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domingo, 30 de outubro de 2011

Saia dos modelos



Vaidade para o senso comum é se arrumar, se enfeitar. Entretanto, isso não é vaidade e sim asseio.
Vaidade é querer ser para os outros, para ter aprovação e aceitação. Isso sim é se achar, mas se achar uma porcaria e querer provar o contrário.
Falta de auto-estima é pouco para nós seres humanos. Todos a temos, em graus diferenciados, é claro.
A necessidade em mostrar, evidenciar o que somos ou o que temos é nitidamente vaidade.
Há vários perfis de pessoas vaidosas, friso que todos nós a temos, nem que seja um resquício desta faceta do desamor.
Note que a pessoa vaidosa vive no controle de si mesmo, não bebe com medo de “sair do limite do aceitável”, não fala o que pensa com medo de ser rejeitada e assim vai...
A vaidade nos faz olhar no espelho e não nos amar – isso é bem típico de nós, mulheres.
Daí começam as comparações com os outros, porque para ser bonita tem que ser alta, magra, de pernas finas, mas você é estilo portuguesa, baixinha, cheinha, de pernas grossas.
Saia do modelo, comparação é sinal típico de vaidade – querer ser para os outros.
E as coisas não funcionam assim.
As pessoas se sentem atraídas por nossa energia e não por nossa aparência, como muitos pensam.
Quando você está bem, confortável consigo, vendo beleza, brilho e confiança em si mesmo, você opera como um imã chamando a atenção das pessoas em razão do seu magnetismo.
Já se você é daquelas pessoas que se alimentam com lixo, se colocando para baixo, se achando feio, desconfortável e frustrado, sua luz se apaga e no máximo, você atrairá moscas para rodeá-lo.
Somos energia, o ponto de atração reage de acordo com as nossas crenças, ou seja, com o que pensamos de nós mesmos. Nós nos definimos.
Milagres começam em nós.
Essa necessidade de si mesmo, de se amar, faz com que nós, muitas vezes procuremos nos outros o que falta em nós. A notícia é que isso não é possível. O “buraco” interior é  a falta de nós mesmos e não de alguém.
Você não consegue ficar sozinho, curtindo sua própria companhia?
Pois é, carência e solidão são sensações que demonstram o quanto estamos longe de nós mesmos, vazios. E, caso você arrume alguém, provavelmente despejará suas exigências para se sentir amado(a) no outro. Aí o relacionamento, ao invés de somar, irá subtrair, porque estará calcado no vampirismo, vale dizer, a carência e a necessidade de ser amado(a) nos faz exigir do outro o que só nós poderíamos dar para nós mesmos; e, o outro se sentirá esgotado, infeliz, porque quem gosta de exigências ou  de grude?
Além do mais, a energia de uma pessoa vaidosa é fundamentada no perfeccionismo, no ideal, contudo, a única forma de conseguir alcançar o mínimo de plenitude é optar pelo REAL em detrimento do IDEAL.
Ninguém nunca irá satisfazer todas as suas “necessidades”, só você.
Esperar dos outros é esperar pela frustração. Por isso, hoje em dia, os relacionamentos estão cada vez mais pobres, as pessoas se casam rápido, não conhecem a si mesmas (não sabem quais as suas carências e limites) e sequer, podem conhecer o outro. O resultado é este que a gente vê por aí: infelicidade, arrependimento e culpa. Só que depois de um relacionamento frustrado, muitos se sentem injustiçados porque não receberam o amor e a atenção que supostamente mereciam.
Mas vem cá... Você deu amor para si mesmo? Atenção? Ou só esperou do outro? Idealizou alguém para lhe tratar como um príncipe ou princesa e caiu do cavalo?!
Bem-vindo à realidade!
Quer amor?
Dê amor para si mesmo. O caminho é longo, trabalhoso, requer ajuste e experiências, mas o fato de olhar para nós mesmos nos faz menos vulneráveis às fantasias. 
Pois é, o ideal não existe. O modelo é pretensioso e como toda pretensão, é apenas ilusão e, desta forma, como ninguém consegue sustentar máscaras o tempo todo, chegará o tempo de lidar com a verdade.
Outrossim, o vaidoso sempre se machuca com frequência, afinal, 100% dos nossos sofrimentos estão fundamentados no orgulho. O Ego que nos insita ao sofrimento como meio de defender-se, fazer-se de vítima.
Se você quer ser feliz tem que abrir mão do padrão de ser certinho, com medo do que os outros irão pensar. Isso é humildade.
Humildade não é fazer-se de pobrezinho. Humilde não é aquele que tem pouco ou se faz de pouco, se põe para baixo para se igualar à hipocrisia alheia.
Humilde é aquele que enxerga a sua realidade interior e exterior, está a par dos seus vícios e virtudes e, principalmente, não nega suas qualidades e fraquezas. Isso sim é ser humilde.
Porque humildade é realidade, não é pretensão, ilusão ou ideal.
Portanto, aproveite e relaxe, se solte!
Seja você sem querer ser para o mundo. Quem realmente gostar de você, ficará ao seu lado pelo prazer da companhia e não pelo interesse.   
A vida funciona na leveza, na verdade. Mas é triste observar que, em que pese muita gente estar no caminho para descobrir a si mesmo, muitos ainda estão mergulhados no oceano da ilusão, do modelo ideal, da comparação ilusória. O resultado, alguns já sabem, outros irão confrontar-se com ele. Contudo, nunca é tarde e tudo é aprendizado.
Descobrir-se é o caminho.


sábado, 29 de outubro de 2011

Cure a ferida em primeiro lugar




Quando somos atingidos por uma flecha, não devemos perder tempo buscando saber quem e por que nos feriu. Mas, sim, arrancar a flecha fora e cuidar, o quanto antes, da ferida. Este é o modo budista de lidar com os problemas: focamos a cura ao invés de cultivar a indignação que gera ainda mais dor.

Em vez de responder aos inúmeros porquês, focamo-nos em lidar com a situação de modo a assumir o autocontrole diante de nossos problemas. Afinal, quando não podemos mudar uma situação externa, ainda assim, podemos transformar o nosso modo de encará-la.

Enquanto estivermos contaminados pelo cansaço, pela raiva ou pela indignação, nossas atitudes serão tendencialmente unilaterais ou vingativas. O que o budismo nos alerta é que a primeira coisa a fazer quando recebemos qualquer tipo de agressão é nos interiorizarmos para recuperar o espaço interior.

Mais do que uma percepção mental dos fatos, devemos buscar o equilíbrio interior para que nosso pensamento volte a ser claro e amplo.

Na medida em que nos concentramos em curar a ferida, ao invés de indagar o porquê ela ocorreu, cultivamos o hábito mental de buscar soluções práticas que nos ajudam a nos desvencilhar dos problemas. Deste modo, não ficamos presos ao discurso "ele não podia ter feito isso comigo" que nos leva apenas à paralisia, mas passamos a nos mover em direção à solução interior, o que nos leva a um senso profundo de liberdade de podermos ser quem somos.

O mundo à nossa volta está repleto de informações conflitantes e confusas. Tornamo-nos reféns dos outros enquanto nos deixamos enganchar por seus conflitos.

Para nos desvencilharmos das confusões alheias, precisamos antes de tudo recuperar nosso espaço interior. Esta é a diferença entre gritar para o outro: "Me solta" e dizer internamente: "Eu me solto".

Desta maneira, ganhamos autonomia interior, isto é, recuperamos o prazer e a habilidade de exercitar a nossa própria vontade de nos acalmar. Lama Gangchen nos encoraja a praticar a Autocura quando nos fala: "Basta reconhecermos nossa própria capacidade e ousarmos aceitá-la".

Em seu livro Autocura Tântrica III (Ed. Gaia) ele esclarece: "Para começarmos a vivenciar os níveis mais profundos da Autocura, nossa mente precisa começar a aceitar e usar o espaço interior da forma correta. Temos que compreender que há mais espaço em nossa mente muito sutil do que no mundo externo. Além disso, também precisamos entender que as situações perigosas que hoje vivenciamos são o resultado de causas e condições negativas criadas por nós no passado. É muito importante praticarmos a Autocura, pois se continuarmos a gravar negatividades em nosso espaço interior, embora nosso coração não possa explodir, uma terrível explosão global de negatividade pode acontecer, causando nosso Armagedão individual e planetário".

Para parar de gravar negatividades em nosso espaço interior, precisamos cultivar o hábito de nos interiorizarmos, de ampliarmos nosso espaço interior. Mas a capacidade de nos autossustentar surge à medida em que nos sentimos disponíveis para nós mesmos.

Se não nos sentimos capazes de lidar com certas emoções, devemos buscar pessoas que nos incentivem a lidar positivamente com elas. A solidariedade alheia nos ajuda a sentir e aceitar o que nem mesmo somos capazes de entender.

O importante é buscar coerência entre nosso mundo interior e a realidade exterior. Viver bem pressupõe considerar a realidade acima de qualquer coisa.

Ao recuperar o espaço interior, ganhamos uma nova disponibilidade para agir.


Texto de :: Bel Cesar ::

Site: http://www.stum.com.br/


 

 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Enfrentar-se



Uma nova forma de sentir.
Um novo jeito de olhar.
Uma nova maneira de encarar.
É preciso evoluir.
É preciso alçar voos mais altos...
Confesso que há alguns anos não compreendia o significado da frase: "conhece a ti mesmo", mas a vida se encarregou de me levar até a fonte: eu. 
A fonte da dor e do amor, da alegria e da tristeza, da luz e da sombra está em mim, ou melhor, está dentro de cada um de nós. 
Somos a origem, o centro de tudo que nos rodeia. Somos, em essência, um ponto de atração. 
O fato de não conhecermos a essência da nossa natureza e os fenômenos que habitam em nós, nos torna fracos diante dos fatos. Alimentamos o que nos causa desconforto em razão da ausência de conhecimento.
O que você alimenta em si mesmo? Para quais pensamentos você dá força? Há muita crítica dentro de você?
Toda crítica é auto-crítica, somos como um espelho, atraímos as pessoas e as circunstâncias para nos fazer enxergar algo em nós. Esse é o fenômeno da projeção. 
A natureza é sábia. Não dá ponto sem nó.
Mas é preciso observar e ser modesto. Modéstia é olhar para a realidade, sem fantasias. Olhar para si mesmo com os olhos da modéstia, da humildade- não se por lá em cima nem lá embaixo- é algo que poucas pessoas se permitem fazer. A modéstia impõe que encaremos nossas sombras, nossos vícios. 
Não há dúvidas, é preciso confrontar-se, só haverá espaço para a luz quando libertar a escuridão! 
O confronto com uma outra pessoa é perda de tempo, porque não se pode mudar a ninguém, somente a si mesmo e, quando você muda, tudo o mais se transforma.
Confrontar-se é necessário, jogar o velho para dar boas-vindas ao novo.
Portanto...
Fortifique-se...há um manancial de forças fluindo em cada um de nós. Somos mais poderosos que imaginamos, aliás, nem sequer conseguimos imaginar do que somos capazes, afinal, não aprendemos a usar a LUZ que faz morada em nós. 
Enfrentar-se é o caminho para o sucesso. O que atrapalha é a resistência em mudar, em aceitar o novo e principalmente, aceitar que o poder de escolha está em suas mãos. Não delegue esse poder a ninguém, escolha você por si mesmo, escolha as suas emoções, os seus pensamentos, centre-se. Aprenda a arte da conexão. 
Tudo que você precisa está dentro de ti. Ouse..., não tema o amanhã. Ouça o coração e não a mente.
A alma fala através do coração, mas é preciso calar a tagarelice mental. 
Nossa fraqueza? 
Nossa mente. Em verdade, bem usada ela é um atributo que conduz ao sucesso e, não me refiro ao ponto de vista intelectual, falo de escolhas, de conhecimento interior, de sabedoria, de vivência, de relacionamento consigo mesmo e com os demais. 
A mente engajada ao espírito produz milagres, se alienada leva ao desespero, à fraqueza, ao vitimismo, à morbidez. 
Deixe a mente de lado, respire fundo e conecte-se.
Garanto-lhe que há uma sabedoria interior pronta para dar todas as respostas. 
Abra-se para o melhor e o melhor virá, só depende de você. 
Confie em si mesmo. 
Não acredite no que todo mundo diz, não entre na maldade alheia, fique no Bem. 
O Bem é a sensação do melhor, aquela leve brisa que acolhe o ser. Se a sensação não é boa, pule fora, esse não é o seu melhor.
É necessário que saiamos da mesquinharia da competitividade, do egoísmo, da vaidade, da fantasia e nos conectemos com a nossa verdade. A sociedade nos ensinou a vestir máscaras, nos fazendo temer ser nós mesmos. A inveja, o ciúme, o apego, a raiva, o autoritarismo, a ganância, a inércia, o julgamento, a frustração se resumem em uma só palavra: MEDO.
Medo é a falta de confiança, que é a falta de amor.
Está na hora de você entender que o amor não se limita ao amor romântico. O amor tem várias facetas. Centre-se no amor maior que é o Bem em tudo que existe. 
Esqueça o medo e foque um você. 
A vida traz o que precisamos, no momento certo. Seja lá o que for que esteja lhe incomodando, saiba que chegou o momento de se enfrentar e que você tem os recursos interiores para superar tais empecilhos.
Não se faça de fraco porque você não é, você só está alimentando a fraqueza e a impotência. Eleve-se. Alimente a coragem e a fé. Transforme-se. A vida está falando contigo através de um grande quebra-cabeças. Junte as peças e siga em frente.
Dependa de si mesmo, tudo o mais é ilusão. Isso não quer dizer que você deva abandonar tudo, somente não se permita depender de algo ou alguém. A única companhia eterna é você mesmo, portanto, faça por si mesmo, o resto passará...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Medo

Já falamos aqui sobre medo algumas vezes.
Essa música, sempre que a escuto, me faz refletir sobre o medo.
Qual é o seu medo?
Será que é um só?
Dê um tempo a si mesmo para fazer essa reflexão.
Talvez você não ache a resposta de primeira.
Talvez pense que não tem medo.
Talvez pense que só tem medo de algo específico.
Como cada ser humano é único, só você pode se dar essa resposta.
Descobrir o que tememos é importante pois, só podemos nos libertar do medo, trazendo-o para a luz. E não tem como trazê-lo à luz se não olhar-mos para ele.









Miedo

Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis



Têm medo do amor e medo de não saber amar

Têm medo da sombra e medo da luz

Têm medo de pedir e medo de calar

Medo que dá medo do medo que dá



Têm medo de subir e medo de descer

Têm medo da noite e medo do azul

Têm medo de cuspir e medo de aguentar

Medo que dá medo do medo que dá



O medo é uma sombra que o temor não esquiva

O medo é uma armadilha que prendeu o amor

O medo é uma alavanca que apagou a vida

O medo é uma fenda que aumentou a dor



Tenho medo de gente e de solidão

Tenho medo da vida e medo de morrer

Tenho medo de ficar e medo de escapulir

Medo que dá medo do medo que dá



Tenho medo de acender e medo de apagar

Tenho medo de esperar e medo de partir

Tenho medo de correr e medo de cair

Medo que dá medo do medo que dá



O medo é uma linha que separa o mundo

O medo é uma casa aonde ninguém vai

O medo é como um laço que se aperta em nós

O medo é uma força que não me deixa andar



Têm medo de rir e medo de chorar

Têm medo de se encontrar e medo de não ser

Têm medo de dizer e medo de escutar

Medo que dá medo do medo que dá




Tenho medo de parar e medo de avançar

Tenho medo de amarrar e medo de quebrar

Tenho medo de exigir e medo de deixar

Medo que dá medo do medo que dá



O medo é uma sombra que o temor não desvia

O medo é uma armadilha que pegou o amor

O medo é uma chave que apagou a vida

O medo é uma brecha que fez crescer a dor



O medo é uma linha que separa o mundo

O medo é uma casa onde ninguém vai

O medo é como uma laço que aperta o nó

O medo é uma força que me impede andar



Medo de olhar no fundo

Medo de dobrar a esquina

Medo de ficar no escuro

De passar em branco, de cruzar a linha

Medo de se achar sozinho

De perder a rédea, a pose e o prumo

Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo



O medo estampado na cara ou escondido no porão

O medo circulando nas veias ou em rota de colisão

O medo é de Deus ou do demo? É ordem ou é confusão?

O medo é medonho

O medo domina

O medo é a medida da indecisão



Medo de fechar a cara, medo de encarar

Medo de calar a boca, medo de escutar

Medo de passar a perna, medo de cair

Medo de fazer de conta, medo de iludir



Medo de se arrepender

Medo de deixar por fazer

Medo de se amargurar pelo que não se fez

Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H

Medo de morrer na praia depois de beber o mar

Medo que dá medo do medo que dá

Medo que dá medo do medo que dá


Fonte:
Letra da música:  http://www.vagalume.com.br/lenine/miedo-traducao.html#ixzz1bSfFhaot
Vídeo: http://www.youtube.com/

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A meditação é existencial

O homem vive inconscientemente.
Ele vive fazendo muitas coisas porque os outros também fazem,
vive seguindo e imitando.
Não sabe muito bem por que faz essas coisas,
nem sequer sabe quem ele é.

O que mais você pode esperar quando um homem não sabe quem é,
de onde vem, para onde vai, e por quê?

Essas são as perguntas básicas
que podem ser respondidas
somente por meio da meditação.
Nenhuma filosofia pode ajudar você a respondê-las.
Ela pode lhe oferecer muitas respostas, mas todas serão hipotéticas.
Se você ponderar sobre elas, encontrará muitas falhas.

A meditação é existencial, não filosófica.
Ela o ajuda a se tornar tão ciente que você acaba se encontrando.

A verdade é uma revelação, não uma conclusão de pensamento
— é uma revelação na meditação,
não uma conclusão por meio da meditação.

Fonte: Osho, em "Meditações Para a Noite"

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Resgate a sua criança e perdoe os erros alheios

 

É sabido que ninguém tem uma infância perfeita. Mas é possível voltar ao passado e rever o que pode ser útil e o que deve ser definitivamente entendido para que você possa seguir em frente, firme e forte.

Assim, o resgate gradativo da criança interior acaba sendo uma chance de perdoar os erros das pessoas que nos criaram, das ofensas que sofremos e, principalmente, recobrar a coragem a confiança que toda criança tem em estado bruto ou latente para direcionar melhor as nossas atitudes no agora. Quando você traz luz à sua criança interior, existe a possibilidade de cura. O vazio que a solidão traz na maioria das vezes pode chegar ao fim, pois não há nada mais poderoso do que um reencontro com você mesmo. Somos nós o genuíno apoio de que precisamos, cedo ou tarde, frente às intempéries da vida.

Como entrar em contato com a sua criança interior

Estabelecer contato com a criança adormecida dentro de você não é nada difícil e nem lhe toma muito tempo. É uma prática bastante útil para rever alguns fatos e até mesmo administrar bloqueios que vêm se perpetuando.

Um passo crucial é encontrar fotografias suas da época da infância. Se não tiver nenhuma imagem, retenha na mente a sua imagem de quando era uma criança. Se possível, procure fotos de outras crianças que se assemelham a você nesse período em questão. Quantos anos ela tem? Pergunte e tente se lembrar dessa etapa da vida, caso ela lhe responda. Aceite e siga a sua intuição nesse momento. Ela é que lhe guiará por esse caminho.

A partir disso, comece a relembrar o ambiente, o que houve naquela data, como você se sentia. Se não se lembrar, tudo bem. Mantenha o foco na sua expressão facial e corporal.

Eleja uma foto e observe-a atentamente até que esteja nítida em sua mente a ponto de vê-la se movendo e conversando com você, como se a imagem fosse, a partir de agora, um filme.

Retenha a imagem em suas mãos e se apresente à criança. Eu sou você hoje. Você mora dentro de mim. Como você está? Registre tudo o que você ouvir ou sentir a partir desse momento. Do que ela precisa? O que ela sente neste momento? 

Imagine-se abraçando essa criança. Como é esse contato? É difícil visualizar essa cena? O que você pode fazer para melhorar esse contato?

Durante e depois do contato com a sua criança

Pode ser doloroso, às vezes, trazer à luz essa criança dentro de você - talvez ferida ou magoada há tanto tempo. Mas também pode ser absolutamente transformador na medida em que a sua autoestima passa a tomar forma e força. Vale perceber que, ao longo desse contato, você se descobre capaz de mudar o jeito de olhar para as pessoas e, principalmente, para você mesmo.

Lembrar que não era possível ter tudo o que você queria quando era menor, por exemplo, se torna uma valiosa lição para os dias de hoje: que tal valorizar tudo aquilo que você tem conquistado? E as humilhações e castigos, por mais difíceis e estressantes que possam ter sido, servem agora de motivo para você assumir a sua verdade com o peito aberto e sem medo. Afinal, essa criança não está mais sozinha. Você é responsável pelas reações dela, a partir de agora.

Afirmações positivas para lidar com as lembranças

Uma alternativa para lidar com os fatos que agora ressurgem é adotar uma postura chamada de "perdoar e esquecer". Após virem à tona as lembranças, sejam elas quais forem, é válido fazer uso das afirmações positivas, que se tornam verdadeiros mandamentos para redirecionar a sua vida. Veja alguns exemplos:
  • "eu perdoo todas as ofensas, humilhações e ausências e sigo em frente, firme e forte"
  • "sou dono de mim e tenho total controle sobre a minha existência"
  • "sei que a tendência da minha vida é dar certo e trabalho para isso.
Lidando com o espelho da infância daqui para frente

A criança interior é um espelho daquilo que você necessita rever em sua vida. E, muitas vezes, é um resgate harmônico das suas origens, do modo como você administra seus gostos, suas preferências e suas escolhas que formaram a pessoa que você é. Não é possível apagar o passado, mas é sempre válido tentar resolvê-lo, quando possível, para que você possa defender e acreditar nas suas escolhas e no seu caminho. Se você cresceu e chegou até aqui, é porque pode muito bem olhar para trás e estender a mão a essa criança sozinha em algum canto escuro dentro de você.


Fonte: http://www.personare.com.br/revista/identidade/materia/1869/iluminando-sua-crianca-interior


sábado, 8 de outubro de 2011

Milagres são naturais

Milagres são naturais.
Quando não ocorrem, algo errado aconteceu.

"Quando algo errado acontece é porque o ego interveio.
A vida é natural e milagres são naturais.
Quando nos entregamos ao natural o criador vive em nós.
Estamos cientes, em estado de graça, experimentamos.
E perceba que aquele que está ciente da criação natural não reinvidica qualquer virtude,
pois, é ciente de que é simples instrumento.

Somente aqueles que se esvaziaram tornam-se plenos da presença do criador,
aceitam e vivem o natural.
É necessário vontade, a vontade suprema de se entregar, de ser natural com a criação.
E pode parecer paradoxal, mas quando esta vontade acontece, a vontade desaparece.
E a vontade que foi do ego sempre esteve a serviço, até o último passo.
A entrega é um caminho porque ela acontece em níveis.
E não há garantias.
É preciso ir se entregando, é preciso se entregar para depois saber.

Aquele que se tornou instrumento de milagres é uma simples ponte do que é natural."
(desconheço autor)




quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Celebrar a Existência

Celebra todos os dias da tua existência, 
viva-os intensamente porém de forma lúcida, 
não se apegue a temporalidade e nem os divida em passado ou futuro.

Sempre é presente, sempre é o momento de ser feliz de forma genuína,
sem ansiar expectativas no que irá colher mais para frente. 
O segredo é não esperar e dessa maneira viver o dharma, 
que nada mais é do que se satisfazer com a ação, simples e pura, não com o retorno desta. 
Quando assim o faz, não deposita tua felicidade na mão de outrem, 
não se torna refém da situação e nem corre o risco de se decepcionar.
Procure ter um contato sincero com o teu íntimo, descobrir qual tua missão,
pois somente desta maneira, agindo de forma correta e respeitosa consigo mesmo, 
é que poderá ter uma vida repleta, plena e cheia de satisfação.
Desconheço autor.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Só existe um único amor

 
 Talvez penses que diferentes tipos de amor são possíveis. 
Talvez penses que há um tipo de amor para isso, outro para aquilo, um modo de amar uma pessoa e ainda um outro modo de amar uma outra. 
O amor é um. 
O amor não tem partes separadas nem intensidades diferentes, nele não há tipos ou níveis, divergências ou distinções. 
Ele é como ele mesmo, inteiramente imutável. 
Nunca se altera com uma pessoa ou uma circunstância. 
Ele é o coração de Deus e também o de Seu Filho. 
(E-pI.127.1:1-6)