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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Como o ego esconde de nós a verdade?


O ego tenta convencer-se de que vivemos em um mundo onde a ‘causa’ de tudo o que acontece está localizada fora de nós. Nossas experiências, portanto, seriam apenas ‘efeitos’. Nossa vida nada mais seria do que uma série de respostas a acontecimentos exteriores, como se não tivéssemos nenhum poder de escolha. Para nos persuadirmos de que a vida é realmente assim, precisaríamos apagar todas as evidências de que o mundo que vemos é determinado pelo nosso próprio sistema de crença e pelos pensamentos em nossa mente. Esse modo de pensar só poderá subsistir enquanto nos mantivermos apegados à ideia de que nada temos que ver com o fato de criar o mundo que vivenciamos. Insistimos na crença de que somos apenas um corpo, destinado a estar na Terra durante um breve período de tempo e depois morrer; insistimos na crença de que a morte é o fim da vida.
Quando vivemos de acordo com esse sistema de crenças baseado no medo, é frequente nos sentirmos vítimas e buscarmos constantemente alguém a quem identificar como sendo o nosso inimigo. Esse sistema de crença parece estar nos dizendo que sempre haverá guerras, que o passado sempre irá predizer o futuro, que não podemos confiar no amor e que os outros, e até mesmo nós, fizemos coisas imperdoáveis. Esse sistema de crenças pretende fazer com que nos agarremos à ideia de que culpa e punição são coisas valiosas – o que não é verdade.
É da maior importância respeitar o poder dos nossos pensamentos. Afinal de contas, são eles que criam o nosso comportamento e que determinam a nossa maneira de ver o mundo e reagir a ele. De acordo com o sistema mental baseado no medo, não há problema se tivermos pensamentos agressivos, uma vez que só as ações agressivas causam dano às outras pessoas.
Uma outra maneira de olhar o mundo é acreditar que os nossos pensamentos podem ser tão prejudiciais quanto as nossas ações. O mundo que vemos começa a mudar quando abandonamos todos os nossos pensamentos agressivos e os substituímos por pensamentos amorosos.
Texto de Gerald Jampolsky

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