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terça-feira, 15 de junho de 2010

PENSAMENTO RESPONSÁVEL

Há tantas coisas que eu quero dizer e perguntar! Não sei por onde começar. Por exemplo, por que o Senhor não se revela? Se realmente existe um Deus, e o Senhor é Ele, por que não se revela de um modo que todos nós possamos compreender?

Eu tenho feito isso, repetidamente. E estou fazendo de novo agora.

Não. Quero dizer, através de um método de revelação incontestável.

Como?

Como aparecer agora diante de meus olhos.

Estou fazendo isso.

Onde?

Em todos os lugares para onde olhar.

Não, quero dizer de um modo incontestável, que nenhum homem poderia negar.

E qual seria? Sob que forma gostaria que Eu aparecesse?

A forma que o Senhor realmente tem.

Isso seria impossível, porque não tenho uma forma que vocês conheçam. Poderia adotar
uma forma que poderiam conhecer, mas então todos presumiriam que o que viram é a única
forma de Deus, não uma dentre muitas. As pessoas acreditam que Eu sou como elas Me vêem, em vez de como não vêem. Mas Eu sou o Grande Invisível, não aquilo em que Me transformo em um determinado momento. Em certo sentido, Eu sou aquilo que não sou. E é do não ser que Eu venho, e para onde sempre retorno. Porém, quando Eu assumo uma determinada forma - em que penso que as pessoas podem Me reconhecer - elas Me atribuem essa forma para todo o sempre. E se Eu aparecesse sob outra forma, para outras pessoas, as primeiras diriam que não
apareci para as segundas, porque Minha forma e Minhas palavras não foram as mesmas -
então como poderia ter sido Eu? Portanto, o que importa não é o modo ou a forma como Me revelo - seja qual for o modo e a forma que Eu assumir, não serão incontestáveis.
Mas se o Senhor fizesse algo que provasse sem dúvida alguma quem é...

...ainda existiriam aqueles que diriam que era o demônio, ou simplesmente a imaginação
de alguém. Ou que a causa era qualquer outra que não Eu. Se Eu Me revelasse como o Todo-Poderoso, Rei do Céu e da Terra, e movesse montanhas para prová-lo, haveria aqueles que diriam "Deve ter sido Satanás". E é assim que deveria ser. Porque Deus não revela a Si Próprio através de observação externa, mas através de experiência interna.

Quando a experiência interna revelou a Deus, a observação externa não é necessária. E se a
observação externa for necessária, a experiência interna não será possível. Portanto, se a revelação for pedida, não poderá ser obtida, porque o ato de pedir é uma afirmação de que ela não existe; de que nada de Deus está sendo agora revelado. Tal afirmação produz a experiência. Porque o seu pensamento a respeito de algo é criativo, e sua palavra é produtiva, e seu pensamento e sua palavra juntos produzem de modo muito eficaz a sua realidade. Por isso, sua experiência será a de que Deus não está sendo agora revelado, porque se estivesse, você não pediria a Ele que se revelasse.

Isso significa que não posso pedir o que desejo? Está dizendo que rezar pedindo algo na
verdade nos impede de consegui-lo?

Essa é uma pergunta que é feita há séculos - e que sempre foi respondida. Contudo, vocês não ouviram a resposta, ou não acreditaram nela. A pergunta é respondida novamente, em termos e linguagem atuais, deste modo:

Você não terá aquilo que pedir, e tampouco não pode ter tudo que quer. Isso ocorre porque o seu próprio pedido é uma afirmação de carência, e você dizer que deseja algo apenas produz essa experiência - a do desejo - em sua realidade.

Portanto, a oração correta nunca é de súplica, mas sim de gratidão. Quando você agradece a Deus antecipadamente pelo que escolheu experimentar em sua realidade, de fato reconhece que isso está lá... realmente. Logo, a gratidão é a afirmação mais convincente para Deus; uma afirmação de que mesmo antes de você pedir, Eu atendi o seu pedido. Então, nunca suplique. Agradeça.

Mas se eu agradecer antecipadamente a Deus por alguma coisa, e ela nunca acontecer? Isso poderia levar à desilusão e amargura.

A gratidão não pode ser usada como um meio de manipular Deus: de enganar o universo.
Você não pode mentir para si mesmo. Sua mente conhece a sinceridade de seus pensamentos. Se você disser "obrigado, Senhor, por tais e tais dádivas", e o tempo todo estiver muito claro em sua mente que essas dádivas não existem em sua realidade atual, não poderá esperar que Deus veja isso menos claro do que você, e o produza para você. Deus sabe o que você sabe, e o que você sabe é o que aparece como sua realidade.

Mas então, como posso ser sinceramente grato por algo que sei que não tenho?

Fé. Se tiver apenas a fé de uma semente de mostarda, moverá montanhas. Você passa a saber que tem, porque Eu disse isso; porque Eu disse que, antes mesmo de você pedir, Eu lhe darei; porque Eu disse de todos os modos possíveis, através de todos os mestres que conhece, que tudo que escolher, escolhendo em Meu Nome, terá.

Mas muitas pessoas dizem que suas preces não foram atendidas.

Nenhuma prece - e uma prece não é nada mais do que uma afirmação fervorosa do que é
a realidade - deixa de ser atendida. Todas as preces e afirmações, e todos os pensamentos e sentimentos são criativos. Até o ponto em que forem tidos fervorosamente como verdadeiros se manifestarão em sua experiência.

Quando é dito que uma prece não foi atendida, o que de fato aconteceu foi que o pensamento, a palavra ou o sentimento mais fervoroso tornou-se mecânico. Contudo, o que você precisa saber - e esse é o segredo - é que o pensamento por trás do pensamento - o que poderia ser chamado de Pensamento Responsável - é que sempre é o pensamento controlador.

Portanto, se você suplicar terá muito menos chances de experimentar o que acha que está
escolhendo, porque o Pensamento Responsável por trás de todas as súplicas é o de que você não tem agora o que deseja. Esse Pensamento Responsável se torna a sua realidade. O único Pensamento Responsável que poderia repelir esse pensamento é o baseado na fé em que Deus sempre atenderá a todos os pedidos. Algumas pessoas têm essa fé, mas são muito poucas. O processo da prece se torna muito mais fácil quando, em vez de ter de acreditar que Deus sempre atenderá a todos os pedidos, a pessoa entende intuitivamente que o pedido em si não é necessário. Então a prece é de agradecimento. Não um pedido, mas uma afirmação de gratidão pelo que é verdade.

Quando o Senhor diz que uma prece é uma afirmação do que é verdade, está dizendo que Deus não faz coisa alguma; que tudo que acontece depois de uma prece é um resultado da ação da prece?

Se você pensa que Deus é um ser onipotente que ouve todas as preces, diz "sim" para algumas, "não" para outras e "talvez, mas não agora" para o restante, está enganado. Seguindo que regras Ele decidiria? Se você pensa que Deus é o criador e direcionador de todas as coisas em sua vida, está enganado. Deus é o observador, não o criador. E Ele está pronto para ajudá-lo a viver, mas não do modo que você poderia esperar. Não é função de Deus criar, ou não criar, as situações ou funções de sua vida. Deus criou você à Sua imagem e semelhança. Você criou o resto, através do poder que Ele lhe deu. Deus criou o processo da vida e a própria vida como você os conhece. Contudo, deu-lhe o livre-arbítrio, para fazer dela o que quiser. Neste sentido, seu desejo para si mesmo é o desejo de Deus para você.
Extraído do livro Conversando com Deus - vol I - Neale Donald Walsch

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