Bom para os fabricantes de psicotrópicos usados no combate à depressão. Como ninguém é de ferro, um dia ou outro podemos estar depressivos, com o astral baixo. Isso é até um fator mobilizador e estimulador do nosso próprio crescimento. O sofrimento é um importante elemento para o nosso crescimento, para uns mais, para outros menos. Um alcoólatra ou drogado não sente impulso para abandonar o vício. É preciso que ele chegue ao fundo do poço para se ajudar e buscar ajuda. Só o aumento superlativo do sofrimento faz decidir parar o mau hábito.
Conforme vamos amadurecendo, menos importante são para nós o sofrimento, podendo prescindir dos sofrimentos aos poucos. Daí dizerem: “Pela dor ou pelo amor”. E como diz nosso iluminado Professor Hermógenes, “Só o sábio não sofre. Mas se é sábio é porque antes sofreu”.
A depressão é dor. O antídoto é amor.
Todos os grandes seres ensinaram e ensinam isso: Jesus Cristo, Sai baba, Buda, Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Martin Luter King, Chico Xavier, Hermógenes...
Alguém pode redargüir: Eu amo minha família, meus amigos, sou bom, amável e tenho depressão.
Se a depressão é um sobejo sofrimento, o amor também precisa sê-lo. Se a dor é grande, o remédio precisa ter tamanho equivalente. Não se combate câncer ou AIDS com aspirina. É preciso remédio de maior potência.
Sai Baba prega que cada um deve seguir a sua religião e praticar a essência de todas elas que é o amor. O mesmo pregou Cristo. A diversidade de religiões cristãs é coisa do homem, não de Cristo. E sua importância está em que somos diferentes. Daí religiões diferentes, mas iguais em essência. Macarronada e lasanha são pratos diferentes, mas é o mesmo trigo, têm o mesmo valor nutricional. Varia na forma, mas não na essência. Para que conflito na defesa de que lasanha é melhor que macarronada e vice-versa? Tolice, fanatismo, preconceito, egoísmo.
Diz Sai Baba que serviço ao homem é serviço a Deus, que a maneira de agradar Deus é agradar seus filhos. Então a base da mensagem de Sai Baba é Seva (sêva), que significa serviço em favor dos outros gratuitamente, também chamado de karma yoga (karma = ação; yoga= união - união do homem com Deus).
Fazer o bem aos outros é karma yoga. Mas isso não basta. É preciso um fator psicológico muito importante: não esperar nada em troca: aplausos, elogios, recompensas, admiração, promoção pessoal. Toda ação, ordinariamente, é movida pelo desejo. O desejo nos mobiliza e nos impele à ação. Tem o desejo, pois, um papel importante. Mas um dia precisaremos ir além dele, transcendê-lo.
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