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terça-feira, 11 de março de 2014

Reverência profunda a todos os mestres





O buscador nasce com uma angústia existencial: 
Quem sou eu? 
O que eu estou fazendo aqui? 
Onde está a redenção que tanto almejo, e em algum lugar da minha alma, sei que existe?
E ele parte a buscar.

Sua ânsia é gigante.
Procura em livros, em igrejas, em amores, em bares, em drogas, em viagens... 
Vai do céu ao fundo do mar.
Do interior ao escuro das florestas.
Acredita em mestres e guias, para depois atirar pedras e lama.
Entrega-se, mas não totalmente, ao caminho apresentado.
No fundo, o buscador sabe que, se começar realmente a achar algo, terá que entregar tudo, absolutamente tudo ao caminho. E reluta, pois não se sente preparado para andar nu.
Mas ele é um condenado: não possui a escolha de não buscar, e como tudo na vida, a vontade será feita. 

Tudo deverá ser entregue – quer queira, quer não.
Pouco a pouco, as vestes irão caindo pela estrada. E ele irá percebendo que não precisava delas. Que o caminho o conduz e o provê. 
A confiança vem chegando. 
As perguntas vão cessando.
Passo a passo, o buscador vai percebendo que não havia nada para buscar. 
Começa a relaxar.
A andar cada vez mais devagar. 
Seu corpo está leve, e sua alma, em paz.
Vê todos os companheiros de jornada como mestres. 
Mas sabe reconhecer que, embora todos sejam mestres, alguns foram essenciais em sua busca. E para estes, o buscador curva-se profundamente. Embora igual, se coloca pequenininho, pequenininho. 
Ser e estar pequeno também é uma condição inalienável do caminho. Não há como fugir disso. 
O buscador que recusar a curvar-se, será compelido pela força da própria busca a cair. 
"Há centenas de meios de ajoelhar, e beijar o chão"...

Fonte: https://www.facebook.com/pages/I-love-constela%C3%A7%C3%A3o/599060913441912

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