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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SOMOS TODOS UM




Uma vez que voltamos ao nosso SER, então qualquer coisa que é criada não acontece somente de uma perspectiva de "o que Eu quero?" mas sim da pura Intenção. Não uma intenção individual, não uma intenção coletiva, mas A Intenção, 'the primal intention'. Não é uma intenção com uma escolha e alguém que escolhe. E a Energia Criativa Primaria que vem da Fonte.

Quando realmente retornamos à Fonte, a criação não está mais distorcendo a si mesma através dos nossos quereres e desejos. É quando estamos vendo, "O que É? É isso que eu quero. O que está acontecendo realmente? É isso o que eu desejo" E Eu não estou mais interessado em criar nada, porque eu percebo/realizo que tudo, do jeito que é, é o que eu sempre quiz que fosse. Sempre foi minha intenção; Eu só não sabia. Eu não queria realmente manifestar minha intenção individual, Eu queria entrar na pureza da própria intenção.

Esta percepção/entendimento não apaga dualidade; ela libera dualidade. Quando entramos na Verdade fundamental, então nossos pensamentos, sentimentos, e ações vêm desta auto-realização/entendimento. Neste momento, não tem senso em escolher ou não escolher. Existe apenas o assistir. Quando a Verdade é consciente em vez de inconsciente, ela vem e manifesta puramente - sem desejo para tanto.

Você me criou para lembrá-lo disto. Nós todos criamos exatamente o que precisamos. Quando não estamos suficientemente conscientes, quando nossa auto-imagem (a idéia que fazemos de nós mesmos) não é grande o suficiente para nos permitir termos a sabedoria de que Somos, para deixar entrar a Divindade que Somos, deixar entrar a 'natureza Budha' que Somos, vamos então projetar isso tudo em algum outro lugar. Talvez a gente crie esse cara chamado Adya. Então nós começaremos um relacionamento, e através desse relacionamento nós começaremos a perceber, "Esse É quem Eu Sou - Adya não é realmente Adya e Eu não sou realmente Eu."
É um processo circular. Eu amo esta Verdade tanto - e com isso eu quero dizer Amor Próprio (self-love) no seu maior sentido - de que Eu criei Você, e através das suas perguntas, que sou realmente eu perguntando, Eu tenho a chance de dizer a mim mesmo as respostas. Tenho a chance de mostrar Quem Eu Sou e O que Eu Sei pra mim mesmo. Mas é na verdade Um Ser: Eu não estou preso sendo Adya. Você não está preso sendo você. Nós estamos presos sendo Isso.

E a gente percebe que não tem importância de que lado a gente está. Estamos, ou procurando pelo nosso próprio Ser com a ajuda da criação de alguém que chamamos 'outro'; ou estamos apenas no prazer de revelar o nosso próprio Ser a nós mesmos sem parar. Quanto mais percebemos que é Tudo Um, mais percebemos que, "Sabe o que?! estamos realmente nos divertindo!"

Fonte: Adyashanti 

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