Pequenez versus magnitude
Não te contentes com a pequenez. Mas estejas certo de compreender o que ela é e por que nunca poderias te contentar com ela. A pequenez é o oferecimento que fazes a ti mesmo. Tu a ofereces no lugar da magnitude e a aceitas. Tudo nesse mundo é pequeno porque é um mundo feito de pequenez na estranha crença em que ela pode contentar-te. Quando lutas por qualquer coisa nesse mundo acreditando que tal coisa te trará paz, estás te diminuindo e cegando a ti mesmo para a glória. A pequenez e a glória são escolhas disponíveis para os teus esforços e a tua vigilância. Tu sempre escolherás uma às custa da outra.
Entretanto, o que não reconheces a cada vez que escolhes é que a tua escolha representa uma avaliação de ti mesmo. Escolhe a pequenez e não terás paz, pois terás julgado a ti mesmo como indigno dela. E seja o que for que ofereças a ti mesmo para substituí-la, é uma dádiva muito pobre para satisfazer-te. É essencial que aceites o fato, e que o aceites com contentamento, de que não existe forma alguma de pequenez que possa jamais contentar-te. És livre para tentares quantas desejares, mas tudo o que estarás fazendo será adiar a tua volta ao lar. Pois só ficarás contente na magnitude, que é o teu lar.
Há uma profunda responsabilidade que deves a ti mesmo e que deves aprender a lembrar todo o tempo. Inicialmente, a lição pode parecer dura, mas aprenderás a amá-la quando reconheceres que é verdadeira e não é senão um tributo ao teu poder. Tu, que buscaste e achaste a pequenez, lembra-te disso: toda decisão que tomas brota só do que pensas que és e representa o valor que dás a ti mesmo. Acredita que o pequeno pode contentar-te e, por estares te limitando, não te satisfarás. Pois a tua função não é pequena e só achando-a e cumprindo-a podes escapar da pequenez.
Não há dúvida acerca de qual é a tua função, pois o Espírito Santo sabe qual é. Não há dúvida acerca da magnitude da tua função, pois ela te alcança através Dele a partir da Magnitude. Não tens que te esforçar por ela, porque a tens. Todo o seu esforço deve ser dirigido contra a pequenez, pois proteger a tua magnitude nesse mundo, de fato, requer vigilância. Manter a tua magnitude em perfeita consciência nesse mundo feito de pequenez é uma tarefa que os pequenos não podem empreender. No entanto, ela te é pedida em tributo à tua magnitude e não à tua pequenez. Nem é pedida a ti sozinho. O poder de Deus apoiará todo esforço que fizeres a favor do Seu Filho querido. Procura o pequeno e negarás a ti mesmo o poder de Deus. Não é Vontade de Deus que o Seu Filho se contente com menos do que tudo. Pois ele não se contenta sem o Seu Filho e o Filho não pode se contentar com menos do que o Pai lhe deu.
Anteriormente eu te perguntei: “Queres ser refém do ego ou anfitrião de Deus?” Permite que essa pergunta te seja feita pelo Espírito Santo todas as vezes que tomas uma decisão. Pois toda decisão que tomas responde a essa pergunta e convida ou a alegria ou a tristeza correspondentemente. Quando Deus Se deu a ti na tua criação, te estabeleceu como Seu anfitrião para sempre. Ele não te deixou e tu não O deixaste. Todas a tuas tentativas de negar a Sua magnitude e fazer do Seu Filho refém do ego não podem tornar pequeno aquele que Deus uniu a Si Mesmo. Toda decisão que tomas é pelo Céu ou pelo inferno e te traz a consciência daquilo a favor do qual te decidiste.
O Espírito Santo pode manter a tua magnitude limpa de toda pequenez de forma clara e em perfeita segurança na tua mente, intocada por qualquer pequena dádiva que o mundo da pequenez queira te oferecer. Mas para tanto, não podes te alinhar contra Ele no que é Sua Vontade para ti. Decide-te por Deus através Dele. Pois a pequenez e a crença em que podes te contentar com ela são decisões que tomas acerca de ti mesmo. O poder e a glória que vêm de Deus e estão em ti são para todos aqueles que, como tu, se percebem pequenos e acreditam que a pequenez possa se inflar e vir a ser um senso de magnitude capaz de contentá-los. Nunca dês a pequenez e nem a aceites. Toda honra é devida ao anfitrião de Deus. A tua pequenez te engana, mas a magnitude pertence a Ele, Que habita em ti e em Quem habitas. Então, não toques ninguém com a pequenez em Nome de Cristo, eterno Anfitrião para com o Seu Pai.
É nossa tarefa conjunta restaurar a consciência da magnitude para o anfitrião que Deus indicou para Si mesmo. Dar a dádiva de Deus está além de toda tua pequenez, mas não além de ti. Pois Deus quer Se dar através de ti. Ele alcança a todos a partir de ti e além de todos às criações do Filho de Deus, mas sem deixá-lo. Muito além do teu pequeno mundo, mas ainda assim em ti, Ele Se estende para sempre. No entanto, traz todas as Suas extensões a ti, como anfitrião para com Ele.
É um sacrifício deixar para trás a pequenez e não vagar em vão? Não é um sacrifício despertar para a glória. Mas é um sacrifício aceitar qualquer coisa menor do que a glória. Aprende que tens que ser digno do Príncipe da Paz, nascido em ti em honra Daquele Cujo anfitrião tu és. Não conheces o que o amor significa porque buscaste adquiri-lo com pequenas dádivas, assim valorizando-o muito pouco para compreenderes a sua magnitude. O amor não é pequeno e o amor habita em ti, pois és o Seu anfitrião. Diante da grandeza que vive em ti, a tua pobre apreciação de ti mesmo e todos os pequenos oferecimentos que fazes deslizam para o nada.
Santa criança de Deus, quando aprenderás que só a santidade pode contentar-te e dar-te paz? Lembra-te de que não aprendes só para ti mesmo, assim como eu também não o fiz. Porque eu aprendi por ti, podes aprender de mim. Eu quero apenas te ensinar o que é teu, de modo que juntos nós possamos substituir a pobre pequenez que prende o anfitrião de Deus à culpa e à fraqueza pela alegre consciência da glória que está nele. Meu nascimento em ti é o teu despertar para a grandeza. Dá boas-vindas a mim, não em uma manjedoura, mas no altar à santidade, onde a santidade habita em perfeita paz. O meu Reino não é desse mundo porque é em ti. E tu és do teu Pai. Vamos nos unir em tua honra, pois tens que permanecer para sempre além da pequenez.
Decide comigo, que me decidi por habitar contigo. A minha vontade é a Vontade de meu Pai, tendo o conhecimento de que a Sua Vontade é constante e está para sempre em paz com ela mesma. Nada te contentará a não ser a Sua Vontade. Não aceites menos, lembrando-te de que tudo o que eu aprendi é teu. O que meu Pai ama, eu amo como ele e eu não posso aceitar-te como não és, assim como Ele também não pode. E assim como tu também não podes. Quando tiveres aprendido a aceitar o que és, não mais farás dádivas para oferecer a ti mesmo, pois terás o conhecimento de que és completo, sem necessidade alguma e incapaz de aceitar qualquer coisa para ti mesmo. Mas darás alegremente, tendo recebido. O anfitrião de Deus não precisa buscar para achar coisa alguma.
Em todas as pessoas invoques somente a lembrança de Deus e do Céu, que está nelas. Pois onde gostarias que o teu irmão estivesse, lá pensarás que estás. Não ouças o seu apelo ao inferno e à pequenez, mas só o seu chamado ao Céu e à grandeza. Não te esqueças de que o seu chamado é o teu e responde-lhe comigo. O poder de Deus está para sempre ao lado do Seu anfitrião, pois só protege a paz na qual Ele habita. Não coloques a pequenez diante do altar santo de Deus, que se ergue acima das estrelas e alcança até mesmo o Céu, devido ao que é dado a ele.
Fonte: UM CURSO EM MILAGRES
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