Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Esquecemos da linguagem do relaxamento

Toda a sociedade humana tem vivido sob um tipo de insanidade. É por isso que é tão difícil viver em estado de deixar fluir — porque isso tem sido condenado como se fosse indolência. Vai contra a sociedade obcecada pelo trabalho.

Deixar fluir significa que você começa a viver de uma maneira mais sã. Você não corre loucamente atrás do dinheiro, não trabalha constantemente; trabalha apenas por suas necessidades materiais.

Mas existem necessidades espirituais também! O trabalho é uma exigência para as necessidades materiais; deixar fluir é uma exigência para as necessidades espirituais. Porém, a maioria da humanidade tem sido boicotada de qualquer crescimento espiritual.

Deixar fluir é um dos espaços mais belos. Você simplesmente existe, sem fazer nada, apenas se senta silenciosamente, e a grama cresce por si mesma. Você simplesmente desfruta a canção dos pássaros, o verde das árvores, as cores psicodélicas e multidimensionais das flores.

Você não tem de fazer nada para experimentar a existência; você tem de parar de fazer. Você tem de estar em um estado absolutamente desocupado, sem tensões, sem preocupações.

Nesse estado de tranquilidade você entra em um estado de sintonia com a música que o cerca. Você subitamente se torna consciente da beleza do sol. Existem milhões de pessoas que nunca desfrutaram um pôr-do-sol, que nunca desfrutaram um alvorecer.

Elas não podem se dar ao luxo. Estão continuamente trabalhando e produzindo, não para si mesmas, mas para os astutos poderes dominantes, para os que estão no poder, aqueles que são capazes de manipular seres humanos.

Naturalmente eles lhe ensinam que o trabalho é algo nobre — é o interesse deles. E o condicionamento tornou-se tão profundo que nem mesmo você sabe por que não relaxa. As pessoas se esqueceram completamente da linguagem do relaxamento.

Elas foram produzidas para esquecer.

Osho, em "Dinheiro, Trabalho, Espiritualidade"



Precisamos mudar a forma de encarar o trabalho. Ele é importante sim. Desenvolve nossas capacidades, mas deve haver um equilibro entre o "fazer" e o "não fazer nada". O nosso ego está constante arrumando formas de nos manter ocupados, seja através do trabalho, seja através de outras atividades ou distrações, ele não consegue ficar parado. E se está parado liga a tv. Ele tem medo de que você se conheça. Isso é uma ameaça para ele. Para se conhecer é preciso silêncio, quietude e observação. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar.