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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Você sabe dizer NÃO?

Aprendendo a dizer não

Tenho inúmeros pacientes cuja pressão elevada, insônia, compulsão alimentar ou obesidade foram causados pela incapacidade de dizer NÃO. Eles saem pela rua colocando sobre as costas toda e qualquer carga de responsabilidade que encontram pela frente. No final do dia, estão piores que o último bagaço de laranja do Ceasa, e ainda recebem críticas porque estão deixando o serviço atrasar…

O problema é que não recebemos treinamento específico para isso. As empresas, as universidades, os cursos pré-nupciais, em toda parte onde se ensina a fazer alguma coisa, ninguém ensina como NÃO fazer. Contudo, existem ocasiões em que você simplesmente já tem tarefas demais, e ser capaz de dizer NÃO pode ser a única forma de manter a sanidade física e mental. Como resolver o problema?

Se você vive reclamando de desgaste e sobrecarga de trabalho, e só agora percebeu que é mais uma vítima dos que não sabem dizer NÃO, recomendo o seguinte: faça uma lista das situações em que você gostaria de dizer NÃO, mas não foi capaz de abandonar o SIM. E escolha uma desculpa de acordo com sua personalidade, a partir da lista abaixo:

O EXECUTIVO
Ele diz NÃO escapando pelo excesso de coisas por fazer: “O problema é que estou envolvido em outros projetos até 2096…” ou então “No momento (leia-se: até o dia em que você parar de pedir) não acredito que seja possível encaixar mais nada na agenda…”. Alguns ainda fecham com chave de ouro, tirando da pasta todo seu grau de excelência, dizendo “E além de tudo, tenho de manter aquela qualidade que você já conhece.”

O RELAÇÕES-PÚBLICAS
De repente o sujeito é seu amigo, mas ainda assim… “Rapaz, prefiro recusar agora a fazer um serviço ruim e lhe prejudicar”. Ou “Até gostaria, o problema é que estou atolado em outro trabalho, sem tempo para nada”. Porém, um verdadeiro Relações-Públicas sempre dará um jeito de emendar a recusa com algo como: “Mas posso indicar alguém para ajudar se você quiser”. E lhe encaminhará para um Executivo. Ou um Pobre-Coitado.

O POBRE-COITADO
Balance a cabeça de modo tristonho enquanto repete “Olha, infelizmente não me acho a pessoa mais indicada para esse serviço”, “Não tenho muita experiência no assunto” ou “Não é o meu forte”. Mas atenção: evite emendar as 3 desculpas em uma mesma frase. Não gaste de uma vez todos os seus trunfos! Dê respostas diferentes para cada vez que o outro insistir.

Se preferir, recuse fazendo uma massagem estilo drenagem linfática no Ego do outro (“Tenho certeza de que você é capaz de fazer isso pelo menos 10.000 vezes melhor do que eu!”) ou chore um lamento hipocondríaco tipo “O médico recomendou que reservasse um tempo livre para cuidar da saúde, dedicar à família, descobrir meu verdadeiro eu, sabe como é…”.

Até eu fiquei com pena.

O PRÁTICO
Algumas vezes, um simples e curto “NÃO” é suficiente. Os especialistas em Recursos Humanos recomendam que você faça isso de modo claro, firme porém cortês, deixando todas as portas abertas para um bom relacionamento no futuro. Depois, monte um curso bem caro para contar como foi que você conseguiu um milagre desses.
Texto de Dr. Alessandro Loiola
Quando nos anulamos para fazer o papel de bonzinho para o outro sempre vamos colher o que não queremos.
Quando temos esse comportamento estamos dizendo ao Universo que o outro é melhor do que nós.
Não estou aqui dizendo que não devemos ajudar ao próximo. Podemos sim, quando sentirmos vontade, com o coração. Não por manipulação dos outros, nem para preservar a nossa imagem. Deus sabe o que está no íntimo de cada um. O Universo não aceita barganha. Você não conseguirá jamais enganar a Deus. Ele conhece o que se passa nos seus pesamentos e sentimentos. Como já disse anteriormente, Deus habita em você. Portanto, sendo sinceros, só temos a ganhar.
Praticar dizer o que sentimos, quando sentimos, é honrar a nós mesmo. É isso o que a nossa alma espera de nós.

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