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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Se fizer isso, funcionará

O entendimento intelectual dos princípios espirituais não garantem a iluminação, e o ego adora usar a religião e a espiritualidade como um disfarce.
Um momento de atenção iluminada não transforma a sua vida completamente. O caminho espiritual é lento e árduo em alguns momentos, quando qualquer circunstância se torna o solo no qual tanto o ego quanto o espírito procuram se postar. A pratica espiritual é como exercício físico: ela proporciona um efeito cumulativo e, se pretendemos apreciar seus benefícios, não devemos nunca parar de nos exercitar. Não é possível você ir até a academia uma única vez e sair de lá com um novo corpo, assim como não se pode participar de um seminário, dizer uma única oração e dar aleluias esperando que sua vida seja perfeita dali em diante.
Tanto o corpo como a mente exigem treinamento constante para que possam atuar em plena capacidade. É por isso que algumas pessoas vão à academia ou praticam yoga com regularidade. E é também por essa razão que participamos de trabalhos religiosos e praticas espirituais com freqüência. Neste mundo onde os pensamentos baseados no medo prevalecem, você estará indo contra a corrente quando ocupar uma posição firme e verdadeira a favor do amor. Não é fácil pular dois lances de escada de uma vez quando não se está em boa forma física, assim como não é fácil tomar uma posição impopular em nome da fé e do perdão quando não se está em boa forma espiritual.
Entretanto, se pretendemos fazer as mudanças necessárias para o mundo ser hoje o que deveria ser, é exatamente aquela forte posição que será necessária. Não existe nada de espiritual em evitar os problemas do mundo. Nossa meta não é evitar o mundo, mas curá-lo. Porém, não podemos dar ao mundo aquilo que nós mesmos ainda não temos; os presentes do espírito só podem ser dados por aqueles que estão tentando incorporá-los. É por isso que, como dizia Gandhi, devemos ser a mudança que queremos que aconteça no mundo. A paz precisa começar em nossa própria vida e se espalhar, curando os outros à medida que interagimos com eles amorosamente.



Fonte: O Dom da Mudança - Marianne Williamson

domingo, 26 de dezembro de 2010

Fazendo Nossa Parte

Algumas vezes existem problemas que empurramos para o fundo da gaveta, do jeito que estão. Sabemos que nos pertencem e que um dia deveremos lidar com eles. Mas, mesmo assim, continuamos a empurrá-los e a empurrá-los, até que um dia alguma coisa acontece e um deles é trazido para primeiro plano. Foi o Universo que deixou as coisas bem claras: aqui, agora, você vai lidar com ele. Seja qual for a parte de nossa personalidade que permaneça machucada, agora é a hora de curá-la. Pode ser um problema de relacionamento, uma questão financeira, um vício, alguma coisa com seus filhos, ou o que for. A forma desse ponto fraco não é o que interessa: o que importa é que, enquanto não lidarmos com o problema, estaremos limitando nossa disponibilidade para sermos usados no Grande Plano de Deus.
Mas por que ainda não estamos trabalhando num nível mais alto de habilidade espiritual? Aquilo que nos mantém presos não é nossa ignorância espiritual, mas nossa preguiça espiritual. Nós conhecemos muitos princípios para alcançar níveis mais elevados de consciência; porém, somos mental e emocionalmente indisciplinados para aplicá-los de forma universal. Nós concedemos perdão onde é mais fácil, usamos da fé quando parece fazer mais sentido racional, e damos amor quando é conveniente.
Muitos já somos alunos da espiritualidade; o problema é que somos maus alunos, e isso precisa mudar.



Fonte: O Dom da Mudança - Marianne Williamson

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O desafio do crescimento



O mundo é uma projeção da nossa psique individual, coletada numa tela global; o mundo é ferido ou curado em função de cada pensamento que tivermos. Na mesma medida em que me recuso a encarar os problemas mais profundos que me impedem de fazer as coisas, o mundo também ficará impedido de evoluir. Por outro lado, o quanto eu avançar, depois de ter descoberto a chave milagrosa para a transformação de minha própria vida, será a minha ajuda para mudar o mundo.
Até o momento, parece que temos grande resistência em olhar para nossa vida e para nosso mundo com honestidade emocional. E acho que estamos procurando evitar mais dor. Estamos evitando aquela sensação de desesperança que achamos que vamos sentir quando nos confrontarmos com a enormidade das forças que obstruem nosso caminho. Entretanto, a verdade é que só conseguiremos finalmente enxergar a luz quando encararmos a escuridão - a escuridão em nós e no mundo. Esta é a alquimia da transformação pessoal. Bem no meio da noite mais escura e profunda, quando nos sentimos esmagados pela vida, a sombra esmaecida de nossas asas começa a aparecer. Só depois  que encararmos os limites daquilo que podemos fazer é que começa a se manifestar em nós a infinidade do que Deus é capaz. As profundezas da escuridão, ao se confrontarem com nosso mundo, vão revelar a mágica de quem somos de verdade. Somos espirito e, desse modo, somos mais que o mundo. Quando nos lembrarmos disso, o mundo inteiro vai se dobrar a esta recordação.

Fonte: O dom da mudança - Marianne Williamson

domingo, 19 de dezembro de 2010

O EGO E A ALMA


Para facilitar percebermos o papel do ego, talvez seja mais fácil apenas definir o que é a alma e o que é o ego, e deixar cada um com a sua conclusão. 

Resumidamente, o ego é  tudo o que nos obriga a esconder a nossa pureza, a nossa inocência, a nossa bondade, o amor que temos por nós e pelos outros,  é o que nos impede  de viver apenas o presente e de ver esse momento presente como um momento sagrado que é e não viver os medos do passado ou as ansiedades do futuro.    É o que nos impede a vivencia da pura alegria e felicidade, do bem estar incondicional e da aceitação total de todas as diferentes experiências da matéria.  O Ego  é a reação, a repetição, a não evolução, a não mudança, é o controle sobre tudo e sobre todos.  É aquela parte de nós que resiste às mudanças, que não abdica da razão e que faz tudo para manter a sua zona de conforto e controle em plena segurança.

Hemisfério esquerdo faz-nos identificar com o ego. Somos nós independentes dos outros sem qualquer elo energético, ilusoriamente auto-suficientes e independentes e como tal, desligados de tudo, de todos, do Todo. Todo o esforço é pouco para manter intacta a imagem e respectiva sensação de ser o melhor, para chamar à atenção.  Há uma necessidade enorme do outro exterior pois é através dele que eu consigo ser grande.  Tudo se passa à volta de manter um pedestal e torná-lo o mais alto possível. Mas esse pedestal tem senões;  é frágil e muito solitário. 

Ao ver-se e sentir-se cada vez mais sozinho, as emoções de solidão e medo começam a tomar conta.  Medo que algo ou alguém possa abalar esse pequeno ser frágil no meio de um mundo gigante e aparentemente caótico.  O instinto de defesa, segurança, proteção passam a ser desmedidos.  Por termos consciência da fragilidade do nosso ser, colocamos máscaras que simulam uma falsa força, independência, auto-sustentação, segurança.  Tudo e todos passam a ser uma ameaça vistos como pequenos reinos espalhados pelo mundo cada um a fazer de tudo para defender o seu castelo.  Só o tempo o fará perceber o quanto esse castelo é solitário, frágil e em última instancia, ridículo.  

Visto de cima, todos estão num mesmo planeta.  O ego  insiste em criar fronteiras, defesas, a alma não vê as fronteiras e cuida de tudo e todos como se de um jardim comum se tratasse.  Controlar e manipular são as palavras de ordem do ego.

Alma é isso que em nós sente, como diz Maria Flávia de Monsaraz, sente, intui, dá-nos a sensação de pertencer à família humana, lembra-nos continuamente a importância de amar incondicionalmente, perdoar, de sentir. Faz-nos observar a magia que vem da fragilidade, da humildade e propõem-nos  assumir a responsabilidade por tudo o que nos acontece.  É ela que nos inspira a desistir, a ceder, a pedir desculpa, a abdicar de ter razão.  A alma não tem problemas em se mostrar frágil, vulnerável, humilde.  Ela sabe que sem estas características, ela se perde facilmente, e ela não quer se perder.  É ela que sabe tão bem encolher os ombros quando desiste de lutar pois sabe que a luta apenas trás sofrimento.  Dá-nos também  a sensação da existência  de algo maior do que nós, e dessa conclusão e respectivo sentimento, surge a reverencia por esse algo superior.  A Alma faz-nos sentir bem quando queremos acreditar que tudo faz sentido mesmo que não aparente e quando tudo parece  caótico. Ela sabe ler a linguagem do mundo como diz Paulo Coelho, e é nessa linguagem que a vida nos mostra o nosso percurso.  Faz-nos acreditar e lembrar que a nossa vida tem um propósito divino. Vivemos o descanso, a paz, a aceitação, a tranqüilidade de que, o que quer que  estejamos a passar, faz parte de um projeto maior nem sempre entendido mas tantas vezes sentido. Sentimos  que alguém está tomando conta de nós.  Sentimos também claramente os laços que nos ligam uns aos outros e tomamos consciência do diferente papel que cada um tem na nossa vida.  É ela que sabe ler nas entrelinhas e consegue a proeza de ler um olhar. Por se manifestar no hemisfério direito ela dá-nos a capacidade de sermos criativos e de criarmos belas obras de arte que só uma alma consegue sentir, decifrar, compreender.  É através da alma que manifestamos a humildade.  Fluir e aceitar, são palavras de ordem.

Para mim o grande desafio da vida é a tomada de consciência destas duas energias em nós e de tudo o que elas nos fazem sentir.  Seja a facilidade em sentir as energias e estados de espírito dos outros, seja a arrogância e incapacidade de nos fragilizarmos perante os outros, o desafio é reconhecer  e aceitar as duas em nós e fazermos as pazes com elas.  Mas  para isso é preciso Despertar. 

Falar em Despertar, implica que existe à partida um estado de adormecimento, um estado de não atento, de não consciente e logo de não escolha.   É ainda o estado do ego.  Quando Despertamos dá-se  o acordar para a nossa verdadeira realidade divina, energética e espiritual.   E não deixa de ser curioso que não existe povo, raça, ser humano que não sinta mais cedo ou mais tarde um apelo mais profundo por algo superior.  Até os céticos, não estão mais do que a fugir a algum tipo de memória de uma ligação complicada, dolorosa ou frustrada com o divino. 

Diz-nos a sabedoria antiga que tudo o que chega a um limite, vira no seu contrario.  Vivemos num mundo dual e por isso tanto a tristeza como a felicidade tem que coexistir.  A verdadeira felicidade é o equilíbrio das duas e não a rejeição do negativo e a busca frenética pelo positivo que no fundo é o que vivemos nas sociedades ditas avançadas. 

Acredito que começamos por viver numa escada descendente, em que nos distanciamos cada vez mais da nossa alma e do céu, em que o objetivo principal é sobreviver.  É a sobrevivência do ego.  É a luta, o confronto, a resistência em querer sempre mais seja a que custo for.  Por ser simbolicamente uma escada descendente, ela aparentemente é fácil, mas também nos distancia cada vez mais do divino.  São as experiências da matéria, as vivencias emocionais mais densas. Por não ter ainda a experiência da sensibilidade, da humildade, da empatia, o relacionamento com a vida e especialmente com os outros é violento, agressivo e por isso é também o caminho das perdas, uma maneira subtil do céu nos dizer que não é por ali, que não é assim. 

São as perdas que nos fazem parar, questionar e em casos extremos, olhar para o céu em busca de resposta e ajuda.  Em busca da re-li-ga-ção. 

Quando a identificação com a matéria e o ego é total ou exagerada ao ponto da pessoa perder o contacto com  as suas emoções, com a sua capacidade de amar ou com a sua dificuldade em fragilizar, a Vida propõem-nos vivencias a que chamamos perdas mas que não são mais do que oportunidades disfarçadas de nos reconectarmos com a nossa essência divina e com as nossas emoções.  O célebre ditado “Há males que vem por bem” é apenas a velha sabedoria a resumir este conceito.

Começa então a viver na escada ascendente, rumo a algo superior, mais íngreme, mais difícil mas muito mais recompensadora.

O Despertar não é mais do que a tomada de consciência de que todas as vivencias que passamos, fazem parte de uma evolução espiritual que está a acontecer em simultâneo com as nossa vidas terrenas. É a aceitação incondicional de tudo o que atraímos como fundamental na nossa evolução. É observar o observador, dar um passo atrás e vermo-nos a nós próprios e tomar consciência do papel que estamos a desempenhar.  É a capacidade de observar que não somos vários, que Somos Um.  Um porque partilhamos os mesmos medos, os mesmo anseios, as mesmas emoções.

Por exemplo:  Na nossa vida terrena todos fazemos um percurso idêntico; nascemos, aprendemos, namoramos, casamos, temos filhos, trabalhamos, etc.   No nosso percurso espiritual passa-se algo idêntico mas num nível interior;  fazemos as experiências das várias emoções, sejam elas positivas ou negativas, fazemos a experiência do ego e normalmente mais tarde a da alma.  A matéria só serve para ir buscar sensações, emoções que depois irão ser alquimizadas dentro de nós.  Infelizmente não fomos ensinados a fazer esta ligação e acabamos envolvidos na matéria e a rejeitar todo o lado emocional, intuitivo e sensível.
Por isso o Despertar é a distancia que nos permite observar este fenômeno.  Que nos permite tirar sempre uma lição das experiências vividas, que nos permite observar a tal evolução a acontecer.  Despertar é também  a consciência de que somos seres autônomos dentro do Todo, com a responsabilidade por nós próprios, que temos  o poder da escolha, de agir de acordo com aquilo que somos e que acreditamos, do que sentimos, sem deixar que os outros ou a matéria nos desviem do nosso caminho, e, confiando que levar a cabo estas escolhas conscientes, é o caminho da abundância, mesmo que na matéria tudo indique o contrário.
Este Despertar pode acontecer por um trânsito astrológico, por uma perda, por influência de alguém que está na nossa vida, exatamente com esse propósito espiritual ou simplesmente por um apelo interior em buscar sentido para a Vida.

É um pouco como os jogos de playstation, quando estamos muito envolvidos com o jogo, trememos a sentir medo do “monstro” que aparece, ou podemos pular de alegria porque passamos de nível, mas quando o jogo acaba, aquele medo e aquela alegria não são a nossa realidade e nós sabemos bem separar isso.   Neste caso, Despertar é voltar ao nosso “verdadeiro” eu que não é o boneco do jogo.

Quantos de nós já não sentiram vontade de fugir, desaparecer, evaporar quando os problemas apertam, as dificuldades aumentam, as perdas surgem? Muitas vezes as emoções que advêm destas situações são tão fortes que parecem insuportáveis.  E são,  embora a verdadeira dor tenha mais a ver com a resistência a estas mesmas situações do que aquilo que elas próprias provocam.  A dor surge pela identificação do Ego com os problemas ou desafios.  A Alma limita-se a aceitar tudo o que vem como aprendizado, proposta de evolução e ligação Kármica com a situação e todos os envolvidos.  Ela limita-se a procurar o que está por trás do acontecimento, a lição,  o Ego luta contra o acontecimento.  E o acontecimento vai-se repetindo enquanto a aprendizagem por trás desse acontecimento não acontecer. E por isso nos vemos tantas e tantas vezes encalhados nas mesmas situações, com o mesmo tipo de pessoas. Assim que a aprendizagem é feita, é acompanhada da respectiva limpeza emocional ou seja, a densidade acumulada é transformada e o acontecimento exterior já não tem razão de existir e “magicamente” desaparece.

Não é muito difícil então de perceber qual a energia predominante no mundo, nos relacionamentos sociais, profissionais, políticos ou mesmo familiares.  E também não é muito difícil de imaginar o que será este planeta quando todos conseguirmos vibrar pela alma ou que tipo de adultos teremos um dia se as nossas crianças forem educadas a saber identificar os seus egos, a honrarem as suas emoções e a assumir a responsabilidade por tudo o que lhes acontece sem jamais recorrer à culpa, ao julgamento ou à cobrança.

Quando despertamos custa-nos acreditar como andamos cegos durante tanto tempo, como escolhemos a violência em vez do amor em tantas situações, como todas as situações que passamos eram apenas testes à nossa capacidade de amar e por não sabermos ou acreditarmos nisto os fomos chumbando uns atrás dos outros. 

Depois de alguns trânsitos fortes nossa vida começamos  a perceber que esta ligação à alma,  este despertar para a nossa essência divina e a paz que daí advém,  é a grande aventura da nossa vida e que sem isso, nada faz sentido. Mas para isso o Ego tem que morrer. Tem que se dar o Despertar.

Numa época de grande consumismo, este é o maior legado que podemos deixar às nossas crianças de preferência através do exemplo próprio.


Texto de Vera Correia

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A idéia de 'necessidade' não pode sacrificar cada passo que devemos trilhar

Eu sei que você não vai entender hoje. Talvez nem amanhã ou depois. Porque neste momento parece que você “precisa”, mas acredite, o tempo é sábio e os acontecimentos fazem parte de um processo que nem sempre é dominado por nós. Podemos e devemos planejar o que queremos, mas a idéia de “necessidade” não pode sacrificar cada passo que devemos trilhar. O tempo me ensinou que ignorar os sinais é inútil, que ao contrário, devo treinar meus ouvidos e sentidos para entender cada “não” recebido. Se o caminho não vale a pena não rejeite fazer um desvio. O importante é nada nem ninguém tirar você de sua rota.


Fernanda Gaona




(...) A cabeça pode estar cheia, mas o peito está vazio.

 A mente pode conhecer, mas só o coração pode saber (sabedoria).
                     
 Você não tem de se curvar a ninguém, mas terá de se

curvar às Leis Naturais, pois o relativo está contido no Absoluto.
 

...
Trecho de texto de autoria de Dalton Roque

domingo, 12 de dezembro de 2010

Seu corpo imprime sua historia

Seu corpo imprime sua historia


Mais eficiente que a memória do computador, seu corpo registra tudo que aconteceu com você desde a infância até agora. O psicólogo e teólogo francês Jean-Yves Leloup relaciona símbolos arcaicos com várias partes do corpo e esclarece as causas físicas, emocionais e espirituais das boas sensações e de algumas doenças. 

Uma página branca. É assim o corpo novinho em folha do recém-nascido. Desde o instante do nascimento e a cada fase da vida, a pele, os músculos, os ossos e os gestos registram dados muito precisos que contam nossa história. “O homem é seu próprio livro de estudo, basta ir virando as páginas para encontrar o autor”, diz Jean-Yves Leloup, teólogo, filósofo e terapeuta francês.

É possível escutar o corpo e conhecer sua linguagem, que muitas vezes se expressa por sensações prazerosas, por bloqueios ou pela dor, que nada mais é do que um grito para pedir atenção. “O corpo não mente. As doenças ou o prazer que animam algumas de suas partes têm significados profundos”, revela Leloup no livro O Corpo e Seus Símbolos (ed. Vozes).

Ele nos convida a responder algumas questões sobre pés, tornozelos, ventre, genitais, coração, pulmões e muitas outras partes. Elas podem ser nosso guia em uma viagem de autoconhecimento que toca em aspectos físicos, emocionais e espirituais: “Primeiro, podemos notar qual é nosso ponto fraco, o lugar de nosso corpo em que vêm se alojar, regularmente, a doença e o sofrimento. Há a escuta psicológica pela qual podemos prestar atenção no medo ou na atração que vivemos em relação a algumas partes do corpo. E há ainda a escuta espiritual. O espírito está presente em nosso corpo, e certas doenças e algumas crises são manifestações do espírito, que quer trilhar um caminho, que quer crescer, que quer desenvolver-se em membros que lhe resistem”, diz ele. E continua: “Algumas depressões estão ligadas a fatores emocionais, a um rompimento, uma perda, uma falência.

Mas há também depressões iniciáticas, em que a vida nos ensina, por meio de uma queda, um acidente, que devemos mudar nosso modo de viver”.

Na perspectiva da espiritualidade, uma doença é uma provação: “Tudo que nos acontece serve para ampliar nossa consciência para descobrirmos o que temos no coração e na mente, para nos devolver a nós mesmos, sem ilusões. Se abandonamos o papel de vítima, podemos transformar o sofrimento e os impasses em um novo caminho. É quando paramos de procurar os culpados por nossa dor que a adversidade torna-se o meio de descobrir o limite do amor”, afirma Leloup, que também é padre cristão ortodoxo e esteve em São Paulo para falar sobre saúde e espiritualidade a convite da Universidade da Paz (Unipaz), com sede em Brasília.

Descubra a seguir quais são os símbolos associados por Jean-Yves Leloup a cada parte do corpo e responda às questões, que facilitam a reflexão e o reconhecimento do que está impresso em você. Boa viagem!

Pés, as nossas raízes
“Será que experimentamos prazer em estar sobre a terra? Podemos imaginar o corpo como um árvore. Se a seiva está viva em nós, ela desce às raízes e sobe até os mais altos galhos. É de nosso enraizamento na matéria que depende nossa subida à luz. É da saúde de nossos pés que vem o enraizamento”, explica Leloup, no livro o Corpo e Seus Símbolos, que serviu de base para esta reportagem.

Ele lembra que em diferentes práticas de ioga há a purificação dos pés, que são mergulhados na água salgada. “Pelos pés podem escorrer nossas fadigas e tensões.”

“A palavra pé, podos, em grego, relaciona-se à palavra paidos, que quer dizer criança. Cuidar dos pés de alguém é cuidar da criança que o habita. Perguntei a um sábio: ‘O que posso fazer para ajudar alguém?’ Ele respondeu: ‘Lembre-se de que essa pessoa foi uma criança, que ainda é uma criança. E que tem dor nos pés.’”

Preste atenção: verifique se seus pés são seu ponto fraco. Como você se apóia sobre eles? Em seguida, toque-os, sentindo ossos, músculos e partes mais ou menos sensíveis. Quais são suas raízes familiares? Quais as expectativas de seus pais em relação a você? Qual seu sentimento em relação a filhos?

Tornozelos, a possibilidade de ir em frente
Termômetro da rigidez ou da flexibilidade com que levamos a vida, os tornozelos têm relação direta com o momento do nascimento. “Por que esse é também um momento de articulação entre a vida dentro e fora do útero. Alguns de nós conheceram dificuldades e viveram até traumas nesse elo que une a vida fetal com o mundo exterior. O corpo guardou essa memória e a expressa na fragilidade dos tornozelos”, diz o filósofo.

Segundo Leloup, os tornozelos simbolizam também o refinamento da vida, as relações íntimas e a articulação do material com o espiritual. As pessoas em que o tornozelo é o ponto fraco têm dificuldade de avançar nos vários aspectos da vida. Dar um passo a mais é ir além de nossos limites e também saber aceitar o que se é, seja isso agradável ou não. “Essa é a condição para ir mais longe”, finaliza ele.

Preste atenção: você costuma ter dor nos tornozelos? Essa região é rígida ou flexível? Sofreu entorses? Em que momentos de sua vida eles ocorreram? É difícil avançar em direção ao que você quer? Qual é o passo que você precisa dar e o passo ao qual resiste?

Joelhos, o apoio para dar e receber colo
A flexibilidade é uma das qualidades importantes para que os joelhos sejam saudáveis. “Quando eles são rígidos, é provável que surjam problemas na coluna vertebral e nos rins”, lembra Leloup, que nos revela o significado mais profundo dessa parte do corpo. “Em algumas línguas, estranhamente há uma ligação entre a palavra filho e a palavra joelho. Em francês, por exemplo, genou, joelho, tem a mesma raiz da palavra générer, gerar. Em hebraico, joelho é berekh, e também bar e bèn, que significa filho. (...) Assim, ser filho, ser filha é estar no colo, envolvido por esse gesto, que é o elo entre os joelhos e o peito. (...) Temos necessidade de dar e receber essa confirmação afetiva. E manter alguém no colo, sobre os joelhos serve para manter o coração aberto”, finaliza.

Preste atenção: observe como são seus joelhos. Eles são flexíveis, rígidos, doloridos? É bom tocá-los ou não? Quem o pegou no colo quando você era criança? Esse gesto de intimidade é familiar para você? Qual a sensação? E você, para quem dá colo (seja fisicamente, seja como símbolo de acolhimento)?

Genitais, a energia de vida
Nesse extenso capítulo do livro O Corpo e Seus Símbolos, o teólogo Jean-Yves Leloup fala dos tipos de amor e prazer, dos traumas e das sensações vividos na infância que marcam para sempre nossa sexualidade. Ele ressalta que o encontro de dois corpos pode ser mais que físico. “A representação mais primitiva de Deus foi encontrada na Índia e são o lingan e a ioni, o símbolo fálico masculino e o genital feminino. Assim a representação do sexo foi a primeira feita pelo homem para evocar Deus – porque o sexo é onde se transmite a vida. Dessa maneira, passa a ser o local da aliança, algo de muito sagrado”, considera Jean-Yves Leloup. “Portanto, a sexualidade não é somente libido. Essa libido pode tornar-se paixão, passar através do coração e transformar-se em compaixão. É sempre a mesma energia vital, que muda e se transforma de acordo com o nível de consciência no qual nos encontramos.”

Preste atenção: quais são suas dores ou doenças relacionadas aos órgãos genitais? Você sofre desses males? Qual a sensação diante dos seus genitais (vergonha, repulsa, prazer)? Qual sua postura em relação à sexualidade (à sua própria e ao sexo no contexto cultural)?

Ventre, o centro processador de emoções
Estômago, intestinos, fígado, vesícula biliar, baço, pâncreas, rins são os órgãos vitais abrigados em nosso ventre. Eles são responsáveis pela transformação do alimento em energia, pela absorção de nutrientes e pela eliminação de toxinas.

Emoções como raiva, medo, prazer e alegria acertam em cheio essa região e também precisam ser digeridas. Leloup aponta que “o perdão tem uma virtude curativa porque podemos tomar toda espécie de medicamento, sermos acompanhados psicologicamente, mas há, por vezes, rancores que atulham nosso ventre, nosso estômago, nosso fígado”. Ele destaca que todas as partes do corpo lembram a importância de respeitar o tempo de digestão e assimilação de tudo que nos acontece de ruim e também de bom.

Preste atenção: como é sua digestão? Quando você tem uma forte emoção, sente frio na barriga ou alguma reação na região? Quais foram os fatos difíceis de ser digeridos em sua vida? O que há por perdoar?

Coração e pulmões, o pulso vital
Esses dois órgãos estão intimamente ligados a nossa respiração. “O coração é um dos símbolos do centro vital, ele é o centro da relação. (...) E é importante observar como nossa vida afetiva influencia nossa respiração. (...) Às vezes, nos sentimos sufocar porque não correspondemos à imagem que os outros têm de nós, e isso também impede que o coração bata tranqüilamente. Para alguns, querer ser normal a qualquer preço, querer agir como todo mundo, pode ser fonte de doenças”, assinala o psicólogo Jean-Yves Leloup.

Agir de acordo com suas vontades mais genuinas e aceitar o que se é, mesmo que isso não combine com o grupo, pode ser uma das formas de se libertar e sair do sufoco.

Preste atenção: você já teve períodos prolongados de angústia ou tristeza? O que liberta sua respiração e o que o sufoca? Você se preocupa muito com a imagem que as pessoas têm de você? Já parou para ouvir as batidas de seu coração e o das pessoas a quem você ama? O que deixou seu coração partido? O que o fez bater feliz?

Fonte: O corpo e a espiritualidade segundo Jean Yves Leloup 

sábado, 11 de dezembro de 2010

SIMPLICIDADE




Pessoas com simplicidade e humildade:
  • Aceitam pontos de vista divergentes sem se perturbar;
  • Cooperam com os outros de forma natural;
  • São queridas por todos;
  • Enfrentam as situações facilmente;
  • Evitam pensamentos inúteis e criam pensamentos elevados;
  • São limpas e claras mentalmente;
  • São verdadeiras, flexíveis e honestas;
  • Aplicam um freio nos pensamentos desgovernados;
  • Não evitam ninguém porque cultivam sua própria paz interior;
  • Agem com naturalidade e apreciam a sua liberdade.” 

BK Surendram

 Para simplificar a vida:
  • Reserve em casa um lugar específico para cada objeto e você não perderá tempo e energia procurando por aquilo que precisar;
  • Pegue todas as coisas que você não gosta ou não usa e doe para aqueles que possam fazer melhor uso delas;
  • Procure não apressar as coisas, evite preocupação e correria;
  • Crie diferentes espaços na mente. Quando fizer algo que ocupe um dos espaços, feche os demais;
  • Evite pensar e falar sobre problemas durante as refeições;
  • Viva cada coisa em seu tempo: que esse seja o motor de sua vida.”

 BK Surendram
Links – BK Brasil

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O apego incontrolável

O apego é a etapa seguinte ao desejo. Ou seja, há uma diferença entre sentir um desejo e estar apegado a ele. Esta informação pode parecer óbvia, mas nela há uma informação importantíssima para superarmos a dor do apego: ele é uma intensificação do desejo, mas não é em si mesmo desejo! 

Em geral, não compreendemos esta distinção entre desejo e apego e por isso nos tornamos prisioneiros de nossos desejos. Quando somos movidos pelo apego ficamos rígidos: perdemos a habilidade de nos mover, pois uma vez apegados não estamos disponíveis às mudanças. Somente quando superarmos o apego é que nos tornamos livres para escolher o que faremos com a energia do desejo em nossa mente! 

Estar desapegado é estar mais solto e menos preocupado. Para tanto, não é preciso renunciar a tudo, mas sim ter uma relação - mais relaxada e não tensa - com os mundos interno e externo. Renunciar significa não estar mais sob a influência de alguém ou daquilo que se deixou. 

Se pararmos para analisar nossas atitudes cotidianas, iremos constatar que grande parte delas estão condicionadas ao apego. Temos apego à nossa auto-imagem, ao nosso status social, às pessoas de nosso convívio, sem dizer o quanto somos apegados ao nosso corpo que envelhece todos os dias... 

De fato, podemos ficar chocados ao perceber o quanto estamos presos a esta atitude que nos impede de lidar com a realidade que surge a cada momento. No entanto, o budismo não quer nos incutir culpa ou mal-estar ao nos apontar uma atitude errônea. Mas sim, nos alertar para o fato de que o apego é uma atitude mental que precisa ser reajustada. Caso contrário, iremos sempre sofrer. Por exemplo, quando o amor está contaminado pelo apego logo sentimos ciúmes, medo de perder a pessoa amada. 

Desta forma, associamos a experiência de amar ao fato de nos sentir presa a ela. Assim, quanto mais amarmos, isto é, quanto mais apego sentirmos, mais inquietos ficaremos. 

O apego não nos deixa relaxar. Isto acontece porque confundimos o amar com o fato de nos sentirmos apegados. No entanto, intuitivamente sabemos que amar é uma experiência positiva, que nos acalma, enquanto o apego faz de nós pessoas inseguras e agitadas. 

Neste sentido, saber o que nos faz bem e o que nos torna pessoas desequilibradas já é um bom passo para caminharmos em direção à nossa sabedoria discriminativa. 

Os ensinamentos budistas constantemente nos alertam: as qualidades que projetamos sobre os objetos, situações ou pessoas por quem sentimos tanto apego são criadas em nossa própria mente. Resistimos a acreditar que elas não existem independentes de nossas projeções! 

O apego surge quando atribuímos qualidades falsas ou exageradas a um objeto, situação ou pessoa. Exaltamos as qualidades e negamos as imperfeições. Iludidos pelas nossos próprias idealizações, nem consideramos o fato de que o objeto em si pode não conter estas qualidades. Exageramos de tal modo que nos esquecemos que somos nós quem atribui valores a este determinado objeto. Esquecemos de tal forma que chegamos ao ponto de acreditar que só ele poderá nos satisfazer. É uma loucura, mas é isso mesmo que fazemos: damos qualidades exageradas aos objetos, situações e pessoas e depois pensamos que não podemos viver sem eles! 

Portanto, para mudar nossa atitude frente a um objeto de apego, temos que mudar nossa maneira de nos relacionarmos com ele. Podemos começar por reconhecer que estamos exagerando, intensificando o desejo. Por isso, precisamos primeiro observar a nossa mente e não dar tanta ênfase à situação à nossa volta. 

Não podemos confundir desapego com desinteresse pela vida. Desapego é ter a capacidade de relacionar-se com mais espaço, flexibilidade e liberdade. O antídoto do apego é a mente que se dá por satisfeita. Reconhecer a satisfação é um sério desafio em nossa sociedade materialista. 

Desapego não significa estar desligado do outro. Ao contrário, quanto mais desapegados formos numa relação, mais responsabilidade teremos por nossas atitudes mentais em relação ao outro. Isto é, quando nos responsabilizamos por nossos sentimentos, liberamos o outro de nossas expectativas insaciáveis. Ao passo que nos compromissamos com o processo de autoconhecimento, aumentamos o sentimento de respeito pelo outro. Por amá-lo, queremos poupá-lo das neuroses de nosso apego. Amar, segundo o budismo, é o desejo de ver o outro feliz. Neste sentido, liberá-lo de nossos medos e manias já é um bom modo de contribuir para a sua felicidade... 


Texto de Bel Cesar
Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=04930

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Para refletirmos muito... PAZ E ORDEM


PAZ E ORDEM

Só haverá paz e ordem no mundo quando você, indivíduo humano, através de autoconhecimento e correto pensamento, que não resulta de aderir a partidos políticos ou religiões,estabelecer como prioridade absoluta a erradicação dos comportamentos que trazem confusão e dor ao mundo através dos relacionamentos.
O propósito é estabelecer prosperidade e amor entre o céu e a terra, o que nunca acontecerá com ninguém se continuarmos a pensar que tal nobre objetivo dependa de desintegrar adversários, assassinar inimigos e cometer quaisquer crimes em nome de nosso bem-estar pessoal em detrimento do bem comum.
As coisas estão como estão porque banalizamos os crimes e pagaremos o justo preço por este erro, que afetará principalmente as gerações vindouras.
A fé será substituída pelo conhecimento, mas isso requer presença de espírito e boa vontade para estudar. Enquanto isso, você pode continuar lançando mão da fé para andar no meio das trevas que ocultam o progresso. Mas comece a pensar para agir.
Antigamente aconteciam muitas coisas que você adorava, mas nunca mais se repetiram. Viver com saudades de tempos melhores nunca é uma boa atitude, pois, assim você corre o risco de não perceber o que de bom acontece agora.
Sentir compaixão é estar mais perto do mundo divino. Sentir compaixão não significa sentir pena, mas aproximar seu coração da dor ou alegria sentida por outras pessoas, compreendendo profundamente o acontecimento.
O mundo interior guarda tesouros inimagináveis para quem está ainda constantemente buscando recompensas exteriores, do mundo material. Porém, como a busca é por valores, inevitávelmente um dia haverá de voltar sua atenção ao mundo interior.
Contamine todo seu círculo com bom humor, mas não espere quaisquer garantias de melhora por isso. Em muitos momentos, como as pessoas andam tão entrevadas, quaisquer sinais de bom humor as faz reagir mal e até com algum grau de agressividade. Tome assim mesmo a dianteira e busque comunicar-se com mais eficiência.
Quanto mais você abrir seu coração e se tornar transparente, mais haverá de você para amar. Ou será que você não se abre pelo temor de não haver nada substancioso para ser amado? Sempre há algo valioso!
Olhe ao seu redor, foque sua visão em algum aspecto da natureza vegetal, animal ou mineral e perceba a beleza do que acontece. É miraculoso que a Vida seja maior do que as circunstâncias que a limitam.
Mantenha uma visão positiva dos acontecimentos, mas não para maquiar a dura realidade e sim no sentido de sustentar firmemente os ideais que guiaram seus passos até aqui e agora. Um ou momentos ruins, não define o caminho.
Seja a luz das pessoas, esclareça-as com seu entendimento da situação, mas sem tentar enfiar goela abaixo delas suas razões particulares, apenas indicando o caminho pelo qual todos prosperariam......
Há algumas peculiaridades do seu caminho que não são fáceis de compartilhar,PORQUE CHOCAM AS PESSOAS. Por isso, observe as reações das pessoas para saber o quanto você deve compartilhar e o quanto ocultar.
Todo relacionamento é o fim dos caminhos particulares das pessoas que se encontram e o início de uma nova síntese. Uma inovação no infinito Universo.

O QUE É CIVILIZAÇÃO?

Nada há de mais valioso para a regeneração do mundo e a erradicação da iniquidade do que reconhecer a importância dos relacionamentos corretos.
É impossível haver existência humana em estado isolado, já que SER, do ponto de vista nosso, é relacionar-se, sem isso não há existência.
Relacionamentos são desafios e responsabilidades, é o início da sociedade, da cultura, da civilização.
A civilização não é uma entidade independente de você, é o produto do relacionamento que você estabelece com as outras pessoas e com sua própria alma.
Se há iniquidade é porque você comunga com ela, se há beleza é porque você a produz em seus relacionamentos.
A civilização é o somatório de tudo que ocorre na intimidade dos relacionamentos humanos.
Aceite as consequências dos erros que você cometeu, mas não para sentir culpa esim para consertá-los o mais rapidamente possível. Sem ajustes tudo continuará descambando para o lado oposto do que todos buscavam.
Nada deve ser protelado, tudo deve ser enfrentado no exato momento em que acontecer. Dessa forma você evitará a acumulação de situações e sentimentos que, ao longo do tempo, fizeram você perder o fio da meada.
Justificar-se não é o mesmo que comunicar-se. Quando você usa o tempo para justificar suas atitudes, na verdade deixa de ouvir a crítica recebida, a qual, talvez, serviria para fazer ajustes e melhorar o caminho.
Comunicar-se não é o mesmo que comunicar. Quando você se comunica leva em conta que há outra pessoa à sua frente e se dispõe a ouvi-la. Quando vocêcomunica você torna irrelevante haver um ser humano à sua frente. Enorme é a diferença. Velhos vícios, terão que ser revistos.
Milagres acontecem, mas como as pessoas andam cínicas e céticas demais é provável que elas critiquem o que viria a salvá-las, inclusive. Fazer parte dessa chusma barulhenta não é necessário, só se você quiser.
Sua alma sente a proximidade de acontecimentos importantes e, por isso, assume o comando da situação. Logo as pessoas perceberão isso e criticarão suas atitudes de comando, achando que é apenas uma viagem de poder. Mantenha o foco, o que significa que você precisará de paciência com as pessoas que atrapalharem em vez de ajudar. Acontece que elas não conhecem seus planos e não têm como envolver-se com tanto ardor quanto você.
A maior responsabilidade de todas é a de preservar os relacionamentos em bom funcionamento, o que na prática significa que todas as pessoas envolvidas tenham lugar e vez para garantir suas satisfações. Mantenha com responsabilidade o seu foco deixando o lugar das satisfações das pessoas.
Perante a aventura a alma sente o mesmo  MEDO DE SEMPRE, aquele que alimenta TODAS AS DÚVIDAS. Que seria melhor fazer? Permanecer no suspense e protelar a ação ou seguir em frente e assumir a aventura?
A prosperidade é um ideal buscado por todos os seres humanos com um mínimo de juízo e garantido pelo céu, que acolhe todos os pedidos. Por que é tão difícil prosperar? Tenha certeza, isso é coisa dos humanos.
Preserve a abertura e flexibilidade de sua mente, porque a tendência de agora, é acontecer inúmeros assuntos que não poderiam ser administrados com a mesma atitude de sempre. A inovação se fará cada dia mais necessária.
Aceitar o que um dia foi inaceitável é um claro sinal de evolução. Observe como as coisas estão mudando irremediavelmente e, baseando-se nesse fato, permita que tudo flua com mais soltura e leveza, sem preocupações excessivas. Agora, é a hora dos ajustes.

Fonte desconhecida

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ARRISCAR É VIVER


Rir é arriscar-se a parecer louco.


Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.

Estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver.

Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.

Amar é arriscar-se a não ser amado.

Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.

Viver é arriscar-se a morrer.

Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.

Tentar é arriscar-se a falhar.

Mas… é preciso correr riscos.

Porque o maior azar da vida é não arriscar nada…

Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.

Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.

Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver…

Acorrentadas às suas atitudes, são escravas;

Abrem mão de sua liberdade.

Só a pessoa que se arrisca é livre…

“Arriscar-se é perder o pé por algum tempo

Não se arriscar é perder a vida…”



Pobre de espirito aquele que não se aventurar!!!

 
Desconheço autor.

USE A RAIVA A SEU FAVOR



Há saídas melhores que se vingar ou negar esse sentimento

A raiva é um sentimento poderoso. Quem nunca se viu lembrando de um episódio chato que aconteceu há muito tempo e sentindo a mesma raiva da pessoa e/ou situação como se aquilo tivesse acontecido cinco minutos atrás? De fato, dentre todos os sentimentos, a raiva e sua derivação mais perigosa, o ódio, são os que mais grudam em nossa memória, tamanho o impacto que provocam em nossas emoções. Repare que muitas vezes parece mais fácil se lembrar de algo que nos irritou e chateou do que de algo positivo de nossa história.
De fato, a raiva parece estar ligada a um aspecto da mente humana similar ao fogo: que de uma faiscazinha pode se expandir rapidamente com um poder devastador enorme e incontrolável. Quando se vê, tudo já virou cinza e pelo caminho acabam sendo destruídos objetos que nada tinham a ver com o problema inicial.

PRÓS E CONTRAS

Apesar desse aspecto destrutivo, a raiva é também um importante combustível da ação, pois nos faz reagir, retirando-nos da inércia para a tomada necessária de uma posição diante dos fatos desagradáveis. O poder mobilizador da raiva na dose adequada favorece várias situações que envolvem embates, como o esporte, por exemplo, uma vez que ativa o espírito de luta que mora em cada um de nós.
O problema, em geral, é a "turminha" que frequentemente acompanha a raiva: ira, ódio, mágoa, ressentimento, inveja, vingança, amargura, estagnação, obstinação... O fato é que a raiva é uma energia que precisa ser direcionada para algum lugar, dentro ou fora, e se não for bem orientada pode machucar a todos. A vingança, que pode parecer uma reação natural à raiva, é um paliativo que apenas pode trazer momentaneamente a sensação de alívio e dever cumprido, mas que no fim das contas gera mais dor, pois amarra o vingador ao vingado em um ciclo eterno de raiva, culpa e punição. Sempre que possível, devemos escolher fugir desse mecanismo que nos aprisiona em uma roda interminável.

DIRECIONANDO A RAIVA

Se ficar, o bicho come, e se correr, o bicho pega... Como fazer, então? Em primeiro lugar, é importante saber que não se deve negar a raiva. Se algo de ruim ocorre com nome e endereço sabidos, não adianta simplesmente agir como bonzinho, dizendo que está tudo bem. A raiva, quando não manifesta, prejudica quem a sente. Ou seja, é preciso direcionar a raiva para o lugar correto. Isso não significa vingança e sim assertividade. Dizer e fazer o que deve ser dito e feito. Uma conversa esclarecedora mostrando os pontos em que se sentiu desrespeitado geralmente é útil. Além disso, outro recurso é o da reflexão sobre os aprendizados que aquele sentimento trouxe. Pergunte-se coisas como:
  • De que modo você agiria no lugar da pessoa que lhe fez mal?
  • Você já cometeu erros desse tipo antes?
  • Acha que essa pessoa fez de caso pensado ou foi de maneira inconsciente?
  • Você vê arrependimento na pessoa?
  • O que a raiva lhe fez enxergar de novo?
  • Quais ações você gostaria de tomar daqui para frente em sua vida?
A dica é usar a raiva a seu favor e seguir mais forte, sempre.

Texto de Clarissa de Franco

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Autoconhecimento: Uma necessidade



O homem ao nascer tem a mente como uma história em quadrinhos em branco. Não possui referencial. Não sabe quem é. O que ele conhece, devido a laços sanguíneos é a mãe. Então ele passa a observar o ambiente a sua volta e, a partir disso, começa a se definir. Ele acredita que essa definição é a verdade, a unica verdade. E isso limita-o de diversas formas, pois a definição é uma limitação.

Esse comportamento é fortalecido pela sociedade, com suas cobranças, muitas vezes sutil. Existe uma mensagem cultural que praticamente exige que todos os indivíduos tenha atitudes iguais. Estude, trabalhe, case-se, tenha filhos, batize-os e por ai vai... Quem não consegue se encaixar nos padrões de 'normalidade' é duramente criticado.

Para livrar-se desse peso, só há uma saída: Autoconhecimento.

Como dizia Socrátes, filósofo grego: 'Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo.'

O autoconhecimento não é um trabalho fácil. Requer paciência, persistência. O indivíduo que busca esse caminho revê suas crenças, suas limitações, seus defeitos. E isso dói. Muitos tem a impressão de perder a própria identidade. No entanto, se faz necessário, destruir para reconstruir.

Quando o ser humano despertar para dentro de si, ele conseguirá enxergar a 'verdade'. Esse despertar preenche a alma. Nos tira da consciência do 'ter' e do 'fazer', que nos diz que só temos valor como indivíduos a partir do que temos ou do que fazemos, para a consciência do ser, que nos mostra que somos valiosos por 'sermos' humanos.

Texto: Manoela Souza

domingo, 5 de dezembro de 2010

O que pode me assustar quando deixo todas as coisas serem exatamente como são?




Que todas as coisas sejam exatamente como são.

Senhor, que eu não seja o Teu critico hoje e nem julgue contra Ti.

Que eu não tente interferir na Tua criação nem distorcê-la em formas doentias.

Que eu esteja disposto a retirar os meus desejos da Sua Unidade, deixando assim que ela seja tal como a criaste.

No amor fui criado e no amor permanecerei para sempre.

O que pode me assustar quando deixo todas as coisas serem exatamente como são?

Fonte: Um Curso em Milagres



Temos a tendência em acreditar que sabemos o que é melhor para nós, para os outros e para o mundo. No entanto, isso é uma pretensão.O único que tem esse discernimento é Deus. 
A aceitação não é acomodação. A aceitação é não brigar com a vida. É deixar que ela te guie.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A vida e suas lições

Aprender sempre algo novo com as próprias experiências é essencial para escolher o melhor caminho a ser percorrido.


Quantos ensinamentos ainda temos de aprender, não é mesmo? O mais interessante é que a maioria das lições de vida é muito simples. Nós é que complicamos a história. Sem saber o porquê, acabamos batendo a cabeça e sofrendo para entender o significado de algumas delas. Sim, somente a vivência é capaz de nos fazer enxergar o melhor caminho a ser explorado. Mas tudo bem, esse processo todo faz parte de uma trajetória rumo à nossa própria evolução.

Abaixo, estão relacionadas algumas dessas lições, compartilhadas por um autor desconhecido. Talvez você se reconheça em algumas delas. Talvez aprenda com outras... Enfim, ficam aí para você refletir ou se inspirar. Na melhor das hipóteses, você pode incorporá-las definitivamente na sua própria vida! Por que não?

“Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.
Aprendi que é bobagem demais fugir das próprias dificuldades. Mais cedo ou mais tarde, será preciso parar e tirar todas as pedras do caminho. Senão, jamais conseguiremos avançar.
Aprendi que é perda de tempo preocupar-se com fatos que, muitas vezes, só existem na nossa imaginação.
Aprendi que é necessário um dia cinzento de chuva para darmos valor ao sol. Porém, se ficarmos expostos muito tempo, o sol pode nos queimar.
Aprendi que heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis, mas aqueles que fizeram o que foi necessário e assumiram as conseqüências de todos os seus atos.
Aprendi que não importa em quantos pedaços meu coração está partido. O mundo não pára para que eu o conserte.
Aprendi que, em vez de ficar esperando alguém me trazer flores, é melhor eu plantar meu próprio jardim.
Aprendi que amar não significa transferir para as outras pessoas a responsabilidade de me fazerem feliz. Cabe a mim - apenas a mim - a tarefa de apostar nos meus próprios talentos e realizar todos os meus sonhos.
Aprendi que o que faz a diferença não é o que eu tenho na vida, mas quem eu tenho. E que boa família são os amigos que escolhi.
Aprendi que as pessoas mais queridas, às vezes, podem me ferir. E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria. Mas isso não significa que não me amem o suficiente. Talvez seja o máximo que conseguem. Isso é o que basta.
Aprendi que toda mudança inicia um ciclo de construção, desde que você não se esqueça de deixar a porta aberta.
Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás. Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.
O meu futuro ainda está por vir. Então, aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.”


Desconheço autor