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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

As faces do medo

Segundo o dicionário Aurélio, medo é um sentimento de viva inquietação ante a noção de perigo real ou imaginário, de ameaça.
Mas tudo começa bem antes do nascimento.
Vem como escolha no pacote do projeto reencarnatório.
Escolhemos quais os medos enfrentaremos ao atravessar a vida atual.
Descrevo abaixo alguns deles que compreendem uma boa parte de nossas inseguranças.

Primeiro

O medo da INCOMPETÊNCIA. É aquela pessoa que trabalha muito, de uma forma abnegada e permanece, modestamente, no segundo plano.
Ela nega as próprias necessidades e dá muita importância às dos outros.
É agradável e não cria problemas.
Sempre admite que os outros são melhores e foge das situações em que se espera algo dela.
Quando solicitada, comporta-se com humildade, numa atitude de submissão enraizada no medo.
A modéstia se manifesta como perfeccionismo ou auto-humilhação.
No fundo ela tende a negar sua força, seus talentos, sua capacidade de amar, mas também negará a sua raiva, o seu ódio por todos aqueles que são melhores, mais bonitos ou mais inteligentes do que ela.
Este medo decorre das experiências em infância e juventude, no auge de sua afirmação pessoal, onde teve que enfrentar a rejeição dos pais e professores, deixando-a confusa entre a sua afirmação pessoal e a aprovação dos outros.

Segundo

O segundo medo é o da VIVACIDADE ou de perder o controle do que parece importante, necessário e imprescindível à vida.
Como conseqüência, ela tenta destruir a realidade, eliminá-la ou apagá-la.
Tenta não deixar a própria alegria de viver transbordar, por ser ameaçador demais.
Foi, possivelmente, uma criança ensinada pelos pais a não esperar nada da vida e que precisa se preparar para os infortúnios que virão.
Essa pessoa poderá virar-se contra o prazer vivido em seu próprio corpo tornando-o doente.
Ela se auto-sabota. Medicamentos, drogas, álcool, são alguns dos métodos para impedir a vida fluir.
Mas pode também virar esse boicote para fora, tornando-se um desmancha-prazeres, pessimista, intrigante, etc.

Terceiro

O terceiro medo é o da INUTILIDADE.

Este medo torna a pessoa um verdadeiro mártir.

Foi, provavelmente, uma criança rejeitada e abandonada.
Não foi suficientemente amada e por isso carrega a sensação de não ser digna de amor.
Atribui a si mesma a culpa de todos os acontecimentos ruins.
Ela chantageia a todos à sua volta e busca a sua satisfação pessoal no fato de não se defender.
Busca através do martírio, gratidão, atenção, admiração e amor.

Quarto

O quarto é o medo da INCONSTÂNCIA.
Traduzindo, é o medo da mudança.
O que não se conhece muitas vezes passa a ser assustador.
Quando a mudança torna-se inevitável, a pessoa parte para obstinação.
Depois de tomar uma decisão há tempo necessária, o obstinado sente-se mais animado.
E ele sofre porque parte da idéia que ele pode, sozinho, modelar a sua vida.
Fica preso entre o desejo pelo velho e o anseio pelo novo.
Na infância não deve ter podido demonstrar uma teimosia saudável.
Isso impediu o desenvolvimento de sua vontade e, na fase adulta, insiste obstinadamente em fazer as coisas que quer.
Muitas crianças são deixadas repentinamente com outras pessoas, o que faz com esse adulto reaja mal às mudanças bruscas e às situações as quais não consegue controlar.
Isso pode fazê-lo cair numa depressão.

Quinto

O quinto medo é o da CARÊNCIA.
Traz como conseqüência a ansiedade.
É ela que faz com que a pessoa use toda a sua energia para obter o que presumidamente lhe falta conquistar.
Muitas vezes, uma criança não é alimentada devidamente o que pode levá-la a comer demais e armazenar mais do que pode digerir.
Mas somente irá se liberar da ansiedade quando perceber do que sente falta e do que tem medo de não ter.

Sexto

O sexto medo é o de SOFRER ou de ser FERIDO.
E é aí que o orgulho aparece.
A pessoa acredita que só pode conquistar o amor ao se apresentar para o próximo como alguém que sabe mais, que pode mais e que tem acesso aos segredos que estão ocultos aos demais.
Um desses segredos é ele próprio.
A pessoa orgulhosa é, na verdade, vulnerável, sensível, e tão facilmente ofendida em sua auto-estima que acredita que só poderá sobreviver se erguer um muro de proteção da proximidade dos outros.
Foi uma criança desvalorizada e humilhada em seus esforços de agradar e ser aceita.
Acha insuportável quando o seu valor é posto em discussão.
Vive menosprezando a todos como forma de proteger o seu ego.
Esse orgulho pode se apresentar de duas formas: uma extremamente arrogante e crítica e a outra silenciosa com timidez e inibição, como se protegesse a sua própria grandeza do assédio dos demais.

Sétimo

O sétimo é o da NEGLIGÊNCIA.
Sua face se mostra pela impaciência.
Ele sofre por não conseguir parar.
Não se alegra com o que já obteve.
É a criança que, possivelmente, teve dificuldades ao nascer e nos primeiros anos de vida, podendo ter tido risco de morte.
É o medo da morte prematura fazendo com que o adulto esteja sempre com uma inquietação existencial.

Concluindo

Nossos medos precisam ser reconhecidos como uma planilha de tarefas a cumprir.
Cada um deles cumpre o seu objetivo para desenvolver o nosso projeto de reencarne.
Como esse projeto não é submetido à apreciação de ninguém, portanto, é de nossa responsabilidade.
Vamos integrar esses medos e viver com mais espontaneidade.
Olhemos no espelho e façamos a pergunta: “Do que tenho medo e por quê?”
Autor desconhecido.

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