ao amor. Não entendemos que o amor é crescimento, é realização de potencial - ser mais quem você é, fazer melhor o que faz, acreditar com mais convicção e tomar mais posse do que tem. Infelizmente, achamos que podemos nos unir a outras pessoas antes de nos unirmos a nós mesmos. Isso é absolutamente impossível. Você não irá receber amor de fora enquanto não for amor por dentro.

Fonte: Iyanla Vanzant  - Enquanto o Amor não vem

sábado, 11 de junho de 2011

O desafio do desconhecido



Quando você explora mares desconhecidos, como Colombo fez, o medo existe, um medo imenso, porque ninguém sabe o que vai acontecer. Você está deixando a praia da segurança.

Você está perfeitamente bem, em certo sentido; só uma coisa está faltando — aventura. Enfrentar o desconhecido dá a você certa excitação. O coração começa a pulsar novamente; volta a se sentir vivo, totalmente vivo. Cada fibra do seu ser está vibrando porque você aceitou o desafio do desconhecido.

Aceitar o desafio do desconhecido, apesar de todo o medo, é coragem. Os medos estão ali, mas se você aceita o desafio várias vezes seguidas, devagarinho os medos desaparecem.

A experiência de alegria que o desconhecido traz, o grande êxtase que começa a acontecer com o desconhecido, torna você forte o bastante, lhe dá uma certa integridade, aguça sua inteligência.

Pela primeira vez, você começa a sentir que a vida não é só tédio, mas uma aventura. Então devagar os medos desaparecem; e você não para mais de ir atrás de uma aventura.

Mas, basicamente, coragem é pôr em risco o conhecido em favor do desconhecido, o familiar em favor do estranho, o confortável em favor do desconfortável — árdua peregrinação rumo a um destino desconhecido.

Nunca se sabe se você será capaz de fazer isso ou não. É um jogo arriscado, mas só os jogadores sabem o que é a vida.

Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Qual é o problema se o mundo acabar?



Qual a melhor maneira de enfrentar o medo? 

Ele me afeta de várias maneiras...de uma vaga inquietação ou um nó no estômago a um pânico vertiginoso, como se o mundo estivesse acabando. 

De onde isso vem? 

Para onde isso vai?   

Todos os seus medos são subprodutos de identificação. 

Você ama uma mulher e com o amor, na mesma parcela vem o medo: ela pode deixar você ela já deixou alguém e agora está com você. Há um precedente; possivelmente ela irá fazer o mesmo com você. Há um medo, você sente nós no estomago. Você está muito apegado. Você não pode aceitar um simples fato: você veio sozinho para o mundo; você já estava aqui ontem também, e sem esta mulher, perfeitamente bem, sem qualquer nó no estomago. E amanhã se esta mulher se for... qual é a necessidade desses nós? Você sabe como ficar sem ela e você será capaz de ficar sem ela. O medo de que as coisas possam mudar amanhã... Alguém pode morrer, você pode ir a falência, seu trabalho pode ser tirado de você. Há mil e uma coisas que podem mudar. Você está sobrecarregado com medos e mais medos, e nenhum deles é válido porque ontem você também estava preenchido com todos esses medos, desnecessariamente. As coisas podem ter mudado, mas você ainda está vivo. E o homem tem uma imensa capacidade de adaptar-se a qualquer situação. 

Dizem que só o homem e as baratas tem essa imensa capacidade de adaptar-se. É por isso que onde quer que você encontre homens você encontrará baratas. e onde quer que você encontre baratas você encontrará homens. Eles estão juntos, eles tem uma semelhança. Mesmo em lugares distantes como o Polo Norte ou o Polo Sul... quando o homem viajou para esses lugares ele de repente percebeu que tinha trazido baratas com ele, e elas estavam perfeitamente saudáveis vivendo e se reproduzindo. 

Se você olhar ao redor da terra você encontrará homens vivendo em milhares de climas diferentes, situações geográficas, situações políticas, situações sociológicas, situações religiosas, mas ele consegue viver. E ele tem vivido por séculos... as coisas continuam mudando, e ele continua adaptando-se. Não há nada a temer. E mesmo se o mundo acabar, e daí? Você irá acabar com ele. Ou você acha que você ficará em uma ilha enquanto o mundo inteiro termina, deixando você sozinho? Não se preocupe. Pelo menos você terá algumas baratas com você! Qual o problema se o mundo acabar? Isso já foi perguntado tantas vezes. Mas qual é o problema? - se é o fim, é o fim. Isso não cria nenhum problema, porque não estaremos aqui; nós terminaremos com ele, e não haverá nada para se preocupar... Isso será realmente a grande libertação do medo. O mundo terminando significa que todos os problemas terminam também, toda perturbação termina, cada nó no seu estomago termina.. Eu não vejo problema. Mas eu sei que todo mundo é cheio de medos. Mas a questão é a mesma: o medo é parte da mente. A mente é covarde, e tem que ser covarde porque ela não tem qualquer essência ela é vazia e oca, e tem medo de tudo. E, basicamente ela tem medo de que um dia você se torne consciente. Isso será o verdadeiro fim do mundo! Não o fim do mundo, mas seu ser se tornará consciente, seu ser entrará num estado meditativo onde a mente desaparece - este é o medo básico. Por causa desse medo, as pessoas se mantêm afastadas da meditação, e elas ficam inimigas de pessoas como eu que está tentando transmitir algo como meditação, alguma forma de consciência e testemunho. Eles se tornam antagônicos para comigo não sem nenhuma razão; o medo deles está bem fundamentado. Eles podem não estar conscientes disso mas a mente deles está realmente com medo de se aproximar de qualquer coisa que possa criar mais consciência. Esse será o começo do fim da mente. Esse será a morte da mente. Mas não existe medo para você. 

A morte da mente será o seu renascimento, o começo da sua verdadeira vida. Você deveria estar feliz, você deveria se alegrar com a morte da mente, porque nada pode proporcionar mais liberdade que isso. Nada mais pode lhe dar asas para voar dentro do céu; nada mais pode fazer com que todo céu seja seu. Mente é prisão. Consciência é sair da prisão ou perceber que isso nunca foi uma prisão; estava só pensando que isso era uma prisão. Todos os medos desaparecem. Eu também estou vivendo no mesmo mundo, mas eu nunca senti, mesmo por um simples momento, qualquer medo porque nada pode ser tirado de mim. Eu posso ser morto mas eu irei ver isso acontecer, então o que será morto não será eu, não será minha consciência. A maior descoberta na vida, o mais precioso tesouro, é o da consciência. Sem isso você está fadado a ficar nas trevas, cheio de medos. E você irá criar novos medos não existe fim para isso. Você viverá em medos e você morrerá em medos, e você nunca será capaz de provar algo como a liberdade. Você sempre teve potencial; você poderia ter clamado por isso a qualquer momento, mas você nunca clamou. É sua responsabilidade. 


FONTE: OSHO 






Achei o texto interessante. Nós damos muito crédito aos nossos medos. Acho que podemos refletir sobre eles, sem esse apego, sem essa identificação com as coisas. A consciência de sermos eternos, de sermos alma, nos liberta desses medos. Por que uma alma se preocuparia com o problemas financeiros ou com o fim de um relacionamento? Que importância tem isso perante a eternidade? 
O medo surge por que nos identificamos com o corpo, com o ego. Tente lembrar-se disso quando sentir medo.