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quarta-feira, 30 de junho de 2010
EFT - Técnicas de Liberação Emocional
http://www.4shared.com/get/fTKFswhK/EFT_-_O_Manual_-_Tecnicas_de_L.html
terça-feira, 29 de junho de 2010
Bloqueios que impedem a prosperidade
Existem vários métodos que podemos aprender em vários setores da mente, que devem ser analisados um a um. Pessoalmente gosto de começar com uma limpeza emocional. Antes de mais nada o perdão. Não para beneficiar o agressor, mas para retirar o peso da raiva, ressentimento, tristeza e culpa.
Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima e definitivamente.
Agradeço de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalizador do entusiasmo, prosperidade e auto-realização . Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador, eterno, infinito e indescritível que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Não quero saber...
Você evita pensar ou falar sobre o que sente ou convive com alguém assim?
É muito comum as pessoas não desejarem saber sobre alguns fatos que estão bem diante delas. Estamos habituados com frases feitas como: "o que os olhos não vêem o coração não sente", ou "pensar dói", "não quero nem saber...", "vamos colocar panos quentes" ou ainda, a crença que devemos colocar para debaixo do tapete situações ou atitudes das quais não concordamos ou que nos machucam e por isso mesmo, tendemos a fugir, negando o que é óbvio. Mas quais as conseqüências disso?
Muitas! Em algum momento aquilo que, até então, estava escondido pode se manifestar de alguma forma, seja por um sintoma, doença, acidente, angústia, insegurança, tristeza, culpa, arrependimento, entre outros; e muitas vezes sequer relacionamos o fato a situações mal resolvidas e acumuladas ao longo do tempo. Isso acontece porque ainda que nossa consciência queira negar, tudo é registrado pelo inconsciente. Ou seja, uma situação não deixa de existir apenas porque a negamos. Quando evitamos a verdade, estamos omitindo de nós mesmos o que sentimos e nos negando a possibilidade de evitar conflitos futuros. Que com certeza irão existir.
Em algumas situações, pode até ser mais prudente adiar a conversa sobre o que aconteceu e como nos sentimos, mas isso não significa deixar pra lá, como muitas pessoas preferem. Em algum momento de nossa vida, o deixar pra lá vai ressurgir e em geral, de maneira muito mais intensa, pois irá se somar a muitas outras situações que também foram deixadas pra lá. É a famosa última gota que faz tudo transbordar! Transborda a paciência, tolerância, a raiva, o ressentimento, as mágoas, podendo comprometer a amizade, admiração, e até o amor!
Quando somos acusados injustamente por algo que não fizemos, é natural que tentemos nos defender, mas nem sempre fazemos isso, pelos mais diferentes motivos. Alguns alegam que é para evitar brigas, outros sentem dificuldade em demonstrar o que sentem diante de alguma situação, outros ainda querem tanto agradar que nem pensam na possibilidade de dizer o que pensam, enfim, no fundo queremos poupar o outro em detrimento de nosso próprio sofrimento. É justo?
Não quero defender a idéia de que devemos brigar por tudo, mas saber impor limites e nos fazer respeitar quando alguém nos invade, nos machuca, deve ser entendido como saudável e não como mais fonte de brigas. Se a briga acontece porque você demonstrou que não gostou de uma acusação, uma palavra ou gesto que te ofenderam, na verdade está lidando com uma pessoa imatura e que não suporta ser contrariada.
Já percebeu que algumas pessoas têm a necessidade de inferiorizar o outro com brincadeiras inadequadas e desagradáveis? Sabe por qual motivo agem assim? Em geral, para sentirem-se superiores. É certo com você mesmo agir como se nada houvesse acontecido?
E nos relacionamentos afetivos? Quantas pessoas não sabem nada da vida do outro? A parte financeira é algo sigiloso até entre os casais. E sabe o que aconteceu com um casal que conheço? O marido veio a falecer num acidente e a esposa ficou totalmente perdida e sem nenhum recurso financeiro, pois nada sabia sobre isso. Quantas histórias você conhece que aconteceu isso? Se não conhece, saiba que é muito freqüente.
Outra situação muito comum é de pessoas que buscam sempre agradar ao outro e cedem em tudo, deixam que o outro escolha a comida, onde viajar, o filme que irão assistir, e assim, com o tempo acabam se tornando desconhecidas de si mesmas, sem saber mais o que gostam. E não é surpresa se o outro deixar de ter a admiração e atração que tinha por você. Afinal, onde está aquela pessoa por quem um dia se apaixonou se ela se tornou uma extensão dele? Atendi um senhor em meu consultório que durante as férias sua esposa e os filhos foram viajar e ele ficou. Numa noite foi até a pizzaria e não sabia qual o sabor da pizza escolher, pois sempre deixava que esposa e os filhos decidissem. Inconformado, voltou para seu carro e decidiu que não voltaria para casa sem escolher aquilo que queria comer. Demorou quase uma hora, mas conseguiu ouvir a si mesmo e fazer sua escolha. Depois disso, sempre que vão comprar pizza ele pede que ao menos dois pedaços sejam com seu recheio preferido. Parece brincadeira, mas isso mostra o quanto nos perdemos até para fazermos escolhas tão simples como uma pizza, quem dirá para outras coisas.
Sim, é importante cada um ceder em algumas situações, mas isso não quer dizer fazer o que agrada apenas para um. Relacionamento é troca, em todos os sentidos. E aquelas pessoas que estão sempre fugindo de uma conversa mais séria, evitam falar o que não gostaram para não machucar o outro ou evitar maiores aborrecimentos, devem pensar no quanto já estão machucadas, o quanto estão permitindo serem desrespeitadas, talvez até porque nunca aprenderam a se respeitar. Pense sobre isso. Não coloque o que sente para debaixo do tapete, pois poderá chegar um momento em que terá tanta sujeira, que você não conseguirá sequer mais enxergar o outro à sua frente, e sequer a si mesmo. Converse, converse muito sobre tudo, afinal, o diálogo é o que nos faz seres humanos e nos aproxima de quem tanto amamos.
Rosemeire Zago é psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática.
domingo, 27 de junho de 2010
O Amor de Deus é o meu sustento.
Todas estas coisas são os teus substitutos para o Amor de Deus. Todas estas coisas são apreciadas para assegurar uma identificação com o corpo. São cantos de louvor ao ego; Não ponhas tua fé no que não tem valor. Isso não vai sustentar-te.
Só o Amor de Deus te protegerá em todas as circunstâncias. Ele elevar-te-á fazendo com que saias de todas as provações, e erguer-te-á para o alto, acima de todos os perigos percebidos neste mundo, até um clima de perfeita paz e segurança. Ele transportar-te-á a um estado mental em que nada pode ameaçar, nada pode perturbar e onde nada pode interferir na calma eterna do Filho de Deus.
Não ponhas a tua fé em ilusões. Elas falharão. Põe toda a tua fé no Amor de Deus dentro de ti, eterno, imutável e para sempre infalível. Essa é a resposta para o que quer que seja que te confronte hoje. Através do Amor de Deus dentro de ti podes resolver todas as aparentes dificuldades sem esforço e com confiança segura. Diz isso a ti mesmo frequentemente, hoje. É uma declaração de libertação da tua crença em ídolos. É o teu reconhecimento da verdade sobre ti mesmo.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Ego, o falso centro
Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu
próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna
consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora.
O nascimento é isso.
Nascimento significa vir a este mundo, o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce neste mundo. Ela abre seus olhos, vê os outros.
O "outro" significa o tu.
Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Este também é o outro, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo.
É desta maneira que a criança cresce.
Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, tu, ela se torna consciente de si mesma.
Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que esta pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se ela aprecia a criança, se diz: "Você é bonita",
se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma.
Agora um ego está nascendo.
Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo.
Mas esse centro é um centro refletido. Ela não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito.
E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida; sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é o ego. Isso também é um reflexo.
Primeiro a mãe - e mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas.
O ego é um fenômeno acumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma
criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não.
O verdadeiro pode ser conhecido somente através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ela é uma disciplina. O verdadeiro pode ser conhecido somente através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro.
Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.
O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A
sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia.
Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá para a escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estão adicionando algo ao seu ego, e todos estão tentando modificá-lo, de tal forma que você não se torne um problema para a sociedade.
Elas não estão interessados em você.
Eles estão interessados na sociedade.
A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Elas não estão interessados no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão.
Assim, estão tentando dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade.
Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajustará à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro.
É por isso que colocamos os criminosos nas prisões - não que eles tenham feito alguma coisa errada, não que ao colocá-los nas prisões iremos melhorá-los, não. Eles simplesmente não se ajustam. Eles criam problemas. Eles têm certos tipos de egos que a sociedade não aprova. Se a sociedade aprova, tudo está bem.
Um homem mata alguém - ele é um assassino.
E o mesmo homem , durante a guerra, mata milhares - e torna-se um grande herói. A sociedade não está preocupada com o homicídio, mas o homicídio deveria ser praticado para a sociedade - então tudo está bem. A sociedade não se preocupa com moralidade.
Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade.
Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda.
Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente.
A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes .
A sociedade não está interessada no fato de que você deveria chegar ao auto-conhecimento.
A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o eu - não é possível.
E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela sociedade.
Uma criança volta para casa - se ela foi o primeiro aluno de sua classe, a família inteira fica feliz. Você a abraça e a beija, e você coloca a criança no colo e começa a dançar e diz: "Que linda criança! Você é um motivo de orgulho para nós." Você está dando um ego a ela. Um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, um fiasco - ela não pode passar, ou ela tirou o último lugar - então ninguém a aprecia e a criança sente-se rejeitada.
Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado.
O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. É por isso que você está continuamente pedindo atenção.
Você obtém dos outros a idéia de quem você é.
Não é uma experiência direta.
É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro.
Esse centro é falso, porque você contém o seu centro verdadeiro.
Este, não é da conta de ninguém.
Ninguém o modela, você vem com ele. Você nasce com ele.
Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Este é o eu. E o outro centro, que lhe é dado pela sociedade - o ego. Ele é algo falso - e é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente então a sociedade o aprecia.
Você tem que caminhar de uma certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código.
Somente então a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, quem você é.
Os outros deram-lhe a idéia.
Essa idéia é o ego.
Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a menos que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o eu.
E lembre-se, vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará despedaçado, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo, quando todos os limites se dissolverão.
Você estará simplesmente confuso, um caos.
Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim.
Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro.
E se você for ousado, o período será curto.
Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas.
Ouvi dizer:
Uma criancinha estava visitando seus avós. Ela tinha apenas quatro anos de idade. De noite, quando a avó a estava fazendo dormir, ela de repente começou a chorar e a gritar: "Eu quero ir para casa. Estou com medo do escuro."
Mas a avó disse: "Eu sei muito bem que em sua casa você também dorme no escuro; eu nunca vi a luz acesa: Então por que você está com medo aqui?"
O menino disse: "Sim, é verdade - mas aquela é a minha escuridão. Esta escuridão é completamente desconhecida."
Até mesmo com a escuridão você sente: "Esta é minha."
Do lado de fora - uma escuridão desconhecida.
Com o ego você sente: "Esta é a minha escuridão."
Pode ser problemática, pode criar muitos tormentos, mas ainda assim, é minha.
Alguma coisa em que se segurar, alguma coisa em que se agarrar, alguma coisa sob os pés; você não está em um vácuo, não está em um vazio. Você pode ser infeliz, mas pelo menos você é.
Até mesmo o ser infeliz lhe dá ma sensação de "eu sou". Afastando-se disso, o medo toma conta; você começa a sentir medo da escuridão desconhecida e do caos - porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte do seu ser...
É o mesmo que penetrar em uma floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca - a floresta, a selva. Aqui tudo está bem; você planejou tudo. Foi assim que aconteceu.
A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente e cercou-a. Tudo está bem ali.
Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que você possa se sentir em casa ali.
E então você passa a sentir medo.
Além da cerca existe perigo.
Além da cerca você é, tal como dentro da cerca você é - e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está oculto.
Precisamos ser ousados, corajosos.
Precisamos dar um passo para o desconhecido.
Por um certo tempo, todos os limites ficarão perdidos.
Por um certo tempo, você vai sentir-se atordoado.
Por um certo tempo, você vai sentir-se muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.
Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas.
Esta é a sua alma, o eu.
Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem.
Mas esta não é a ordem da sociedade - é a própria ordem da existência.
É o que Buda chama de Dhamma, Lao Tzu chama de Tao, Heráclito chama de Logos.
Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência. Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas.
A diferença é a mesma que existe entre uma flor verdadeira e uma flor de plástico ou de papel. O ego é uma flor de plástico, morta. Não é uma flor, apenas parece com uma flor. Até mesmo lingüisticamente, chamá-la de flor está errado, porque uma flor é algo que floresce. E essa coisa de plástico é apenas uma coisa e não um florescer. Ela está morta. Não há vida nela.
Você tem um centro que floresce dentro de você. Por isso os hindus o chamam de lótus - é um florescer. Chamam-no de o lótus das mil pétalas. Mil significa infinitas pétalas. O centro floresce continuamente, nunca para, nunca morre.
Mas você está satisfeito com um ego de plástico.
Existem algumas razões para que você esteja satisfeito. Com uma coisa morta, existem muitas vantagens. Uma é que a coisa morta nunca morre. Não pode - nunca esteve viva. Assim você pode ter flores de plástico, e de certa forma elas são boas. Elas são permanentes; não são eternas mas são permanentes.
A flor verdadeira, a flor que está lá fora no jardim, é eterna, mas não é permanente. E o eterno tem uma maneira própria de ser eterno. A maneira do eterno é nascer muitas e muitas vezes... e morrer. Através da morte, o eterno se renova, rejuvenesce.
Para nós, parece que a flor morreu - ela nunca morre.
Ela simplesmente troca de corpo, assim está sempre fresca.
Ela deixa o velho corpo e entra em um novo corpo. Ela floresce em algum outro lugar, nunca deixa de estar florescendo.
Mas não podemos ver a continuidade porque a continuidade é invisível. Vemos somente uma flor, outra flor; nunca vemos a continuidade.
Trata-se da mesma flor que floresceu ontem.
Trata-se do mesmo sol, mas em um traje diferente.
O ego tem uma certa qualidade - ele está morto. É de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não o precisa procurar; a busca não é necessária para ele. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente uma parte da multidão. Você é apenas uma turba.
Quando você não tem um centro autêntico, como você pode ser um indivíduo?
O ego não é individual. O ego é um fenômeno social - ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o eu.
E por isso você é tão infeliz.
Com uma vida de plástico, como você pode ser feliz?
Com uma vida falsa, como você pode ser extático e bem-aventurado? E esse ego cria muitos tormentos, milhões deles.
Você não pode ver, porque se trata da sua escuridão. Você está em harmonia com ela.
Você nunca reparou que todos os tipos de tormentos acontecem através do ego?
Ele não o pode tornar abençoado; ele pode somente torná-lo infeliz.
O ego é o inferno.
Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego continua encontrando motivos para sofrer.
Uma vez eu estava hospedado na casa de Mulla Nasrudin. A esposa estava dizendo coisas muito desagradáveis a respeito de Mulla Nasrudin, com muita raiva, aspereza, agressividade, muito violenta, a ponto de explodir. E Mulla Nasrudin estava apenas sentado em silêncio, ouvindo. Então, de repente, ela se voltou para ele e disse: "Então, mais uma vez você está discutindo comigo!"
Mulla disse: "Mas eu não disse uma única palavra!"
A esposa replicou: "Sei disso - mas você está ouvindo muito agressivamente." Você é um egoísta, como todos são. Alguns são muito grosseiros, evidentes, e estes não são tão difíceis. Outros são muito sutis, profundos, e estes são os verdadeiros problemas.
O ego entra em conflito com outros continuamente porque cada ego está extremamente inseguro de si mesmo. Tem que estar - ele é uma coisa falsa.
Quando você nada tem nas mãos, mas acredita ter algo, então haverá um problema.
Se alguém disser: "Não há nada", imediatamente começa a briga porque você também sente que não há nada. O outro o torna consciente desse fato.
O ego é falso, ele não é nada.
E você também sabe isso.
Como você pode deixar de saber isso? É impossível! Um ser consciente – como pode ele deixar de saber que o ego é simplesmente falso? E então os outros dizem que não existe nada - e sempre que os outros dizem que não existe nada, eles batem numa ferida, eles dizem uma verdade - e nada fere tanto quanto a verdade.
Você tem que se defender, porque se você não se defende, se não se torna defensivo, onde estará você?
Você estará perdido.
A identidade estará rompida.
Assim, você tem que se defender e lutar - este é o conflito. Um homem que alcança o eu nunca se encontra em conflito algum. Outros podem vir e entrar em choque com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.
Aconteceu de um mestre Zen estar passando por uma rua. Um homem veio correndo e o golpeou duramente.
O mestre caiu. Logo se levantou e voltou a caminhar na mesma direção na qual estava indo antes, sem nem ao menos olhar para trás.
Um discípulo estava com o mestre. Ele ficou simplesmente chocado. Ele disse: "Quem é esse homem? O que significa isso? Se a gente vive desta maneira, qualquer um pode vir e nos matar. E você nem ao menos olhou para aquela pessoa, quem é ela, e por que ela fez isso?"
O mestre disse: "Isso é problema dela, não meu”.
Você pode entrar em choque com um iluminado, mas esse é seu problema, não dele. E se você fica ferido nesse choque, isso também é problema seu. Ele não o pode ferir. É como bater contra uma parede - você ficará machucado, mas a parede não o machucou.
O ego sempre está procurando por algum problema. Por quê? Porque se ninguém lhe dá atenção o ego sente fome.
Ele vive de atenção.
Assim, mesmo se alguém estiver brigando e com raiva de você, mesmo isso é bom pois pelo menos você está recebendo atenção. Se alguém o ama, isso está bem.
Se alguém não o está amando, então até mesmo a raiva servirá. Pelo menos a atenção chega até você. Mas se ninguém estiver lhe dando qualquer atenção, se ninguém pensa que você é alguém importante, digno de nota, então como você vai alimentar o seu ego?
A atenção dos outros é necessária.
Você atrai a atenção dos outros de milhões de maneiras; veste-se de um certo jeito, tenta parecer bonito, comporta-se bem, torna-se muito educado, transforma-se. Quando você sente o tipo de situação que está ocorrendo, você imediatamente se transforma para que as pessoa lhe dêem atenção.
Esta é uma forma profunda de mendicância.
Um verdadeiro mendigo é aquele que pede e exige atenção. Um verdadeiro imperador é aquele que vive em sua interioridade; ele tem um centro próprio, não depende de mais ninguém.
Buda sentado sob sua árvore Bodhi... se o mundo inteiro de repente vier a desaparecer, isso fará alguma diferença para Buda? - nenhuma. Não fará diferença alguma, absolutamente. Se o mundo inteiro desaparecer, não fará diferença alguma porque ele atingiu o centro.
Mas você, se sua esposa foge, se ela pede divórcio, se ela o deixa por outro, você fica totalmente em pedaços - porque ela lhe dava atenção, carinho, amor, estava sempre à sua volta, ajudando-o a sentir-se alguém. Todo o seu império está perdido, você está simplesmente despedaçado. Você começa a pensar em suicídio. Por quê? Por que, se a esposa o deixa, você deveria cometer suicídio? Por que, se o marido a deixa, você deveria cometer suicídio? Porque você não tem um centro próprio. A esposa estava lhe dando o centro; o marido estava lhe dando o centro.
É assim que as pessoas existem. É assim que as pessoas se tornam dependentes umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ela deixa de ser uma escrava. Tente entender isso.
E comece a procurar o ego - não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que é o falso centro que entrou em choque com alguém.
Você esperava algo e isso não aconteceu.
Você esperava algo e justamente o contrário aconteceu - seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.
As causas não estão fora de você.
A causa básica está dentro de você - mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta:
Quem está me tornando infeliz?
Quem está causando minha raiva?
Quem está causando minha angústia?
E se olhar para fora, você não perceberá.
Simplesmente feche os olhos e olhe para dentro.
A origem de toda a infelicidade, a raiva, a angústia, está oculta dentro de você; é o seu ego.
E se você encontrar a origem, será fácil ir além dela. Se você puder ver que é o seu próprio ego que lhe causa problemas, você vai preferir abandoná-lo - porque ninguém é capaz de carregar a origem da infelicidade, uma vez que a tenha entendido.
E lembre-se, não há necessidade de abandonar o ego.
Você não o pode abandonar.
Se você o tentar abandonar, estará apenas conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: "Tornei-me humilde".
Não tente ser humilde. Isso é o ego novamente; às escondidas, mas não morto.
Não tente ser humilde.
Ninguém pode tentar ser humilde e ninguém pode criar a humildade através do próprio esforço - não. Quando o ego já não existe, uma humildade vem até você.
Ela não é uma criação. É uma sombra do seu verdadeiro centro.
E um homem realmente humilde não é nem humilde nem egoísta.
Ele é simplesmente simples.
Ele nem ao menos se dá conta de que é humilde.
Se você se dá conta de que é humilde, o ego continua existindo.
Olhe para as pessoas humildes... Existem milhões que acreditam ser muito humildes. Eles se curvam com facilidade, mas observe-as - elas são os egoístas mais sutis. Agora a humildade é a sua fonte de alimento. Elas dizem: "Eu sou humilde", e olham para você esperando que você as valorize.
Gostariam que você dissesse: "Você é realmente humilde, na verdade, você é o homem mais humilde do mundo; ninguém é tão humilde quanto você." E então observe o sorriso que surge em seus rostos.
O que é o ego? O ego é uma hierarquia que diz: "Ninguém se compara a mim." Ele pode se alimentar da humildade - "Ninguém se compara a mim, sou o homem mais humilde.
Aconteceu certa vez:
Um faquir, um mendigo, estava orando em uma mesquita, de madrugada, enquanto ainda estava escuro. Era um dia religioso qualquer para os muçulmanos, e ele estava orando e dizendo: "Eu não sou ninguém, eu sou o mais pobre dos pobres, o maior pecador entre os pecadores."
De repente havia mais uma pessoa orando. Era o imperador daquele país, e ele não havia percebido que havia mais alguém ali orando - estava escuro e o imperador também estava dizendo: "Eu não sou ninguém. Eu não sou nada. Eu sou apenas um vazio, um mendigo à sua porta." Quando ouviu que mais alguém estava dizendo a mesma coisa, o imperador disse: "Pare! Quem está tentando me superar? Quem é você? Como ousa dizer, diante do imperador, que você não é ninguém, quando ele está dizendo que não é ninguém?"
É assim que o ego funciona. Ele é tão sutil! Suas maneiras são tão sutis e astutas; você deve estar muito, muito alerta, somente então você o perceberá.
Não tente ser humilde. Apenas tente ver que todo o tormento, toda a angústia vem através dele.
Apenas observe! Não há necessidade de o abandonar.
Você não o pode abandonar. Quem o abandonará? Então o abandonador se tornará o
ego. Ele sempre volta.
Faça o que fizer, fique de fora, olhe, e observe.
Qualquer coisa que você faça - modéstia, humildade, simplicidade - nada vai ajudar. Somente uma coisa é possível, e esta é simplesmente observar e ver que o ego é a origem de toda a infelicidade. Não diga isso. Não repita isso.
Observe. Porque se eu disser que ele é a origem de toda a infelicidade e você repetir isso, então será inútil. Você tem que chegar a esse entendimento.
Sempre que você estiver infeliz, apenas feche os olhos e não tente encontrar alguma causa externa. Tente perceber de onde está vindo essa miséria.
Ela está vindo do seu próprio ego.
Se você continuamente percebe e compreende, e a compreensão de que o ego é a causa chega a se tornar profundamente enraizada, um dia você repentinamente verá que ele desapareceu. Ninguém o abandona - ninguém o pode abandonar. Você simplesmente vê; ele simplesmente desapareceu, porque a própria compreensão de que o ego é a causa de toda a infelicidade, se torna o abandonar. A própria compreensão significa o desaparecimento do ego.
E você é tão brilhante em perceber o ego nos outros. Qualquer um pode ver o ego do outro. Mas quando se trata do seu, surge o problema - porque você não conhece o território, você nunca viajou por ele.
Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria - então ela simplesmente desaparece.
Quando você sabe que ele é o veneno, ele desaparece. Quando você sabe que ele é o fogo, ele desaparece. Quando você sabe que este é o inferno, ele desaparece.
E então você nunca diz: "Eu abandonei o ego" Então você simplesmente ri de toda esta história, dessa piada, pois você era o criador de toda a infelicidade.
Eu estava olhando alguns desenhos de Charlie Brown. Em um cartum ele está brincando com blocos, construindo uma casa com blocos de brinquedo. Ele está sentado no meio dos blocos, levantando as paredes. Chega um momento em que ele está cercado: ele levantou paredes em toda a volta. E ele começa a gritar: "Socorro, socorro!"
Ela fez a coisa toda! Agora ele está cercado, preso. Isso é infantil, mas é justamente o que você fez. Você fez uma casa em toda a sua volta, e agora você está gritando: "Socorro, socorro!" E o tormento se torna um milhão de vezes maior - porque há os que socorrem, estando eles próprios no mesmo barco.
Aconteceu de uma mulher muito atraente ir ao psiquiatra pela primeira vez. O psiquiatra disse: "Aproxime-se por favor."
Quando ela chegou mais perto, ele simplesmente deu um salto, abraçou e beijou a mulher.
Ela ficou chocada.
Então ele disse: "Agora sente-se. Isso resolve o meu problema, agora, qual é o seu?"
O problema se multiplica, porque há pessoas que querem ajudar, estando no mesmo barco. E elas gostariam de ajudar, porque quando você ajuda alguém, o ego se sente muito bem, porque você é um grande salvador, um grande guru, um mestre; você está ajudando tantas pessoas! Quanto maior a multidão de seus seguidores, melhor você se sente.
Mas você está no mesmo barco - você não pode ajudar.
Pelo contrário, você prejudicará.
Pessoas que ainda têm os seus próprios problemas não podem ser de muita ajuda.
Somente alguém que não tenha problemas próprios o pode ajudar. Somente então existe a clareza para ver, para ver através de você. Uma mente que não tem problemas próprios pode vê-lo, você torna-se transparente.
Uma mente que não tem problemas próprios pode ver através de si mesma; por isso ela torna-se capaz de ver através dos outros.
No ocidente existem muitas escolas de psicanálise, muitas escolas, e nenhuma ajuda está chegando às pessoas, mas em vez disso, causam danos. Porque as pessoas que estão ajudando as outras, ou tentando ajudar, ou pretendendo ser de ajuda, encontram-se no mesmo barco.
É difícil ver o próprio ego.
É muito fácil ver o ego dos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.
Tente ver o seu próprio ego.
Simplesmente observe.
Não tenha pressa de o abandonar, simplesmente observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Não existe outra maneira. Você não o pode abandonar prematuramente.
Ele cai exatamente como uma folha seca.
A árvore não está fazendo nada - apenas uma brisa, uma situação, e a folha seca simplesmente cai. A árvore nem mesmo percebe que a folha seca caiu. Ela não faz qualquer barulho, ela não faz qualquer anúncio - nada.
A folha seca simplesmente cai e se despedaça no chão, apenas isso.
Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo.
Ela pousa no chão e morre por si mesma. Você não fez nada, portanto você não pode afirmar que você a deixou cair. Você vê que ela simplesmente desapareceu, e então o verdadeiro centro surge.
E este centro verdadeiro é a alma, o eu, o deus, a verdade, ou como o quiser chamar.
Ele é inominável, assim todos os nomes são bons.
Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir.
Livro: Além das Fronteiras da Mente - OSHO
terça-feira, 22 de junho de 2010
Código dos Indígenas Americanos
1- Levante com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com freqüência. O Grande Espírito o escutará se você ao menos, falar.
2- Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito .
3- Procure conhecer-se, por si próprio. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você.
4- Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.
5-Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza ou da cultura. Se não foi ganho nem foi dado, não é seu.
6- Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais.
7- Respeite os pensamentos, os desejos e as palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito de expressão pessoal.
8- Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você coloca para fora, no Universo, voltará multiplicada a você.
9- Todos as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados.
10- Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito. Pratique o otimismo.
11- A Natureza não é para nós, ela é parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa família Terrena.
12- As crianças são as sementes do nosso futuro. Plante amor nos seus corações e regue com sabedoria e lição de vida. Quando estiverem crescendo, dê-lhes espaço para que cresçam.
13- Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará a você.
14- Seja sincero e verdadeiro em todas as situações. A honestidade é o grande teste para a nossa herança do Universo.
15- Mantenha-se equilibrado.
Extraído do Livro de Robert Wong
segunda-feira, 21 de junho de 2010
"NORMOSE" (a doença de ser normal)
Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.
O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido.
Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema.
Quem não se "normaliza", quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo.
A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós?
Quem são esses ditadores de comportamento que "exercem" tanto poder sobre nossas vidas?
Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado.
Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados.
A normose não é brincadeira.
Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer ser o que não se precisa ser.
Você precisa de quantos pares de sapato?
Comparecer em quantas festas por mês?
Pesar quantos quilos até o verão chegar?
Então, como aliviar os sintomas desta doença?
Um pouco de auto-estima basta.
Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo.
Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.
O normal de cada um tem que ser original.
Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude.
E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada. Por isso divulgue o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Texto de Michel Schimidt - Psicoterapeuta
“É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem; que não conhecem a dor da derrota, mas não tem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espíritos, ao final da jornada na Terra, não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se ante Ele por terem simplesmente passado pela vida”. (Robert Neste Marley).
domingo, 20 de junho de 2010
HO´OPONOPONO
Não entendi. O Dr. Len explicou-me, então, que entendia que a total responsabilidade por nossa vida implica em tudo o que está na nossa vida, pelo simples fato de estar em nossa vida e ser, por esta razão, de nossa responsabilidade. Num sentido literal, o mundo todo é criação nossa.
"Eu, simplesmente, permanecia dizendo: "Sinto muito!” – "Me perdoe" - "Te amo!"- "Sou grato"; uma vez após outra" explicou-me.
Seria necessário um livro inteiro para explicar essa técnica avançada com a profundidade que ela merece.
sábado, 19 de junho de 2010
AMOR GERA AMOR
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Demita seus gurus
Contudo, comecei a duvidar se a relação entre um guru e seus seguidores seria mesmo a melhor maneira de atingir a libertação. Afinal, pouquíssimas vezes encontrei um seguidor que houvesse alcançado a iluminação - alguém que parecesse tão sábio e radiante quanto seu mestre. A maioria dos seguidores era gente devota, mas que duvidava muito de si mesma. Percebi também, em mim mesmo, que algumas vezes eu parecia encolher na presença de um guru que inspirava admiração em todos. Seria um sentimento de honra e respeito ou seria medo de me erguer sobre meus próprios pés?
Há mais de mil anos, o mestre zen chinês Lin Chi chamava a atenção para o perigo dos gurus. Ele via como muitos de seus contemporâneos transferiam a responsabilidade por seu bem-estar espiritual para outros. Com isso, dizia ele, as pessoas abriam mão de seu poder e de sua autenticidade. Esta observação levou-o a fazer uma declaração que se tornaria célebre: "Se o Buda cruzar seu caminho, mate-o". Em outras palavras, se você acha que vai encontrar a iluminação fora de si mesmo, está no caminho errado. Afinal, a essência dos ensinamentos do Buda é que todos carregam um Buda dentro de si - ou, em outros termos, todos somos Buda.
Os ensinamentos de Lin Chi continuam atuais ainda hoje. Apesar da extrema individualização do mundo ocidental moderno, as pessoas continuam em busca de algo em que se apoiar. Hoje há mais gurus do que nunca, embora os títulos tenham mudado: conselheiro mental, terapeuta, assistente social.
O mestre Lin Chi tem uma declaração célebre: "Se o Buda cruzar o seu caminho, mate-o"
O cientista social americano John McKnight, que há mais de 40 anos estuda o efeito dos conselheiros profissionais sobre a sociedade, é um Lin Chi moderno. "Todas as vezes que procuramos um especialista, abrimos mão de uma parte de nós mesmos. Com sua atuação, os conselheiros profissionais esvaziaram a alma da comunidade", diz ele em The Careless Society ("A sociedade negligente"). "O inimigo não é a pobreza, a doença, as enfermidades em geral, e sim um conjunto de interesses que exigem dependência sob a máscara de prestação de serviço."
Gurus e conselheiros profissionais não são os únicos que tendem a tornar as pessoas dependentes e a mantê-las subjugadas. Pais e educadores muitas vezes fazem o mesmo. Quantos deles vêem o "Buda" nas crianças? Em vez de encorajá-las a confiar em sua sabedoria inata, eles as entopem de fatos e números. Quase nunca perguntamos às crianças quem elas são, e sim o que desejam ser. A mensagem subjacente é a seguinte: vocês não são coisa alguma, mas se fizerem o que recomendamos, poderão se tornar alguém no futuro. Conseqüentemente, instilam em nós desde cedo que temos de mergulhar fundo na sabedoria dos outros em vez de explorar a sabedoria existente dentro de nós.
A idéia de que temos de nos tornar alguma coisa para sermos bem-sucedidos, livres ou felizes é um enorme mal-entendido. A convicção de que um caminho externo pode nos guiar a algo melhor é a razão pela qual praticamente ninguém jamais chega a seu destino. Se estamos sempre a caminho, jamais chegaremos a parte alguma. No bar que costumo freqüentar há uma placa com os dizeres: "Cerveja grátis amanhã". É claro que o amanhã nunca chega.
Os gurus também prometem a iluminação para mais tarde, condenando seus seguidores à eterna dependência. É uma via de mão dupla. O que seria do guru se ele não tivesse seguidores?
Naturalmente, alguns personagens influentes não ficaram encurralados nessa mútua dependência. Estes são os mestres radicais, que não toleram seguidores nem tietes, porque sabem que a liberdade espiritual só pode ser alcançada por aqueles que ousam se apresentar nus perante a verdade, sem lealdade prévia a uma doutrina ou guru. Jesus jamais teria se tornado cristão, tampouco Buda seria budista. Esses mestres eram rebeldes que seguiam antes de tudo a si mesmos (ou a Deus?). O analista Carl Gustav Jung é mais um exemplo. Certa vez, ele disse: "Graças a Deus não sou junguiano".
Jung referia-se ao que considerava um problema de relações desiguais em todas as formas de terapia. Ele acreditava que a cura só poderia acontecer se houvesse espaço para a pessoa em toda a sua inteireza. O psicólogo americano Marshall Rosenberg refere-se sem meias palavras à importância da igualdade entre as partes: "Quando o terapeuta se apresenta como tal, a terapia está fadada ao fracasso".
Uma relação desigual implica a existência de uma muralha que o seguidor dificilmente terá condições de atravessar. Superar o mestre é difícil, sobretudo se aprendemos a não confiar em nossa própria sabedoria. Seria esta a razão pela qual a palavra tibetana para guru, ou lama, é traduzida como "insuperável"? O seguidor não percorre uma trajetória própria, e sim a de um outro, porque se trata de um caminho já palmilhado. Portanto, não há necessidade de muito esforço para segui-lo. Tampouco o discípulo aprende as mesmas lições. A conclusão a que o mestre chega - o resultado do trabalho espiritual - não é a mesma a que chega seu seguidor. O mestre experimentou tanto a trajetória quanto o destino. O discípulo conhece apenas o destino, conforme descrito pelo mestre.
Esta é a razão pela qual os discípulos quase sempre são mais santos do que o papa e mais radicais em suas opiniões do que o mestre. Tais opiniões, não raro, podem ser reduzidas a cápsulas de fácil digestão. Afinal, quanto mais inseguras forem as pessoas, tanto mais se apegarão à "verdade". Além disso, a maior parte dos discípulos não entende totalmente os ensinamentos do mestre, por isso insights sutis e complexos são pasteurizados de forma a que se convertam em conceitos de fácil absorção e entendimento.
Os gurus prometem a iluminação para o futuro, e condenam seguidores à dependência.
O paradoxo que muita gente encontra em sua busca por iluminação se deve ao fato de que esse estado de consciência não corresponde ao apego a "verdades" e "fatos". Muitas verdades e fatos não passam de pressupostos ou formas de lidar com a realidade. A palavra "fato", em seu sentido original no latim, "facere", significa "fazer". Um fato não é uma verdade, e sim uma criação. Portanto, não perdemos nossa "natureza búdica" por causa daquilo que não sabemos, e sim por causa daquilo que estamos convictos de saber porque outras pessoas assim nos disseram. No momento em que nos convencemos de que alguma coisa é fato, perdemos contato com a realidade. Reduzimos a verdade (supondo-se que ela exista) a uma palavra ou um método, e nos fechamos ao aprendizado e ao crescimento.
Talvez os gurus não sejam mestres a ser imitados. Talvez sejam muito mais exemplos que podem nos servir de inspiração. Eles nos mostram que é possível atingir um estado superior de consciência, mas cabe a nós chegar lá. Portanto, é hora de mandar embora os gurus (fatos, verdades, crenças, princípios, dogmas) para que o guru dentro de nós aflore. É hora de nos tornarmos tão grandes quanto os gurus que seguimos - tão autênticos, peculiares e obstinados quanto eles. Não se trata de um ato de transgressão ou de desrespeito. A maior homenagem que podemos prestar a nossos gurus é deixar claro que não precisamos mais deles. O tratamento deu certo: o guru morreu.
Este artigo foi publicado originalmente na edição de setembro de 2007 da revista Ode
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Reverencie-se
Medite sobre o seu Eu.
Venere o seu Eu.
Ajoelhe-se diante do seu Eu.
Compreenda o seu Eu.
Seu Deus vive dentro de você e é você.
MUKTANANDA
Reverencie-se
Quando é que nos ensinam que podemos dizer o que sentimos, quando sentimos? Certamente não quando somos crianças. Na infância nos ensinam o que não dizer e o que não fazer se ou quando aquilo fizer uma outra pessoa sentir-se mal. Essa outra pessoa é sempre gente grande. Quando somos crianças, nos ensinam a cuidar de gente grande, de adultos, das figuras de autoridade. "Não fale quando houver gente grande falando", "Não expresse suas idéias se forem diferentes das de gente grande", "Sempre aceite o que gente grande lhe oferecer, mesmo se não gostar". De maneira insidiosa, embora não maldosa, nos ensinam que gente grande é que é importante, nós não somos. Até quando nós mesmos nos tornamos gente grande, ainda há gente maior, mais velha e mais importante do que nós. Essas são as pessoas que devemos reverenciar. Ao nos ensinarem a reverenciar gente grande, nos ensinam a nos desrespeitar.
A primeira forma de desrespeitar a nós mesmos que nos ensinaram foi quando nos fizeram esconder a verdade. A verdade sobre o que sentíamos, o que queríamos ou o que pensávamos. Nas reuniões da minha família, as frases favoritas eram: "Criança foi feita para ser vista e não ouvida!" e "Alguém te perguntou alguma coisa?". E acrescentavam as seguintes pérolas: "Fique feliz com o que te dão!", "Não diga isso! Não é delicado!". Quando ouvíamos essas frases, sabíamos que devíamos calar a boca e engolir o que sentíamos, porque estávamos por um triz. Se passássemos desse limite, talvez gritassem conosco, nos dessem um tapa ou nos castigassem. Ou pior, talvez tivéssemos de ouvir um sermão de meia hora sobre o quanto o nosso comportamento não era apropriado. Quando criança, aprendi que explosões espontâneas de verdades sobre gente grande, percepções instintivas sobre erros cometidos por gente grande e hipocrisias claramente observáveis não deviam ser discutidas ou questionadas. Muitas vezes me mandaram não acreditar no que eu estava vendo ou me convenceram de que o que eu estava sentindo com relação a determinada situação não era correto. Em vez de acreditar na minha intuição e no meu sentimento, eu devia aceitar as explicações dos adultos para aquela situação. Mesmo adulta, eu continuei a encarar meus pais e parentes mais velhos como gente grande. Por fim, esse grupo passou a incluir empregadores e outras pessoas em posição de autoridade. Eu fazia qualquer coisa ao meu alcance para honrar os sentimentos e desejos dessas pessoas, até mesmo quando isso implicava a minha própria desonra.
Quando você mente para si sobre as suas próprias necessidades, acabará mentindo para os outros sobre essas mesmas coisas. Lembro-me de que quando comecei a namorar, eu ficava muito mais preocupada em não aborrecer os rapazes com quem saía do que em honrar a mim mesma. Tudo bem que eles chegassem tarde para um encontro. Quando não telefonavam, como haviam prometido, eu perguntava por que, mas o fazia com todo o cuidado para não parecer grosseira. Quando eles apareciam, conforme prometido, eu tinha pouquíssimas opiniões sobre o que quer que fosse. "Onde você quer ir?" "Ah, qualquer lugar que você escolher está ótimo." "O que você quer comer?" "O que você quer?" Responder uma pergunta com outra pergunta não é a melhor forma de conseguir o que se quer. Não é assim que honramos e respeitamos a nós mesmos. No entanto, eu tomava cuidado para não pedir demais ou para não dizer a coisa errada, sobretudo quando eu não tinha a menor idéia do orçamento em questão. Meus namorados, assim como meus pais, professores, supervisores, vizinhos, pastores, eram pessoas que tinham algo de que eu precisava ou algo que eu queria. Eu sabia muito bem que não devia ofendê-los ou chateá-los. Eram gente grande.
Mentir para si ou para os outros sobre nossas necessidades, desejos, sobre o que se gosta e o que se deixa de gostar, é igual a ter um fungo bactericida. Ele vai se espalhando rapidamente por todas as áreas da vida e poluindo todo o ser. Quando você se polui com o fungo da desonra e do desrespeito, fica difícil falar em sua própria defesa. O fungo cola os seus lábios quando alguém fala com você de forma ofensiva. Esse fungo que cola a boca e anuvia a mente sempre faz com que você duvide de si. Faz você duvidar do que está sentindo, mesmo enquanto está sentindo. Proíbe você de encontrar a reação mais apropriada quando sua sensibilidade é ferida por gente grande. Mas como qualquer bactéria, um fungo que não é tratado se transformará numa infecção. A infecção que se espalha quando você não se honra nem se respeita transforma-se em raiva e fúria. A raiva e a fúria jorram de dentro de você quando gente grande, ou até mesmo gente pequena, diz ou faz coisas que você passou muito tempo sem questionar. O fungo de não honrar o que você sente, de não dizer o que precisa dizer, jorrará de dentro de você como fúria e poluirá os seus relacionamentos. Relacionamento de família. Relacionamentos profissionais. Relacionamentos pessoais e íntimos. Nenhum deles está imune ao fungo que vai crescendo lá dentro quando você não se honra e se respeita a cada passo do trajeto que é o seu relacionamento com as outras pessoas.
Eu tinha trinta anos quando alguém finalmente me disse que o que eu sentia tinha importância, porque essa pessoa se importava comigo. Eu estava numa roda de estranhos, a maioria muito mais velha, rica e instruída do que eu. De repente, alguém me olhou nos olhos e perguntou: "Então, o que você acha?" Eu já havia sido casada, já dera à luz três filhos e me divorciara, quando alguém pronunciou as seguintes palavras para mim: "Honre-se!" Nossa, que choque aquilo foi! Eu nunca havia pensado nisso! Eu, me honrar! Admitir o que sinto? Dizer o que estou pensando, em voz alta, numa sala cheia de gente grande? Pedir o que quero, mesmo sem saber se está disponível naquele instante? Você deve ter enlouquecido! Mas a pessoa não tinha enlouquecido. Era um pastor e eu participava de uma oficina cujo objetivo era ensinar as pessoas a exercerem seu poder pessoal. Estávamos fazendo um exercício para desenvolver a autoconfiança e a verdade. Ele havia nos dito que a única forma de aprendermos a confiar em nós mesmos o suficiente para nos honrarmos e respeitarmos como uma expressão divina e única de Deus era dizendo a verdade. Ele era o responsável. Ele era gente grande. Alguém do grupo acabava de fazer uma crítica bastante severa com relação a ele e, sem o menor aviso prévio, ele se virou para mim e perguntou: "Então, o que você acha?" Bem, é muito difícil a gente conseguir pensar quando o cérebro está pegando fogo e os cabelos estão em pé na cabeça!
"Bem..." "Nada de bem!", ele gritou para mim. "No instante em que você diz 'bem' ou 'não sei' está dizendo que não quer falar a respeito! Você está aqui para falar. Então fale. O que acha sobre o que ela acaba de dizer?" Eu podia sentir cinqüenta olhos cravados na minha pele. Eu podia ouvir a voz da minha avó: "Se não tem nada de bom pra dizer, não diga coisa alguma." Eu podia ver os olhos de minha mãe atravessarem o salão, com aquele olhar de mãe que diz que, se você abrir a boca, sua execução virá a galope. Eu podia sentir o cheiro da minha massa cinzenta fritando. Enquanto tudo isso acontecia, havia um adulto ali, de pé, esperando uma resposta minha. As palavras escapuliram de minha boca sem que eu pudesse examiná-las ou censurá-las. "Eu sinto a mesma coisa. Não acho que o senhor precise berrar conosco para nós entendermos o que quer dizer. Não somos surdos. Nós pagamos para estar aqui, o que significa que queremos aprender. E é difícil aprender quando se tem medo." "Você tem medo de mim?", ele perguntou, baixinho. "Não, na verdade não tenho. Acho que tenho mais medo do que o senhor vai dizer ou fazer se eu não lhe der a resposta certa." "E qual é a resposta certa?" Ele estava forçando um pouco a barra, mas eu estava me sentindo muito bem. "Acho que a resposta certa é aquela que aparece na nossa cabeça na hora. Mas o grande problema é: como dar essa resposta sem magoar ou ofender a outra pessoa?" Ele se ajoelhou, me olhou nos olhos e disse: "Honre o que você sente dizendo as coisas da forma que gostaria de ouvi-las. Se o disser com sinceridade e amor, sua tarefa estará cumprida."
Não fui ao jantar. Fiquei em casa, sem fazer grande coisa. Abri todas as janelas e deixei o ar fresco da primavera entrar. Fiz uma massagem facial e pintei as unhas. Saí à procura de sapatos para comprar. Como não achei o que procurava, fui tomar sorvete. Quando cheguei em casa, tirei um cochilo e tive um pesadelo. Ouvi minha tia e minha avó gritarem comigo por não ter ido ao jantar. Eu ouvia as duas dizerem que eu pensava ser melhor do que todo mundo e que sempre queria que as coisas acontecessem ao meu modo. Ouvi meu irmão me perguntar repetidamente por que eu era tão burra. Será que eu não sabia como elas eram? Por que eu sempre escolhia criar confusão? No sonho, todo mundo gritava comigo. Eu sentia a raiva de todos, o que me deixava triste e zangada. Gritei de volta. Como sempre, eles não conseguiam me ouvir porque o fungo da fúria havia entupido os nossos ouvidos. Acordei chorando, com o coração descompassado.
Sentada na beirada da cama, assoando o nariz, voltei a ser uma garotinha. Tentando agradar todo mundo, mais uma vez. Desonrando-me de novo. Eu não conseguia decidir o que era pior, não agradar os adultos ou não honrar o que eu estava sentindo. O telefone tocou. Era minha tia. Antes mesmo de dizer "Alô", ela perguntou: "O que foi que aconteceu com você?" A ausência de resposta a levou a reformular a pergunta: "Quer dizer, achamos que alguma coisa tinha acontecido. Onde você estava?" Honre-se! "Eu estava muito ocupada." Não era verdade. "E eu não estava com a menor vontade de ir." "Ah, entendi, suponho que você tivesse algo de mais importante a fazer." "Não, eu simplesmente decidi respeitar o que estava sentindo, ficando em casa e cuidando de mim mesma." "Nossa!", exclamou. "Preciso que você me ensine a fazer isso. Eu também não queria ir, mas sabe como aquele povo é..." E eu a ouvi contar tudo o que tinha acontecido, quem estava vestindo o que, quem disse o que, quem bebeu quanto e o que disseram ou fizeram quando estavam bêbados. Eu sorri e repeti, mentalmente: "Honre-se!" É muito mais fácil do que pensamos.
As borboletas virão até você...
Acredito, realmente, que devamos nos empenhar para alcançarmos o que queremos, no entanto, se não estamos conseguindo, provavelmente algo nesta busca está errado!
Não quero dizer que tudo tem de ser fácil, ou muito menos que devemos desistir quando as coisas se tornam difíceis. Mas quero dizer que se nosso esforço não está dando resultados, é porque talvez não estejamos agindo da forma mais adequada para atingir tais objetivos; talvez Deus esteja querendo nos mostrar que não estamos merecendo essa conquista.Muitas vezes, a vida usa símbolos, acontecimentos que são sinais para que possamos entender que, antes de merecermos aquilo que desejamos, precisamos aprender algo de importante, precisamos estar prontos e maduros para viver determinadas situações.
Se isso está acontecendo na sua vida, pare e reflita sobre a seguinte frase:
Não corra atrás das borboletas. Cuide do seu jardim e elas virão até você!
Isso significa que, na verdade, não precisamos correr desesperadamenteatrás daquilo que desejamos. Devemos compreender que a vida segue seu fluxo e que esse fluxo é perfeito. Tudo acontece no seu devido tempo. Nós, seres humanos, é que nos tornamos ansiosos e estamos constantemente querendo "empurrar o rio". O rio vai sozinho, obedecendo o ritmo da natureza. Ao tentarmos empurrá-lo, estaremos apenas desperdiçando nossas energias e correndo o risco de nos sentirmos frustrados, pois o máximo que conseguiremos será uma enchente ou algum outro tipo de desastre.
O grande segredo da conquista é lembrarmos sempre que, subir ao pódio, erguer a taça da vitória ou comemorar os objetivos alcançados nada mais são que os resultados, as conseqüências de muito esforço, de muita luta e de muito trabalho. São, enfim, o prêmio merecido para quem deu o melhor de si!
Então, ao invés de nos concentrarmos no final da batalha, que tal começarmos a nos dedicar e a aproveitar mais todo o caminho que precisamos percorrer até chegarmos lá! .É isso que quero dizer com a frase sobre as borboletas. Se passarmos todo o tempo desejando as borboletas e reclamando porque elas não se aproximam da gente, mas vivem no jardim do nosso vizinho, elas realmente não virão. Mas se nos dedicarmos a cuidar de nosso jardim, a transformar o nosso espaço (a nossa vida) num ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável: as borboletas virão até nós! Ou seja, seremos merecedores de tudo o que desejarmos de bom...
Como se cuida de um jardim?
Primeiro você arranca as ervas daninhas...
Prepara a terra...
Feriliza o solo...
Planta sementes...
Irriga o solo com as sementes...
Feito isso você tem certeza que a semente que plantou vai germinar, ela está em busca da luz, isso é fato, e ela trabalhará sozinha pra isso, a partir daí você não precisa fazer mais nada... ela germinará, dará flores e frutos... e você os colherá, nessa hora você estará usufruindo de todo seu trabalho...
Fertiliza o solo = se sente confiante, convicto e consciente de todo seu poder. Deixando-o pronto para os novos pensamentos, palavras e atitudes que você tomará daqui pra frente.
Planta sementes = escolhe os pensamentos/ palavras/ ações/ hábitos do bem, do que você deseja para sua felicidade.
Irriga o solo = essa é a parte do "orai e vigiai", porque você tem que manter a disciplina de molhar a semente, senão ela não vinga... então assuma o compromisso de manter suas novas escolhas vivas, com pensamentos/ palavras/ atitudes e hábitos.
Faça cada coisa de uma vez, quando terminar de arrancar as ervas daninhas prepare o solo, depois fertilize, depois plante as sementes, depois irrigue-as, etc... A semente germinará, seu jardim estará florido e as borboletas virão até você, tenha certeza disso!
Prosperidade para sua semente!
(OBS:O texto das borboletas é de Mario Quintana)
terça-feira, 15 de junho de 2010
PENSAMENTO RESPONSÁVEL
Eu tenho feito isso, repetidamente. E estou fazendo de novo agora.
Não. Quero dizer, através de um método de revelação incontestável.
Como?
Como aparecer agora diante de meus olhos.
Estou fazendo isso.
Onde?
Em todos os lugares para onde olhar.
Não, quero dizer de um modo incontestável, que nenhum homem poderia negar.
E qual seria? Sob que forma gostaria que Eu aparecesse?
A forma que o Senhor realmente tem.
Isso seria impossível, porque não tenho uma forma que vocês conheçam. Poderia adotar
uma forma que poderiam conhecer, mas então todos presumiriam que o que viram é a única
forma de Deus, não uma dentre muitas. As pessoas acreditam que Eu sou como elas Me vêem, em vez de como não vêem. Mas Eu sou o Grande Invisível, não aquilo em que Me transformo em um determinado momento. Em certo sentido, Eu sou aquilo que não sou. E é do não ser que Eu venho, e para onde sempre retorno. Porém, quando Eu assumo uma determinada forma - em que penso que as pessoas podem Me reconhecer - elas Me atribuem essa forma para todo o sempre. E se Eu aparecesse sob outra forma, para outras pessoas, as primeiras diriam que não
apareci para as segundas, porque Minha forma e Minhas palavras não foram as mesmas -
então como poderia ter sido Eu? Portanto, o que importa não é o modo ou a forma como Me revelo - seja qual for o modo e a forma que Eu assumir, não serão incontestáveis.
...ainda existiriam aqueles que diriam que era o demônio, ou simplesmente a imaginação
de alguém. Ou que a causa era qualquer outra que não Eu. Se Eu Me revelasse como o Todo-Poderoso, Rei do Céu e da Terra, e movesse montanhas para prová-lo, haveria aqueles que diriam "Deve ter sido Satanás". E é assim que deveria ser. Porque Deus não revela a Si Próprio através de observação externa, mas através de experiência interna.
Quando a experiência interna revelou a Deus, a observação externa não é necessária. E se a
observação externa for necessária, a experiência interna não será possível. Portanto, se a revelação for pedida, não poderá ser obtida, porque o ato de pedir é uma afirmação de que ela não existe; de que nada de Deus está sendo agora revelado. Tal afirmação produz a experiência. Porque o seu pensamento a respeito de algo é criativo, e sua palavra é produtiva, e seu pensamento e sua palavra juntos produzem de modo muito eficaz a sua realidade. Por isso, sua experiência será a de que Deus não está sendo agora revelado, porque se estivesse, você não pediria a Ele que se revelasse.
Isso significa que não posso pedir o que desejo? Está dizendo que rezar pedindo algo na
verdade nos impede de consegui-lo?
Essa é uma pergunta que é feita há séculos - e que sempre foi respondida. Contudo, vocês não ouviram a resposta, ou não acreditaram nela. A pergunta é respondida novamente, em termos e linguagem atuais, deste modo:
Você não terá aquilo que pedir, e tampouco não pode ter tudo que quer. Isso ocorre porque o seu próprio pedido é uma afirmação de carência, e você dizer que deseja algo apenas produz essa experiência - a do desejo - em sua realidade.
Portanto, a oração correta nunca é de súplica, mas sim de gratidão. Quando você agradece a Deus antecipadamente pelo que escolheu experimentar em sua realidade, de fato reconhece que isso está lá... realmente. Logo, a gratidão é a afirmação mais convincente para Deus; uma afirmação de que mesmo antes de você pedir, Eu atendi o seu pedido. Então, nunca suplique. Agradeça.
Mas se eu agradecer antecipadamente a Deus por alguma coisa, e ela nunca acontecer? Isso poderia levar à desilusão e amargura.
A gratidão não pode ser usada como um meio de manipular Deus: de enganar o universo.
Você não pode mentir para si mesmo. Sua mente conhece a sinceridade de seus pensamentos. Se você disser "obrigado, Senhor, por tais e tais dádivas", e o tempo todo estiver muito claro em sua mente que essas dádivas não existem em sua realidade atual, não poderá esperar que Deus veja isso menos claro do que você, e o produza para você. Deus sabe o que você sabe, e o que você sabe é o que aparece como sua realidade.
Mas então, como posso ser sinceramente grato por algo que sei que não tenho?
Fé. Se tiver apenas a fé de uma semente de mostarda, moverá montanhas. Você passa a saber que tem, porque Eu disse isso; porque Eu disse que, antes mesmo de você pedir, Eu lhe darei; porque Eu disse de todos os modos possíveis, através de todos os mestres que conhece, que tudo que escolher, escolhendo em Meu Nome, terá.
Mas muitas pessoas dizem que suas preces não foram atendidas.
Nenhuma prece - e uma prece não é nada mais do que uma afirmação fervorosa do que é
a realidade - deixa de ser atendida. Todas as preces e afirmações, e todos os pensamentos e sentimentos são criativos. Até o ponto em que forem tidos fervorosamente como verdadeiros se manifestarão em sua experiência.
Quando é dito que uma prece não foi atendida, o que de fato aconteceu foi que o pensamento, a palavra ou o sentimento mais fervoroso tornou-se mecânico. Contudo, o que você precisa saber - e esse é o segredo - é que o pensamento por trás do pensamento - o que poderia ser chamado de Pensamento Responsável - é que sempre é o pensamento controlador.
Portanto, se você suplicar terá muito menos chances de experimentar o que acha que está
escolhendo, porque o Pensamento Responsável por trás de todas as súplicas é o de que você não tem agora o que deseja. Esse Pensamento Responsável se torna a sua realidade. O único Pensamento Responsável que poderia repelir esse pensamento é o baseado na fé em que Deus sempre atenderá a todos os pedidos. Algumas pessoas têm essa fé, mas são muito poucas. O processo da prece se torna muito mais fácil quando, em vez de ter de acreditar que Deus sempre atenderá a todos os pedidos, a pessoa entende intuitivamente que o pedido em si não é necessário. Então a prece é de agradecimento. Não um pedido, mas uma afirmação de gratidão pelo que é verdade.
Quando o Senhor diz que uma prece é uma afirmação do que é verdade, está dizendo que Deus não faz coisa alguma; que tudo que acontece depois de uma prece é um resultado da ação da prece?
Se você pensa que Deus é um ser onipotente que ouve todas as preces, diz "sim" para algumas, "não" para outras e "talvez, mas não agora" para o restante, está enganado. Seguindo que regras Ele decidiria? Se você pensa que Deus é o criador e direcionador de todas as coisas em sua vida, está enganado. Deus é o observador, não o criador. E Ele está pronto para ajudá-lo a viver, mas não do modo que você poderia esperar. Não é função de Deus criar, ou não criar, as situações ou funções de sua vida. Deus criou você à Sua imagem e semelhança. Você criou o resto, através do poder que Ele lhe deu. Deus criou o processo da vida e a própria vida como você os conhece. Contudo, deu-lhe o livre-arbítrio, para fazer dela o que quiser. Neste sentido, seu desejo para si mesmo é o desejo de Deus para você.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Centelha de Luz
Por acreditar que era verdade, isso realmente se tornou a realidade de sua vida sobre este plano.
Mas é necessário que você perceba que na verdade você é uma essência contínua e imortal que tem vivido há bilhões de anos – desde que Deus, seu amado Pai, a totalidade do pensamento, contemplou a si mesmo no brilho da luz que você se tornou.
Você é muito mais do que meramente humano.
Quem é você?
Por que está aqui?
Qual o seu propósito e seu destino?
Você pensa que você é meramente fruto da coincidência, nascido para viver um punhado de tempo e depois não existir mais? Realmente?
Você foi tudo que existe em todas as suas compreensões históricas. Por quê?
Para o propósito do sentimento, para o propósito da sabedoria, para o propósito de identificar o maior mistério de todos os tempos - você!
De onde você pensa que veio?
Pensa que é simplesmente um amontoado de massa celular que evoluiu a partir de uma única célula?
Então quem é que escuta tão atentamente por detrás de seus olhos?
Qual é a essência que lhe dá sua unicidade e personalidade, seu caráter e seu "tempero", sua capacidade para amar, para abraçar, para sonhar e o poder de criar?
E onde você acumula toda a inteligência, todo o conhecimento, toda a sabedoria que manifesta, desde quando era uma criancinha?
Você pensa que se tornou o que é foi meramente em uma vida, e que é apenas um sopro na eternidade?
Tudo o que você é, você se tornou na vastidão do tempo ao viver vida após vida.
E de cada uma dessas experiências de vida, você conquistou a sabedoria que ajudou a formular a unicidade e a beleza chamada você.
Você não tem preço, é belo demais para ter sido criado por apenas um momento delimitado na eternidade do tempo.
Você pensa que seu corpo é você? Não é.
Seu corpo é apenas um disfarce que representa a essência invisível que é sua verdadeira identidade: a série de sentimentos-atitudes, chamada seu ser-personalidade.
Pondere isso por um momento, Você é a essência do outro que você ama, o ser-personalidade invisível que está por detrás de seus olhos. O que você ama no outro é a essência invisível que faz seu corpo funcionar, seus olhos cintilarem, suas mãos acariciarem. Torna sua voz melodiosa e purifica sua alma.
Seu corpo é na verdade uma máquina maravilhosa e refinada, mas não é nada sem aquilo que o faz funcionar, que é você.
Você é uma série de pensamentos ou sentimentos-atitudes que se apresentam como um ser- único.
E você alguma vez já viu seus pensamentos?
Você já viu sua personalidade?
E quanto ao seu riso - você pode ouvi-lo sem seu corpo?
Você não concebe quão grande você realmente é, porque o que você é realmente é tão invisível quanto o vento.
Do mesmo modo que você o é para si mesmo - o maior de todos os enigmas.
Pois o que está por detrás de seus olhos, por baixo de sua fina roupa de linho, para além da ilusão de sua face, é a virtude invisível do pensamento superior que é Deus: o Ser de Infinita Magnitude que faz você ser você.
Você é uma energia de princípio de luz circular, chamejante e pura.
O que você verdadeiramente é, é aquilo que você habita; é o que você sente.
Você é conhecido por suas emoções, não por seu corpo.
Na pequenez de seu ser está coletado tudo que você já foi desde que nasceu de Deus, seu Pai amado.
Deus habita dentro de você e lhe concede a inteligência sublime que lhe dá crédito e poder de criar.
É a maravilhosa força que mantém sua vida para sempre e sempre e sempre.
Você é uma centelha de luz viajando pela Eternidade!